Acordei com uma baita dor de cabeça olhei no relógio e já era quase meio dia. Levantei da cama ainda com dificuldade fui para o banheiro tomar um banho para tentar melhorar. Quando sai o Al estava sentado na cama dele com uma cara péssima também.

— Sua irmã vai me matar. – ele disse indo pro banheiro.

Sentei na cama e esperei que ele saísse.

— Devemos acordar o Anthony? – perguntei.

— Melhor não. Escutei ele passando mal de madrugada. Deve estar pior que nós.

— Vamos descer almoçar então.

— Vamos.

Saímos em direção ao salão comunal.

— Por que minha irmã vai te matar?

— Ela tinha ficado de me ajudar no trabalho de transfiguração agora de manhã.

— Diga que foi culpa minha. Ela vai te perdoar.

Ele riu. Quando chegamos ao salão principal vi que minha irmã estava sentada a mesa da Sonserina sozinha.

— Ela está tão brava que não quis nem sentar na nossa mesa – Al disse preocupado.

— Não deve ter nada a ver com isso Al.

— Então o que?

— Sua prima não deve estar querendo me ver por isso devem ter sentado ali.

— Mas a Rose não está ali.

— Deve estar vindo.

Vi que minha irmã se levantou e veio na nossa direção seria ela parecia ter passado a noite em claro.

— Até que fim vocês apareceram. Estou desesperada.

— Calma maninha. Só bebemos um pouco além da conta nada demais.

— Não estou desesperada por causa de vocês Scorp.

— Então por que?

— A Rose sumiu.

— Como assim sumiu Lyra?

— Ontem depois que vocês foram para o dormitório de vocês eu fui pro meu. Cheguei lá ela não estava tomei um banho e decidi esperar um pouco pra ver se ela aparecia. Na hora do jantar eu desci mas nada da Rose ir jantar. Então procurei ela pelo castelo e não encontrei. Voltei para o meu dormitório e passei a noite em claro esperando por ela mas nada. Logo que o sol nasceu sai para procurar ela pelos jardim. Olhei em tudo. Ai pra ajudar parece que todos os Weasley hoje decidiram ficar na cama até tarde. Ninguém apareceu para me ajudar. Vocês são os primeiro.

— Lyra calma – o Al falou – a Rose sempre fez isso.

— Como assim? – eu quem perguntei.

— Quando éramos crianças e alguma coisa acontecia e afetava a Rose ela se escondia. Passava umas três horas até ela aparecer meus tios ficavam desesperados. Até que eles começaram a se acostumar.

— Ela nunca fez isso aqui Al ou eu teria percebido.

— Não fez Lyra. Porque até agora nunca tinha sido preciso que ela se afastasse.

— O que você quer dizer Al – perguntei confuso.

— A última vez que isso aconteceu foi no natal do primeiro ano. Ela contou aos meus tios que era amiga da Lyra e meu tio literalmente surtou. Disse que ela não podia de forma alguma ser amiga da Lyra, ele disse coisas bem ruins pra Rose e pra mim também. Então ela sumiu, se escondeu em algum lugar que ninguém sabia qual era. Nas primeiras três horas meu tio não deixou ninguém procurar. Ele dizia que era birra dela e que quando se acalmasse e visse que ele estava certo ela viria, mas passou quatro horas e ela não apareceu. Ele começou a ficar preocupado já estava quase chamando os aurores para ir atrás dela. Quando fazia quase seis horas que ela havia sumido ela apareceu no jardim da toca andando calmamente. Meu tio foi correndo até ela mas ela não deixou que ele a abrasasse. Ela disse a ele que iria ser sua amiga ele querendo ou não.

— Não entendi qual o intuito dela sumir? – falei confuso.

— Eu perguntei uma fez pra ela. Ela diz que pensa melhor quando está sozinha ela não faz isso pra impor a vontade dela nem nada. Diz ela que sozinha ela consegue ver todos os lados da história. Ver o ponto de vista de todos e assim ela consegue resolver o que fazer. Foi isso que aconteceu quando meu tio disse que ela não podia ser amiga da Lyra. Ela me disse que ficou pensando em tudo o que o pai dela tinha dito e tudo o que tinha acontecido naqueles meses. E que assim ela decidiu que deixaria o preconceito do meu tio de lado e seria amiga da Lyra.

— Mas por que ela sumiu agora?

— Você é burro Scorp? – Al me encarou – ela sumiu por tudo o que está acontecendo entre vocês. Ela está confusa não sabe o que fazer. Ela já tem uma noção de como o pai dela vai reagir. Se pela amizade dela com a Lyra ele surtou imagina se ela assumir algo com você.

— Isso não importa agora – Lyra o cortou. – a Rose está sumida desde ontem depois do jogo. Já tem mais de doze horas. Pode ter acontecido algo com ela precisamos avisar a diretora.

— Melhor não Lyra. Se avisarmos a diretora ela chamará meus tios ai tudo pode se complicar ainda mais. Vamos procurar ela. Vou chamar meus primos. Enquanto isso vocês dois vão procurando.

— Vocês acham uma boa ideia eu ajudar? – perguntei confuso – se eu sou o motivo do sumiço não e melhor eu não me meter.

— Precisamos de toda a ajuda que tivermos Scorp. Se você encontrar ela só nos avise.

— Tudo bem.

— Mas como vamos saber se alguém encontrou ela? – Lyra nos olhava confusa.

— Daqui uma hora nos encontramos aqui.

— Ok – eu e Lyra respondemos juntos.

O Al correu chamar os primos enquanto eu e a Lyra saímos a procura, ela foi verificar no dormitório enquanto eu olhava o jardim. Fui até a parte da floresta negra em que eu tinha encontrado ela aquele dia mas ela não estava ali, então um pensamento me veio à mente e se ela tivesse naquela sala. Na sala em que havíamos ficado a primeira vez.

Fui o mais rápido que consegui até lá. Mas quando cheguei na porta da sala meu coração se apertou o que eu faria se ela estivesse ali, o que significaria se ela estivesse ali. Seria melhor se eu procurasse a Lyra e dissesse que olhasse ali.