UMA INTRUSA EM CREPÚSCULO escrita por Jace Jane


Capítulo 1
Capitulo 1º – Só sei que nada sei


Notas iniciais do capítulo

Farei mais fanfics nesse estilo [Intrusa em outro reino] se vocês gostarem.
Espero que gostem, faz tempo que não posto nessas categorias.



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Minha mãe ficaria o dia inteiro fora por conta de um caso que seria julgado no tribunal hoje e para minha tristeza eu tinha que arrumar a casa, qualquer coisa que me deixasse longe do meu computador por muito tempo era uma lastima para mim, mas essa era a vida, minha mãe trabalhava o dia todo, era minha obrigação deixar tudo arrumado. Fui pra sala e peguei o controle na mesa de centro e apontei para a TV, nada melhor do que escutar musica em quanto arruma a casa, tudo fica mais agradável com um pouco de musica, escrevi o nome da musica usando o controle da TV e em instante o clipe de Alan Walker rodava cantando Faded. Aumentei o volume para que eu pudesse ouvir pela casa toda, meus vizinhos que me perdoem, mas faxina sem musica não dá!

Deixei a sala e fui à cozinha pegar os produtos de limpeza que ia precisar na sala, pano de chão, pano de tirar pó e o ilustra moveis, opa! Quase esqueço a vassoura.

Enrolei o máximo que dava para tirar pó, odiava tirar pó da casa, mas tinha que fazer.

Umas duas horas se passaram quando eu dei um fim na faxina, faltava o meu quarto, arrumaria ele depois, precisava descansar. Pulei no sofá, peguei o controle e desliguei a TV, queria escutar a maravilhosa voz do silencio (sim, silencio tem som).

Em quanto eu encarava o teto acabei pegando no sono, olhei para o relógio na parede.

— Eu não sei ver hora nisso, porque ainda olho? – Bufei.

Fui para o meu quarto e encarei as horas marcadas no monitor do computador, eram doze horas.

— Hora do almoço.

Quando abri a geladeira não tinha nada de bom para se comer, revirei os olhos, irritada. Estava na hora de fazer compra. Abri o congelador e sorri, tinha lasanha.

***

Existe coisas neste mundo que não devem ser ignoradas, como violência ou um ataque eminente, em casos raros, quando o rei bate na sua porta a procura do seu filho, o príncipe...

Um temporal começou a cair do outro lado da janela, não pude deixar de resmungar, justo na hora que me animei para escrever.

— Thor querido eu sei que ama brigar com o seu irmão, mas poderia ser em uma hora que eu não estou escrevendo? – Clamei aos céus, um brilho apareceu na janela, estava na hora de desligar todos os aparelhos da tomada, ou eu ficaria sem eles.

Lá fui eu correr pela casa toda puxando os cabos da tomada, começando pelo meu computador é obvio. Depois de salvar os aparelhos domésticos fui para o meu quarto.

A cidade onde eu morava era uma figura fazia um sol escaldante até às quatro da tarde, parecia até que estava no centro do Rio de Janeiro, e depois das quatro chovia alagando as ruas, ficando impossível de sair de casa e atravessar a rua, se bem que quem seria doido de sair de casa na chuva?

Sem ter mais o que fazer calcei o chinelo, peguei um casaco no armário e prendi o cabelo e fui para sala, minha bolsa estava no sofá, tinha colocado alguns livros nela depois de emprestar para uma amiga, ela adorou, tinha vistos os filmes e ficou louca pelos livros, a safada leu os livros primeiro que eu!

Agora era a minha vez, nada como uma chuva para por suas leituras em dia.

Em quanto à chuva não dava trégua o mundo de crepúsculo era apresentado sob a perspectiva da Bella Swan.

A leitura foi lenta e agonizante, esse protagonista era uma perfeita donzela indefesa que precisa ser protegida pelo seu príncipe encantado.

— Serio? Como alguém gostou disso eu não sei.

