UMA INTRUSA EM CREPÚSCULO escrita por Jace Jane


Capítulo 10
Capitulo 10º - Harry Potter, perigoso?


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer a Duda, Natty Farias Freitas, rosa1428, CatrinaEvans e princesapanda por seus comentários no capitulo anterior. ♥



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Depois de trocarmos o dinheiro dei a maleta lotada de galeões para o Jonathan segurar, eu não gosto nada da ideia de ter três vampiros me seguindo então era melhor que me fossem úteis segurando minha bagagem. Assim que saí do edifício eu corri para o mural de aviso, onde tinha a ameaça que desencorajava possíveis ladrões.

“Entrem, estranhos, mas prestem atenção Ao que espera o pecado da ambição, Porque os que tiram o que não ganharam Terão é que pagar muito caro, Assim, se procuram sob o nosso chão Um tesouro que nunca enterraram, Ladrão, você foi avisado, cuidado, Pois vai encontrar mais do que procurou.”

Peguei o celular do bolso do casaco e tirei uma self com um sorriso largo, mal podia acreditar que estava mesmo ali. – Antes eu não estava empolgada, mas agora o espírito Potterhead baixou em mim. – Depois de ver a foto e verificar se estava boa coloquei o celular de volta em seu lugar e fiz o trajeto de volta à loja do Olivaras, estava na hora de obter minha primeira varinha!

Antes de entrar na loja um bruxo muito alto e barbudo que estava acompanhado de um garoto magricela de óculos passaram ao meu lado, eu arregalei os olhos e os observei se afastarem.

— Pelas barbas de Merlin, aquele era Harry Potter! – Estava de boca aberta.

— Quem é Harry Potter? – Perguntou Sidney curiosa.

— Harry Potter é o garoto que derrotou o Lorde das Trevas com um ano de idade! – Respondi empolgada para a vampira.

— Com um ano? – Perguntou espantada.

— Uma magia antiga foi ativada pelo sacrifício de sua mãe, então quando o Lorde das trevas lançou a maldição da morte em Lilian Potter a magia foi rebatida e ele foi atingido, e Harry Potter sobreviveu, com apenas uma cicatriz. – Expliquei fascinada.

— Não acho seguro continuarmos em uma cidade com um bruxo perigoso. – Disse Jonathan temeroso.

— Harry Potter, perigoso? – Bufei com descrença – Ele só tem onze anos e acabou de descobrir que é um bruxo.

Jonathan me olhou como se eu fosse maluca, eu disse que o Potter matou um bruxo das trevas com um ano e chamei sua versão de onze anos de um moleque indefeso, dei de ombros e entrei na loja do Olivaras.

— Olá! – O Olivaras apareceu atrás da mesa, aparentemente ele deixou uma caixa cair no chão, ao ver novos clientes o velho correu para nos atender.

— Acho que tenho uma varinha perfeita para você! – Correu para os fundos da loja e trouxe uma caixa branca, removeu a tampa e mostrou uma varinha branca de uns trinta e cinco centímetros com um cabo que me lembrava muito a estofado de sofá de rico, era quadriculada com pedrinhas vermelhas no centro da costura. Com o coração a mil eu peguei a varinha e apontei para o lado, ela era linda, um monte de papel saltou de uma gaveta, me assustando. – Nah, me enganei. – Devolvi a varinha para caixa em quanto ele ia procurar outra varinha para experimentar.

— Porque você esta experimentando varinhas? – Perguntou Jonathan confuso.

— A varinha que escolhe o bruxo, não o contrário – Citei em quanto esperava. Não demorou muito para o bruxo me trazer outra caixa, nela tinha uma varinha vermelha de cabo negro, a peguei e apontei para um jarro perto das prateleiras, a direita do Olivaras, o jarro quebrou, devolvi a varinha pra caixa com medo de quebrar mais coisas. – Ainda bem que tem feitiço pra reparar o estrago.

— Não se preocupe com isso – Confortou Olivaras.

— Acho que é o meu destino não ter uma varinha. – Comentei olhando para as minhas mãos. Eu sabia que não precisava de uma, mas era importante para mim, como fã daquele universo.

— Bobagem, todo o bruxo é destinado a uma varinha. – Queria dizer que eu não era exatamente uma bruxa, mas decidi ficar quieta. – Acho que sei de uma varinha! – Lembrou-se em um estalo correndo direto para a estante atrás de mim, arrastou uma escada e subiu seus degraus, a caixa que ele procurava estava no topo, era uma marrom coberta de poeira, o bruxo deu um sopro na tampa espantando o pó e então desceu a escada e me amostrou.

Não pude deixar de dar um pequeno riso.

— Que apropriado. – A varinha de madeira clara, do tamanho da metade do meu braço, em seu cabo havia duas cobras entrelaçadas e ambas mordiam a calda da outra.

— Feita da madeira de pinho com núcleo de fibra de dragão, 32 centímetros – Informou o bruxo empolgado.

— Dragão? – Comentou Liliana com um tom confuso.

Segurei a varinha e uma onda de calor subiu pelo meu corpo, ao sentir aquilo eu sabia aquela era a minha varinha.

