UMA INTRUSA EM CREPÚSCULO escrita por Jace Jane


Capítulo 25
Capitulo 25º - Eu sou uma Volturi


Notas iniciais do capítulo

Agradeço a CatrinaEvans e a Natty Farias Freitas por comentarem no capitulo anterior, espero que gostem desse.



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Assim que meus pés descalços tocou o chão derrapou em uma folha de papel e eu caí para trás batendo a cabeça no espelho. - Mais que inferno, to virando a protagonista desastrada, que horror!

Levei minha mão até a cabeça e senti o corte, sangrava.

— Merda... – Ao levantar pude ver o estado que meu quarto se encontrava, uma zona completa. Pilhas de livros em tudo quanto é canto, em cima da penteadeira, da cadeira, do baú que fica em frente à cama, no chão. No espaço que dava para eu andar estava espalhado papel amassado e rascunhos com vários desenhos e títulos estranhos – Espero que tenha um feitiço para arrumar essa bagunça.

O lugar com menos livros era a penteadeira, então tirei a pequena pilha e juntei com a pilha em cima da mesa para conseguir sentar na cadeira. Na mesa tinha um rascunho escrito a lápis, era um pequeno texto que eu tinha escrito.

— To precisando de umas aulas caligrafia, essa letra ta um garrancho. – Era por isso que eu preferia digitar no Word a escrever manualmente, assim não teria registro da minha letra horrorosa. O titulo do texto era familiar. – Paradoxo de bootstrap.

 É um paradoxo da viagem no tempo em que as informações ou objetos podem existir sem terem sido criados. Após um objeto — ou informações — ser enviado de volta no tempo, ele, recebido no presente, torna-se o próprio objeto ou informação que será inicialmente levado de volta no tempo.

Porque eu estava pesquisando sobre isso? Vai saber como minha cabeça estava funcionando em quanto eu estava chapada. Peguei o meu celular que estava do lado da folha e liguei para o segundo numero da discagem rápida.

— Megan? – Asten estava do outro lado da linha. – Ainda bem que você voltou você não sabe o que eu passei, seu pai ameaçou a me torturar se eu não a encontrasse, mas como eu ia saber onde você estava? Viajantes podem ir para qualquer lugar! O multiverso é grande demais para eu conseguir te rastrear, mas você acha que ele aceitou essa resposta? Nããão.. E como se não basta-se ter seu pai me ameaçando seu namorado junto do Caius ficaram no meu pé exigindo respostas, como se eu tivesse!

— Asten, calma! Respira homem. – Todo o seu discurso foi dito sem uma pausa para respirar. – Eu estou no meu quarto agora, que esta uma bagunça. Nunca imaginei que diria isso, mas... Preciso de um quarto maior.

— Você esta em um quarto temporário, o seu esta sendo preparado junto com as esposas de Caius e Aro. – Pela voz ele parecia mais calmo, ele tem uns piques de humor fora do normal.

— Eu estou aqui há meses, como podem demorar tanto?

— Conflito de interesses. – Sua voz estava próxima, olhei para trás e encarei a face do feiticeiro que saía de um portal em cima da minha cama.

— Você esta com esses pés imundos em cima da minha cama! - Ele teve a audácia de revirar os olhos para mim.

— Você tem empregados para lavar seus lençóis. – Disse em quando descia da cama e atravessava o labirinto que era o meu quarto em seu estado atual. Desliguei o celular e o coloquei de volta onde eu achei.

— Ao contrário do que a Lilith acha, eu não sou porca! – Bufei.

— Por onde você esteve? – Seus olhos mostravam preocupação genuína. A brincadeira tinha acabado hora dos adultos conversarem.

— Eu tive vários apagões. – Embora eu forçasse a minha mente a lembrar, os esforços eram inúteis. – O pouco que eu sei é que estive aqui e depois fui parar em uma floresta com arvores de proporções enormes, eu segurava uma espada e uma pedra, lembro de ir para o apartamento, devo ter deixado eles lá porque quando eu voltei a mim estava na casa da Bella Swan.

— Megan! – Nossa atenção se desviou ao ouvir o Marcus me chamando da porta.

— Consertaram a porta. – Observei distraída. – Ah, oi.

— Oi? – Sua face que normalmente era pensativa e quase inexpressiva estava furiosa. Vish acordei a fera. – Você não imagina o quão preocupado eu fiquei, imaginando que você podia estar morta!

— A culpa não foi minha. – O olhei indignada. – Lilith me picou, e depois eu surtei.

Com sua super velocidade ele correu até ficar a um passo de distancia de mim.

