That Summer escrita por Peggie


Capítulo 2
Capítulo 1 - Aparências enganam


Notas iniciais do capítulo

Hey everybody!
Primeiramente, queria agradecer as meninas que comentaram no capítulo anterior, ZEZINHA e Ariel Lima, um grande beijo.
Em segundo lugar, espero que aproveitem a leitura.



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Capítulo 1 - As aparências enganam 

 3º dia das férias de verão.

Malibu, Califórnia - Zuma Beach

A praia encontrava-se surpreendentemente cheia, o que havia sido uma surpresa para Clary, visto que no dia anterior a quantidade de visitantes a praia era bem menor.

A maior concentração de pessoas dava-se ao calor que fazia no dia de hoje. Muitos surfistas aproveitavam dias como esse. Clarissa admirava claramente cada um daqueles que enfrentavam o mar como um hobbie, pois ela, temia o mar, assim como a morte, sabia que não possuía coragem o suficiente para equilibrar-se em uma prancha e encarar as ondas apenas por diversão.

Desde quando havia chegado na cidade para ficar com seu primo, Sebastian. Ela visitava a praia diariamente. Era a primeira vez em seis anos que Jocelyn obrigava a ruiva a fazer algo.

Quando mais novos, Clarissa e Sebastian eram próximos, como irmãos, mas com o passar dos anos ambos afastaram-se e iniciaram uma greve silenciosa, a matriarca tolerou a distância dos primos por seis anos. Até incentivar Clarissa a passar as férias de verão com a outra parte da família.

Embora Fray preferisse passar aquele tempo com Magnus Bane, atendeu aos pedidos da mãe e concordou em passar tal período em Malibu.

Afinal não seria de todo mal, a cidade era linda, ela havia pesquisado. Ao chegar ela pôde observar tal beleza, as praias da cidade eram um tanto distantes, mas isso não era um grande problema.

Clarissa adorava observar o pôr-do-sol. Ela consideraria isso um hobbie, caso ela pudesse aproveitar esse tempo em NY. O som e cheiro da maresia eram tranquilizantes, que ao se juntarem com o sol formavam o cenário perfeito e incrivelmente apaixonante.

Ao longe, no mar, a menina podia observar alguns casais se beijando, assim como outros que fazia isto na areia. Alguns surfistas retornavam a areia. A ruiva procurava por Sebastian.

Reconheceu ao vê-lo aproximar-se, o cabelo platinado facilitava a identificação. Segurava a prancha, usando o traje long john para protegê-lo do sol, deduzia Clary. Verlac ao enxergar a ruiva apressou os passos, e quando estava perto o suficiente, balançou os cabelos para que a água restante respingasse em sua prima.

— Sebastian! – recebeu um olhar reprovador. – Por que você fez isso? – levantou-se para poder empurrá-lo. O que era  um tanto quanto cômico, pois a Fairchild era notavelmente menor que que seu primo, e ao tentar forçá-lo para longe, foi ela quem desequilibrou, apoiando-se na cadeira de praia para manter-se de pé. O que arrancou uma leve risada do Verlac, que distanciou-se. – Você é terrível. – voltou a queixar-se  enquanto se sentava novamente.

— Relaxa, baixinha. – não afetou-se com as reclamações e apenas sentou-se na areia. – Aproveite a vista. – ele suspirou – Isso é bonito pra caralho. Aposto que você não tem isso em NY. – com o corpo voltado em direção ao mar, ambos observavam o céu, a forma que as ondas quebravam ao aproximar-se do litoral e até mesmo as gaivotas que sobrevoam o céu.

— Não mesmo. – sentia-se contagiada pela leveza e beleza que aquela cidade transmitia. Embora distraída com o local, pôde observar alguém saindo do mar, segurando uma prancha de surf, assim como o seu primo havia feito recentemente. Um alguém muito bonito, por sinal - pensou ela.

— Aquele pessoal rabugento de New York não pode aproveitar isso. – disse brincando, arrancando um sorriso de Clarissa.

— Qual o seu problema com o povo rabugento da minha cidade? – olhou em direção ao primo.

— Não são sociáveis. – a ruiva se surpreendeu e arfou com a afirmação, que rebateu instantaneamente:

— É claro que nós somos sociáveis! Isso é uma completa mentira...

