Depois que o Scorp me beijou no vestiário eu sai correndo, não sabia mais o que fazer. Precisava pensar, pensar nas consequências e no que fazer. Sai sem rumo como sempre acontecia eu nunca sabia aonde ia para pensar até que chegava ao lugar. Essa era a primeira vez que eu precisava me isolar aqui em Hogwarts.

Mas dessa vez eu não queria pensar eu queria esquecer. Esquecer que eu precisava tomar uma decisão esquecer das consequências de tudo. encontrei meu irmão quase dentro do castelo e o puxei para um canto.

— Preciso de um favou.

— Que favor Rose?

— Pega com o Fred uma garrafa de firewiske pra mim.

— Pra que?

— Pra eu dar pros sereianos – disse irritada – pra beber ue.

— Calma não precisa ficar brava.

— Você vai pegar com ele ou não?

— Vou.

Subi com ele até perto da entrada da Grifinória. Estava lá esperando quando vi o Scorp vindo, ele estava distraído e olhava para baixo. Me escondi atrás de um pilar até que ele passou. Assim que ele entrou o Hugo veio com a garrafa.

— Ninguém deve saber que você me deu essa garrafa.

— Por que?

— Não interessa o porquê Hugo você não vai contar nem ao Alvo. Tá?

— Tá bom. Mas o Fred sabe que e pra você.

— então passa fala pra ele que mais ninguém deve saber ou senão falarei com a diretora sobre esses contrabando de vocês.

— Não vamos contar.

— Obrigada.

Não esperei que falasse mais nada sai ainda sem saber aonde eu iria beber. Então eu passei em frente daquela sala e soube que seria ali que eu me esconderia dessa vez. Fui ate a parede em frente a porta e me sentei. Meu querido irmão não havia trazido um copo então eu teria que beber no bico.

Abri a garrafa e tomei um longo gole. As horas foram passando e eu continuei bebendo eu só conseguia pensar cada vez mais e mais no Scorpius. Tudo que havíamos passado naquela sala. Como ele era atencioso e carinhoso comigo. Mas eu não podia levar aquilo em diante.

Meu pai já havia mudado comigo só por eu ser amiga da Lyra o que ele faria se eu assumisse um relacionamento com o irmão dela. Ele certamente me deserdaria para dizer o mínimo né. Em todos esses anos de amizade meu pai jamais falou uma palavra com a Lyra e todas as vezes que ela passou algum dia em casa ele ficava emburrado e passava uns três dias depois da visita sem falar comigo.

Agora um relacionamento seria uma coisa muito mais muito mais séria. Eu teria que estar disposta a abrir mão de qualquer relação com o meu pai. Por mais que eu tentasse varias vezes eu nunca consegui entender o ponto de vista do meu pai. O desentendimento dele e do senhor Malfoy tinha sido a tantos anos atrás. Não havia mais porque guardar tanto ressentimento.

O próprio senhor Malfoy já havia pedido desculpa a ele, a minha mãe e ao meu tio. Inclusive minha mãe que era a que mais havia sofrido na mãe dele já o tinha perdoado e não tinha mais nenhum ressentimento. Ela tratava a Lyra sempre bem da mesma forma que a senhora Malfoy me tratava bem quando eu ia na mansão. E o senhor Malfoy nunca me tratou mal.

A bebida começo a fazer efeito e meus olhos foram fechando e eu acabei adormecendo. Acordei com uma baita dor na coluna por ter dormido sentada. Olhei a garrafa ao meu lado e ela estava pela metade. Olhei para janela e vi que o sol estava alto provavelmente eu devia ter passado a noite ali. E não havia decidido nada sobre o que fazer.

Peguei a garrafa e virei mais um gole. Eu precisava decidir o que fazer e tinha que decidir agora. Não podia sair dessa sala sem ter uma decisão tomada. Eu podia aceitar ficar com ele e pedir que por enquanto mantivéssemos nosso namoro restrito a Hogwards. Mas isso significaria um dia ter que contar aos nossos pais se caso desse certo. Ou poderia optar pelo caminho tecnicamente mais fácil e me afastar dele de vez.

Eu não sabia o que fazer abracei minha pernas e comecei a chorar.

— Merlim me ajuda. Me da um sinal. O que eu devo fazer.

Escutei a porta da sala se abrir vagarosamente. Então escutei alguns passos e senti quando alguém sentou ao meu lado, não queria que ninguém me visse chorando então permaneci com a cabeça baixa.