E eram 13 escrita por Artemis Stark


Capítulo 2
O envelope




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Capítulo 02

O envelope

 

Ben White

— Boa, White! Venha aqui! – ele obedeceu ao ouvir o grito do seu treinador, um sorriso no rosto – Sua defesa tem melhorado, você precisa ficar mais atento com o lado esquerdo. Treine usando suas duas mãos como defesa, principalmente quando estiver na rede.

— Claro, senhor! – E o ruivo afastou-se indo até a rede, do outro lado um jovem lançava as bolas. Ele treinava com Davies.

— Ei, White! – Virou os olhos, enquanto o outro falou em voz baixa um “fica calmo”.

— O que você quer, Travis?

— Convidou a Gaigher para o baile?

— Qual seu interesse nisso? – Ben rebateu, imediatamente.

— Não convidou... Não me espanta que a Gaigher tenha te trocado por Fernandes... Ou pelo Malta – Travis continuou a provocação e Ben fechou o punho, tentando se controlar.

— Deixe de ser infantil! Somos amigos.

— Sim... E esse tempo todo, nunca conseguiu sequer um beijo, certo?

— Pare com isso! – Roger Davies intrometeu-se – Vamos voltar para o treino, Ben.

— Gaigher já era gostosinha aos 16 anos, mas agora... Aposto que aquela boca... – Benjamin avançou, mas Davies o segurou, enquanto o outro jogador ria.

— Fique longe dela, Travis – O ruivo falou em tom de ameaça com o rosto vermelho, porém o outro apenas se virou e foi embora.

— Ele quer sua vaga. Não entre nas provocações dele – Davies pediu, ainda contendo o ruivo.

Bruno Zanatta

Aquela festa de reencontro de ex-estudantes seria divertida. Já estava sendo antes mesmo de começar. Só de ver a expressão irritada do seu amigo, sua ansiedade e sua vã tentativa de mascarar seus sentimentos era o puro deleite para Bruno.

E, como um bom estrategista e empresário, ampliaria o seu prazer. Por isso, tomava calmamente seu café enquanto esperava a chegada dela, que aconteceria em... Olhou para o relógio... Agora.

Sorriu ante o comportamento previsível de Alana Gaigher. Terminou sua bebida e sentou na frente dela, sem esperar por convite.

— Zanatta - disse, sem emoção na voz.

— Gaigher, de uma forma estranha, sinto falta da sua presença na casa de Leo.

Alana rolou os olhos enquanto o negro apenas sorria. Um belo sorriso, ela tinha que concordar.

— Ainda morando lá? – perguntou – Um chá de camomila, por favor – pediu ao garçom.

— Não, mudei para meu próprio canto há uns meses – Ele respondeu – Um café simples – Aceitaria voltar para casa de Leo se me presenteasse com a visão de você usando a camisa do meu amigo. - Ele sorriu, de forma sedutora. Alana corou imediatamente.

— Você é um grosso, Zanatta!

— Você não tem ideia de quão “grosso” realmente sou – falou, com malícia. Aquilo fez com que a mulher corasse ainda mais, enquanto ele ria divertido.

— Zan-

— Poupe-me de sermões. Você é gostosa, mas não sou de roubar a garota do meu amigo –disse, a bebida de ambos foi servida.

— Não sou a garota do seu amigo! – Alana protestou.

— Não era isso que eu ouvia do meu quarto... – Bruno sorriu novamente, aquilo estava sendo melhor do que ele planejara.

— Acho que a garota de Leo é outra. –falou, franzindo o cenho.

— E eu achei que fosse mais inteligente.

— Eu sou! Por isso terminei antes que... – Alana parou a frase, procurando pela palavra correta a ser dita.

— Antes que o quê? Vocês são dois teimosos!

— Não vou discutir meus relacionamentos com você – ela levantou-se e jogou algumas notas sobre a mesa – Eu não preciso de Leo... Assim como ele nunca precisou de mim – A última frase foi dita em voz baixa. Bruno viu quando ela se virou e foi embora.

— Como você está enganada, Gaigher.

 

 

 

Leo Malta

VOCÊ FEZ O QUÊ?

