For Evermore escrita por MelanieStryder


Capítulo 32
Capítulo 32 - My Paradise


Notas iniciais do capítulo

Noooooooooooossa
Quase nenhum review!
Depois do meu "dia de fúria TMP" eu devo ser agora uma VACA, MEGERA, FDP!!! A pior das criaturas!


Mas eu vou postar mais um mesmo assim...
Bjin



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Jacob dirigia pela avenida beira-mar. O sol já havia se posto, no entanto, as pessoas continuavam andando nas ruas e aproveitando a grande quantidade de barzinhos e restaurantes que havia por alí.

Minutos depois, já estávamos longe na agitação, ainda à beira-mar, mas em um lugar que parecia ser bem mais redicencial.

Jake estacionou em frente a uma contrução luxuosa, mas não muito alta. Na realidade, eram várias “casinhas” que eu imaginei que fossem chalés. A entrada era tão suntuosa que havia duas tochas de fogo, uma em cada lado do grande portão de madeira.

_ Aqui?

Ele sorriu.

_ Jake...

_ Não fala nada ainda. Deixa você conhecer lá dentro primeiro.

_ Mas aqui de fora já dá pra ver, é... Maravilhoso!

O manobrista se encarregou de levar o carro para o estacionamento e nós aguardamos por um breve instante próximos a um grande tóten de madeira maciça, no qual estava no qual estava entalhado “Pousada e Resort Maya”.

Eu observava cada detalhe boquiaberta. O jardim era impecável, cheio de orquídeas, bromélias e outras flores e vegetações que eu nem sonhava que existiam. Sem contar os coqueiros, que estavam por toda a parte.

Uma moça vestida com bermuda e camiseta branca veio nos recepcionar. Eu podia ver seu nome; Camille; escrito em seu pequeno crachá dourado pendurado em seu peito.

A seguimos até um prédio onde devia ser a administração do resort. O chão e os balcões eram construídos mármore e o ambiente todo decorado em tons marrons e dourados. Passamos embaixo de um enorme lustre de cristal e fomos fazer o check in. Quando terminamos os cadastros, um carrinho, muito parecido com aqueles que se usam em campos de golfe nos esperava para nos levar até nossas acomodações. Enquanto caminhávamos até o veículo, Jacob apertou minha mão que estava entrelaçada à dele e sorriu. Eu retribuí e beijei sua mão.

Andamos dois ou três quateirões para o fundo o resort. Eu ficava imaginando como aquele lugar devia ser muito mais que perfeito de dia, já que já era tão esplêndido à noite, com as tochas de fogo iluminando rusticamente cada metro dos maravilhosos chalés.

O veículo parou na frente da uma construção absurdamente linda, cheia de grandes janelas, que me lembravam a minha casa em Forks. Um senhor já nos esperava na porta, com nossas pequenas malas.

_ Esse é o nosso chalé principal. _ A moça subiu no deck de madeira, o qual me parecia ser a varanda do chalé. Nela havia uma singela mesa de chá, cujo desenho do tampo era um lindo mosaico de sereia todo feito em vitral. Ao lado, duas grandes cadeiras de praia. Ela chaveou a enorme porta de vidro e a abriu completamente, o que nos dava uma porta de aproximadamente três metros de largura. A moça afastou a longa cortina de tecido e nós entramos. _ Espero que esteja tudo conforme vocês desejaram. _ Ela acendeu as luzes e foi como entrar em um cenário de um filme de Hollywood. A iluminação indireta privilegiava os quadros pintados em cores fortes pendurados na parede. A cama ao fundo... Bem, eu nunca tinha visto uma cama tão grande em toda minha vida. Um acolchoado a cobria perfeitamente ajustado e na cabiceira trabalhada com madrepérolas, almofadas de cores vibrantes e tecidos nobres a deixavam ainda mais luxuosa.

À nossa esquerda, uma grande chaise cor de areia estava perfeitamente encaixada em frente à uma TV e outros aparelhos eletrônicos. O ambiente todo ainda contava com três grandes abajures lindíssimos, que difundiam ainda mais a luz indireta.

_ Gostou? _ Jacob me perguntou.

_ Se gostei... É tudo tão perfeito. _ Eu murmurei, ainda com olhos observadores.

_ Seu esposo escolheu a dedo. Ele nos disse que queria o melhor que tivéssemos. _ Camille comentou. _ Bem, eu vou deixá-los a sós. Qualquer necessidade, basta telefonar para a administração que teremos prazer em atendê-los.