— Eu deixei você ir visitar seu tutor e você volta nos braços de um desconhecido inconsciente e coberta de sangue, ficou dois dias sem dizer uma palavra e quando finalmente se recompôs sumiu por uma semana! – Se ele tivesse sangue correndo pelas veias seu rosto estaria vermelho de raiva.

Retraí meus ombros, porque ele tinha que ser tão alto? Era intimidante.

— Belfegor é o meu pai, ele salvou a minha vida! – Agora quem estava furiosa era eu.

— Eu vou deixar o casalzinho brigar em paz. – Asten criou um portal e se mandou. Covarde.

— E você não tem que me deixar fazer nada, eu sou uma mulher independente, nascida no século 21, se eu quiser fazer alguma coisa eu farei! – Nos encaramos em um impasse, ambos éramos autoritários e não iríamos ceder, ele queria me proteger, mas não abriria a mão da minha liberdade.

— Você terá sua guarda novamente, isso não é negociável! – Rosnei irritada. Quando eu finalmente tinha conseguido me livrar deles. – Eu já perdi uma companheira antes, não perderei de novo.

— Minha mãe foi um caso a parte, eu sei me defender!

— Se soubesse não precisaria do seu pai. – Meu corpo se inundou de raiva. Como ousa?

Cerrei os punhos tentando conter o tremor que espalhava por todo o meu corpo.

Recitei algumas palavras em grego em quanto invocava a magia. Na minha mão direita surgiu uma grossa corrente feita puramente de eletricidade. Um cheiro forte de ozônio espalhou pelo quarto. Em um movimento ágil usei a corrente como um chicote e acertei Marcus no peito, que voou contra a parede.

Seus olhos vermelhos não me encaravam furiosos como eu esperava, me olhavam com surpresa.

Atravessei os livros que ficaram no caminho até chegar a ele, ele estava caído no chão. Coloquei meu pé em cima de seu corpo.

— Minha mãe é um monstro, igual a você e os seus irmãos, a única diferença entre ela e vocês, é que eu tinha conhecimento. E agora que eu sei o que ela é, eu vou matar aquela vadia! E não tem um vampiro neste mundo que me impedirá de ter minha vingança. – Bati a porta do quarto com força ao sair, mesmo sabendo que era completamente desnecessário.

Como ele podia me achar fraca? Minha mãe tinha me pegado de surpresa, como eu ia saber que ela era uma vadia manipuladora? Não é como se a palavra de um príncipe do inferno fosse à fonte mais confiável para seguir.

— Megan!

— Não ficou satisfeito com a minha corrente elétrica, my love? – Lancei um sorriso irônico em sua direção, como ele ousava aparecer na minha frente?

— Eu já perdi alguém importante para mim antes, eu não aguentaria te perder. – Seus olhos.. Estavam como quando nos conhecemos, inundado de dor e tristeza. Meu coração voltou a bater em seu ritmo normal, embora ainda sentisse uma queimação no peito.

— O que me dói é que você não confia em mim! – Meus olhos queimavam, lagrimas queriam escorrer dos meus olhos, não as impedi de cair. – Eu sou sua companheira, eu reneguei o sobrenome da minha mãe para carregar o seu! Eu sou uma Volturi, e um Volturi não é fraco. – Senti meus joelhos caírem no chão frio do corredor, meu coração estava acelerado por conta do meu descontrole repentino, o ar começava a faltar em meus pulmões.

Ouvi o grito desesperado do Marcus. Ele me pegou em seus braços e me segurou, encarei os seus olhos vermelhos cheios de medo.

— Acho que exagerei quando te ataquei. – Meu coração parecia que ia pular do meu peito a qualquer momento. – Achei que era a raiva, mas era a marca.

Seu desespero não podia ser maior. A marca era a minha maldição.

Coloquei a minha mão sobre sua bochecha e abri minha boca, deixando uma nevoa verde como uma esmeralda escapar indo diretamente para a dele. Minha vista começou a escurecer e minha cabeça tombou para trás, e não vi mais nada.

Minha consciência começa a despertar, uma brisa fresca atingiu a minha face dando a sensação de frescor, o verão estava começando, o edredom que me cobria causava ondas de calor pelo meu corpo, deixando minha pele ligeiramente úmida com o suor. Seu cheiro invadiu minhas narinas, respirei fundo, apreciando. Eu o tinha machucado, só para provar um ponto, a culpa comprimia o meu peito e me tirava o fôlego, como eu pude fazer aquilo? E como fui capaz de dizer aquelas palavras? A escuridão estava profanando meu coração, me colocando em um caminho perigoso, que eu não podia permitir.