— Então venha, vamos ver o quão sociável você é. – levantou-se entusiasmado – Vou te apresentar aos meus amigos.

>>>>>OOOOO

Tentou disfarçar, mas internamente ela sabia que caso pudesse estaria bufando notavelmente. A ruiva estava irritada pela maneira que havia sido tratada. Nem o povo irritadiço de NY era tão mau educado.

Arrogante, grosso e debochado. Tais palavras rodeavam a mente de Clarissa ao lembrar-se de como o loiro de olhos dourados agiu. Considerou-o uma pessoa completamente hostil e prepotente. Os insultos eram inúmeros, a ruiva acreditava que seu vocabulário não era vasto o suficiente para xingá-lo da maneira correta.

No fim das contas, ela estava decepcionada. Ao vê-lo saindo da água ela considerou que talvez o rapaz fosse gentil, ou ao menos simpático. Aparentemente a fama de “bom moço” não durou muito.

Sentiu-se tão constrangida que até mesmo cruzou os braços em frente ao corpo, um sinal claro de recuo. Quando foi respondida por ele, seu corpo gelou negativamente, sentiu frio de repente.

Embora seu sorriso seja lindo, não compensa o fato d’ele ser um babaca – pensou ela.

Contudo, os amigos de Sebastian não eram decepcionantes como o rapaz havia sido, Isabelle era uma menina encantadora, embora um tanto quanto “fechada”, era bem comunicativa, parecia bem mais confortável com os demais conhecidos, mas ainda assim, não permitiu que a ruiva se sentisse deslocada.

De longe, Simon havia sido o mais simpático, o garoto tocava violão, e comentou ter um tipo de banda, a ruiva pareceu mais à vontade com menino, pois ele era o mais receptivo. Os cabelos encaracolados e os óculos, imprimiram uma imagem amigável à Clarissa.

A ruiva sabia o quão difícil era para ela comunicar-se claramente, a timidez latente impedia que ela fizesse novas amizades. Mas mesmo assim, estava dando o seu melhor. Acreditava que seriam apenas alguns dias, e logo tudo ficaria para trás. Porém, ficou feliz em ter conhecido Simon, que muito provavelmente a impediria de sentir-se sozinha durante as férias, além de seu primo, que parecia realmente estar se esforçando para inseri-la na vida californiana.

Depois das breves apresentações e conversas, e do leve desconforto, todos sentaram-se na areia. Enquanto Simon tocava algumas músicas.

New York – Fim das férias de verão

Dois dias depois da volta

Clarissa estava de volta à sua cidade, era notável que a menina esteve fora. Sua pele alva, agora um tanto bronzeada e avermelhada, suas malas com roupas diferentes dos habituais jeans e blusas de bandas.

Leves mudanças que faziam com que Clary lembrasse de sua estadia na Califórnia, quem diria que a menina se surpreenderia com a cidade e Jace Herondale?

Além das breves amizades que havia feito. Tudo era tão… leve e palpável. Embora ela não desejasse voltar, sabia que era necessário. O tempo de “festa” havia terminado e estava na hora de voltar para vida real.

Os dias massantes e cansativos de Nova York, a ruiva amava sua cidade, sem dúvidas, mas não podia negar que sua rotina era cansativa. Relaxar naquele ínterim tinha sido incrível. Fotos foram tiradas, a ruiva prometia a si mesma que não as perderia, e daria o seu máximo para não esquecer da viagem incrível que havia feito.

Sentada na poltrona de seu quarto, enquanto vestia uma calça de moletom e camiseta qualquer, nem ao menos ligava para o que sua mãe diria de seu “desleixo”, a única coisa que Clarissa queria naquele instante era sentir-se confortável.

A ruiva buscou seu caderno de desenhos pelo quarto, e quando finalmente o encontrou, tornou-se a sentar. Começou a esboçar o dia em que conheceu Simon e Isabelle.

Todos em uma roda, de pé, enquanto o garoto de cabelos encaracolados segurava um violão. Clarissa tentou reproduzir os cabelos negros de Isabelle, pois achava que esta era um dos traços mais marcantes em Izzy, além de sua personalidade.

