UMA INTRUSA EM CREPÚSCULO escrita por Jace Jane


Capítulo 29
Capitulo 29º - Meu Lugar é no Topo


Notas iniciais do capítulo

A FIC ESTA ACABANDO MEUS AMORES

Esse é o penúltimo capitulo, espero que gostem!

Gostaria saber se vocês gostariam de ler mais sobre este universo, da Megan e Negam viajando para outros mundos que eu não citei nessa história, deixem sua opinião nos comentários, por favor.

Meus agradecimentos as minhas fieis leitoras CatrinaEvans e Natty Farias Freitas.



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As primeiras coisas que meus olhos viram ao abrir foram à água esverdeada do chafariz, me apoiei no beiral tossindo, a profundidade daquelas águas não eram rasas como eu imaginava. – Anotação mental: criar um planeta sóbria. – Os vampiros me encararam de olhos arregalados, e em choque. Olhei para Negam e suas vestes estavam quase transparentes, as minhas deviam estar bem piores. Deixei o chafariz e me sentei no beiral com as pernas cruzadas e os braços cobrindo meu busto.

— Viu? Eu disse que estaria segura em Ianova. – Dei um sorriso amarelo para os Volturi presentes.

— Nunca mais faça isso! – Sua voz estava levemente alterada, eu também ficaria assim se o visse morrer na minha frente e voltar a vida do nada.

— Não tenho planos de morrer novamente, my love.— Desfiz meu sorriso para não provoca-lo ainda mais com o meu cinismo, por mais divertido que seria. – Mas agora você já sabe que se eu morrer aqui, eu volto à vida, por isso não quero seus comparsas/escravos/empregados no meu lindo planeta. Incluindo a realeza Volturi.

— Mas estamos só começando. – Comentou Aro com aquele olhar ganancioso de um pirata ao ver um baú cheio de tesouros.

— E você ainda não provou que foi você que criou esse lugar. – Olhei para Caius com uma expressão neutra, mas por dentro estava louca para lançar a maldição da dor em seu corpo vampiresco. Como será que vampiros reagem? Em bruxos cortes aparece em sua pele, será que vampiros a pele racha?

— Como eu disse, eu escrevi esse lugar, usando a minha magia e minha enorme criatividade. – Apontei meu dedo indicador ao Aro e lancei um olhar serio. – Seja lá o que esta pensando eu não farei, criei uma nova espécie de vampiros já é o bastante. Se divirta com os brinquedos que já tem.

Precisamos trocar de roupa.— Avisou Negam em nossa mente. – Não gosto de estar quase nua na frente dos nossos cunhados e um membro da nossa guarda pessoal.

— Tem razão, Negam. – Refleti por alguns segundos, precisava de ideias— Como esta o nosso castelo?

Inacabado. – Suspirei. Céus! Sou quase uma deusa, criei um planeta, espécies e raças, não da para eu criar roupas? – E se criássemos um portal até o nosso guarda roupa em Volterra?

— Seria fácil fazer com a magia dos viajantes, mas perdemos tudo com a explosão – Sua cabeça idêntica a minha se virou para o meu amado Marcus.

Não toda. – Nos encaramos com um sorriso cúmplice.

Foi assim que fizemos, eu peguei a magia que deixei no Marcus e fomos até o castelo da Suprema, que ficava alguns quilômetros de distancia do território de Leshura. O portal ficou na sala de espelhos, ancorado com o meu sangue e algumas runas que tinha na memória de Negam, que agora eu também compartilhava seus benefícios. Tomamos um banho rápido e nos vestimos de acordo com nossos status, princesa infernal, princesa das fadas e a suprema imperatriz de Ianova. Só faltava a coroa, mas isso eu resolveria depois.

— Não esquece os rascunhos em cima da penteadeira! – Alertei a Negam, íamos precisar deles para provar ao triunvirato que eu tinha criado um planeta.

— Já peguei. Porque vamos de salto alto para um planeta que só tem vegetação? – Indagou minha outra metade parada de frente para o portal, já com as anotações em mãos.

— Estaremos no castelo, o chão é liso, e qualquer coisa é só usar a nossa magia para pegar uma bota no nosso guarda-roupa. – Respondi. Negam balançou a cabeça em negação. Atravessamos o portal juntas.

Os vampiros nos encararam admirados, o Marcus me encarava com os olhos cheios de luxuria, como aquele homem se aguentava para não pular em cima de mim e arrancar as minhas roupas? Mil anos de luto deve ter contribuído.

