UMA INTRUSA EM CREPÚSCULO escrita por Jace Jane


Capítulo 8
Capitulo 8º - Cavalheirismo não esta morto


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer a CatrinaEvans, Mille Portinari, Anabella Salvatore, princesapanda, Natty Farias Freitas e Kalyn por seus comentários no capitulo anterior, obrigada pessoal ♥



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Estava na hora de encarar seus irmãos, já tinha fugido por muito tempo o que fora muito suspeito, e mesmo que fugisse do assunto uma hora Aro iria ler seus pensamentos e descobrir tudo, até o que queria esconder - principalmente o que queria esconder - mas não podia fazer isso agora. Ao colocar os pés na fortaleza se trancou em seus aposentos.

Com passos rápidos andou até o sofá e sentou no espaço que a humana Megan Rodrigues havia se deitado semanas há trás o cheiro dela ainda impregnava o tecido, inspirou fundo sentido o forte cheiro de morando. Só ali sozinho em sua privacidade se permitia sentir o cheiro dela, porque si permitisse o desejo de toma lá lhe controlaria e a devoraria, sem deixar uma gota de sangue em seu corpo, então nem se atrevia respirar na presença da mulher. O tempo se passou, mas em sua percepção estava ali parado por um piscar de olhos.

Passos ecoou no lado de fora e parou na frente da porta de seus aposentos.

— Sim, Renata? – Perguntou Marcus olhando para a porta.

— Mestre Aro lhe convoca no salão dos tronos. – Informa a vampira ao seu mestre.

— Estou indo.

Sem escolha teve que responder o chamado do irmão, já havia adiado demais, iria tocar na mão de Aro e ele saberia de tudo. – Respirou fundo.

Atravessou os corredores com sua velocidade vampiresca sob a escolta de Renata Volturi. Atravessou a enorme porta dupla do salão e presenciou a cena que abalou seu coração e lhe fez sentir uma ira que só sentiu quando perdeu sua esposa Didyme.

Quando o corpo de Megan caiu no chão um rosnado saiu de sua garganta, deixando a vampira atrás de si assustada e ao mesmo tempo surpresa. Seus pés se moveram antes que seu cérebro registra-se, em sua mente só tinha um pensamento, destruir o Caius.

***

Caius sorriu ao ver a humana insolente cair ao chão, mas seu sorriso não durou, seu irmão Marcus lhe surpreendeu ao correr em sua direção com expressão de ira, antes que pudesse reagir o vampiro mais velho agarrou suas vestes e lhe jogou para o meio do salão, em nenhum momento conseguiu falar com ele, Marcus não dava brecha, sua garganta foi agarrada pelas mãos grandes do irmão, por pouco conseguiu escapar e reagir à agressão e assim foi. Golpes eram dados em alta velocidade sendo acompanhados pelos olhos espantados da guarda Volturi.

Em um movimento Caius jogou seu irmão para o chão, que caiu de pé, inabalado.

— O que estava fazendo Marcus? – Gritou Caius estupefato com a reação inexplicável de seu irmão.

A única resposta que Caius recebeu foi um rosnado que ecoou pelo cômodo.

***

Ao abrir meus olhos eu encarei Loki, em sua versão feminina de cabeleira ruiva, ela mordia os lábios tentando conter o riso, até que desistiu e caiu na gargalhada. – Cruzei os braços e fiquei encarando as paredes da caverna.

— Eu sou louca, e você não tem juízo!  - Disse a Deusa em meio às risadas. Bufei irritada, bati os pés no chão com os braços cruzados, só assistindo o show.

— Já acabou? – Perguntei irritada.

— É por isso que eu gosto de você, quando eu quero fugir da realidade eu te observo, você sempre me faz cair na gargalhada com os seus comentários petulantes. – Comentou Loki. – Aquilo foi muita idiotice.

— Eu tava nervosa okay! – Passei a mão no cabelo inquieta. – Não existe um manual de como conversar com um vampiro!

— Na duvida, seja educada. – Aconselhou à ruiva.

— Eu to muito ferrada – Choraminguei.

— Você não sabe a confusão que criou. – Disse Loki com um sorriso malicioso.

— Como assim? – Perguntei confusa.

Ficou pensativa se contava, mas no fim deu de ombros.

