Um Caso de Copa escrita por psc07


Capítulo 3
Capítulo 3




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Após ler todas as pastas em sua disposição, Lily não tinha como não concordar com a decisão de Moody em ampliar a investigação. Parecia ter algo estranho – e mesmo com a única credencial registrada tendo sido a de Potter, ele não poderia ser o único suspeito.

Portanto, Lily resolveu que iria passar na casa de Remus para conversar a respeito da situação, depois seguir para o St. Mungus e passar na casa de Potter depois de jantar no restaurante do hospital mágico.

—Quem é? – Uma voz perguntou quando ela bateu na porta de Remus.

—Sou eu, Black. Lily Evans.

A porta se abriu e o sorriso brilhante de Sirius Black foi a primeira coisa a ser vista. Ele estava com a mesma roupa que usara naquela manhã no Ministério, o que fez Lily suspeitar que ele, Potter e Pettigrew tinham ido direto para lá.

—Não estávamos esperando vê-la tão brevemente – Sirius comentou, indicando o caminho para dentro da pequena casa.

—Não vim atrás de vocês, na verdade – Lily explicou, tirando o sobretudo – vim para falar com Remus. Ia aparecer para interrogá-los um pouco mais tarde.

Sirius deu de ombros e se adiantou. Quando Lily entrou na sala, percebeu uma cena que provavelmente era muito comum. Peter estava estirado no sofá, roncando levemente, enquanto Remus tinha um tabuleiro de xadrez entre ele e Sirius, que acabava de sentar e ordenar que uma peça se mexesse. Potter estava sentado no chão, centenas de cartas à sua frente – mas aparentemente o dia cansativo tinha sido demais para ele, já que ele acabara adormecendo com a cabeça apoiada no sofá e a boca escancarada. Ela segurou o riso.

—Lils! – Remus cumprimentou, com um pequeno sorriso. Ela se adiantou e sentou ao lado dele.

—Hey, Remy. Como você está? – Lily perguntou, segurando sua mão e avaliando o rosto machucado do amigo.

—Estou bem. Cansado, mas bem.

—Você não deveria estar dormindo? – Ela questionou, franzindo a testa.

—Eu já dormi, Lil. Eles estão cuidando de mim... – Remus respondeu. Sirius revirou os olhos.

—Seria melhor se você cuidasse deles, não? – Ela respondeu. Remus sorriu.

—Definitivamente. Eu saio do comando por uma noite e Pontas é o principal suspeito de um crime.

Lily tentou não sorrir, mas não conseguiu.

—Eu preciso lhe perguntar, Remy. Eles disseram que estava com você a noite toda – Lily disse, apontando um dedo para Sirius quando este fez menção de abrir a boca – você fica calado – Sirius ergueu as sobrancelhas – mas eu sei onde você estava ontem à noite. Então... onde eles estavam?

Remus suspirou e tirou o cabelo da frente dos olhos.

—Eles estavam garantindo a minha segurança, Lily. E que minha condição ficasse em anonimato. Eles fazem isso desde Hogwarts, e continuam.

Lily suspirou.

—Entenda meu lado, Remy. Esse álibi é, bem... praticamente inexistente. Potter me disse que vocês passaram a noite na floresta. Me deu até o endereço, mas ainda assim.

—Eu entendo.

—E o pior é o seguinte... como eu posso aceitar esse álibi, quando eu sei que é mentira? Eu posso simplesmente dizer que a história não é consistente... mas Moody vai querer saber mais, e eu simplesmente não posso contar como eu sei que ele estava mentindo...

—Lily, você realmente acredita que James fez isso? – Remus perguntou após algum tempo de silêncio – James Potter, o garoto idiota que enfeitiçou todos os waffles do café da manhã para soletrar um pedido de namoro a você?

Lily tentou não rir, mas não conseguiu.

—O caso, Remy, é que não estamos mais em Hogwarts – (‘De novo esse discurso’, Sirius retrucou) – e uma coisa que Moody me ensinou é que eu não posso confiar cegamente em praticamente ninguém.