_ Obrigada.

Camille saiu. Eu finalmente coloquei minha bolsa sobre o sofá e tirei as sandália que apertavam meus pés. Toquei o chão de madeira envernizada e então caminhei até um grande tapete felpudo que ficava ao lado da cama.

Jake me abraçou e eu retribuí.

_ Jake, está muito além do que eu esperava...

_ Eu fiz questão, você merece.

Beijei seus lábios ternamente.

_ Você sabe que eu iria com você nem que fosse pra viver num hotelzinho de beira de estrada. É claro que aqui é tudo muito lindo, maravilhoso, mas meu amor por você é muito mais que isso tudo.

_ E o meu também. Mas já que podemos pagar...

_ Claro, você tem razão. E você, gostou?

_ Confesso que também pensei que não fosse isso tudo. Quando eu fiz a reserva pelo site, tinha fotos e tudo mais, mas não dava para imaginar que seria assim.

_ Que bom. _ Beijei-o novamente. _ Vamos tomar um banho?

_ Sim, eu estou grudento. _ Ele riu.

Mais ao fundo do quarto, havia duas portas. Uma delas dava para um closet e a outra, um banheiro. Na verdade creio que aquilo não deva ser chamado de banheiro, mas sim de sala de banho, pois até jardim privativo ele tinha. As pastilhas azuis esverdeadas trabalahavam todo o ambiente. A banheira de hidromassagem era enorme e convidativa e ao lado dela, uma coleção de sais de banho estava a disposição.

_ Wow Jake, que lugar lindo...

Ele colocou a banheira para encher e eu tratei de fechar as portas e janelas. Deixei o ar condicionado na temperatura ambiente fui para a sala de banho. Tirei minhas roupas, com os olhos de Jacob colados em mim. Estranho que dessa vez eu desejava mesmo que ele me olhasse. Entrei na banheira e apoiei meu corpo no lado oposto onde ele estava. A bacia era tão grande que nossos corpos quase não se tocavam; apenas nossas pernas, e ainda por cima, vez ou outra, pelo movimento que a hidro fazia na água.

Ele me fitava e seu sorriso ficava cada mais cheio de intensões.

_ Está cansada?

_ Não. _ Menti sorrindo.

_ Que pena que você falou que não seria hoje, já que nós estamos aqui neste hotel tão... perfeito... _ Ele riu mais alto.

_ Jacob, Jacob... Não me provoca! _ Eu nadei até onde ele estava e joguei-me sobre ele. Busquei com urgência seus lábios e enlacei seu pescoço em meus braços. A água agitada da hidro fazia com que nossos corpos roçassem um no outro a todo momento, fazendo a tensão entre nós aumentar ainda mais. Eu sentia meus seios rijos e extramamente sensíveis ao contato das mãos de Jacob e depois quando ele puxou bruscamente minhas coxas em sua direção e apertou cada músculo da minha cintura... Seus lábios quentes tocaram meu colo e escorregaram até um dos mamilos. Eu me abaixei para encontrar sua boca, enquanto minhas mãos deslizavam em seu peito até sua cintura, na intenção de retribuir carinho. Surpreendemente, suas mãos escaparam rapidamente de meu corpo e seguraram o meu pulso, não me deixando realizar o que eu queria.

_ Por que, Jake? _ Eu sussurrei em seu pescoço enquanto o beijava incessantemnte. Ele se contorcia e sua pele arrepiava, tamanho era o prazer que ele sentia ao meu toque.

_ Se você fizer isso eu não vou aguentar... _ Ele disse, com a cabeça para trás e olhos fechados.

_ Por que? É tão ruim assim?

_ É...

_ Duvido! _ Eu ri e ele também.

Ele sorriu maroto, ainda de olhos fechados. Suguei seus lábios com muita pressão.

_ Quem disse que é pra você aguentar? _ Eu ri e voltei a beijar seu pescoço.

_ Ness... _ Ele gemeu. _ Não me beija assim Ness, por favor, por favor... Deixa pra outro dia. _ Ele continuava implorando, sua voz quase não saindo direito, ele se perdendo nas palavras... Era engraçado. _ Amor, você não beija assim, essa não é você... Ness, Nessie, ahhhh... Você vai me deixar com marcas desse jeito.. Humm.

