Nem tudo é um conto de Fadas escrita por Kynhaaaa


Capítulo 5
Decisão Ruim




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Ficamos um bom tempo ali apenas aproveitando a companhia um do outro.

— Acho melhor voltarmos para o castelo – falei depois de um tempo.

— Você tem razão. Esta escurecendo.

— Então vamos.

Ele se levantou e me ajudou a ficar em pé. Quando eu já estava firme ele me deu mais um beijo. Começamos a andar em direção ao castelo.

— Por que você não conta ao Al e a Lyra que você sabe do relacionamento deles?

— Porquê e legal ver a reação deles quando eu falo alguma coisa – ele riu – o Al fica todo nervoso quando eu comento que alguma garota deu em cima dele e porque ele não da uma chance. Ele sempre se perde nas desculpas.

— Você é mal. – eu ri.

— Só faço o mesmo que ele faz com o Anthony não sei como ele ainda não reparou.

— O Al e lerdo. Sempre foi.

Nós rimos.

— Mas ele tem um bom coração isso que importa. E se ele faz minha irmã feliz eu fico contente.

— Eles tem medo da sua reação sabia. Por isso não te contaram ainda.

— Por que eu reagiria mal?

— Sei lá. Mas sempre tem o peso dos nossos sobrenomes. Apesar de todo mundo aceitar nossas amizades agora até nossos pais, um relacionamento amoroso e sempre mais complicado.

— Isso com certeza é. Mas se eles se gostam e estão feliz ninguém tem nada com isso. Muito menos eu.

— Que bom que você pensa assim.

— A opinião dos outros não deve interferir nas nossas escolhas.

Eu assenti. Chegamos na entrada do castelo e íamos em direção ao salão principal quando ouvi alguém me chamar.

— Weasley.

Me virei e vi Watson o monitor chefe da Sonserina me chamando.

— Oi Lincon – cumprimentei quando ele chegou perto.

— Oi Rose posso falar com você em particular – ele olhou para o Scorpius.

Vi quando ele saiu parecendo zangado.

— O que você precisa?

— A Diretora convocou todos os monitores chefe e fez algumas mudanças. Hoje sua ronda será feita no quarto e quinto andar.

Por que?

— Aparentemente ela acha que alguns monitores estão beneficiando os alunos da sua casa.

— E você não podia falar isso na frente do Malfoy por?

— Na verdade eu queria falar uma outra coisa com você.

— Então fale logo.

— Você já tem companhia para o passeio a Hogsmed no sábado?

— Não.

— Você aceita ir comigo?

— Não.

— Por que Rose?

— Por eu sei o que significa esses passeios a Hogsmed e não quero ter um encontro com você. Já deixei isso bem claro pra você das outras vezes que me convidou.

— Eu não entendo por que. Você sempre vai com a sua prima e a Malfoy e depois elas somem e te deixam sozinha. Qual e a graça disso?

— Que eu saiba não e da sua conta mas mesmo assim eu me divirto quando estou com elas. E quando elas somem eu me encontro com meus outros primos e bebemos. E pra mim Hogsmed e para isso.

— Rose por favor. Só uma vez vai comigo.

— Ela não poderá ir com você – Scamander chegou falando comigo. - Ela já tem um encontro marcado comigo.

Ri debochada.

— Não tenho nada marcado com você Lorcan.

— Não foi isso que ficou combinado no campo.

— Antes de você pensar em sair comigo você deve conseguir pegar o pombo amanhã. E sinceramente eu duvido que isso vai acontecer.

— Eu vou pegar.

— Lorcan – Lincon me interrompeu – eu e a Rose estamos conversando então suma daqui ou te tirarei daqui a força.

— Tenta a sorte.

Os dois ficaram se encarando e eu fiquei perdida.

— Rose – escutei Fred me chamando – precisa de ajuda?

Ele olhava os dois segurando o riso.

— Só vamos sair daqui por favor.

Ele riu e puxou minha mão entrando no salão principal.

— Você se mete em cada uma.

— Serio só atraio coisa ruim.

Nós rimos quando chegávamos a mesa da Grifinória vi que o Scorp me olhava enquanto falava com o Al.

— Nem todos – eu completei.

O Fred riu mais alto.

— O que aconteceu? – Al perguntou.

— Tive que salvar a Rose.

— Salvar do que? – Lyra perguntou.

Revirei o olho enquanto me sentava perto dela e em frente ao irmão dela.

— Dois marmanjos brigando por ela lá na entrada do salão principal.

— Dois? Quem eram os dois?

— Lincon e Lorcan.

— Eles não desistem mesmo heim.

— Quando eles vão me deixar em paz?

— Quando você começar a namorar com alguém – minha prima Dominique que disse.

— Então nunca – eu ri.

Lyra me olhou e então olhou para o irmão. Ele parecia alheio a nossa conversa.

— Oi Scorp.

Uma garota falou atrás de mim.

— Oi Lais – ele sorriu.

— Estou com umas duvidas em poções será que você pode me ajudar.

Me virei para ver quem era e vi Lais Peterson. Ela era do quinto ano.

— Por que não pede ajuda de alguém do seu ano? – eu me meti.