— Sabe, meu caro amigo, você deveria estar me agradecendo...

— Agradecendo? E por que eu deveria agradecer?

— Porque você precisa tirar a Gaigher da cabeça! E eu vou te ajudar nisso... – Os dois estavam conversando na sala da casa de Leo, encostados no pequeno bar.

— De que merda você está falando, Bruno?

— Bom, eu sentei para conversar com a... – Ele fez uma pausa – a Alana – Leo segurou o copo com mais força ao ouvir o amigo a chamando pelo primeiro nome. Ele nunca tinha feito isso.

Alana?

— Sim, é um nome bonito. – Bruno disse, teatralmente – Bom, sentei para conversar com ela. Papo vai, papo vem... Marcamos um jantar. – O loiro colocou o copo com força sobre o balcão – Estou pensando em convidá-la para ir comigo ao baile e, quem sabe, estender a noite... Confesso, meu amigo, que a imagem dela só de camisa... Uma fantasia virando realidade...

Bruno não pôde continuar. Leo o empurrou contra a parede. Uma mão segurando o colarinho e a outra, com o punho fechado.

— Seu traidor, desgraçado.

— Ela está solteira e você não tem... – A pressão tornou-se mais forte.

— Nunca mexer com a garota do outro, foi o que combinamos 15 anos atrás.

— Então admite que ela ainda é sua garota? – Leo viu um sorriso torto no rosto negro – Admite que você sente ciúmes e ficou irritado só de pensar na minha belíssima pessoa possuindo a Gaigher?

— Cale sua boca... – A íris cinza brilhando de raiva. Ciúme. Posse.

Bruno começou a rir e Leo ficou confuso. Ainda mantinha Bruno contra a parede, mas foi soltando-o ao perceber que tudo era...

— Mentira! Uma porra de uma mentira! – Leo constatou, soltando completamente o amigo e respirando profundamente.

— Nem tudo é mentira. Eu realmente encontrei com a Gaigher e acho, meu amigo, que o baile será o local perfeito para reconquistá-la. Para você reconquistá-la.

Alana Gaigher

— Eu não acredito que entrou na conversa dele mais uma vez. – Alana falou, servindo uma cerveja para o amigo.

— As coisas que ele disse... – Bem murmurou, depois de dar um grande gole na sua bebida.

Os dois costumavam se encontrar na casa de um ou de outro para conversar. Sem Enrico ou Giulia que, quando estavam juntos, ou corriam atrás dos filhos ou não paravam de se beijar.

— Você sabe por que ele faz essas coisas, Ben. Ele quer sua posição. Sempre quis.

— Eu sei disso! Juro que tento me controlar, mas quando ele falou... – o ruivo olhou para os lábios da amiga e corou.

— Não me importo com as merdas que ele fala! Só que me importo com você e sua carreira... Com sua felicidade. Se você bater em alguém, ficará em seus registros, Benjamin – Ele sorriu. Quando Alana falava assim, lembrava-lhe a Alana de Baxter, aquela que sempre teria um lugar especial dentro do seu coração.

— Sim, eu sei... – ambos ficaram em silêncio. Um silêncio confortável – O baile é daqui alguns dias. Como você está?

Ela sabia do que o amigo estava falando.

— Quero que Baxter fique no passado. Não quero relembrar....

— ...Malta. – Ben completou, segurando a mão dela e observando todos os detalhes que já conhecia.

— Não...

— Ainda gosta dele?

— Não sei, quero dizer... Passamos por tantas coisas, porém Leo foi alguém importante para mim, foi meu... – ela respirou fundo e Ben rompeu o contato entre eles, ficando em pé. Decidiu há muito tempo que seria amigo, apenas amigo dela, porém era difícil.

— Desculpe, continue.

— Não... Não quero ficar remoendo o passado. Quer sair?

Ben sorriu, terminou sua bebida e pegou o casaco de ambos que estava sobre uma cadeira. Com seu celular pediu um uber, não importava onde iam, pois estava com ela.

— Não saia assim – ele pediu. Alana pegava as roupas espalhadas pelo chão, vestindo-se de qualquer maneira. Leo permanecia na cama.

