For Evermore escrita por MelanieStryder


Capítulo 29
Capítulo 29 - For Evermore


Notas iniciais do capítulo

Gente, foi mal...
Passei muita dor nas costas essa semana e nem conseguia chegar do trabalho e voltar aqui pro computador.
Mas vamos que vamos, pois faltam apenas 6 capítulos.
bjus!
obrigada pelos reviews
)



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O motor da caminhonete rugiu. Me ajoelhei sobre o banco e por alguns míseros instante, ainda consegui ver os convidados envoltos em uma nuvem marrom de poeira, enquanto Leah permanecia jogada no chão, com três lobos sobre ela.

_ Põe o cinto. _ Ele disse, sem tirar os olhos da estrada.

Eu fitei-o de canto de olho e vi quando ele arrancou grosseiramente a gravata do pescoço e a jogou no assoalho do carro. Sua testa franzida próxima à sobrancelha dava-lhe uma fisionomia veroz e ameaçadora. Não havia qualquer sinal de um débil sorriso ou sentimento de alívio. Seus braços tremiam enquanto ele lutava contra o volante, cada vez que os pneus se metiam nos buracos da estrada.

Confesso que tive medo. Não era muito bem medo dele. Bom... na verdade acho que era um pouco... mas era também por tudo o que estava acontecendo, pelo o que estávamos fazendo, que na verdade eu nem sabia o que era. Sobre onde estávamos indo... Enfim, aquele silêncio me dava medo.

Enxuguei meu rosto, embora a vontade de chorar ainda continuasse. Apertei meus braços contra meu corpo gelado, tentando me proteger do frio. Encostei a cabeça no vidro e fiquei observando o sol se por entre as sombras das árvores. Vez ou outra uma lágrima perdida escorria pelo meu rosto, mas eu ficava quieta, só escutando as batidas do meu próprio coração, que não queria se aquietar.

Já estávamos na estrada a um bom tempo e o sol também já tinha se posto completamente. Eu não tinha noção do quanto estávamos longe de casa, nem de que horas eram, mas eu ansiava, minuto a minuto para que ele falasse. Qualquer coisa, eu queria qualquer coisa, menos aquele silêncio arrebatador e aquela expressão de seriedade no rosto dele. Eu daria tudo para saber o que Jacob estava pensando agora.

Então eu não agüentei mais. Meu coração disparou e um calafrio atravessou meu corpo. Agora eu estava com muito medo.

_ Pára! Pára esse carro!

Ele encostou rapidamente e eu desci correndo. Estava ainda mais frio do que dentro do carro e o vento forte bagunçava meu cabelo.

Cruzei os braços e observei a grande lua cheia que iluminava o espaço.

_ O que foi? _ Jacob apareceu do meu lado.

_ Não sei. De repente me deu uma coisa ruim... _ Eu estava sensível e meus olhos encheram-se d’água. Mal podia acreditar que Jacob finalmente estava falando comigo.

Então ele andou de um lado pro outro nervosamente.

_ Vem, entra no carro. Vou te levar pra casa.

Eu jamais esperava ouvir isso dele. Aquilo realmente me machucou.

_ Como assim? Para casa?

_ Olha para você! Eu jamais devia ter feito isso! Você o ama...

_ O que??

_ Ama, você disse! _ Senti rancor no meio de cada palavra que Jacob dizia.

_ O que você queria Jacob? Eu não tinha mais ninguém... Quando eu mais precisei, ele estava lá comigo e você não.

_ Vem, vamos embora...

Ele começou a andar e eu tive ainda mais medo de voltar para Forks. 

_ Jacob! _ Ele olhou para mim. _ Mas isso não significa que eu não te ame...

Dessa vez eu não consegui segurar o choro e ao invés de engolir aquele bolo que eu sempre tive na garganta, resolvi botar tudo para fora.

