Fear escrita por GabbySaky


Capítulo 3
Capítulo 3 - Medo


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, estou atrasadíssima.
Mas quem disse que eu conseguia vir postar?
Estou atolada de coisas.
Mas...
Aproveitando que tive um tempinho, e que o capítulo está betado...
Aqui estou eu.

Boa Leitura



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As folhas batiam em seu rosto enquanto corria. O medo que sentia passava por todo seu corpo. Sua respiração estava pesada, mas mesmo assim ela sabia que não podia parar de correr. Ela reconhecia aquele lugar. As árvores grandes que pareciam que chegariam ao céu, os galhos secos, que passava em seus ombros e costas enquanto corria, dando um leve avermelhado nas áreas em que passavam. Ela não se importava com a dor, era suportável. Tudo que queria era sair daquela floresta.

 

Apesar de tremer por inteira, continuou a correr, sabia que era para seu bem e do bebê que carregava. O bebê. Ela só pensava nele. Ela não conseguia sair daquele lugar, achar uma saída, e a cada minuto sentia que de nada adiantaria. Ela parou por um momento, olhando em volta, vendo aquelas árvores grandes. Estava com medo. Não sabia onde Oliver estava, nem sabia se estava bem. Felicity gritava pelo marido, várias e várias vezes, sentindo o desespero crescer. Ela precisava proteger seu filho. Precisava fazer de tudo para que ela e o bebês estivessem bem. A respiração ficou mais desesperada, quando ouviu um som alto. Sabia que aquele som não era boa coisa.  

 

— Oliver. — Gritou mais uma vez, olhando ao redor. Colocou sua mão na barriga e novamente ouviu um som, esse pior que o outro.

 

Ela correu em direção ao som, mesmo que temesse. Precisava saber se Oliver estava bem. Precisava saber o que aquele som queria dizer. A mão continuava, protetoramente em sua barriga, pedindo que aquele pequeno ser ficasse bem. Felicity levou um susto quando Diaz apareceu em sua frente, com uma arma apontada para si. Ela tremeu dos pés à cabeça. Ele tinha um sorriso sádico no rosto. Felicity não tinha para onde correr. O desespero a abateu mais uma vez, e a mão voltou para a barriga. Medo. Mais medo. Agora era real.  

 

— Há quanto tempo, Srta. Smoak. — Estremeceu ao ouvir aquela voz. — Não sabe por quanto tempo eu esperei por isso. — Deu alguns passos para trás, e ele sorriu maldoso. — Lembra-se quando você esteve no meu lugar? — Diaz deu passos até ela, mesmo que ela tentasse se afastar. — Você não teve coragem para me matar.

 

— Não foi por falta de coragem. — Responde, ainda que com medo. — Eu... eu ia te matar. E eu teria feito sem arrependimento algum, se a liberdade de Oliver não estivesse em jogo. — Ele gargalhou.

 

— Tudo por Oliver Queen. E é por culpa dele que vocês vão morrer. — Ela arregalou os olhos. — Ele vai perder duas pessoas de uma vez. E vai ser apenas o começo da minha vingança. — Felicity engoliu em seco. — Últimas palavras? — Os olhos lacrimejaram, o corpo ainda tremia e tentava a todo custo segurar as pernas bambas. — Nenhuma? Por mim tudo bem.

 

O som de tiro, fez com que fechasse os olhos. Felicity sentiu o ar faltar e seu corpo cair com um baque. A dor latejante, o sangue em suas mãos. Ela gritou quando percebeu que perdia o bebê.

 

Felicity se sentou na cama, desesperada, com a respiração alta e ofegante. As mãos estavam em cima da cama, e uma delas parou imediatamente na barriga. Tinha sido um pesadelo. Apenas um pesadelo. Seu bebê estava bem. Ela deixou as lágrimas caírem, ainda com medo, mas sentindo alívio. Alívio de que tudo estava bem. Oliver tinha acordado imediatamente ao ouvir o grito desesperado da esposa. Há dias ela não tinha pesadelos. Pesadelos esses, que ele se culpava. Ela estava melhorando, ele achou que ela estava melhorando. Oliver a abraçou, deixando que chorasse. Ela apertou os braços em volta da cintura do marido, chorando tudo que tinha segurado naquele pesadelo. O corpo estava tenso, ele percebeu, e sabia o que aquilo queria dizer. Ele sabia qual era o motivo do desespero. Oliver passou a mão nas costas, tentando acalmá-la. Beijou os cabelos loiros, no intuito de tranquilizá-la. Ele queria saber com o que a esposa tinha sonhado, mas esperaria até que se acalmasse.

 

Felicity olhou para a barriga, mas não colocou a mão, mesmo que quisesse. Fungou algumas vezes, ouvindo palavras de conforto.

 

Está mais calma? Perguntou.  

 

Não. Os olhos voltaram a encherem de água. Foi horrível.  

 

 Você está bem, meu amor. Foi só um pesadelo, está segura.

 

Eu... Soluçou. Tinha sido tão real. O sangue...

 

Sangue? Ela olhou nos olhos dele e assentiu. Você vai ficar bem. Nós ficaremos bem.  

 

Oliver...  

 

Eu não pude te contar quando cheguei, você estava dormindo. A interrompeu, passando as mãos nas costas da esposa. Conseguimos encontrá-lo. Ele estava pronto para tirar o chip, quando o achamos. Não foi fácil.

 

Então ele...

 

Voltou para a cadeia.  

 

Da ARGUS? Oliver bufou, mas assentiu. O que adianta? Eles querem pegar o tal de Dante.

 

Não vamos conversar sobre isso. Não agora.  

 

Oliver...

 

Vamos dormir. Você está cansada.

 

Não. Balançou a cabeça. Eu não consigo.  

 

Eu estou aqui, não confia em mim?  

 

Confio, mas...

 

Então vamos dormir. Vou proteger você, sabe disso, não sabe?

 

Oliver, eu tenho que contar uma coisa. Felicity piscou algumas vezes, mas não disse nada. Eu não contei antes porque estava precisando me acostumar. Tentava digerir.

O que?

 

A Dra. Schwartz ligou anteontem, quando estávamos nos despedimos do Willian. Ela disse algo que me preocupou.

 

Você está doente? Oliver pousou uma das mãos no rosto dela, enquanto que a outra segurava a cintura com delicadeza.  

 

Não. Doente não. O marido franziu o cenho, e ela soube que estava preocupado.  

 

O que é então? Felicity respirou fundo, antes de responder:

 

Eu estou grávida. Ele arregalou os olhos, surpreso.  

 

O que?

 

— Eu.estou.grávida. Diz pausadamente, e Oliver se afasta, retirando a mão do rosto da esposa, tentando digerir o que acabou de ouvir.  


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Notas finais do capítulo

É isso.
A história está no fim.
O próximo é o último.
Mereço comentários??

Amanhã estarei aqui para postá-lo
Kissus



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