— Eu não aguento mais, Leo! – O loiro acharia aquela cena excitante em qualquer outra situação. Alana seminua, andando pelo seu quarto. Só que ela chorava. - Você sabe que preciso disso. Que mereço isso! – Ela vestiu a blusa dele. Leo levantou-se.

— E acha que vai conseguir com quem? Com o White? – Perguntou, irritado. Enciumado como nunca estivera.

— Não! Sabe que não tenho nada com ele! Estou falando de você! Ou de qualquer outro!

Alana sentiu seu corpo ser jogado contra a cama e tentou sair. Só que Leo estava sobre ela, dominando-a facilmente. Ela tentou estapeá-lo, só que ele segurou os punhos dela com uma mão, sobre a cabeça.

— Gaigher. – Ele disse entre dentes, sua outra mão segurando o rosto dela, fazendo com que se encarassem.

— Solte-me.

— Nunca haverá outros homens. – Ela notou o tom ameaçador, o cinza dos olhos era tempestuoso. Porém, aquilo não a intimidava.

— Eu quero amor! Quero paixão na minha vida! Um homem que sinta isso por mim. Quero mais do que sexo, Malta!

— Você já tem mais do que sexo! Mais do que eu jamais sonhei oferecer.

O silêncio pairou entre eles.

— Você... – Ela percorreu o rosto dele com os olhos.

— É claro, Gaigher.

Lorena Larsen

— Você pensa em ter filhos? – Perguntou, sua mão percorrendo os fios loiros. Ela ficou quieta e Raul percebeu.

— Eu penso nisso. Não sei se quero, mas penso. – Ele ouviu a resposta e ficou em silêncio, observando as estranhas imagens feitas pelas luzes e sombras – Você quer?

— Claro. – respondeu – Depois que casarmos. Mas quero ter filhos... Achei que você também quisesse.

Lorena permaneceu em silêncio. Raul parou de mexer nos cabelos dela, virando-se e dando às costas para a noiva.

— Raul...

— Estou com sono. Amanhã conversamos.

Ele fitou a janela, sabendo que, a cada dia, as coisas se tornavam mais e mais complicadas. Amava Lorena, mas algo estava errado. Ele podia sentir.

Penny Pagot

A mulher olhou para o lado, tentando disfarçar sua inveja. Ela estava em cima de uma pequena banqueta, enquanto uma costureira ajeitava a barra do vestido.

— Penny? – A voz melodiosa a tirou dos seus pensamentos.

— Desculpe, Dafne. Eu não te ouvi...

— Acha que consegue a transferência para a França?

— Claro! – Penny respondeu, passando a mão pelo vestido.

— Eu e Peter pensamos em passar nossa lua-de-mel lá, mas estivemos há poucas semanas em Paris para comemorar meu aniversário... – Dafne continuou falando enquanto Penny remoía (e disfarçava) sua inveja.

Peter Lyman era um proeminente empresário com negócios espalhados pela Europa. Ele era rico, bonito e influente. Sua amiga estava sempre viajando e não precisava trabalhar. Ao contrário dela, Penny teve a chance de mudar de vida, de casar com Leo Malta... Só que o destino não foi tão generoso com ela...

— Qual cor você prefere para as flores de decoração das mesas? – Ela perguntou entusiasmada.

— Não ligo para as merdas das flores! Nem sei por que tanta empolgação com algo arranjado! – Leo exclamou, levantando-se.

— Isso não é nenhuma novidade entre famílias tradicionais, Leo. É o melhor para mim e o melhor para você. – Penny afirmou, olhando os modelos de flores em miniatura – Nossos filhos darão seguimento aos Cinco Originais.

— Melhor para o bolso da sua família, você quer dizer – Leo respondeu, irritado.

Ela deu de ombros e continuou folheando o álbum. Depois de algum tempo, disse:

— Você tem tanto interesse nesse acordo quanto eu, Leo. – Ela lançou um olhar indiferente para o loiro. Aliás, um olhar que fingia indiferença – Se fosse seu casamento com a bolsista, aposto que estaria escolhendo as flores.