_ Não... Chega dessa história de outro dia. Não falta mais nada. Jake eu te amo.

_ Eu te amo... _ Ele voltou a beijar meu pescoço e depois o colo. A pressão que suas mãos fortes faziam em meus pulsos começou a diminuir, então eu achei que ele não fosse mais resistir. No entanto, inesperadamente ele se levantou comigo em seus braços, ainda com as minhas pernas entrelaçadas em sua cintura e me levou correndo pra debaixo do chuveiro.

_ Jake, não!

Eu gritei, mas não houve tempo sequer para tentar escapar. Ele abriu o chuveiro rapidamente deixando uma água extremanente gelada cair sobre nós. Eu não tinha saída, já que minhas costas entavam presas contra a parede fria de granito.

_ Ahhh, por que você fez isso? _ Fiquei com raiva. Aquele banho de água fria acabou com todo o desejo que eu estava sentindo. Agora eu estava tremendo de frio e só queria me aquecer.

_ Eu avisei, eu disse pra você parar.

...

Eu não sabia se era raiva ou mágoa que ela trazia no olhar, só sei que eles estavam cheios d’água. Achei melhor colocá-la no chão e deixá-la fazer o que quisesse. Bem, foi exatamente o que ela fez: não me olhou nos olhos e quando saiu do banheiro bateu a porta atrás dela.

Eu não sei se ela entendia, mas eu queria fazer algo especial para ela. Também não podia contar nada senão estragava, mas queria que ela entendesse.

Enrolei um pouco enbaixo da água fria e quando finalmente saí do banheiro, ela estava deitada no sofá, assitindo qualquer coisa na TV e emburrada, é claro.

_ Você quer comer alguma coisa, Ness?

É claro que ela não respondeu e eu também não forcei. Apaguei as luzes, me deitei na cama e tentei pegar o fio da meada do filme que ela assistia. Na última vez que olhei para o sofá, ela já estava com os olhos fechados e o controle remoto da TV caído no tapete. Eu pensei em me levantar, mas o cansaço foi mais forte do que eu e então, acabei dormindo.

Acordei assustado pelo pesadelo. Em meus sonhos, eu via Leah e Ness discutindo e brigando naquele maldito penhasco, depois a tal da fórmula sendo aplicada em meio a tapas e pontapés. Até aquele idiota do Nahuel estava lá, exatamente no lugar em que havíamos encontrado o corpo dela debaixo da neve. A única e básica diferença é que Renesmee era uma vampira e a primeira coisa que fez ao me ver, o único “quase” humano do grupo e que tinha sangue de verdade correndo pelas veias, foi investir seu corpo sobre mim. Eu podia sentir os dentes afiados dela dentro do meu pescoço, sugando com violência toda a vida que existia. No final, eu não exergava mais nada, não respirava, não me movia, nada. Caí rígido sobre a densa camada de neve.

Agora eu estou aqui, acordado. Sentei-me na cama e ri de mim mesmo, enquando a observava dormir, toda torta naquela sofá. Mais inofensiva do que isso, impossível! Eu diria que até um tanto quanto vulnerável demais. E eu amava aquela garota... Deus, como eu amava! E eu continuei amando até mesmo naquele pesadelo, enquanto ela me matava friamente.

Já passava das duas da madrugada e nós precisávamos dormir de verdade. Eu a trouxe para meus braços facilmente e ignorei todos os seus murmúrios sem sentido. A cobri com o edredon, mas depois mudei de idéia. Acho que eu podia tirar seu hobby... Foi o que eu fiz. Ela vestia nada debaixo dele. Imediamente eu voltei a ficar tão atordoado ou até mais do que eu estava há pouco dentro daquela banheira, com Nessie em cima de mim. Ela conseguia me tirar do meu próprio centro; a única que conseguiu isso em toda minha vida.

Eu ri de mim mesmo e a cobri. Apaguei as luzes e deitei-me ao lado dela. Arrastei seu corpo até bem perto de mim e beijei seu rosto.

_ Ness... Você está acordada?

...

Acordei cedo e a primeira coisa que fiz foi ligar para a Yumi.

_ Oi, aqui é a Renesmee, lembra?

_ Claro! Ness, né?

_ Isso, como você preferir.

_ E aí, como você está? Acordou agora?

_ Sim, acabei de me levantar. Então, nós vamos na praia hoje?