É claro, no mesmo dia havia conhecido o “rapaz dos olhos dourados”, mas o encontro havia sido tão desagradável para ela que nem fazia questão de representar. Pois considerava ter sido apresentada em outro dia, com mais calma e de maneira mais “intimista”, se assim pode-se dizer.

Algumas horas depois, a imagem estava agradável aos olhos da ruiva. Sebastian ao seu lado, com seu traje john long pela metade, onde o primo exibia o torso, e um sorriso com seus cabelos desordenados. Simon a frente, com o violão ao lado, seus óculos um tanto tortos e uma camisa florida, tão bonita que Clarissa sentiu vontade de pegar para ela a princípio, porém contentou-se a comprar uma igual dias depois. Izzy ao lado do Lewis, com seus longos cabelos negros e com um short branco de tecido, além do biquíni com palmeiras e um pôr do sol ao fundo.

Clary era detalhista, claramente.

Embora contrariada, Clary sentiu-se tentada a desenhar Jace, portanto o fez. Os cabelos louros ao ombro, e uma prancha de surf em seu braço, e uma bermuda simples, enquanto revirava os olhos. Clarissa não soube exatamente como representar o distanciamento emocional naquela imagem. Tentou ser simplista nas expressões. Um sorriso estampado em sua face e braços cruzados. Havia pensado em escrever alguns xingamentos a sua volta. Mas não sabia se faria muito sentido, e sentia medo de passar a informação errada.

No fim, qualquer um que não soubesse o contexto que a imagem reproduzia não entenderia claramente o que havia ocorrido. Mas, apenas ela precisava entender o que estava sendo reproduzido. Logo após terminar seu desenho, começou:

Querido caderno,

Torno a me desculpar com você por usá-lo desta maneira, porém foram momentos tão incríveis e pessoais, que não encontro maneira melhor de expressar-me  do que com desenhos e longas anotações por depois.

Você melhor que ninguém, sabe as “loucuras” que vivenciei, graças aos desenhos aleatórios que fiz. É claro, são atividades comuns para californianos ou pessoas bem vividas e corajosas, mas para mim… Foi completamente inovador.

Surfar? Nunca pensei que teria coragem para tal.

Beijar alguém em um lugar público? Minha timidez não permite. Quer dizer… Não permitia. Quando aconteceu… Meu coração bombeou tão forte, parecia que eu iria desfalecer. É até um pouco cômico. Estou usando claramente hipérboles, eu não morreria, mas a sensação deve ter sido ao menos semelhante…

Quando conheci o primeiro trio de amigos foi… diferente.

Simon foi o mais simpático e tentou me incluir nas atividades, naquela mesma noite convidou-me a cantar com eles algumas músicas. Isabelle era quem cantava a maioria, sua voz chamava atenção… Enquanto eu apenas a acompanhava.

Interessante mesmo era quando Sebastian começava a desafinar propositalmente, fazendo-me rir, e Izzy xingá-lo. Interessante não é a palavra correta… Quem sabe exótico?

A melhor parte daquela noite foi quando meu primo levantou-se e começou a fazer uma dança, estranha diga-se de passagem, ao cantarmos “Last friday night”. Parecia estar atuando, ou algo semelhante.  Até mesmo Isabelle entrou na brincadeira e foi dançar com Sebastian, enquanto cantava, naquele momento eu fiquei surpresa, pois … Caralho, tenha fôlego. Simulando beijos com Verlac e surpresa ao citarem “ménage a trois” na letra. Aos poucos eu pude ver as facetas de Isabelle Lightwood

Ao fundo, lembro de ter visto Jace se divertindo com a palhaçada dos dois. Mas parecia tão… recluso. Mesmo que naquela noite eu estivesse com raiva dele, não deixei de ficar curiosa, e confesso que ainda o achava um tanto atraente, embora ele fosse um “merda” de primeira impressão.

A praia estava vazia, alguns adolescentes ao longe curtindo a companhia um dos outros, assim como nós fazíamos. Por isso, acho que se tornou mais fácil “passar vergonha” e assumo que caso eu me sentisse confortável naquele momento para tal eu teria feito o mesmo.


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Notas finais do capítulo

Heeey!! Espero que tenham gostado do capítulo.
Deixem-me saber o que acharam.
Beijos e abraços
Mrs. Secret
Publicado em: 25/03/19



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