Depois de comprar minha varinha fui direto a livraria, comprei todos os livros que os primanistas de Hogwarts usariam aquele ano e vários outros de magia mais avançadas, gastei uma boa grana lá, tive que sair rapidamente ou compraria a metade da loja, o que eu podia fazer, estava no paraíso. Em seguida fui comprar ingredientes para poções e alguns caldeirões, deixando as mercadorias serem carregadas pelos meus guarda-costas.

— Sabe, viemos aqui para lhe proteger, não para ser seus guarda volumes. – Reclamou Sidney, ela tinha ficado encarregada de levar os caldeirões e o kit de poções, agora eu tinha meus próprios vidros de ensaio! To tão feliz.

— Vocês estão aqui contra a minha vontade – Disse de cara fechada – Se vão ser minhas sombras ao menos sejam uteis. – Reclamei me virando para eles de braços cruzados – Fora que eu não aguentaria carregar tudo isso sozinha e se meus braços ficassem doendo e o “Mestre Marcus” repara-se ele iria tirar satisfações com quem deixou eu me machucar.

E foi assim que eu calei três vampiros. Foi escroto da minha parte? Foi, mas foda-se, eu que mando nessa porra!

Dei as costas novamente para os vampiros e entrei na loja de animais, me plano era adotar um gato. A moça responsável pela loja terminou de atender seus atuais clientes antes de dar atenção para mim, isso depois de olhar estranho para os caras pálidas atrás de mim.

— Bom dia, que bichinho você procura? – Perguntou deixando o balcão e vindo a minha direção – Se quer um fiel companheiro recomendo esse lindo filhote de gato – Disse me guiando até um fofinho gato branco de olhos azuis, ao me aproximar o gato soltou um rosnado, dei um passo para trás assustada.

— Acho que ele não gostou de mim. – Comentei acanhada.

— Sem problemas, o que acha de uma coruja para enviar suas cartas? – Me mostrou uma coruja de pelos claros em cima de um poleiro.

— Não preciso, tenho um celular – Falei a deixando confusa. Suspirei e dei uma volta pela loja, ao ver a seção de repteis soltei um grito de susto ao ver uma cobra azul. Ouvi Liliana rir na seção de aves.

Outra preconceituosa – Sibilou a cobra azul de cabeça vermelha.

To ouvindo coisas? Uma cobra acabou de me chamar de preconceituosa?

— É normal para um ser humano se assustar com uma cobra, cobras mordem, cobras matam. – Tentei justificar, porque raios eu to discutindo com uma cobra?

Humanosss também!— Sibilou irritada — Vocêsss matamm, vocêss exploramm, escravizam, poderia falarrr o dia todo. - Eu podia jurar que ela me olhava com deboche.

Nós não somos todos mal— Gritei com a cobra. Juro que ela sorriu, juro!

Não julgue sse não querrr serrr julgada. – Ela tinha um ponto.

— O que você ta falando senhorita e com quem? – Jonathan me encarou assustado. Eu devia esta agindo de uma forma estranha para eles. Deu-me um estalo, eu to conversando com uma cobra! Minha boca fez um O pior que o da pintura do grito

— Vocês não podem ouvir a cobra, não é? – Suspirei em quanto eles concordaram. – Sou ofidioglota agora, devo agradecer ao Loki por isso, essa e a marca dele.

— É um dom tão raro! – Disse a vendedora impressionada.

Agora ela vai sse acharr — Reclamou a peste azul.

Eu não sou esnobe – Coloquei os braços na cintura, irritada. Eu estava sendo uma perfeita menina mimada, onde esse mundo foi parar?

Quero um rrato — Disse a cobra colocando a língua para fora, olhava sugestivamente para a vendedora.

Sorri para a cobra quando uma ideia surgiu na minha mente.

Eu to morando em um palácio e lá deve ter um porão enorme, acho que vou adotar um gato e deixa-lo caçar por lá, mas os meus gatos só gostam de brincar e estripar, nunca comem. – Falei dando um passo na direção do gato.

Que dissperrdicioo! — Disse horrorizada – Porrque oss humanoss só gostam de gatosss? O que eles têm que eu não tenho?

Educação e classe – Citei.

— Gatoss educados? – Riu a cobra – Você não conhece oss gatoss daqui. Se me comprarr mostrarei o quanto tenho classsse.

Será educada?  - Perguntei.

Vou ser, se me deixar comer aqueles ratos! – Ri

***

Havia enlouquecido, eu tinha comprado uma cobra! A vendedora me garantiu que ela não era venenosa e era bem dócil. – Ela dizia isso porque não tinha conversado com a cobra! – Entreguei o valor em galeões, aquela cobra valia mais do que o merecido, mas tudo bem.

Depois de deixarmos a loja comigo segurando à gaiola, fomos até um beco onde tinha lojas pouco movimentadas para voltarmos ao apartamento, pulamos na vitrine mais afastada.

Ao respirar o ar da Itália meus ombros relaxaram, estava em casa, coloquei a gaiola no chão e abri a portinha para a cobra sair.

— Pode colocar os livros no chão mesmo, depois eu os arrumo. – Disse ao Jonathan – Pode colocar do lado – disse para Sidney. –Agora deixem o meu quarto que eu vou tomar um banho.


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