— Marcus, me diz à loja que você comprou essas belezinhas, eu adoraria ir lá com seu cartão de credito. – Pisquei dando um meio sorriso.

— É por isso que ele suporta sua língua atrevida. – Comentou Caius.

Você nem imagina do que essa língua atrevida é capaz de fazer – Só a Negam ouviu meu comentário, que foi completamente ignorado. – É, deve ser por isso.

— Vamos começar com algo simples. – Disse Negam tomando a iniciativa.

— Vamos lá! – Convoquei algumas cadeiras para nos acomodar e começamos a criar coisas de acordo com a vontade dos vampiros, e depois de um bom tempo eles finalmente acreditaram na minha palavra.

— Agora que as madame finalmente perceberam quem é que manda aqui, vocês vão tirar seus corpos imortais do meu território e voltarão para o de vocês.

— Esta nos expulsando? – Caius parecia mais indignado do que surpreso.

— Não fui clara o suficiente? – Rebati. – Eu deixei um vampiro circulando livremente por aqui e olha no que deu. – Apontei para a Bree e seus novos caninos. – Falando na Bree, agora ela é minha. – Disse para o Aro.

— Que eu saiba ela passou a ser uma Volturi. – Disse o Vampiro com um sorriso amistoso.

— Ela carrega o sangue do meu povo em suas veias, portando ela é uma ianoviana, minha propriedade! – Seus olhos vermelhos começaram a escurecer e em segundos ficaram negros. Nos levantamos de nossas cadeiras e nos encaramos.

— Vampiros são da jurisdição dos Volturi – Reafirmou Aro.

— Os que brilham no sol são, mas a Bree não é mais uma de vocês. – Seus olhos se estreitaram com o meu desafio. Parecíamos dois cachorrinhos disputando o mesmo osso. – Eu criei um planeta com uma caneta, imagina o que eu posso fazer com você com um pouco de motivação.

Seu sorriso alargou. Pela minha visão periférica vi que Marcus e Caius nos encaravam entretidos, já a Bree estava inquieta e o Jonathan assustado, até porque não é todo dia que o bicho papão dos vampiros é peitado por uma garotinha superpoderosa.

— Marcus lhe deu muito liberdade, precisa aprender qual é o seu lugar. – Marcus se levantou e se pôs na minha frente.

— Homens... – Bufou Negam, entediada.

— Meu lugar é no topo. – Disse ao Aro. Encostei minha mão no braço do Marcus, ele entendeu a mensagem e abriu espaço para mim. – Mas talvez quem não saiba seu lugar é você, eu sou a princesa do inferno e da corte Unseelie, imperatriz de Ianova.

— Ter a Megan como cunhada não será fácil – Comentou Caius com a face cansada.

— É só o começo da eternidade irmão. – Falou Marcus.

Aro abaixou sua cabeça para me encarar cara a cara.

— Perto de mim você é só uma feiticeira baixinha. – Meu sangue ferveu, ele ousava me humilhar usando a minha altura? Alguém precisa ser castigado.

— Marcus, qual é a penalidade por bater em um Lorde Volturi? – Perguntei como quem não quer nada.

— Severa. – Respondeu.

— Podendo levar a morte. – Completou Caius.

Aro me encarava triunfante.

— É, mas isso é para a ralé, os plebeus e para quem não se garante com as próprias mãos. – Dei um sorriso provocativo.

— Já chega vocês dois! – Gritou Caius em quanto abotoava o paletó e ajeitava as mangas depois de se levantar de seu assento. – Um dia vocês vão acabar se matando, e eu não quero ter que lidar com um Marcus depressivo por mais um milênio novamente e nem perder um irmão, então calem a boca vocês dois e vamos voltar para Volterra.

Olhamos para o Caius chocados, quem diria que seria ele que colocaria moral no grupo.

***

Algumas semanas se passaram e a normalidade usual em Volterra se instaurou, como eu estava avançada em meus estudos de magia resolvi dedicar um pouco do tempo que eu tinha para me atualizar nas series que o Asten trazia para mim quando viajava pelos mundos, a serie que eu estava maratonando há uma semana, se chamava Sanctuary. Comecei a ver por insistência do feiticeiro.