— Você vai descobrir de qualquer jeito mesmo, bem, Marcus viu você sendo agredida pelo Caius e agora ta metendo a porrada nele, de uma maneira espetacular. – Lambeu os lábios como se saboreasse em sua mente.

— Eu só faço merda, puta que pariu!

— Um conselho? Não siga seus conselhos. – Disse a deusa caindo na gargalhada novamente.

Abrir os meus olhos para a realidade mais uma vez, com muita sutileza senti vibrações no chão, parecia que alguém sapateava perto de mim, Aro estava de pé em frente ao seu trono, olhava para alguma coisa com uma expressão bem preocupada, olhei para a direção que ele encarava e me assustei, Marcus estava realmente escorraçando o irmão a base da porrada, só vi por poucos segundos, eles eram muito rápidos.

— Jane, contenha o Marcus – Disse Aro atrás de mim.

Olhei para o Aro incrédula, ele ia machucar o próprio irmão? – Procurei Jane no salão e ela estava a uns dez metros a direita dele. Marcus gritou de dor ao ser atingido pelo poder dela, seu grito era de cortar o coração, senti sua dor ao vê-lo cair de joelhos, no mesmo instante eu levantei e mirei meu punho para Jane, eles brilhavam como fogos de artifício e lance uma rajada de poder em sua direção, a jogando para o chão.

— Ninguém vai torturar o Marcus, só por cima do meu cadáver!

— Hoje o meu dia esta cheio de surpresas. – Comentou Aro me olhando de relance. Colocou a mão pra cima, sinalizando para Jane não atacar, ela estava doida para me punir depois de ter sido agredida pela minha magia.

— Uma viajante foi acolhida pelo Marcus. – Disse Aro dando um sorriso muito estranho em minha opinião.  – Foi um mal entendido, meus irmãos. Caius não sabia da ligação que você tem com esta jovem, Marcus, se ele tivesse conhecimento jamais teria tocado nela.

— Se ele ousar chegar perto dela novamente, eu arranco a cabeça dele e de qualquer um que tentar me impedir. – Ameaçou Marcus, olhei para ele surpresa.

Manquei até o Marcus e coloquei minhas mãos em cima de seus ombros e coloquei meu rosto no pé do ouvido dele;

— Que cavalheiro, assim eu me apaixono.

***

Depois daquele dia minha vida na Itália não foi mais a mesma, aparentemente qualquer protegido de um dos lideres deveriam receber segurança de alto nível, isso porque queriam me manter isolada junto com as esposas de Aro e Caius, mas depois de muita insistência da minha parte consegui apenas ser vigiada de longe por alguns vampiros da guarda Volturi. Outra coisa que mudou foi a minha convivência com os irmãos de Marcus, Aro sempre que me via me fazia revelar algo sobre mim e minhas habilidades.

— O que mais você pode fazer com sua habilidade além de criar energia e viajar pelos espelhos? – Perguntou o Vampiro me olhando com seus olhos curiosos.

Estávamos em uma sala privada, parecia uma biblioteca privada, mesmo com movimento no corredor não escutei nenhum barulho depois que a porta foi fechada. - Talvez fosse uma sala a prova de som, só assim para ter privacidade em um ninho de vampiros.

— Você não tem o poder de ler os pensamentos dos outros com um toque? – Assim eu não precisava falar e me livraria de suas perguntas. Ainda estava chateada por meu bolo ter queimado com toda aquela confusão.

— Viajantes são protegidos com um escudo que meu poder não pode penetrar. – Revelou Aro.

Suspirei.

— Podemos falar disso depois, não irá se alimentar daqui a pouco? – O lembrei – Falando nisso, e aquele vampiro de olhos amarelos, ainda deseja morrer? – Perguntei com pesar.

— Infelizmente – Respondeu Aro decepcionado.

— Marcus me contou que quando um vampiro se apaixona e perde seu amor ele fica inconsolável e deseja se juntar a ela em sua morte.

— A dor é insuportável, ele sabe bem disso. – Sua expressão ficou sombria.

— Marcus perdeu alguém também? – Perguntei interessada.

— Sua esposa e minha irmã de sangue. – Seu olhar estava distante, como perdido em lembranças.