_ Eu não sei o que isso tudo significa. Você não fala nada! _ Sulucei. _ E agora, o que a gente faz? Para onde a gente está indo? Eu não sei nem para onde estamos indo! Eu estou congelando, com fome... Está tudo tão diferente agora... É como se tudo tivesse se transformado de ontem pra hoje, é tudo novo pra mim... Jake eu... Eu estou com medo... _ Apertei novamente os braços contra mim mesma, tentando parar de tremer.

Então ele se aproximou lentamente de mim.

_ Repete o que você disse por último.

_ O que? Eu disse... Disse que estou com medo. Será que você não entende?

_ Não, antes disso. _ Ele sorriu.

_ Jacob!

Senti as costas de sua mão encostar em meu rosto.

_ Eu te amo Ness... Eu também não sei para onde estamos indo, eu também não sei o que a gente deve fazer agora, nem como vai ser daqui pra frente, mas... Eu te amo mesmo assim e eu só quero ficar com você, nem que seja por um único dia, um mês, um ano. É você que eu quero para mim.

Quando me dei conta, eu já estava envolta em seus braços forte e quentes.

_ Oh Jake... Senti tanto a sua falta...

_ Eu também. Muito.

Então ele segurou meu rosto entre suas mãos e seus lábios tocaram suavemente os meus. Aquele mesmo calafrio percorreu novamente meu corpo, mas dessa vez, era uma sensação muito boa. E eu já não sentia mais medo algum, medo de nada. Estar nos braços de Jacob era como estar envolta num escudo, em que nada nem ninguém poderia me machucar.

_ Não chora mais... Shhh...

_ Eu sou uma boba!

_ Não é não... _ Ele sorriu, pela segunda vez naquela noite e meu coração se encheu de alegria. _ Veste isso.

Um pouco mais aquecida pelo blazer de Jacob, voltamos para a caminhonete. Desta vez eu me sentei bem próxima a ele e ele me beijou antes de partirmos.

_ Tem certeza que não quer voltar para Forks?

_ Absoluta.

Ele sorriu ainda mais.

_ Então vamos voltar para a estrada. Logo encontraremos uma cidadezinha ou vila, eu tenho certeza. Não se preocupe. _ Jacob ligou o aquecedor e então nós partimos e desta vez, com um destino certo: para onde quer que a estrada nos levasse, desde que estivéssemos juntos.

...

Estacionei devagar a caminhonete.

_ Hey Ness! _ Afaguei seu pequeno e frágil corpo encolhido sobre banco. _ Chegamos.

Ela sentou-se rapidamente.

_ Onde?

_ Sei lá. Vamos descobrir.

Descemos do carro e demos uma olhada geral a nossa volta. Havia um pequeno posto de gasolina e ao lado um restaurante. Mais a frente, um hotel. Caminhamos até a recepção de mãos dadas.

_ Boa noite.

_ Boa noite menino.

_ Precisamos de abrigo.

_ Quantos quartos?

A princípio eu não soube o que responder. Busquei por Renesmee, mas ela parecia mais preocupada em observar cada detalhe daquela recepção cheia de penduricalhos nas paredes.

_ Dois.

_ Um! _ Ela retrucou e voltou a segurar minha mão. Fitou-me, com um sorriso lindo no rosto.

O velho olhou para nós dois de um jeito estranho.

_ Quantos anos a menina tem?

_ Dezoito e meus pais sabem que eu estou aqui.

_ Olha lá, hein!? Não vão aprontar confusão! _ O velho pegou um bloco e uma caneta. _ Nomes.

_ Jacob...

Ela me cortou.

_ Jacob e Vanessa Wolf.

Nós rimos e o velho parou de escrever.

_ Na verdade é Jacob Black e Vanessa Wolf.

_ Sei... Black e Wolf...

Depois balançou a cabeça negativamente e voltou-se para o papel.

_ Aqui, apartamento 18.

_ Obrigado!

Saímos finalmente da recepção e voltamos para a caminhonete. Dirigi poucos metros e estacionei na frente do quarto. Entramos no pequeno e simples cômodo. Era como eu esperava: nada de luxo e nada do que ela merecia.