_ Claro! Tá, me diz onde você está hospedada.

Eu estava andando pelo quarto e as vezes olhava de canto de olho para Jacob. Ele já estava acordado, olhando pro nada no teto do quarto. Eu ainda estava com um tantinho de raiva dele pela noite passada. Minto, não era raiva que eu estava sentindo, era... Algo como me sentindo indesejada.

_ Ness, você está me ouvindo?

_ Ahhh, desculpa, eu me distraí. _ Abri a janela de vidro da varanda e saí para fora. O sol queimou na minha pele, tanto que era até desconfortável. _ Bem, é um resort, meio que pousada, eu ainda não vi direito. Eu só sei que se chama Maya.

_ Sério? _ Ela riu. _ Olha, eu estou aqui na praia da frente. Eu e meu namorado preferimos aqui. Ele diz que as melhores ondas estão nessa praia, então nós sempre viemos cedo pra cá.

_ Bom, melhor ainda! Faz assim... Eu vou comer alguma coisa, me trocar e daqui a pouco estou aí.

_ Ok, até!

_ Até!

Sim! Eu tinha uma nova amiga! E melhor, ela estava me esperando na praia. Corri até o closet para me trocar. Coloquei o biquine e quando dei por mim, Jacob estava encostado no batente da porta. Ele estava fazendo beicinho, dava pra perceber. Só faltava estar escrito “perdão” na testa dele.

Eu não resisti e ri, afinal de contas, não dava pra ficar brava com ele pro resto da vida.

_ Está desculpado, mas a gente precisa voltar a conversa sobre isso. _ Eu tomei a iniciativa. _ Jake, eu preciso entender, você me entende?

_ Perfeitamente. _ Ele sentou-se ao meu lado no divã.

_ Mas não agora. _ Eu me levantei depressa, ajustando os lacinhos do biquíni em frente ao espelho. _ Agora eu tenho um encontro na praia. _ Sim, eu estava fugindo dele, fugindo da conversa. Eu não queria nem pensar em ouvir suas explicações. Eu me sentiria miseralvemente massacrada se ele me dissesse que eu não o atraía.

_ Um encontro?

_ Eu conheci uma garota ontem no shopping. _ Eu contei pra ele toda a história.

Por fim, tomamos o café da manhã e saímos a pé para a praia. Não preciso nem dizer que Jacob me fez passar um quilo daquele bloqueador solar. Graças a isso eu estava mais branca do que já era.

Na rua, todos me olhavam. Eu tentei me esconder dentro da saída de branco azul marinho e branca, mas parece que eu era o centro das atenções.

_ Renesmee! _ De repente, um grito no meio da areia me chamou a atenção. Eu busquei a fonte daquela voz nada misteriosa e então ví Yumi pulando na areia e acenando para mim.

Jacob riu.

_ Ora... você não me disse que Yumi era uma criança.

_ Bobo!

Nós ziguezagueamos pelos banhistas até onde Yumi estava.

_ Oi Yumi! Esse aqui é o Jacob.

_ Nossa, vocês parecem duas crianças casadas brincando de casinha.

Nós rimos, enquanto Jacob tentava fincar a base do guarda-sol na areia e Yumi acenava para alguém que estava no mar.

_ Está vendo aquele ali? Aquele de bermuda azul. É meu namorado.

_ Ah, estou vendo sim.

_ Vem Cam!

Ele corria em nossa direção, todo molhado. Era um garoto bonito, não tão bronzeado quanto a Yumi e também parecia ser um pouco mais velha que ela.

_ Cam, esses são Renesmee e Jacob. _ Ela nos apresentou. _ Ness, Jacob, esse é meu namorado Cameron.

_ E aí, gente? A Yumi quase não dormiu falando de você. _ Ele riu enquanto me contava. _ Só ficava tagarelando que tinha conhecido uma garota nova por aqui, diferente de todo mundo que ela já tinha visto.

Eu fiquei meio com vergonha e as vezes olhava de canto de olhos para Jacob, que apenas ria.

_ Aqui, terminei esse guarda sol.

Jacob terminou de montar as duas cadeiras e eu e a Yumi nos sentados.

_ Você surfa, Jacob? _ Cameron perguntou.

_ Hum, faz muito tempo. Eu peguei essa prancha de bodyboard no hotel, mas não sei se está boa.

_ Vamos experimentar então.