—Mas-

—Eu já confiei muito em uma pessoa que acabou me mostrando que eu não deveria ter confiado – Lily continuou. Todos sabiam que ela estava falando de Severus Snape – E meu trabalho me diz para desconfiar. Estou investigando do mesmo jeito que eu investigo sempre: considerando tudo. Mas por enquanto...

Remus acenou positivamente.

—Evans, olha só... – Sirius falou, num tom de voz surpreendentemente calmo – Eu sei o que parece, entendo mesmo. Mas Pontas nunca faria isso. Se sua suspeita fosse comigo, eu entenderia perfeitamente. Mas James? Ele nunca feriu ninguém propositalmente, nem mesmo quando éramos seus pesadelos naquele castelo! James sabia quando parar. Ele me parava.

—Black...

—Preste atenção! – Ele pediu, olhando de esguelha para ter certeza que Potter ainda estava adormecido – Pontas salvou Ranhoso de virar um lobisomem, Evans. Ranhoso! Nosso pior inimigo da escola. Você realmente acha que ele mataria um garoto por quem ele tinha imensa afeição?

Lily encarou profundamente os olhos azul-acinzentados de Sirius Black. Ela estava impressionada com a lealdade e o amor na fala dele.

Mas isso não provava nada.

Ela suspirou.

—Sirius... entenda. Eu estou investigando. A credencial dele foi usada. Um garoto foi assassinado. Você acha que eu quero que Potter seja o culpado disso? Só em respeito a Remus, um de meus melhores amigos, eu já não iria querer isso. Eu não posso levar em consideração o caráter de Potter há 5 anos atrás. Eu nem deveria estar com esse caso, só por tê-lo conhecido na escola.

—Então por que está? – Sirius rebateu – Além daquele papo todo de ser a melhor e blá, blá, blá.

—Porque eu sou a única pessoa que não vai ficar embasbacada com um jogador qualquer de Quadribol, porque eu simplesmente não dou a mínima para esse jogo.

O queixo de Sirius caiu e Remus riu de leve.

—Jogador qual-? – Sirius gaguejou, antes de se levantar – James é o melhor jogador de Quadribol que já existiu! – Sirius exclamou, elevando o tom de voz. James e Peter acordaram assustados.

—Black, não foi isso que-

—Mas foi o que disse! Saiba que ele é o capitão mais novo da história da seleção...!

—Continuo sem me importar – Lily disse, dando de ombros – Eu não me importo que ele seja o mais novo, ou que tenha aparecido na capa de 20 revistas. Popularidade e fama não significam nada para mim. Exceto dor de cabeça.

Sirius ainda a encarava boquiaberto. Lily revirou os olhos e se levantou, indo sentar perto de James.

—Potter, ainda estou investigando seu álibi.

—Alguma novidade no caso? – O garoto perguntou, limpando os óculos. Lily sorriu ao ver um pouco de baba escorrendo no queixo dele.

—Eu não posso discutir o caso com o principal suspeito – Ela respondeu. Ele acenou positivamente com a cabeça.

—Olha, eu estava muito irritado hoje de manhã. Se quiser, eu mesmo posso levá-la para a floresta amanhã de manhã. – Lily percebeu que aquilo não era exatamente um pedido de desculpa, nem ela imaginava que ele fosse fazer.

—É uma boa proposta. Acho que aceitarei. Não sei se de manhã, mas fique em casa ou aqui, está bem? Virei em um dos dois lugares durante o dia.

—Certo. Não esqueça de arrumar suas malas, Evans. Vamos para a França na segunda. – Ele respondeu, abrindo o mesmo meio-sorriso que ele usava sempre que ia convidá-la para sair.

—Marlene está tomando conta disso. E... você está com um pouco de baba no queixo – Ela avisou rindo. James corou e tentou limpar, mas o estrago já estava feito: os outros começaram a rir também. – Bem, tenho que ir. Pode voltar a responder as suas fãs. Benjy está me esperando.