_ Pena que não é tão bom... _ Lamentei enquanto observava a pequena cama de casal, o pequeno guarda-roupa antigo, a pequena mesa de madeira de demolição...

_ Ah, é legal! _ Ela sentou na cama, toda feliz.

_ Ness... Você não acha melhor eu ficar em outro quarto?

A felicidade desapareceu assim que eu perguntei.

_ Por que??

_ Eu sei lá...

_ Deixa de ser bobo, Jacob!

_ Então vem, vamos procurar alguma coisa para você comer.

Entramos na lanchonete e eu percebi que alguns homens olharam para ela. Haviam alguns caminhões parados lá fora, então...

_ Está quente aqui... _ Renesmee já ía tirando o blazer, mas eu segurei. Era capaz de ela ser devorada pelos olhos famintos dos caminhoneiros.

_ Por que?

_ Shhh... _ Apertei-a contra meu corpo e caminhamos até uma mesa vazia. _ Depois eu te explico.

Sentamos e eu fiz o pedido, já que ela nunca se decidia sobre o que queria comer.

_ E então? Vai me dizer porque eu não posso tirar esse blazer?

_ Não me diga que você não percebeu os homens olhando para você...

Ela riu.

_ Imagina! Olhando para mim? Ninguém olharia para mim, Jacob.

Ela deu uma olhada geral e parou de sorrir.

_ Eu não disse?

_ Que horror!

_ Você é linda... É por isso. _ Afaguei um de suas mãos, que estava sobre a mesa.

_ Sinceramente... Não acho que eu seja grande coisa...

_ Você é, acredite. Além de ser perfeita, você tem uma beleza incomum. Ahh, imagina você de vampira então...

_ Nem brinca... _ Ela empalideceu.

_ Calma, só estou brincando. Por falar nisso, me diga como é.

_ O que?

_ Sentir-se humana.

_ Ahhh... É tão... É tão estranho. _ Ela sorriu e eu retribuí. _ Eu me sinto muito mais fraca. É difícil me acostumar com meus novos sentidos. É como se tivessem me tirado a maior parte deles. Quando eu acordei hoje de manhã, eu achei que minha visão estava muito embaçada, mas depois eu entendi que era assim que os humanos enxergavam.

_ Eu queria estar lá quando você acordou. _ Lamentei com extrema sinceridade.

_ Tudo bem...

Então o jantar chegou. Renesmee olhou para a comida dentro do prato.

_ O que é isso?

_ Pão, queijo, presunto e tomate. Ah, e um suco de laranja.

_ Será que é bom mesmo?

Nós rimos.

_ Experimenta. Se você não gostar, eu caço alguma coisa para você.

_ Ai, nem me lembra! Eu não consigo entender como eu bebia aquilo.

Houve um período de silêncio, para que pudéssemos nos alimentar. Como eu esperava, Renesmee acabou com tudo muito rápido.

_ Nossa... Pensei que não pudesse haver nada no mundo melhor do que bacon, mas essa coisa amarela aqui que eu bebi é realmente muito boa!

_ Você ainda não viu nada. Assim que chegarmos em uma cidade maior, vou te levar no Mc Donalds.

_ Mc Donalds? O que é isso?

_ Você vai ver...

Olhei no relógio e já eram quase onze da noite.

_ Você está casada?

_ Morta.

_ Vamos dormir então.

Saímos do restaurante abraçados e caminhamos assim até nossa apartamento. Eu confesso que ainda estava em êxtase, quase não acreditava que ela estava aqui, comigo. No entanto, uma coisa ainda me incomodava: como seria aquela primeira noite.

...

Assim que entramos no quarto escuro o silêncio foi quebrado pela forte chuva que começou a cair lá fora. Corri fechar a janela e depois disso, não sabia mais o que fazer. Então me dei conta que só tinha a roupa que estava vestindo e Jacob também. Fitei a cama e percebi que era a única no quarto e que era de casal.