— Não lembro de ter falado com você Weasley. Então Malfoy depois do jantar você pode me ajudar?

— Hoje não consigo Lais. Se quiser amanhã de manhã tenho o segundo horário livre posso te ajudar.

— Te espero na biblioteca então. Até amanhã.

Ela se virou e saiu. Me virei novamente e ele me olhava com um sobrancelha arqueada como se perguntasse o que tinha acontecido. Escutei uma risada abafada e vi a Lyra segurando o riso.

— O que você tem a ver com quem o Scorp ajuda Rose? – Al perguntou me zombando.

— Nada. Só acho estranho uma menina do quinto ano pedir ajuda para alguém do sexto.

— Isso acontece direto com o Scorp – Anthony falou – as quintanista vivem pedindo ajuda pra ele. Acho que em vez de aula particular ele dá e umas beijocas.

Ele revirou os olhos.

— Não que seja da sua conta mas algumas realmente querem ajudas.

— Mas as outras querem as beijocas.

Os três riram.

— Ela se encaixa em qual dos grupos? – Lyra perguntou.

— A Laís quando pede ajuda e porque precisa mesmo. Apesar de as vezes querer os dois – ele riu – mas sou sempre profissional quando elas me pedem ajuda nos estudos.

Ele ficou me encarando.

— Seus amigos estão entrando Rose – Fred falou.

Olhei em direção a entrada do salão e os dois pareciam discutir ainda revirei os olhos, virei novamente e vi que o Malfoy observava os dois.

— Você já me desculpou? – Lyra me perguntou.

— Digamos que estou mais calma. Tudo vai depender do Al amanhã se eu te esganarei ou não.

Ela riu. O jantar foi servido e nós começamos a comer, eu e o Scorp ficávamos trocando alguns olhares de vez enquanto. Olhei para a ponta da mesa da Grifinória e vi várias quintanista o olhando. E por alguma razão que eu desconheço aquilo me incomodou.

— Preciso ir – falei me levantando.

— Vai se encontrar com alguém maninha? – Hugo riu.

Vi quando o Scorp me olhou esperando a resposta.

— Não. Hoje e meu dia de fazer ronda. E preciso pegar minha varinha no dormitório antes.

— Por que deixou a varinha lá. Você nunca sai sem ela. – Lyra disse.

— Estava tão irritada com você que acabei esquecendo. Vou lá buscar.

Me despedi de todos e fui para o salão comunal da Sonserina. Quando cheguei no quarto olhei o relógio e eu ainda tinha um tempo até a ronda então me deitei na cama e fiquei pensando no que havia acontecido.

Eu não havia dito que sim a proposta do Scorpius mas também não tinha dito que não. E por eu ter ficado ali com ele, ele deve ter concluído que era um sim. Mas sinceramente não sabia se deveria aceitar ou não aquela proposta. Aquilo tinha uma chance considerável de dar errado. Se eu já havia ficado irritada por uma menina tê-lo pedido ajuda.

Eu deveria repensar isso, as vezes seria melhor eu evitar encontra-lo sozinho por um tempo assim evitaria qualquer problema. Pensando assim levantei da cama e peguei minha varinha indo em direção ao quarto andar para fazer minha ronda.

Estava andando pelo quarto andar quando encontrei o professor Neville.

— Rose.

— Tio Neville.

— Como você está querida?

— Bem. E o senhor.

— Indo supervisionar uma detenção então não estou tão bem assim – ele riu – te desejo sorte no jogo de amanhã. Apesar que você sabe que amanhã não torcerei por você.

Eu ri.

— Compreendo tio. Na verdade se eu pudesse amanhã nem entrava em campo.

— Por que minha querida.

— Você conhece meu apanhador?

— Ele não é dos melhores. Ainda mais comparado com o nosso.

— Pois então. Já está respondido sua pergunta.

Ele riu.

— Preciso ir Rose. Nós vemos depois.

— Tchau tio.

Ele foi para um lado e eu rumei a caminho do quinto andar. Estava me perguntando se a Lilyan e o Anthony haviam conseguido ajuda quando virei no corredor que dava acesso a torre de astronomia e o vi sentado ali. No mesmo lugar que eu estava ontem, ele olhava pro nada devia estar pensando em alguma coisa. Por um segundo eu pensei em virar as costas e sair sem que ele me visse. Mas algo me puxou ao encontro dele e quando eu vi estava muito próxima a ele.

— Então quer dizer que invertemos os papeis hoje – eu falei no seu ouvido.

Ele me olhou e sorriu.

— Achei que sua monitoria fosse em outro andar.

— E era mas a diretora convocou os monitores e fizeram algumas mudanças e me mandaram pra cá hoje.

— Ainda bem. Estava aqui pensando que desculpa daria hoje para o monitor que passasse aqui.

— Bom então e melhor você ir dizendo senão posso te dar uma detenção.

Ele riu.

— Bom acho que posso fazer o mesmo que você ontem então.

Ele não esperou que eu falasse mais nada apenas me beijou.


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Notas finais do capítulo

Digamos que não e só nosso loiro que terá crise de ciumes com essa decisão.
Vocês querem ver o ponto de vista dele na historia ou preferem só o dela?



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