***

Lily ajeitou o sobretudo distraidamente enquanto se aproximava do quarto de Benjy. Tentava, de todas as maneiras, imaginar outros cenários para o seu caso. Tão distraída estava que só percebeu que Moody já estava no quarto ao entrar e ver seu chefe lá.

—Evans – Ele cumprimentou, sem nem se importar em virar para a garota. Benjy se mexeu para que pudesse ver Lily, e seu rosto se abriu num imenso sorriso.

Benjy Fenwick fora um dos primeiros a acolher Lily no departamento. A chegada dela trouxera, inicialmente, desconfiança ao ambiente majoritariamente masculino, principalmente pelo fato de que ela aparentava ter os 18 anos que realmente tinha na época, além de ter usado um laço e roupas trouxas no primeiro dia de apresentação dos novos aurores.

Ela lembrava que vira algum dos mais novos rirem ao Moody apresentá-la, enquanto outros exibiram expressões preocupadas. Benjy acenara e sorrira.

Todos eles apenas arregalaram os olhos no primeiro dia de treinamento.

—Senhor! – Lily exclamou em surpresa, após piscar para Benjy – Não sabia que estava planejando vir.

—Não estava – Moody retrucou – mas eu sabia que você estava, e não queria lhe chamar de novo no Ministério hoje. E bem, hoje é sábado. Não sabia se estaria em casa.

—Ah, bem – Lily respondeu, se aproximando – eu estava em casa a maior parte do tempo. Estava visitando um amigo que esteve doente ontem – Ela se virou para Benjy – Você não sabe quão bom é poder te ver acordado de novo, Benjy.

Benjy sorriu mais uma vez para ela. Quando tinha que trabalhar em dupla, Lily geralmente escolhia ele. Era o equivalente a um ‘parceiro’ policial, como ela explicara um dia. Desde então ele a chamava de ‘parceira’, mesmo que isso não existisse entre aurores.

—Parece que esteve bastante preocupada, parceira – Benjy replicou. Lily sorriu.

—Mais irritada em ter que fazer todo a papelada sozinha – Ela respondeu, fazendo Benjy rir – Imagino que o senhor tenha contado o desfecho do caso para ele? – Ela perguntou a Moody.

—Tomei essa liberdade. Evans, decidi que vou deixar Fenwick a par do seu novo caso.

Lily ajeitou sua postura e Benjy se sentou na cama.

—Na verdade, é melhor que você conte. Fenwick será um dos aurores destacados para representar o nosso Ministério. Como vocês já trabalharam juntos, imagino que não terão problemas em fazê-lo de novo. A única condição, Fenwick, é sigilo absoluto a respeito dos envolvidos no caso. Não quero receber cartas a respeito disso. Apenas pessoalmente. Fenwick será o responsável por me passar os avanços, já que Evans irá na condição de férias.

Lily revirou os olhos e relatou o caso a Benjy, enquanto Moody ouvia e grunhia em alguns pontos.

—... e amanhã pela manhã vou conferir a tal floresta que Potter mencionou, ver se teria alguém que poderia ter visto alguma movimentação.

—Então estamos investigando James Potter, o capitão da seleção? – Benjy perguntou. Moody o encarou.

—Fenwick, só permiti que participasse porque imaginei que o status de Potter não fosse ser algum fator de confusão para você no desenrolar do caso. Se não conseguir se segurar, avise logo que o substituirei – Moody vociferou.

—De jeito algum deixarei isso atrapalhar. Não se preocupe, senhor.

Moody estudou Benjy por mais um tempo e depois acenou positivamente.

—Última coisa antes de eu sair. Evans, você deverá agir da maneira mais natural o possível. Deve fazer o que você faria caso fosse de férias. Não quero que ninguém desconfie o real motivo de sua presença. Você está indo tirar férias após dois anos ininterruptos. Simples assim. Exceto... – Moody falou, fazendo Lily erguer as sobrancelhas com o ‘exceto’ – não quero que Potter passe muito tempo sem sua supervisão. Então você deve estar com ele em todos os momentos possíveis.

