That Summer escrita por Peggie


Capítulo 3
Capítulo 2 - Drinks e distrações.


Notas iniciais do capítulo

HEY HEY EVERYBODY! Como vocês estão? Espero que bem e em segurança em suas respectivas casas, protegidos da chuva.
Gostaria de agradecer imensamente os comentários de vocês. Fico extremamente contente ao interagir com vocês.
Aproveitem o capítulo de hoje.
Boa leitura ♥



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Capítulo 2 - Drinks e distrações

5º dia das férias de verão

Califórnia, Malibu

Clarissa sentia-se contagiada por Malibu, afinal, não era difícil gostar de uma cidade tão “comunicativa”. Jocelyn a ligava todos os dias, preocupada em ter feito a maior besteira ao mandar sua filha se aproximar de Sebastian e sua família mais uma vez, embora a matriarca soubesse que não existiam intrigas ou ressentimentos infundados na família, temia que Clary não se adaptasse àquele lugar e se tornasse reclusa, consequentemente, não tirando proveito das tão desejadas férias.

Portanto, sentiu-se extremamente feliz ao saber que Verlac estava fazendo de tudo para incluir a prima em seu mundinho praiano. Embora a ruivinha sentisse falta de conversar com Magnus e dividir com ele suas ideias, entendia que o momento agora era outro, era necessário aproveitar esses breves segundos de alívio que possuía de Nova York, mesmo que isso significasse se afastar momentaneamente da vida que tinha, além do mais… Magnus tinha outras preocupações, no momento.

Isabelle e Simon, tornaram-se próximos da menina. Principalmente Simon, que tinha a personalidade um tanto quanto semelhante à dela. Mas, a Lightwood não ficava para trás no quesito proximidade, as duas conversavam bastante, até demais para pessoas que haviam se conhecido recentemente.

Ah, e tinha Jonathan. Jace era uma incógnita que Clarissa julgava desnecessária nessa equação, como o terceiro elemento de um sistema complexo que ela não estava disposta a solucionar. Por isso, fingiu não se incomodar com sua presença, e na verdade nem foi difícil, agia de forma indiferente, o respondia caso ele se referisse à ela, ou perguntasse algo. Mas nada além disso.

Não queria sentir raiva de ninguém nesse ínterim, apenas desejava aproveitar seu momento de sossego e quietude em Malibu, e sabia caso começasse a sentir raiva ou ressentimentos de qualquer um, isto seria o suficiente para que certos momentos fossem memoráveis pelas razões erradas.

Mas, não era porque tinha tomado tal decisão que deixava de ter uma opinião sobre certos “fatores”.

O sol ainda presente naquela tarde convidava as pessoas a se banharem na imensidão azul disponível para todos. Enquanto os Lewis e Sebastian praticavam algum esporte, Clarissa decidiu comprar uma bebida em um quiosque próximo à praia.

Sentou-se próxima ao balcão, nas banquetas localizadas em frente ao mesmo. Suas pernas não alcançavam o chão, devido à altura do banco. Distraída, a menina aguardava que alguém trouxesse seu pedido. Encarava seus trajes, e tornava a olhar para o mar. Suas roupas não pareciam combinar exatamente com o clima californiano, portanto, Izzy emprestou-a um vestido, e prometeu que a levaria para fazer compras o mais rápido possível.

Ao sentir alguém aproximar-se a menina se alegrou, acreditando que tratava-se de sua bebida, mas logo sua breve felicidade foi substituída por uma leve decepção, que não passou despercebida pelo rapaz de pele bronzeada e olhos dourados.

—  Por que eu sinto que você não gosta de mim?   – questionou o rapaz, inclinando-se na direção da garota.

—  Eu nunca disse isso.  – o observou.

—  Deixe-me reformular a pergunta: Por que você age como se não gostasse de mim?  – sentou-se próximo a ela

—  A minha maneira de agir, ou interagir com você fere seu ego?  – embora sua resposta expressasse uma atitude um tanto quanto defensiva, a ruiva sentia-se bem segura e em sua zona de conforto.

—  De jeito nenhum, é apenas uma curiosidade…

—  Bom, não é como se você fosse um poço de doçura e simpatia. Não há o que “gostar” ou “desgostar” nesse caso.

—  Então você assume que não gosta de mim?

—  Por que você contorce o que eu digo?  – questionou um tanto incomodada.

—  Você não responde o que eu pergunto  – rebateu como se fosse óbvio. Os dois estavam entrando em uma “discussão” repentina e desnecessária. Ele não poderia ter continuado se entupindo de areia bem longe daqui?   –  questionou-se interiormente.

—  Nós não precisaríamos estar tendo essa conversa, caso você estivesse lá  – apontou para onde seu primo e novos amigos se encontravam.

 – Nem ao menos nos falaríamos…  – rebateu ela tranquilamente.