Fechei o livro e coloquei na bolsa novamente e resolvi cochilar. Comecei a despertar com a claridade no meu rosto e conversas perto de mim – Ah, não, trouxe visita de novo e sem avisar?

— Da para falarem baixo, tem gente tentando dormi aqui! – Ao abrir os olhos fiquei espantada, olhei paras os lados sem conseguir acreditar. Peguei a bolsa nos meus pés e a coloquei atravessada no meu ombro. Algumas pessoas olharam para mim com estranheza, meu coração começou a bater mais rápido, levantei em um pulo, onde é que eu estava? Era para eu estar em casa no sofá, mas não, estava no meio de uma praça em frente a um chafariz.

Prestei atenção no que as pessoas falavam, não consegui entender muita coisa, estavam falando em italiano, EM ITALIANO! – Respira Megan, respira! – Tateei meus bolsos tentando achar meu celular, mas estavam vazios, revirei a bolsa e só tinha minha carteira, alguns papeis de bala e os livros de Crepúsculo.

— Merda! O celular esta no quarto!

Fiquei sentada nos degraus da fonte em quanto tentava pensar no que fazer, o certo era eu tentar procurar um posto policial e explicar minha situação, bem, tentar, eu não falo italiano, mas mesmo que conseguisse falar com eles como explicaria que em uma tarde eu tava no Brasil e em outra fui parar de frente para um chafariz na Itália? Comecei a chorar, não sabia o que fazer, estava em outro país, eu morria de medo de cidade grande. Botei a mão na minha barriga em quanto tentava normalizar minha respiração.

— Se acalme, você não tem como ir ao banheiro agora.

Fiquei concentrada na minha respiração em quanto o sol ia embora, me deixando sozinha no escuro. Levantei a cabeça e olhei para as pessoas em volta, conversavam trocando sorrisos em quanto eu estava lá tendo um ataque de pânico, virei meu rosto e vi que tinha alguém sentado na fonte, próximo a mim, ele usava vestes estranhas, sua pele era branca, mais branca que a minha, eu não achava que era possível, seus olhos eram vermelhos, ele não parecia usar lente de contato. – Ah, saquei, ele era albino, mas havia pintado o cabelo e a sobrancelha, talvez quisesse ser como todo mundo, mas se ele quisesse se misturar usar aquelas roupas não era o caminho certo.

A expressão daquele homem era angustiante, ele parecia sofrer de uma dor inimaginável.

— Parece que esta tendo um dia tão ruim quanto o meu – Falei, ele olhou para mim surpreso, como se só tivesse notado minha presença agora.

— Todos os meus dias são assim – Falou o homem.

— Você deve ter um emprego horrível. – disse para ele, o fazendo dar um riso.

— E você, porque esta tendo um dia ruim?

— Eu estou na Itália sem saber como vim parar aqui, uma hora estou no sofá da minha sala dormindo e outra estou aqui – Revelei – E estou morrendo de medo de sair por aí procurar a policia e me perder, ou eles não me entenderem já que não falo italiano.

Ele me olhou com uma cara curiosa.

— Que foi? – Perguntei

— Você esta falando em italiano – Respondeu.

— Não, eu só sei falar português.

— Eu não estou ouvindo você falar em português – Falou ele com o rosto serio.

Comecei a ficar assustada, aquilo não era possível, eu estava falando em português, mas como ele estava entendendo em italiano?

— Eu não sei como isso é possível. – Disse sem entender;

— Como se chama? – Perguntou o homem de olhos vermelhos.

— Megan Rodrigues, e como o senhor se chama?

— Marcus Volturi – Respondeu o homem.

— É um prazer em conhecê-lo. – Sorri – Por acaso o senhor teria um celular?  - Marcus arqueou a sobrancelha curioso com o meu pedido. – Pra tentar falar com a minha família.

Ele enfiou a mão dentro de suas vestes e tirou o celular e me passou. Eu não poderia fazer uma ligação direta, ligação internacional devia ser cara, então tentei mandar uma mensagem pela minha rede social.