_ Bem, eu... Você fica com a cama e eu fico com o chão. _ Jacob tomou a iniciativa.

_ Está bem... _ Eu não gostei da idéia de ele dormir no chão, mas não vi outra alternativa. Além do mais, eu tinha que dizer alguma coisa e concordar foi meu primeiro pensamento.

_ Eu vou tomar um banho.

Então ele fechou a porta e eu fiquei sozinha no quarto.

Andei de um lado para o outro, cada vez mais nervosa com aquela situação. Eu sabia que seria aquela noite, que iria acontecer, era inevitável, embora eu sentisse que Jacob estivesse meio que me evitando ou algo parecido. Comecei a pensar em como seria, no que eu faria, se doeria. Ahh! Eu devia ter conversa com Ângela sobre isso!

Vi o celular de Jacob sobre a mesa e corri até ele. Consegui discar o número de Ângela, embora minhas mãos estivessem frias e trêmulas, mas não tinha sinal. Andei pelo quarto feito uma boba, procurando um lugar onde aquele telefone funcionasse e quando dei por mim, estava em cima da cadeira, com Jacob me olhando.

_ O que está fazendo? _ Ele sorriu.

_ Tentando achar um sinal. _ Desci. _ Esquece...

Ele se aproximou de mim, desabotoou o botão do seu blazer e retirou-o de mim. O ar gelado me envolveu, deixando-me ainda mais tensa.

_ Não tem aquecedor aqui? _ Eu evitei olhar para ele, pois se eu o fizesse, eu tinha certeza que ele perceberia meu nervosismo. Além do mais, me deixava nervosa ele desse jeito, sem camisa, pele molhada. Na verdade não era nem isso que me deixava nervosa, era tudo isso, mais o fato de ele estar assim tão perto de mim. Me fazia lembrar que nós dois no veleiro. Do beijo, ou quase beijo. Eu devia estar delirando... Eu estava delirando agora, definitivamente.

_ Por que você não toma uma banho quente? Depois damos um jeito no frio.

Fechei a porta do pequeno banheiro atrás de mim. Estava aliviada por estar sozinha ali dentro. Prendi meu cabelo no alto, com um pedaço dele próprio. Abri o registro e deixei que a água quente caísse em meu corpo. Mais relaxada, percebi que minhas pernas estavam cansadas e doloridas. Deixei que a água as massageassem por um bom tempo. Alías, perdi as contas de quato tempo fiquei ali dentro. Eu seria capaz de passar a noite ali, se não estivesse tão exausta. Me enchuguei e vesti novamente a calcinha e o vestido. Meu coração batia assustado dentro do meu peito, então eu fechei os olhos, respeirei profundamente algumas vezes e saí do banheiro.

Jacob estava sentado na beirada da cama. Eu não pude deixar se notar que ele estava só de boxers.

Escondi minhas mãos atrás do meu próprio corpo, para que ele não as visse tremer.

Andei até onde ele estava e me sentei ao seu lado. Minhas mãos pressionavam nervosamente o colchão, em ambos os lados do meu corpo.

_ Não acho uma boa idéia você dormir no chão. _ Disse olhando para o tapete redondo no qual pisávamos. Eu não me atreveria olhar para ele agora. Alías, eu nem sabia de onde eu tinha arrancado coragem para dizer aquilo.

_ Eu também não, mas os lobos não se importam. _ Ele sorriu. _ Você se importa de dormir com um lobo no quarto?

_ Sim.

Ele me olhou perplexo.

_ Chega de lobos e vampiros. Além do mais, está frio...

_ Não sei... Não sei se é uma boa idéia.

De novo Jacob parecia estar fugindo.

Então ele respirou fundo e nossos olhos finalmente se encontraram.

_ Está bem. _  Jacob se levantou a apagou a luz.

Por alguns instantes eu não vi absolutamente mais nada. Apenas percebi que ele sentou-se novamente ao meu lado e segurou uma de minhas mãos.