—Bem... – Lily disse lentamente – passar tempo com Potter não seria exatamente o que eu faria, senhor.

—Você estava na lista de convidados dele antes dessa confusão.

—Fui convidada por Remus Lupin, um amigo em comum – Moody a olhou, com uma sobrancelha erguida – Eu e Potter não nos damos muito bem... – Ela explicou hesitantemente.

—Sugiro que passem a fingir que são amigos. Ou que arranje outra desculpa. Avise a Potter que ele só poderá sair à noite sob sua supervisão. E, ahh... acho que não preciso alertá-la para não consumir nenhum tipo de... bem...

—Não precisa, senhor. Estou indo a trabalho.

—Ótimo. Só posso desejá-los boa sorte e... – Moody exibiu um raro sorriso – divirta-se nas férias, Evans.

***

James não conseguiu realmente dormir – apenas antes do almoço. Depois de terem comido, ficou se remexendo até, com um suspiro, decidir que iria responder as cartas dos fãs que havia negligenciado devido à semana conturbada. Ele fazia questão de ler cada uma.

Não soube exatamente quando perdeu a consciência, mas o grito de Sirius ainda estava em sua mente, marcando o momento que acordara. Não tinha como ele não ficar irritado, considerando o pouco sono que tivera (mesmo que Sirius aparentemente estivesse o defendendo).

Depois de oferecer acompanhar Evans para a floresta mencionada e limpar a baba que havia escorrido enquanto dormia, ele resolveu que era hora de esticar as pernas e deixar para responder a pilha que ainda o aguardava no dia seguinte.

—Quer dizer então que Pontas tem um encontro com Evans amanhã, huh? – Sirius comentou com um sorriso sarcástico. Remus riu e James revirou os olhos, enquanto Peter voltava a dormir – Só levou cerca de 10 anos. Parabéns, estamos orgulhosos.

—Almofadinhas, não estou com paciência para isso – James retrucou, guardando as cartas já respondidas – Na verdade, até essa investigação acabar, vocês estão proibidos de fazer qualquer tipo de insinuação em relação a Evans, entendido?

Sirius riu, ao passo que Remus simplesmente encarava James como se dissesse “você realmente acha que vai controlar Sirius?”.

Depois de muita reclamação de James, Sirius se voluntariou a sair para comprar comida, retornando pouco tempo depois com o jantar.

—Aluado, se importa se eu dormir aqui? – James perguntou enquanto comiam.

—De maneira alguma.

—Fica mais fácil para Evans me achar aqui – James explicou. Peter franziu o cenho.

—Então você realmente tem um encontro com a ruiva? – Peter perguntou, fazendo Sirius sorrir.

—Claro que não, Rabicho. Vou levá-la na floresta em que sempre vamos. Não acho que vá adiantar de muita coisa, mas é o meu álibi – James explicou exasperadamente – Além do mais, ela está me investigando. Aurores não se relacionam com suspeitos. E ainda que se relacionassem, não há a menor chance para mim e para Evans. – Ele completou.

—Disso nós sabemos há 10 anos... – Sirius respondeu num sussurro, fazendo com que James reagisse se aproveitando de sua mira acima da média e acertando tripa de boi exatamente no nariz de Sirius.

Obviamente que isso resultou numa intensa guerra de comida, fazendo com que James dessa vez fosse o responsável por trazer mais. Apesar dos outros dois não terem comentado, estava implicitamente decidido que todos passariam o fim de semana inteiro com Remus.

James odiava ver como seu amigo ficava após a lua cheia. Agradecia por ele não ter vomitado até o momento, mas ainda tinha a noite toda. Toda a ajuda era necessária para que Remus se sentisse melhor, e nenhum dos outros três Marotos poupava esforços para garantir o bem-estar do amigo.

Eles não ficaram acordados até muito tarde – a noite tinha sido cansativa. Antes das dez da noite todos os colchões já estavam dispostos ao lado da cama de Remus, deixando o espaço necessário para que ele fosse ao banheiro caso necessário.