Jacob jogou a carteira, bermuda e o celular no meu colo e correu pra água com Cameron.

_ Homens. Eternas crianças dependentes de nós mulher, seres ultra-superiores. _ Yumi começou com  mais um de seus discursos.

Nós rimos.

_ Então Yumi, você vem todo dia aqui?

_ Quem me dera! Eu e o Cam estudamos na mesma universidade, que está de greve nesse mês, dá pra acreditar? Eu trabalho de babá pra uma família, mas eles estão de férias e viajando para a Austrália. O Cam também deu sorte, ele trabalha na faculdade mesmo, mas já que está tudo fechado... Eu consegui ganhar essa corzinha nas duas últimas semanas. _ Ela afastou um pouco o biquíni.

_ Você está bonita. Quanto tempo você acha que eu levo pra ficar com esse bronzeado?

_ Ahh, pelo menos uns três anos, hein?! _ Nós rimos da piada. _ Estou brincando! Mas acho que se você quer uma corzinha, tem que começar tirando a saída de praia. Mesmo aqui debaixo do guarda sol, tem bastante mormaço.

_ Certo. _ Eu obedeci e enfiei minha roupa na sacola, junto com as coisas de Jacob.

_ E esse seu marido, hein? Que gato!

_ É, eu tive sorte nesse sentido.

_ Sorte não que você também é uma garota linda. Quantos anos você tem, Ness?

_ 18 e você?

_ Também! _ Ela sorriu ainda mais animada. _ Cameron tem quase 21. E o Jake? Posso chamar ele assim? É mais fácil.

_ Claro, claro. Jacob tem 26.

_ O que???? Aquele menino ali tem 26? _ Ela apontou pra ele no meio das ondas

_ É... _ Eu fiquei meio que desesperada. Será que ela estava desconfiando de alguma coisa?

_ Ele se cuida um pouco, sabe...

_ Nossa, se o Cam chegar nessa idade com esse físico! Meu Deus! _ Então ela voltou a ser a Yumi animada de sempre, mas eu tinha que tomar mais cuidado ainda com o que dizia. Yumi era esperta demais.

...

Passamos o dia todo na praia, mas parecia que não era o bastante. A noite, Yumi e Cameron nos chamaram para ir até uma sorveteria que ficava bem pertinho do hotel. Ficamos lá por quase duas horas, até que Jacob resolveu ir embora, disse que estava morto. Também, tinha surfado a tarde toda com Cameron e como ele estava desacostumado a tando exercício físico, não agüentou. Eu fiquei lá com os dois por mais umas duas horas e depois resolvi ir embora também.

Andando rápido até nosso chalé, achei estranho alguns pontos rosa escuro no chão bege da areia grossa e limpa. Eu olhava desconfiada enquanto caminhava depressa, na tentativa de advinhar o que eram aqueles pedaços arredondados e coloridos. Na frente da nossa “casa” havia muito mais daquilo, formando um caminho até a varanda, que estava coberta daquelas manchas cor-de-rosa escuro. Vencida pela curiosidade, me abaixei e peguei um deles na mão. A tocha de fogo na entrada do nosso chalé iluminou a palma da minha mão e eu pude ver que eram pétalas de rosas. Olhei de uma lado, depois pro outro na intenção de encontrar quem é que tinha assassinado um bouquê de rosas e nada. A ruela estava vazia e silenciosa.

Não dei muita importância àquilo...

Notei que por trás de nossa parede de vidro estava tudo opaco e escuro. Imaginei que Jacob já estivesse dormindo, já que ele parecia bem cançado quando nos deixou na sorveteria. Puxei a porta de vidro com força, mas ela não se moveu. Ajeitei os músculos dos meus braços e tentei novamente. Nada, trancada. Na hora pensei em bater e chamar por Jacob, mas depois lembrei que ele devia estar dormindo.

Andei do lado do chalé, em direção aos fundos. Eu não lembrava se tinha ou não uma entrada, na realidade eu nem tinha visto aquela parte, mas na certa, haveria de ter. A medida em que eu me aproximava do fundo, comecei a ouvir um ruído afinado e macio. Quando cheguei em frente a um portão alto e de madeira, parei. A música vinha de lá de dentro e era bacana, algo como o som que tocava em uns barzinhos estilosos que eu havia freqüentado em Port Angeles com Rian. Eu ri da minha lembrança.

_ Jake! _ Eu chamei baixo.