—  Caso você estivesse lá nós …  – Clarissa não o deu tempo para continuar o que ele pretendia, apenas levantou o tom de voz e disse

— Caso eu te responda existe alguma possibilidade de você me deixar em paz?  – seu tom foi brando. Quando cogitou deixá-lo falar, logo emendou – Quer saber porque eu ajo dessa maneira? Como se não gostasse de você?  – sua face esboçava certa simplicidade, e uma leve indiferença – Porque eu não gosto. Você tem toda essa pose de “olhem como eu sou malvado”. Sinceramente… Já existem muitos desses em NY. Então… Eu conheço o seu tipo, além do mais… Você é arrogante. Ao menos parece ser, o tipo de pessoa prepotente  – deu de ombros e suspirou ao terminar.

—  Ah então você assume que eu estava certo?  – após sentenciar a ruiva bufou audivelmente e revirou os olhos. Clarissa esforçava-se para manter-se impassível.

—  Vem cá, você precisa de alguém para amaciar seu ego hoje? Sua inconveniência está me irritando.

— Ah é? Pensei que me achasse… Mais “doce”? Não sei se esta é a palavra correta. Mas com certeza “inconveniente” não se encaixava no meu dicionário – Clarissa realmente havia tido essa opinião, a princípio, quando o observou sair do mar tão tranquilamente há dois dias, com um sorriso em sua face enquanto carregava uma prancha debaixo do braço, a sensação foi de calmaria. Tudo parecia arquitetado perfeitamente para “soar” como as cenas clichês de romances. O som das ondas ao quebrarem, enquanto o rapaz afastava-se do mar. Ela teria mantido a mesma opinião, caso ele não fosse tão irônico e debochado, segundo depois que foram apresentados.

— Não acredito que você tentou supor a minha primeira impressão a seu respeito. – o Herondale ergueu as sobrancelhas, indagando silenciosamente se ele não estava certo. É claro, que para Clarissa, não soou como um questionamento comum, e sim, um repleto de ironia, e ela não estava errada, até porque esta era intenção do rapaz.  Então continuou:

— Você tem razão – deu-se por vencida – Eu realmente acreditei que você fosse uma pessoa mais positiva, “de bem com a vida”, o típico surfista. Mas eu estive enganada – pausou, enquanto levantava-se – Mas se te faz feliz, você só conseguiu sustentar essa pose de bom moço por algumas horas.

— Tempo suficiente para arruinar toda minha reputação.  – “reputação”? Mas que caralho de reputação estamos falando aqui?  – sentiu-se tentada a questionar. Mas respirou fundo, e conteve-se.

— Vejo que sua reputação não tem fortes alicerces. – deu uma breve pausa  – É tão sensível como um castelo de cartas, pois pode ser destruído com um simples rumor com a sua pose de “bom moço”. – Vamos ser sinceros agora. – retomou a conversa

— Quer dizer que você não estávamos sendo?  – questionou ironicamente, arrancando um bufar de Clary.

— Com certeza. Estou decepcionada, há poucos segundos eu acreditava que você era um príncipe encantado, e agora descubro que estou com uma versão mal-feita do Shrek Posso afirmar que você não sabe manter sua pose de badboy. – a voz de Clarissa esbanjava ironia então ele gargalhou, e Clarissa se surpreendeu com a maneira em que ele parecia leve ao fazê-lo.

— Ah o Sebastian também tinha essa vibe de badboy, e ele é seu primo.  – recordou-se

— Exatamente, ele é da família – afirmou – Não necessariamente um parente próximo – brincou –  Então eu não preciso fingir proximidade. Além do mais eu não tive que “lidar com essa fase” de playboy dele – eu o teria mandado para a puta que o pariu, pensou

— Bom, eu tive. Quando ele chegou aqui ele era arrogante, metido e meio narcisista.  – afirmou o loiro.

— Olha quem fala – ironizou

— Em minha defesa, essas palavras não partiram exclusivamente de mim. Eu o conheci depois… Quando ele começou a demonstrar interesse na Isabelle.

— Espera. O Sebastian namorou a Izzy? Você só pode só estar brincando! Ela é incrível, como ela pôde namorar com ele?

— Ele ainda é seu primo, Clarissa.

— Eu a transformaria em uma santa. Mas, se o Sebastian era completamente diferente, como a bonita se apaixonou por ele? Por que eu duvido muito que ela seja de tolerar essa síndrome que assombra os meninos desse século.

— Síndrome?

— O complexo de badboy e a síndrome de “mamãe, eu sou mau” – após terminar a sentença, Jace abriu um belo sorriso, que embora Clarissa não admitisse, havia feito com que ela se derretesse um pouco, e quisesse sorrir também, porém não o fez, não tão abertamente quanto o seu interior ansiava.

— Mas você está certa. Com o tempo o Sebastian foi mudando, para tentar conquistar a Isabelle, aparentemente deu certo. Eles namoraram por seis meses.

— Quantos anos?

— Na época, entre 14 e 15 – neste momento a ruiva não pôde se conter, ela gargalhou. Embora não houvesse não explicitamente engraçado ou divertido, a ideia de um garoto esmirrado bancando o “garoto malvado” soou completamente hilário para ela.

A face de Jace entregava a confusão, apesar de não demonstrar, o rapaz achou adorável a maneira em que Clarissa ficava ao sorrir abertamente, a maneira em que ela parecia mais leve e contente.

