UMA INTRUSA EM CREPÚSCULO escrita por Jace Jane


Capítulo 28
Capitulo 28º - Morte Súbita


Notas iniciais do capítulo

Oii meus amores, peço desculpas pela demora, eu fiquei doente essa semana quem da cama eu saí!

Eu pretendia escrever mais neste capitulo, mas como fiquei de cama e já faz um tempo que não posto nada, decidi postar o que já tinha escrito.

Deixo meus agradecimentos a CatrinaEvans e a Natty Farias Freitas pelos seus comentários no capitulo anterior. ♥



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O território de Leshura fica embaixo de uma montanha, eu deveria nomear de montanha da perdição, só por fazer parte dos domínios dele. De todos os guardiões que eu criei até agora ele foi o mais sem noção, acho que ele representa os meus desejos sexuais ocultos, nããããã... Eu só tava muito louca quando o criei.

— Estávamos mesmo, culpa da nossa grosseria e da Lilith. – Pensamentos que não eram meus invadiram minha mente, olhei para a Negam de boca aberta. Tínhamos atravessado um portal de cristal que ficava do lado de uma ponte de madeira, minha outra metade tomou a frente para nos guiar.

Como isso é possível?

Somos a mesma pessoa, dividimos a mesma mente, mesmo duplicada. – Explicou Negam. Corri para ficar ao seu lado.

— Isso é incrível Negam! – Meu coração bateu acelerado com a minha animação repentina, ou a marca, não saberia dizer a diferença. O vento forte me fez lembrar que estava andando com um roupão de seda, um tecido bem fino para um clima montanhoso.

— Não muito. – Sua expressão tinha melhorado, já não parecia irritada comigo.

— Porque não? – Parei de andar quando Negam parou para me encarar com uma expressão cética. Então era assim que eu ficava? Como o Marcus pode gostar de alguém tão debochada como eu?

Negam desviou os olhos para o Marcus, depois voltou a me encarar.

— Ah! – Também dividíamos os mesmos sentimentos pelo Marcus, vish.

Será que o Marcus toparia um ménage?

Negam me encarou com os olhos arregalados.

— Só anda! – Negam me empurrou para frente para esconder o rubor que eu sabia que estava em sua face, não pude deixar de rir.

— Interessante.. – Ouvi o Aro dizer. Ele era inteligente, deve ter sacado que eu e a Negam estávamos lendo uma à “mente” da outra.

— Vai me dizer que você não iria gostar? – Disse a Negam quando paramos em frente às portas da casa de Leshura.

— Megan! – Repreendeu Negam horrorizada. Caí na gargalhada.

— Do que as bruxinhas tanto conversam? – Perguntou Caius curioso, Aro e Marcus aguardavam com expectativa.

Olhei para a minha duplicata que balançava a cabeça com uma mensagem clara “não fala nada”. Sorri maldosa, treta e caos, é disso que eu gosto.

— Se o Marcus toparia um ménage comigo e a Negam. – Os vampiros arregalaram os olhos surpresos, já a Negam me encarava com vergonha. Escancarei as portas de madeira em estilo japonês e gritei pelo nome do guardião. – Leshura!

— Marcus sua companheira é uma depravada. – Ouvi Caius dizer as minhas costas.

— Pelo menos eu o satisfaço você pode dizer o mesmo por sua companheira? – Me virei para o loiro que fechou a cara com o meu comentário.

— E é abusada também.

— Não seria a Megan se não fosse assim. – Disse Aro se divertindo com a situação.

Atravessamos o corredor e seguimos os barulhos suspeitos que vinha de um dos quartos. Aquilo era desconcertante, até para mim.

— Leshura! – O chamei em quanto batia na porta.

— Estou ocupado, Negam! – Gritou Leshura, ele tinha uma voz suave e máscula, como o dublador do Albafica em The Lost Canvas.

— Aqui é a Megan! – Os barulhos dentro do quarto cessaram.

— Me dê cinco minutos, minha Suprema. – Disse o Guardião.

— Porque eles ficam te chamando de Suprema? – Perguntou Aro encostado na parede.

Para alimentar o meu ego, talvez. Vai saber o que se passava na minha cabeça quando escrevi Ianova.

— Eu sou o deus deles, a criadora de todas as coisas. A mãe de todos os guardiões, por tanto A Suprema. - O ego já estava subindo a minha cabeça, ai, ai.

— Lembra a Odin. – Comentou Negam inclinando a cabeça pensativa. – Ele é o pai de todos, e nós somos a mãe de todos.

Sorri com a comparação.

— Vocês parecem duas malucas – Virei minha cabeça para o Caius ao ouvir seu comentário. Meu coração ainda batia acelerado. Estava começando desejar eletrocutá-lo ou fazê-lo sentir dor como a Jane faz.

— Já sentiu o poder da Jane? – Se ele me achava maluca antes o sorriso que dei em seguida deixava bem claro o meu grau de insanidade. – Posso não ter pratica nisso, mas posso lhe dar uma pequena amostra.

— Não vale a pena usar magia negra nele. – Disse Negam me encarando seria. Desmanchei meu sorriso, na verdade valia, mas o Aro não iria gostar de eu torturar um dos “reis” Volturi. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa à porta foi aberta, encarei o guardião de boca aberta, ele vestia um roupão preto que estava aberto, mostrando seu peito e seu tórax definido, com uma calça um pouco amarrotada, sua fisiologia era de um asiático, seus cabelos cumpridos chamavam atenção. Puta que pariu Leshura é um gato.