_ Está aberta. _ Um murmúrio ainda mais baixo veio de lá de dentro.

Empurrei o portão e entrei no que me parecia um quintal privativo. Encontrei Jacob deitado numa espreguiçadeira de praia. Ele estava lindo com aquela bermuda branca e sem camisa. Não pude deixar de observar as flores que obviamente haviam sido colocadas propositadamente naquele ambiente. Havia muitas pétalas cor-de-rosa pelo chão, as mesmas que eu tinha encontrado pelo caminho. Em cada canto, um vaso de rosas havia sido posicionado estrategicamente. Elas íam do mais puro branco, passando pelo rosa bebê, até sua cor mais forte, beirando ao vinho. Todo aquele ambiente era forrado de grama pelo chão, sem contar os pequenos coqueiros e arbustos verde escuro. Ao fundo, uma piscina, não muito grande, cheia de velas flutuantes, aliás, a única fonte de luz daquele ambiente.

_ O que significa tudo isso? _ Minha voz saiu fraca e trêmula.

_ Eu te disse que queria fazer o melhor para você, não disse? Espero que tenha chegado perto.

Eu caminhei até onde ele estava e sentei-me na beirada da espreguiçadeira. Meus dedos deslizaram sob a pele macia de seu peito nu.

_ Não precisava... _ Eu não conseguia não sorrir.

_ Eu faço questão. _ Ele riu e me pegou no colo. Me levantou rapidamente e caminhou pra perto da piscina. _ O que você acha de se refrescar um pouco?

_ Hum... Só não quero molhar meu cabelo.

_ E se eu molhar? _ Ele provocou.

_ Eu acabo com você!

_ Eu pago pra ver.

Ele começou a desabotoar os pequenos botões do meu vestido e não demorou muito para que ele caísse, me deixando apenas de calcinha e soutien. Depois ele tirou a própria bermuda e jogou num canto, ficando também apenas com as roupas íntimas.

A piscina tinha dois níveis. Para chegar até o fundo, era necessário descer certa de cinco degraus internos. Jacob foi o primeiro a entrar, começando pela parte rasa. Ele segurou minha mão para que eu o aconhasse e logo, estávamos nós dois lá dentro, balançando a água para que as velas boiassem para o lado mais fundo.

_ Está frio aqui.

Ele não disse nada, mas eu entendi que ele me queria perto dele.

Encostar minha pele na dele, foi como enconstar dois imãs um no outro. Acho que era impossível nos separar agora... Nos beijamos com fervor, enquanto suas mãos tentanvam estar em contato com todas as partes do meu corpo. Eu me sentei num dos degraus mais rasos e a pressão do corpo dele contra o meu me apertou contra a parede de azuleijos, sem ao menos sequer ele me segurar, já que suas mãos também estavam contra a parede.

Minhas pernas o enlaçaram pela cintura e ele me apertor a cintura e sussurrou no meu ouvido:

_ Essa noite é sua. Você pode terminar o que começou ontem na banheira, se você quiser.

Seu hálito morno e agradável fez a minha pele se arrepiar.

_ Não... Acho que eu prefiro ir dormir. _ Menti descaradamente para que ele percebesse.

_ Bom, e se eu molhar seu cabelo? Você não acabaria comigo?

Rimos.

_ Me diz o que eu faço... _ Ele sugou meus lábios. _ Eu faço qualquer coisa pra ter você hoje, Renesmee.

_ Hey! Eu que devia implorar, é o meu papel aqui implorar! _ Eu o lembrei.

_ Está bem, está bem! Pode começar!

Me agarrei a ele e mordisquei seu pescoço, exatamente como eu tinha feito na noite anterior, enquanto minhas mãos deslizavam por sua nuca e costas. Então ele me apertou em seus braços e me levantou no colo para fora da piscina.

_ O que você está fazendo?

_ Atendendo ao seu pedido, você não está suplicando?

Nós voltamos a rir enquanto ele me carregava pra dentro do chalé. Quando entramos no ambiente principal (quarto/sala), tudo estava extremamente lindo; tanto ou até mais que lá fora. Havia vasos com orquídeas brancas, rosas e lilás por todo o canto. Na mesa, um balde metálico com uma garrafa de bebida e duas taças. Ao lado, uma bandeija de vidro com frutas cor-de-rosa e vermelhas que eu tinha visto apenas algumas vezes, mas não sabia o nome. O ambiente estava iluminado apenas por algumas poucas velas e sobre os lençóis perfeitamente esticados da cama, uma chuva de pétalas de rosas a espera de nós dois.