Seu sorriso era lindo. A maneira em que seus olhos brilham quando ela ri é encantador, pensou Herondale.

A cabeça do loiro a elogiava constantemente, mesmo que sua face mostrasse confusão por não entender o motivo de tamanha risada. Porém, internamente, Jace repreendia-se por achá-la tão bonita e cativante.

Lentamente as risadas de Clarissa começaram a cessar, o loiro então, abriu um leve sorriso ao observá-la para que Clary não se sentisse constrangida por rir sozinha.

— Me desculpe, mas a ideia de um menino bancando o rebelde sem causa, soou completamente hilário.

— Tudo bem. Hoje em dia, nós usamos isso contra ele. Temos imagens dessa época – a boca da ruiva abriu em surpresa, seu olhar tornou-se suplicante, ao imaginar o que poderia fazer caso obtivesse essas fotografias.

— Eu preciso delas – sorriu, Clarissa queria se repreender por estar sorrindo tão abertamente, há minutos atrás ela havia se contido, por que agora parecia tão difícil manter-se “neutra”, questionava-se

— Sebastian me mataria se soubesse que você as tem.  – ela vacilaria… Abriria um leve sorriso, se não fosse pelo atendente que entregou seu pedido, tirando a atenção que a garota direcionava ao loiro.

— Dê adeus a sua vida – brincou. – Pois elas serão minhas. – o clima tornou-se leve e casual, começaram a conversar sobre banalidades do dia a dia.

(>>>)

Mais tarde naquele mesmo dia...

Caminhavam pela orla da praia. O clima parecia mais leve desde quando os dois haviam conversado sobre a cidade e acontecimentos antigos como o namoro de Sebastian com Isabelle. Porém o assunto era denso, e contrastava totalmente o clima amigável entre eles com um assunto aparentemente complicado, além do mais Jonathan não parecia confortável durante aquele diálogo… Clarissa queria mudar o ritmo da conversa, mas não sabia como.

Então de repente a menina cessou seus passos, esperando que o rapaz notasse.  Quando aconteceu a distância ainda era curta, a ruiva voltou-se a ele, com uma falsa surpresa estampada em seu rosto.

—  Você não vem?  – questionou, a garota tornou andar em sua direção, entretanto, parou a sua frente de braços cruzados. A desvantagem era nítida, mas ela não se intimidou e começou a dizer:

—  Você não se desculpou.  – é claro, sua tentativa poderia gerar inúmeras situações, inclusive uma grande discussão, mas… Não custava tentar amenizar o clima pesaroso.

—  O quê?  – aparentou estar confuso.

—  Você não se desculpou pela forma que agiu há dois dias atrás.  – nem ao menos se esforçou para parecer brava, suas bochechas coradas a deixavam adorável ao ponto de Herondale não conseguir levá-la a sério, embora temesse a veracidade de sua raiva.

—  Isso é sério?

—  Claro! Você me deve um pedido de desculpas.  – o coração de Clarissa palpitava, enquanto internamente ela se criticava ao pensar que era péssima com mentiras e atuações repentinas.

—  Pois bem.  – cruzou os braços igualmente  – Clarissa, gostaria de suplicar por seu perdão maneira que agi, meu comportamento foi impróprio para …  – então a garota riu, empurrando-o levemente com suas mãos.

—  Eu falo sério.

—  Eu também  – parecia divertir-se com a situação, enquanto a ruivinha realmente almejava um pedido de desculpas, a princípio era apenas uma desculpa para tornar a situação agradável… Porém, ainda assim considerava justo um pedido de desculpas  – Eu sei que não fui muito simpático  – as palavras pareciam pesar ao sair de sua boca, a ruiva sentia uma leve vontade de rir, entretanto, não queria estragar o momento, mas não pôde conter seu desejo de alfineta-lo

—  Continue…  – arqueou as sobrancelhas. Sua baixa estatura perante aquela situação, tornava-a divertida.

—  E não fui um bom californiano, mas… Não era um bom dia e…  – parecia levemente confuso – Eu sinto muito.

—  Tudo bem. Eu te desculpo  – respondeu com um sorriso surpreendente, descruzando os braços parecendo contente. Herondale observou a repentina mudança de humor da garota e constatou internamente que aquilo não passava de um fingimento.

Mas a menina ainda não havia terminado:  – Se, apenas se você me mostrar as fotos de Sebastian  – seu olhar foi desafiador

—  Fechado  – ambos estenderam as mãos  – Desde que você não conte a ele. Fechado?

—  Fechado.  – ali selaram um acordo.


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Notas finais do capítulo

Então...? Deixem-me saber o que estão achando!
Gostaria de compartilhar minha frustração em não conseguir adicionar os banners da história aqui :(
A história também é publicada na plataforma do Social Spirit... Então se quiserem ver ou acompanhar "That summer" por lá... É a escolha de vocês.
Espero que tenham curtido o capítulo de hoje.
Beijos e abraços

Mr. Secret

Publicado em: 09/04/19



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