Antes de realmente dormirem, James lembrou Remus de tomar a poção para evitar náuseas e vômitos. Fleamont tinha uma leve noção de que o amigo de seu filho tinha certas necessidades especiais, e sempre tinha diversas dessas poções disponíveis.

E foi exatamente essa cena que recepcionou Lily quando ela chegou na casa de Remus. Os três garotos dispostos ao redor do amigo, cuidando dele após uma difícil noite foi mais do que suficiente para fazer Lily hesitar e pausar na porta do quarto. Ela tinha uma cópia da chave da casa, e quando não atenderam a porta, achou prudente verificar se Remus estava bem.

O barulho dos passos da ruiva foi suficiente para despertar James, que dos quatro tinha o sono mais leve. Ele franziu o cenho e colocou os óculos no rosto.

—Hey, Evans, – ele cumprimentou num sussurro, – desculpe por não ter acordado, a noite não foi exatamente tranquila.

Lily acenou com a cabeça, observando James se espreguiçar e se levantar. Ela olhava na direção de Remus, e não percebeu James colocando uma camisa e seguindo-a para fora do quarto.

—Ele está bem? – Lily perguntou com o cenho franzido, enquanto James preparava chá.

—Está... – James respondeu em meio a bocejo.

—Mas você disse que a noite...?

—Bem, foi sim. Mas nada fora do normal. Ele geralmente só vai dormir de fato lá pelas três da manhã, e bem... sempre que ele acorda, nós acordamos... – Ele explicou, dando de ombros – Posso lhe servir alguma coisa? – James questionou.

—Não, obrigada. Já comi.

James olhou para o relógio na cozinha, e de novo para Lily, e ergueu uma sobrancelha.

—São 7h30 da manhã.

—Não saio de casa sem comer, exceto se for algo urgente.

—Como ontem? – Ele questionou.

—Exato. Assim que estiver pronto, poderemos ir – Ela comentou. James sorriu de lado e seguiu para o quarto.

Ela não demonstrou muita surpresa quando ele explicou que os três mantinham algumas mudas de roupa na casa de Remus para quando precisassem passar a noite lá. James não precisou de muito tempo para se vestir, bebendo o chá e comendo uma torrada o mais rápido o possível enquanto Lily o observava, encostada na porta com os braços cruzados.

James tentava não perceber o quanto ele ainda achava a ex-colega bonita, mas era difícil. Principalmente porque ela escolhera vestir jeans e blusa trouxas, ao invés das longas e folgadas vestes bruxas.

Ele também tentou ignorar a leve hesitação que Lily demonstrara quando ele oferecera seu braço para uma aparatação acompanhada. Em segundos, eles estavam na floresta próxima à casa de James onde eles iam para as transformações mensais de Remus.

—Então aqui era onde vocês estavam? – Lily questionou. James concordou com a cabeça, colocando as mãos nos bolsos.

—Estávamos aqui – Ele repetiu.

—Potter... Remus estava sob a forma de lobisomem. Esse local parece muito apropriado para ele. Não muito para vocês três no mesmo momento.

James suspirou.

—Eu... eu realmente não posso falar. Apenas que nós estávamos garantindo a segurança de Aluado.

Foi a vez de Lily suspirar.

—Você entende a sua situação? – Ela perguntou com toda a paciência que ela não tinha quando eram estudantes.

—Acredite, entendo. Mas tem coisas mais... importantes em jogo... nesse caso... quando comparado à minha situação.

—Potter. A sua situação é de único suspeito em um caso de assassinato. O que pode ser mais importante do que você não ir para Azkaban?

James olhou nos olhos da garota e abriu um pequeno sorriso.

—Tem pessoas mais importantes na minha vida do que eu, Evans.

Ele sentiu o olhar penetrante da garota, e observou quando ela mordeu o lábio inferior como fazia desde sempre quando estava concentrada.

—Torça para que eu seja muito brilhante na França, Potter. Você está dependendo de mim.


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