— Confie em mim, Megan. Você vai adorar. – Essas foram suas exatas palavras. E ele tinha total razão, até porque o ator que interpretava o Jack, estripador era ninguém menos que Christopher Heyerdahl, o mesmo que interpreta o Marcus Volturi, o meu companheiro pela eternidade. Nem preciso dizer que fiquei encantada por ele, e por seu sotaque inglês adorável.

— Só tendo esse rostinho para me fazer amar vê-lo matando o Nikola Tesla. – Suspirei de amores. – Se bem que Tesla estava merecendo. Dominar o mundo, escravizar a humanidade é tão século passado, gira o disco vilões! – Joguei uma pipoca na tela do notebook, acertando a imagem do vampiro que tinha as mesmas características da vampira Bree.

— Ainda na trama do Tesla? – Ouvi Asten dizer encostado no patente da porta. Desviei os olhos do monitor e o encarei.

— Não subestime meu vicio em series, eu já vi todas as temporadas, só to revendo as cenas do Druitt. – Respondi. Lilith estava dormindo pacificamente sob o ombro do feiticeiro. – Não consigo resistir ao sotaque britânico dele.

— Não deixe o Marcus saber disso. – Riu.

Cliquei na tecla de espaço no notebook e pausei o vídeo.

— O que lhe trás até aos meus humildes aposentos? – Perguntei com um tom divertido.

— Eu reparei que faz quase um ano que você esta com os Volturi e fiquei curioso. – Se estivéssemos em um desenho animado em cima da minha cabeça teria vários pontos de interrogação em vermelho. – Quando você faz aniversário?

Aniversário... Eu sempre comemorava os meus com a minha mãe, esse ano seria diferente, então nem me preocupei. – Olhei para o monitor que marcava a data e me surpreendi o quão perto estava a data.

— Em três dias. – Respondi indiferente.

— Três dias! – Ele parecia indignado pela minha mais pura indiferença. – Como eu vou planejar uma festa em três dias?

— Não preciso de festa, eu planejava passar em branco mesmo. – Olhei para as minhas unhas para não precisar encarar sua face chocada.

— Mais isso é um absurdo, o Marcus precisa ficar sabendo disso!  - Falou exasperado. – E vou precisar de ajuda também, aposto que meu irmão não vai querer perder isso.

— Que irmão? – Perguntei curiosa.

— O Magnus é claro. – Aquelas pernas magras dispararam para o corredor como o diabo que corre da cruz.

— Eu não quero festa! – Fechei o notebook e corri atrás do desgraçado, pouco me importando que eu estava descalça e vestida inapropriadamente para quem convive com um grande numero de pessoas. – Se você esta pensando que eu vou deixar Magnus Bane com todo o seu glitter pisar nesse palácio para fazer uma festa para mim você esta muito enganado, meu bem!

Quando cheguei à sala do trono meu coração batia mais acelerado que o do Flash. Asten estava no meio do salão contando as novidades para o Marcus. Estava sem fôlego, falar era impossível, então realizei um ato de desespero, usei uma magia que nunca tinha usado na vida, e que aprendi vendo uma serie. A magia prendia os movimentos da vitima, e o invocador poderia conduzi-lo como uma marionete, poderia da certo, magia é praticamente energia e intenção.

Comecei a realizar os gestos com as mãos, até que era bem simples – para uma fanática que praticou inúmeras vezes, era simples.

— Marcus! – Gritou Asten, Marcus o encarou curioso, e me viu por cima dos ombros do feiticeiro, ele parecia intrigado. – Acabei de descobrir algo incrível sobre a Megan.

— Asten..? – Alertou Caius, que foi ignorado pelo feiticeiro.

— Daqui a trê... – Antes que ele completa-se a frase minha magia agiu. Seu corpo ficou sob meu total controle, o fiz dar alguns passos para longe do centro do cômodo, e fui até ele. Fiquei a sua frente e encarei o triunvirato com um sorriso sem graça.

— Com licença rapazes, isso é entre feiticeiros. – Dei um giro e encarei o Asten, seus olhos estavam arregalados, sem duvida surpreso pela minha ação. – Quando eu digo não, é não! N-A-O-TIL, NÂO! – Dobrei o meu braço esquerdo e o dei uma cotovelada no abdômen, e desfiz a magia. Asten caiu no chão se contorcendo de dor.

— Alguém esta de TPM. – Comentou Caius achando graça.

— Esta tudo bem Megan? – Perguntou Marcus preocupado.