— Se eu estivesse com a Gaigher... – Leo disse – Estaríamos ocupados com coisas mais importantes que as malditas flores.

— É claro que você, minha amiga, ficará linda no vestido de madrinha.

— Espero por isso ansiosamente – E sorriu seu sorriso falso, o mesmo que aprendeu com sua mãe quando ainda era criança.

 

Tomas Caliari

O rapaz alto e negro ajeitou as vestes em frente ao espelho, depois saiu de casa, indo até a garagem. Dirigiu de forma automática, sem realmente prestar muita atenção no que acontecia à sua volta. Chegou à agência de viagens e cumprimentou sua secretária:

— Bom dia, Jeannie.

— Bom dia, senhor Caliari – Ela o seguiu para dentro da sala – Ligaram da Baxter. Querem uma reunião ainda hoje com você.

— Sobre o baile? – Perguntou, sentando-se.

— Sim, ele quer rever com você a organização dos ônibus de quem mudou-se de cidade – ela lia uma lista – confirmar o horário de chegada dos aviões, reservas no hotel, restaurantes, etc.

— Eu já conversei sobre esse assunto com ele três vezes. Três vezes essa semana.— Enfatizou. A secretária olhou para baixo, sem graça. Tomas notou que havia falado de forma rude – Desculpe. Nada disso é culpa sua. Marque a reunião para... – Fez uma pausa, olhando sua agenda – às 15 horas.

Ela concordou com a cabeça e uma leve batida na porta os interrompeu. Jeannie abriu a porta. O rapaz abriu um grande sorriso ao ver quem era.

— Atrapalho?

— Claro que não, Alana! Entre! Obrigado, Jeannie! – a secretária saiu, fechando a porta atrás de si. Alana sentou-se à frente dele, do outro lado da mesa.

— Estou conversando com o diretor, com Enrico e com Samuel sobre a segurança no baile. Tivemos mais confirmações que os outros anos.

— Sem dúvida um baile do dia das bruxas causou certa comoção. Além disso, - sabia que tocaria num assunto polêmico – ninguém quer uma nova Pamela Joyce, certo?

— Certo. Envie para nós a lista dos convidados que vêm de fora, seguranças extras foram contratados. Ficarão todos no mesmo hotel?

— Sim, envio a lista com todos os dados até o fim do dia. Até mais, Alana.

— Obrigada, Tomas – os dois despediram-se rapidamente.

Noah Aires

— Turma dispensada. – Falou, juntando diversas folhas que foram entregues pelas e pelos estudantes. O dia tinha chegado ao fim. Depois de organizar a sala, juntou seu material e guardou na sala dos professores.

— Senhor Aires – Ele diminuiu os passos até ser alcançado pela diretora Montezano.

— Boa tarde, Diretora.

— Boa tarde. – Respondeu – SEM CORRERIA! – Ísis Montezano falou severamente para um grupo que passou por eles – Estará presente no baile?

— Sim, sem dúvidas.

— Ótimo. Baxter precisa de mais estudantes como você foi... Poucos retornam para nós como professores.

— É uma honra, senhora Montezano – a senhora baixinha saiu, seu sapato ressoando no assoalho. Noah respirou fundo, pois se pudesse não apareceria. Nunca estaria pronto para rever fantasmas do passado, ainda mais quando o fantasma está bem vivo e se chama Leo Malta.

 

Samuel Fardin

Passou o braço pela cintura do homem que o acompanhava, conheceram-se há alguns meses em uma conferência de advogados.

Samuel já conhecia o local onde a festa acontecia, pois tinha ele mesmo verificado a segurança naquele dia além dos anos que passara lá como estudante. Ninguém queria que o ocorrido de anos atrás acontecesse de novo.

— Samuel! – Seus pensamentos foram interrompidos.

— Olá, Ben! – Cumprimentou o antigo colega com um abraço e o apresentou ao seu acompanhante.

 

 

Penny Pagot

Ela detestava chegar sozinha a eventos. Corrigindo: ela detestava chegar sozinha em qualquer lugar. Mas antes isso que ser a vela de sua amiga Dafne.