Jake me colocou no chão e nós dois vestimos o roupão. Enquanto ele abria a bebida, eu fui mexer no aparelho de sim.

_ E essas músicas? Onde você conseguiu?

_ Tem um CD: “Trilha sonora de Renesmee e Jacob”, você não sabia?

Eu ri.

_ É sério! Pára e pega o CD pra você ver.

Eu fiz o que ele falou e lá dentro realmente tinha um CD, com o nome escrito à mão.

_ Jake, você fez isso?

Ele não respondeu, apenas sorriu. Me entregou uma taça completamente cheia.

_ Ora, você sabe que eu não posso beber... _ Eu o alertei para o que eu tinha feito na boate há um tempo atrás.

_ O que você vai fazer? Me morder? Acho que eu vou te dar a garrafa inteira, que tal?

_ Bobo!

_ Vamos, experimente. Tenho certeza que você vai sentir o gosto desta vez.

Eu arrisquei. Não era amarga como tudo o que eu bebia naquela época. Dessa vez dava para sentir o gosto da fruta e no finalzinho, minúsculas bolinhas de ar que faziam cócegas no céu da boca, exatamente como eu sempre tinha ouvido os humanos falarem. Aquela bebida era deliciosa e Jacob percebeu o contentamento em meu rosto.

_ Experimenta isso. _ Ele pegou a fruta pelo cabinho comprido que ela tinha.

_ O que é?

_ Cereja.

Eu comi, deixando uma semente redonda e o cabinho.

_ Hummm... _ Repeti. _ Isso é... Extraordinário! E esse outro? Me parece com morangos, certo?
_ Sim, são morangos. Experimenta também.

Hummm... Um sabor completamente diferente ao da cereja. Esse era mais ácido, mas ainda sim era bom demais.

Lá pela terceira ou quarta taça, minha ansiedade parecia estar bem mais controlada. Eu sentei na beirada da cama e fiquei observando Jacob em pé perto de mim, comendo o resto das cerejas e bebendo a última taça do vinho.

_ O que?

_ Nada, é que eu gosto do que eu estou vendo.

Ele colocou a minha taça e a dele sobre a mesa e sentou-se ao meu lado. Ficou brincando com uma de minhas mãos.

_ Você está gelada.

_ Humm... _ Eu sorri. _ E meu coração está aqui “tum tum tum tum”.

_ Está nervosa? Com medo?

_ Não, com medo não. A ansiedade está aqui em algum lugar. Acho que o vinho subiu pra minha cabeça agora, porque me dá vontade rir de tudo! _ Eu solucei quando disse a última palavra e nós gargalhamos. Acho que eu devia estar um pouquinho passada, mas muito bem consciente.

_ Humm, vamos ver se você ri disso então.

Ele começou a fazer cócegas na minha barriga e rapidamente eu caí para trás, me contorcendo sobre a cama em meio as pétalas de rosas. Ríamos feito doidos enquanto eu tentava fugir das mãos dele, buscando abrigo na cabeceira da cama.

_ Pára, pára! _ Eu gritei, quase esgasgando de tanto rir.

_ Tá bom, parei, parei!

Parou mesmo, em cima de mim, com suas mãos segurando meus pulsos em cima da minha cabeça. Nossos olhos se cruzaram por alguns segundos e o que estávamos desejando há anos voltou à nossa mente; a ser o objetivo principal daquela noite.

_ Jake, me beija... _ Eu supliquei, quase num sussurro.

Fechei meus olhos e esperei pelos seus lábios. Fui um beijo lento, úmido e quente. Embora cheio de romantismo, havia muito, muito mais desejo do que qualquer outra coisa.

Num impulso de seu corpo, nós trocamos de posição e agora eu é quem estava por cima de Jacob. Suas mãos passearam pelas minhas costas e eu senti quando a pressão do soutien foi aliviada.

Um novo movimento e Jacob estava em cima de mim novamente, beijando meu colo e seios. Eu sentia como se o ar faltasse, por causa da respiração alterada. Além disso, acho que o efeito da bebida estava passando, pois eu percebi minhas mãos frias e trêmulas por conta do que estávamos prestes a fazer. Eu daria tudo por mais duas ou três taças...