A porta foi aberta por Corin e Aro foi chamado para se apresentar no salão dos tronos, a sala branca, ele me deixou lá com aquela informação. Depois de cinco minutos foi para recepção fazer companhia para a secretária, a Gianna.

— Me conta Gi, aquele vampiro de olhos amarelos já apareceu por aqui? – Perguntei morrendo de curiosidade, o que a fez rir com a minha empolgação.

— Sim, junto de uma garota humana e uma vampira. – Respondeu tímida.

— Obrigada Gi. – Toquei o colar do Marcus que estava em meu pescoço, pela descrição do livro o vampiro de olhos amarelos se chama Edward Cullen e a humana era provavelmente a sua namorada Bella. – Ela sobreviveu então, que bom.

Me despedi de Gianna e fui esperar os vampiros se alimentarem em uma sala perto da recepção. Sentei no sofá e abri minha bolsa, sabendo que ia demorar eu levei meu caderno e um lápis, abri na penúltima pagina, tinha anotado alguns lugares que gostaria de visitar, agora que eu já tinha iniciado no mundo da magia queria visitar outros mundos além do universo do Magnus Bane, o primeiro da lista era Harry Potter, poderia comprar vários livros de magia e até uma vassoura!

— Se bem que não posso expor o mundo sobrenatural para não mágicos. – Disse em voz alta – Mas eu posso criar um espaço onde os não mágicos não possam ver magia, vou precisar de ajuda para um feitiço desses. Ah! Posso trazer pirulitos de sangue para o Marcus, e para os irmãos dele.

A porta se abriu e dois vampiros de olhos amarelos e uma humana entraram. Bella Swan estava terrivelmente abalada, choramingava e tremia, saber que um monte de humanos iriam morrer para virar comida de vampiro deveria abalar mesmo, cadeia alimentar é foda. Olhei pra vampira e ela me encarava curiosa, não me olhava nos meus olhos, mas para o colar dos Volturi em meu pescoço.

— É o que acontece quando um Volturi te adota – Comentei para ela.

— Desculpa, eu não quis encara-la dessa forma, não foi educado. – Desculpou-se constrangida.

— Esta tudo bem, ele é bem cumprido – Disse sobre a corrente – Era de um vampiro com o dobro do meu tamanho.

— Um vampiro lhe deu seu próprio colar? – Perguntou Surpresa, o vampiro ao lado dela me olhou com interesse.

— Ele disse que era para me proteger, não adiantou muita coisa. – Falei me lembrando do Demetri - Fui arrastada por um vampiro e fui agredida pelo Caius, se bem que com o Caius a culpa foi minha, nunca zombe da cara de um vampiro – Aconselhei.

— Você fez o que? – Comentou de boca aberta.

— Acho que vou colocar o pingente na minha gargantilha nova. – Desconversei – Ela parece mais uma coleira, mas eu sou quase o bichinho de estimação dos Volturi mesmo. – Dei de ombros. – Sou Megan Rodrigues e você?

— Alice Cullen. – Respondeu, seus olhos ficaram desfocados por um instante, a encarei curiosa, estava tendo uma visão.

Edward a encarou com um olhar triste, eita vampiro enxerido lendo a mente dos outros!

— O que viu? – Perguntei, Alice me olhou surpresa por eu saber sobre seu dom – Aro me contou. – Menti, não podia revelar que soube por um livro, olhei para o Edward e sua expressão não havia mudado. Ele não pode ler minha mente então? Interessante.

— Um funeral eu acho – Disse pensativa, analisando sua visão em seus pensamentos.

— De quem? – Perguntei curiosa.

— Não sei, mas Aro e Caius estavam lá, estavam tristes. – Disse Alice.

— E o Marcus? – Perguntei preocupada.

— Ele não estava presente – Respondeu.

— Ele.. Poderia estar no caixão? – Perguntei preocupada.

— Vampiros não são velados – Respondeu Alice, me deixando inquieta.  – Minhas visões podem ser difíceis para se interpretar e nem sempre se realizam, o futuro pode sempre mudar – Justificou – E pode ser só uma reunião em uma cripta.

— É, pode ser. – Aquilo não me convenceu.

Obrigada Alice, sofrerei de ansiedade a tarde inteira.

 


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Notas finais do capítulo

Mais uma participação de Loki! O que vocês acham dela?



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