Claro que Penny Pagot sorria. Em seu braço, pulseiras elegantes. Anéis de ouro em seus dedos finos. Ela sorria para as câmeras, sabendo que logo teria que começar suas anotações sobre os vestidos das convidadas.

Foi levada até sua mesa e olhou com desprezo para os nomes que ali estavam.

— Merda...

Henri Leibovitz

Ele já tinha chegado e não parava de tirar fotos dos convidados, apesar de não estar ali a trabalho, tirar fotos era mais do que seu trabalho. Era seu hobby desde que pegara a câmera pela primeira vez quando criança.

Henri, diferentemente dos outros fotógrafos, não tirava fotos dos convidados que entravam. Ele preferia flagrar momentos cotidianos. O casal trocando um beijo discreto. A mão do homem nas costas da sua esposa. O tropeço discreto de uma mulher de salto alto. O cumprimento entre dois amigos que não se viam há muito tempo ou...

Ele tirou não uma única foto, mas uma sequência de fotos. O olhar de desprezo lançado por Pagot e, sem dúvida, qualquer um entenderia o que ela disse pelo mover de lábios.

— Giulia vai ficar me devendo uma. – Falou consigo mesmo. E fotografou os xingamentos de Penny Pagot.

Leo Malta

Ele não conseguiu mascarar suas emoções quando a viu chegando. Estava mais bonita do que se lembrava. Ela só era mais bonita em uma situação e foi em uma situação dessas que se viu apaixonado...

Leo olhava pela janela e fumava seu cigarro lentamente. Depois de um tempo seu olhar se dirigiu para a cama, focando na mulher que dormia e respirava de forma rítmica.

— Um dia você pretende largar o cigarro? – Ela perguntou, sem abrir os olhos e ele sorriu. Aquela era uma pequena brincadeira deles. Leo apagou o cigarro que já chegara ao final e caminhou até a cama.

— Sabe que não abro mão dos meus vícios, Gaigher. – Respondeu, passando os lábios pelas costas nuas dela.

— Por isso não abre mão de mim?

— Nunca, Gaigher – A resposta dele foi um sussurro rouco no ouvido dela. O dia mal amanhecia e eles fizeram amor novamente.

Ela tinha a respiração ofegante e, mesmo depois de gozar, Leo continuou dentro dela. Olhando-a. Os cachos emaranhados, o rosto corado, os olhos brilhando. “Eu a amo”, foi o que pensou e guardou para si.

Estava cansado daquela distância e da teimosia de Alana. Faria com que eles ficassem juntos novamente. Seus olhos se cruzaram. Terminou seu copo de uísque, ajeitou a gravata, deu alguns passos, quando foi interrompido por uma voz irritantemente familiar.

— Leo, será que podemos conversar um pouco?

— Não temos nada para conversar, Pagot – Leo disse, num tom frio. Penny fez biquinho e passou o indicador pelo peito dele. O loiro afastou a mão dela sem delicadeza.

— É uma conversa puramente profissional. – Ela continuou falando. O loiro procurou Alana com o olhar, mas ela já tinha sumido. Penny sorriu de forma maldosa – Sério? Ainda a Gaigher? Ela jamais vai te perdoar.

— Não temos nada para conversar. Saia da minha frente, Pagot.

— Senhor Malta. Senhorita Pagot. – Um dos garçons aproximou-se – Desculpe interrompê-los...

Leo murmurou um palavrão. O outro homem abriu e fechou a boca algumas vezes, pigarreou e começou a falar:

— Pediram para entregar isso para senhor e para a senhorita. – Ele tirou do bolso interno do paletó dois envelopes vermelhos lacrados com cera derretida. Ambos pegaram os envelopes e olharam. Sem assinaturas e acharam estranho aquele tipo de lacre, afinal, em que séculos estavam?

— O que é isso? – Penny perguntou, mas o garçom já tinha se retirado.

Leo abriu o envelope e retirou um pequeno papel pardo.


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Notas finais do capítulo

N.A.: Queridas e queridos, obriga pelos comentários! Sei que é minha original mais longa, então todo apoio é um incentivo. Um envelope, um papel pardo... O que será que aguarda no próximo capítulo?!
Bjs bjs Ártemis