Lembrei-me da banheira, de como eu imaginei tê-lo tocado. Tentei não pensar muito, senão eu não faria, enquanto jogava sua última peça de roupa para fora da cama. Toquei-o e ele gemeu em meu ouvido. Eu queria que minhas mãos estivessem numa temperatura mais agradável, mas acho que ele compreendia. Antes que eu pudesse processar o que estava fazendo, ele retribuiu a carícia, tocando-me como jamais havia feito. Eu apertei meus olhos e suguei seus lábios no mesmo ritmo em que nossas mãos tocavam os corpos um do outro.

Eu não sei quanto tempo passamos descobrindo um ao outro, novas sensações e pontos de prazer. Prazer. Eu sentia aquilo tão intensamente, como jamais achei que pudesse sentir. Por alguns instantes eu lembrei-me de Nahuel e depois do que Jacob me disse no dia anterior, sobre querer que fosse especial para nós dois, para mim. Agora eu podia entender, eu podia sentir no fundo do meu ser o quanto ele me amava, o quanto ele se importava comigo, o que ele queria dizer com esperar. Sim, agora eu entendia que tinha que ser especial, que nós passamos por tanta coisa antes de ficarmos juntos que merecíamos o melhor para este momento.

_ Ness, acho que eu não vou resistir por muito mais tempo. _ Ele disse em meio a uma beijo.

_ Não resista. _ Mordi seu lábio inferior.

Então nem ele nem eu resistimos mais. Nos rendemos ao nosso amor, à atração que sentíamos pelos corpos um do outro.

A fraca luz das velas nos permitiu olhar dentro dos olhos um do outro no exato momento em que nossos corpos se fundiram. Eu não senti nada além de dor, mas fiquei feliz por ele, quando Jacob fechou os olhos e enterrou seu rosto em meu pescoço. Seus movimentos eram gentis, mas a sensação não era nada agradável, além do fato de que nos encaixávamos perfeitamente um ao outro. Eu não estava iludida sobre isso. Sabia que para a maioria das pessoas, a primeira vez seria assim, mas que ao poucos vinha o prazer, principalmente depois que o machucado estivesse curado.

_ Eu não agüento mais... _ Ele balbuciou de um jeito engraçado e eu ri. Acho que não era pra eu rir, então ele olhou para mim.

_ Hey, você está chorando? _ Ele parou onde estava, secando minhas lágrimas. _ Está doendo?

_ Um pouco...

_ Vamos parar, então. Você devia ter me dito antes. _ Ele acariciou meu rosto e beijou-o insesantemente.

_ Não, vamos lá, continue só mais um pouquinho, você está quase lá.

_ Não sem você. _ Ele deitou-se ao meu lado e me abraçou apertado. As lágrimas vieram um pouco mais forte agora. Tínhamos feito. Tínhamos transado. Melhor, tínhamos feito amor. Eu me sentia plena, completa, mulher. Mais humana que isso impossível.

_ Desculpe. Eu não queria te machucar... Droga!

_ Não é você, Jake. _ Eu me virei de frente pra ele. _ É que foi tudo tão maravilhoso, tão perfeito... _ Eu sorria.

_ Como, se você está com dor e chorando?

_ Não está mais doendo, já paramos. E outra, eu já esperava por isso. _ Foi minha vez de acariciar seu rosto. _ Vai passar, tenha paciência. Mas nem por isso não deixou de ser mavavilhoso. Jacob, tudo isso que você fez, essas flores, as velas, as músicas... É isso que fez com que fosse perfeito, muito mais do que qualquer coisa que eu tenha imaginado. Sentir você tão perto de mim, seu corpo, eu quase humana; mais gelada do que o normal, mas...

Tentei brincar e ele aceitou e riu.

_ Minha Ness... _ Ele acariciou meu rosto. _ Minha, inteiramente minha. _ Ele riu maroto.

_ O que?

_ Eu gostei, gostei muito.

_ É, eu percebi...

_ Você é... _ Ele bufou. _ Não tenho nem palavras pra te descrever. Você me deixa maluco, Renesmee.

_ Hum, que elogio estranho.

_ É, eu tentei buscar palavras mais suaves, mas se você quiser eu digo como você me deixa de verdade.

_ Não, não, está bom assim, eu já entendi.

Jake me abraçou e eu me aninhei junto à ele.

_ Minha gorota. Eu amo você.

 


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