— Por satanás.. – Vi um sorriso se formar na boca do guardião. Um rosnado saiu da boca do Marcus, que fofo, estava com ciúmes.

— Foco Megan! – Disse Negam impaciente.

Limpei a garganta para recuperar a compostura. Coloquei as mãos na cintura e encarei Leshura.

— A Suprema deu ordem de morte para a vampira, porque não obedeceu? – Perguntou Negam com um tom repreensivo, deixando o guardião desconcertado e um pouco arrependido.

— O poder da água me distraiu. – Justificou Leshura. Suspirei irritada.

— Você não esta molhado e nem perto do vapor da água. – Reparei.

— E esta sangrando – Disse Caius. Olhei para o pescoço e vi uma mordida feia que não tinha reparado antes.

— Não parece mordida de vampiro. – Estranhei.

— Quando a Suprema da uma ordem deve obedecê-la, não importa as circunstâncias. – O discurso da Negam tava me deixando confusa, não era ela que tava reclamando cinco minutos atrás?

Tem que mostrar quem é que manda nessa porra!— Gritou Negam na minha cabeça.

Não grita caralho! Não sou surda.

— Quem não me obedece sofre as consequências. – Girei meus dedos em meia lua e fechei o punho e lancei à magia cruciatos, a maldição da dor, uma magia da saga Harry Potter. Leshura caiu no chão de joelhos, gritando pela dor. Negam não pode ver por eu estar a sua frente, ele estava sorrindo. O filho da mãe também era masoquista.

Quando for criar um planeta, faça isso sóbria. — Resmungou Negam. Ela viu o que eu vi através da nossa conexão.

Obrigada, pretendo seguir o conselho.

Um vulto pulou na minha frente, por estar distraída com o Leshura só fui perceber quando a Negam deu uma de feiticeira escarlate e suspendeu a garota no ar. Deixei o guardião de lado e entrei no quarto.

— Bree? – Aquela não parecia ela, a cor de sua pele tinha voltado ao normal, como a de um ser humano comum, não tinha mais olhos vermelhos, eram negros agora, todos os seus dentes eram pontiagudos.

Mas que merda aconteceu aqui? Eu me ausento por alguns dias e já criam outra espécie.

— Porque tentou me atacar? – Perguntei a Bree.

— Você mandou me matarem. – Respondeu a vampira em quanto se debatia no ar.

— Estava testando o Save Point, e esqueci de cancelar a ordem depois, porque fui envenenada pela minha cobra de estimação. – Ato falho, sorry vampirinha. – Porque você esta de roupão?

— Foi atacada pelo povo do mar. – Disse Leshura se intrometendo na conversa. – Ela veio para meu território descansar, achei que cinco minutos não teria problema, já estava para seguir suas ordens quando ela me mordeu...

— Pode parar por aí! – Interrompi. Já sabia o que ele ia dizer, envolveria dor e prazer. – E a transformação dela?

— Ela ficou assim depois de me drenar na primeira vez. – Massageei a têmpora já sentindo a dor de cabeça iniciando.

— Maravilha, sua fornicação me custou uma nova espécie de vampiros! – Exclamei enfurecida.

Estamos com um problema, Megan.— Ouvi Negam dizer dentro da minha cabeça. Dei um longo suspiro, quando não tínhamos? Nem dormindo tínhamos paz.

Nem precisa dizer Negam, percebi isso desde que chegamos aqui.

— Você esta bem Megan? – Perguntou Aro preocupado. – Esta pálida e seus batimentos cardíacos estão acelerados.

Se me lembro bem o Leshura possui habilidades especiais para proteger seu território, que envolve água e magma.

Ignorei o Aro e me dirigi ao Marcus.

— Eu aceito sua imposição de ter guarda-costas – Cerrei os punhos tentando controlar a magia que tentava escapar de mim. – Mas em troca eu exijo vir para Ianova sem eles, aqui é um lugar seguro e eu vou provar.

Virei para Bree e tentei mostrar meu arrependimento e culpa pelo que tinha a feito passar.

— Sei que esta me odiando agora e eu sinto muito, mas agora preciso que se controle. – Nem precisei olhar para a Negam para ela entender a mensagem de colocar a vampirinha no chão.

Fui atacada por uma crise de tosse, olhei para a Negam e ela parecia péssima. Lagrimas de sangue se preparavam para cair sob sua face, toquei no canto dos meus olhos e senti o liquido quente. Corri para os braços da minha duplicata antes que o Jonathan pudesse agir com o seu dom de anular habilidades, e juntas nos teletransportamos para a cidade fantasma Thenova, de frente para o chafariz onde uma estatua da Moira posava bem no centro dela.

Senti novamente a queimação em meu peito de quando a marca me atacou pela primeira vez, mas bem pior. Meus joelhos dobraram tocando o chão.

— Suprema? – A estatua perdeu sua cor acinzentada e se tornou a forma viva da Moira, a guardiã da morte.

— Cancelo minhas ordens de matar a vampira Bree Turner. – Avisei antes de cuspir sangue. A guardiã me olhava com pena.

— Como desejar, minha Suprema. – Disse do alto do chafariz, segurando sua foice.

Meus olhos se voltaram para Negam, eu deveria estar tão ruim quanto ela, seus lábios estavam vermelhos por causa do sangue que tinha cuspido.

Senti minha ligação com Negam falhar, estava mais do que claro, estávamos morrendo, meus olhos se fecharam e não vi mais nada, antes de perder todos os meus sentidos senti meu sangue queimar e meu peito explodir.


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Notas finais do capítulo

Megan gosta de fazer os outros sofrerem, só para provar um ponto kk



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