— Email ou senha incorreto – Li – Estranho.

Joguei o meu nome no Google e para minha surpresa não tinha ninguém com esse nome. Comecei a ficar nervosa, como assim eu não existia? Joguei o nome da minha mãe e da firma dela e não encontrei nada.

— Alguma coisa errada? – Perguntou Marcus preocupado.

— Eu não existo – Respondi – De acordo com o Google eu não tenho um perfil online, nem minha mãe e nem a firma de advocacia dela, o que deveria ser impossível, todo mundo tem perfil online, eu tenho instagram, facebook, Snapchat, twitter, mas nenhum deles existe de acordo com o Google! Como eu vou voltar para casa se eu não existo?

— Sua história me lembra uma passagem de um livro que li há muito tempo, vem comigo – Chamou em quanto se dirigia para uma torre de pedra. Eu o segui sem entender como isso era relevante, mas ele saiu correndo e me deixou com o celular dele.

Em nenhum momento da caminhada ele voltou a falar, eu tentava alcança-lo, mas ele era muito rápido – malditas pernas pequenas! – Entramos em uma passagem que nos levou para um elevador.

— No que esse livro pode me ajudar, eu não deveria pedir ajuda a policia? – Perguntei.

— Se eu tiver certo nem eles podem te ajudar – Respondeu.

Assim que as portas se abriram ele disparou para fora, passou pela mesa da secretária sem ao menor lhe cumprimentar, e eu corria tentando acompanhá-lo. Depois de seguirmos por inúmeros corredores, chegamos a uma ala que era guardada por uma garota de cabelos claros e pele branca como a de Marcus.

— Trouxe um lanche senhor – comentou a mulher olhando para mim com malicia.

— Calada! – disse Marcus para a mulher, que lhe olhou surpresa por ser repreendida.

— Desculpe senhor.

Marcus abriu uma porta me deixando para trás, acho que ele esperava que eu o segui-se, já que estava fazendo isso desde a praça. Antes de atravessar a porta olhei para a mulher de olhos vermelhos e apontei o dedo para sua cara.

— Se me olhar daquele jeito novamente arranco seus olhos! – Sem esperar por respostas fechei a porta e fiquei esperando Marcus achar o bendito livro.

Olhei para as estantes lotadas de livros antigos, estavam cheios de poeira. No meio da parede tinha um enorme quadro com a pintura de uma mulher muito bonita.

— Isso aqui é uma biblioteca? – Perguntei curiosa.

— Meu quarto.

— Não devia ter uma cama? – Perguntei confusa.

— Eu não durmo. O livro não esta aqui, fique aqui e não saia em hipótese alguma!

— Você fala como se tivesse uma selva lá fora – Resolvi sentar no sofá e ficar esperando. Peguei o livro na bolsa e comecei a ler, li uns cinco capítulos antes de o Volturi voltar.

— Sabia que essa marca me lembrava de alguma coisa – Comentou Marcus parecendo animado.

— Que marca?

Ele apontou para o meu decote e lá tinha uma tatuagem de uma cobra mordendo o próprio rabo.

— De manhã eu não tinha uma tatuagem. – Olhei espantada, se eu chega-se em casa assim minha mãe ia me matar.

— Você a recebeu quando chegou aqui. Disse ele; – Meu irmão encontrou com alguém como você, vindo de outra terra, marcado com uma ouroboros, um viajante.

— Viajante?

— Alguém que encontrou os rastros da serpente de Midgard, o viajante disse a Caius que atravessou um portal que o trouxe para cá. – Disse Marcus com os olhos brilhando de entusiasmo.

— Esta dizendo que eu viajei para um universo o qual eu não existo? – A velhice não fez bem para ele.

— Exatamente!

— Isso é loucura! – Comentei.

— Conseguiu encontrar algum registro seu?

Ele tinha um ponto, mas não deixava de ser inacreditável. Joguei os braços para o alto me rendendo.

— Não sei demais nada.


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Notas finais do capítulo

A história será atualizada toda semana.