Senti seu toque gelado limpando uma lagrima solitária que ameaçava escorrer pelos meus olhos. Agarrei sua mão em quanto o encarava com os olhos cheios de culpa.

— Me perdoa? – Minha voz soou mais chorosa do que eu esperava. – Foi errado lhe ferir daquela forma.

Ele me encarava com ternura, não parecia magoado com as minhas ações, mas eu me sentia e muito.

— Eu sou resistente. – Sorriu em quanto tocava o local a corrente o atingiu.

O encarei entristecida, me sentei na cama para encara-lo melhor em quanto me desculpava apropriadamente.

— Isso também, mas digo por ter te chamado de monstro. – Toquei sua face em desespero, partia meu coração saber que eu o tinha machucado. – Você não é um monstro, é o amor da minha vida. – Minha declaração de amor pareceu ter derretido seu coração porque ele deu um sorriso que derreteu o meu.

— Isso é um pedido de desculpas ou uma declaração de amor? – Vi um brilho de malicia em seus olhos. Ele podia ser frio, mas me despertava um fogo.

— Os dois. – Desci minha mão pelo seu peito e agarrei sua blusa com força e o beijei com uma intensidade voraz. Joguei seu corpo na cama e montei sobre ele.

— Para alguém que quase morreu você esta bastante energética. – Disse Marcus ao nos separarmos para tomar fôlego.

— Eu sempre tenho energia para você. – Tirei minha blusa e voltei a beija-lo. Não demorou muito para que nós dois ficássemos nus. Suas mãos geladas percorreram todo o meu corpo, arrancando suspiros. Seu corpo era frio e o meu era quente, estávamos em perfeito equilíbrio. O ouvi rosnar em quanto me colocava de costas, seus lábios tocaram o meu pescoço deixando rastros de beijos que terminaram nas minhas costas. Senti afastar minhas pernas antes  de  me penetrar.

Ah! Só mesmo o Marcus para conseguir levar a filha de um demônio ao paraíso.

***

A situação não era uma das mais favoráveis, meu amado companheiro, decidiu em quanto eu ainda estava inconsciente que minha imprudência e minha incrível habilidade de atrair o perigo eram um mal que tinha que ser cortado pela raiz, então iríamos sentar e conversar em horários diversos até eu entender que alguém na minha posição precisa ter cautela, e até que eu entendesse seu ponto de vista ficaria trancada no meu quarto, tendo o Jonathan como carcereiro, que vim a descobrir que o filho da puta tem a habilidade de anular habilidades de outros vampiros e magia de feiticeiros em um alcance admirável.

— Isso é cárcere privado! Tem leis contra isso! – Sua expressão estava neutra, nenhum pouco incomodado por eu estar inconformada.

— Os Volturi não são uma democracia, isso é monarquia e eu sou o rei, minha palavra é a lei! – Semicerrei os olhos em quanto uma raiva se alastrava por todo o meu corpo.

— E tem o ego de um. – Minha língua ferina voltou à ativa. Quando eu estou nervosa eu flerto e quando eu estou irritada sarcástica.

— Desde que chegou já esteve perto da morte mais vezes do que eu posso suportar. – Ele estava decidido em continuar com essa insanidade, mas ele acha que eu vou jogar seu jogo esta muito enganado!

— Se você acha que eu vou aceitar isso calada vai ficar muito surpreso. – Cruzei os braços e o encarei de cabeça erguida.

— Não importa o barulho que faça um feiticeiro sem seus poderes não pode fazer nada. – Ele gostava de me atiçar, seja pelo sexo ou pela ira.

Respirei fundo.

Encarei a lua pela janela, uma brisa refrescante escapava pela fresta indo direto a mim. A seda que me cobria era tão leve que mal sentia o tecido me cobrindo. Levantei da cadeira e fui até o vampiro, com um sorriso malicioso nos lábios, apoiei meu joelho bem perto de sua masculinidade em quanto me debruçava sob seu corpo.

— Quando você é manipulada pelo deus da trapaça você aprende alguns truques. – Levei meus lábios até o seu pescoço lhe dando um beijo de leve em quanto aproveitava para ingerir seu cheiro. – Farei se arrepender de me colocar contra a parede, my love.

Me afastei lentamente esbanjando sensualidade.

— Estou entrando em greve de sexo! – Nunca imaginei que estaria nesta situação, mas cá estamos.

— É serio Megan? – Ele encarava a situação com bom humor.

Sorri em quanto pode meu amor, o farei subir pelas paredes.

— Vou tomar um banho. – Tirei a única peça que cobria a minha nudez. – E você não esta convidado.


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