_ Se você quiser tirar o vestido, eu prometo que não vou olhar. Você fica com o lençol.

Engoli seco, embora ele tivesse razão. Eu não ia conseguir dormir com aquilo me apertando.

Agora eu começava a ver a sombra dos móveis do quarto, inclusive os traços fortes e belos do rosto de Jacob. Demorei um pouco até processar aquela informação, me levantar e andar até o outro lado da cama. Sentei-me e percebi que Jacob não havia se mexido. Tirei as alças do vestido e depois o resto dele, vagarosamente. Então me encolhi debaixo dos lençóis, tentando aplacar o frio.

Não demorou muito para que Jacob se deitasse e logo em seguida, sem querer, nossos pés se tocaram.

_ Você está gelada. Está com frio? _ Ele disse baixo.

_ Muito. _ Eu mal conseguia conter os tremores do meu corpo. Um pouco era de frio, outro parte era de medo.

Eu podia notar que ele havia se aproximado, apenas pela sensação agradável de calor que seu corpo emanava.

_ Quer vir mais perto?

Finalmente conhecei a me sentir melhor. Jacob me envolveu em seus braços e nossos corpos se entrelaçaram completamente, até mesmo nossas pernas e pés. A única coisa que nos separava era o lençol. Jacob estava quente, exatremamente quente. Ele beijou meu rosto e afagou minhas costas.

_ Eu não quero que você faça nada que você não queira. Se você ainda quiser, eu durmo no chão. Se você quiser ficar longe, pode ir para o outro lado da cama.

_ Não... Está tão bom aqui... Pára de pensar que eu não quero ficar com você, Jake.

Ele riu.

_ O que?

_ Jake... Eu gosto quando você me chama assim.

_ É o seu nome, oras.

_ Mas soa diferente quando você diz. Soa como se você estivesse à vontade comigo.

_ Eu estou.

_ Não parece...

_ Como assim? _ As borboletas no meu estômago reviraram-se dentro dele. Um relâmpago da tempestade riscou o céu e me permitiu ver o rosto dele por alguns segundos.

_ Gelada, trêmula, calada... Eu vejo o medo no seu rosto.

Não dava mais para esconder.

_ É... Você tem razão...

_ Só espero que não seja medo de mim.

_ Humm... Um pouco é. Eu nunca fiz, você sabe. Eu não tenho idéia de como é, se dói ou não. Sei lá...

_ Do que você está falando?

Outro relâmpago e eu vi um sorriso maroto em seu rosto.

_ Do que você está falando, Jacob?

_ Então você acha que esta noite, nós dois vamos...

Fiquei muda por um instante.

_ Sim, você não acha?

_ Não...

Me devenciliei dos braços dele, apertando o lençol contra meu corpo. Senti-se tão mal... Então ele realmente não me queria.

_ Espera, deixa eu ver se eu entendi: primeiro você ía casar, aí você desiste em cima da outra, me rouba da minha família, agora nós estamos aqui juntos e é só?

Ele começou a rir ainda mais, enquanto eu sentia meu rosto cada vez mais quente.

_ Ohh, vem aqui...

Jacob tentou me puxar de volta para perto dele, enquanto eu resistia.

_ Poxa Jacob, eu aqui te falando toda a verdade, que não é nada fácil de se falar e você ainda ri?! Parece até que você não me quer...

Então ele me puxou e dessa vez eu não consegui  ficar onde eu estava. Seus lábios quentes roçaram em meu pescoço enquanto suas mãos acariciavam minhas costas. E aí, ele sussurrou no meu ouvido...

_ Você não tem idéia do quanto eu quero você Renesmee. Eu não sei como eu estou conseguindo, mas juro que estou me controlando.

_ Por que? Você não vai me machucar...

Eu não pude terminar de falar, pois seus lábios tomaram o meu desesperadamente. Finalmente, senti que ele realmente me queria. Meu coração disparou, a tremedeira voltou a medida que Jacob me deixava quase que sem fôlego.