— Sim – Me virei com as mãos na cintura e colocando um sorriso inocente no rosto – Esta tudo ótimo.

Acabou que não consegui esconder a informação e foi questão de minutos até todos os vampiros do Palazzo dei Priori saber que eu faria aniversário nos próximos três dias.

— Eu vou acabar com o Asten, aquela cobra maldita não consegue manter a boca fechada! – Abri a porta do meu quarto com força, só não bateu na parede porque o Marcus impediu.

— Porque não disse nada? – Perguntou em um tom calmo.

Sentei na cama e o encarei.

— Não gosto dos meus aniversários. – Olhei para as minhas mãos como se elas fossem à coisa mais interessante do universo. – Até porque eu nem sei que dia eu exatamente nasci. Fui descobrir que as pessoas faziam aniversários no jardim de infância, quando eu perguntei a minha mãe ela deu de ombros e me mandou escolher uma data no calendário. Dia 13 de Setembro não é o meu aniversário, por isso não disse nada e por isso tentei manter o Asten calado.

— Sinto muito, não sabíamos que era um assunto tão delicado para você. – Dei de ombros. Senti a cama afundar ao meu lado, o cheiro do vampiro chegou as minhas narinas.

— Ainda vou querer meu presente. – Sorri olhando para ele.

— Hoje é seu dia de sorte. – O encarei curiosa. Ele colocou a mão dentro do bolso do terno e tirou uma pequena caixa, fiquei de boca aberta quando ele abriu e vi o anel.

— O anel que eu pedi. – Dei minha mão para ele coloca-lo, encaixou sem nenhuma dificuldade. Joguei meus braços ao redor de seu pescoço e comecei um beijo, começou calmo depois ficou mais intenso.

— Pelo inferno, não sou obrigado a ver isso. – Separei do Marcus ao ouvir a voz do meu pai.

— Mas que hora inconveniente para aparecer em! – Bufei saindo de cima do Marcus e voltando a me sentar direito na cama.

— Demônios são para qualquer hora – Rebateu Belfegor sem humor.

— Você andou sumido, por onde andou? – Perguntei intrigada.

— Caçando sua mãe, e finalmente a encontrei. – Um sorriso maligno surgiu em sua face.

— Marcus – Me virei para ele decidida – Irei precisar de alguns vampiros, Renata, Jane, Alec e Jonathan são essenciais, pode reuni-los para mim?

— Eles estarão prontos em vinte minutos. – Respondeu ao se levantar.

— Quero que o Aro venha conosco. – Marcus me encarou intrigado.

— Minha mãe é uma rainha, quero qualquer conhecimento que ele possa pegar dela. – Expliquei. Ele saiu me deixando a sós com o meu pai.

— Agora esta pensando como alguém de sua posição – Elogiou Belfegor. O encarei surpresa. – Vou deixar se trocar.

Tranquei a porta e fui para o meu closet, havia um vestido que eu precisava usar para essa ocasião, não era um que se usaria para uma batalha mágica, mas não é como se eu precisasse agir, com os poderes dos Volturi ao meu lado meu papel era o de carrasco. Vesti o vestido vermelho, coloquei o cinto de ouro, usei uma magia simples para arrumar meu cabelo e o deixar um pouco maior e encaracolado. Coloquei um sapato de salto baixo e peguei a gargantilha com o pingente dos Volturi e coloquei em meu pescoço.

Quando deram os vinte minutos estavam todos reunidos na sala do trono, com suas roupas de viagem e capas longas. Aproximei-me do Marcus e o deixei me cobrir com a capa que havia separado para mim.

— Essa é você vestida para uma batalha? – Perguntou Asten intrigado pela minha escolha de vestimenta.

— Não vou precisar sujar muito as minhas mãos. – Justifiquei – E uma imperatriz deve estar sempre impecável.

— Imperatriz? – Indagou confuso.

— Ianova é meu império. – Declarei com um sorriso autoritário.

— Vida longa a imperatriz Megan Volturi – Saudou Asten com uma reverencia exagerada.

— Vamos abrir logo esse portal. – Revirei os olhos para o feiticeiro.

Juntando nossa magia de viajantes criamos um portal direto para o campo de batalha, a corte Unseelie.


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Notas finais do capítulo

Vestido de combate da Megan: https://br.pinterest.com/pin/183099541085746954/

Regina que aguarde, Megan irá com a cavalaria toda.



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