Sobre meu corpo, Jacob fitou-me. Ele devia estar me vendo perfeitamente, enquanto eu via apenas o perfil de seu rosto e um brilho ávido em seus olhos. Mas ele voltou a deitar-se de volta em seu lugar. Eu não queria que aquele momento acabasse, eu queria, eu precisava sentí-lo cada vez mais próximo de mim. Então deitei sobre o corpo semi-num de Jacob e devagar, deixei o lençol de lado. Minha pele colada na dele... Não tinha explicação...

Jacob deslizou os dedos sobre minhas costas e os pelos do meu corpo arrepiaram-se todos.

_ Linda, ainda mais linda... Mas não quero que seja assim tão rápido e nem aqui.

_ E por que não? Eu te amo, Jake...

Ele beijou minha testa e eu me aninhei sobre o peito dele.

_ Eu te demais Ness, demais. Mais do que você imagina.

Sorri. Acho que era o dia mais feliz de toda minha vida.

_ Mas você merece mais que isso. Não foi nesse quarto que eu imaginei e não assim, quando ainda mal temos intimidade um com o outro.

_ Eu não estou mais com medo... Eu juro. _ Fitei-o e logo em seguida, ele sorriu.

_ Eu não sei... Esse seu coração está muito acelerado para quem está tranqüila.

_ Se for assim, o seu também está! _ Fiz beicinho.

_ É claro que está. Estar com você em meus braços me deixa ancioso, nervoso. Eu também tenho meus desejos, meus medos... Medo de te machucar, de te magoar, de te perder.

_ Você não vai mais me perder. Nunca. _ Abracei-o e inspirei profundamente o cheiro dele, com a cabeça enterrada em seu pescoço. _ Eu amo seu cheiro... _ Mordisquei seu pescoço.

_ Renesmee... Não provoca... _ Ele riu.

_ Ahh, então é isso o que eu tenho que fazer? _ Fiquei feliz por ter, aparentemente, encontrado seu ponto fraco.

Antes que eu pudesse continuar, ele me empurrou de volta para a cama e me envolveu com seus braços, dessa vez sem lençol. Fiquei inerte quando suas mãos quentes puseram-se em contato com meus seios nus. Eu não pude evitar apertar os olhos, enquanto meu corpo se contorcia, a medida que Jacob os acariciava. Então ele parou de repente.

_ Desculpe... _ E tirou as mãos de onde estavam.

No entanto, eu busquei-as novamente e nos cobri com o lençol.

_ Eu não vou quebrar, Jake...

Ele riu e eu senti sua respiração em meu pescoço.

_ Olha o que você faz comigo...

Tentei me virar, mas ele não deixou, apertando-me naquela posição.

_ Por hoje vamos dormir, assim, “de conchicha”. Ness, não vamos ter pressa, pular etapas.

_ Mas Jake, eu não sei por quanto tempo tudo isso vai durar... Eu tenho medo.

_ Não tenha medo. _ Ele beijou meu ombro desnudo e eu beijei uma de suas mãos. _ Eu não estou colocando isso como uma condição. Nós vamos ter nosso momento, mas uma coisa de cada vez. Hoje vamos namorar, amanhã vamos noivar e depois nos casar.

_ Como assim? Em três dias? Eu entendi bem?

_ O que você acha? Podemos ir para Las Vegas e nos casamos por lá. Depois a gente decide onde vai.

_ Você está falando sério??

_ Claro!

Eu ri.

_ Três dias...

_ Ah, se você quiser podemos esperar uns seis meses....

_ Bobo!

_ Então você aceita se casar comigo?

Fechei os olhos para curtir aquele momento, tudo o que eu imaginava sobre este dia.

_ Que pergunta... Eu te amo, Jacob. Eu te amo tanto que chega a doer... Eu vou te amar para sempre.

_ E eu vou te amar além de sempre.

Nós dois rimos.

_ Não há nada além de sempre. _ Eu lembrei.

_ É claro que há. Eternamente...


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