O Megatubarão escrita por Anieper


Capítulo 6
capítulo 6




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Enquanto a gaiola descia, Claire olhava em volta para ver se podia encontrar o Mega. Enquanto descia ela repassava pela a cabeça o plano. Não era bom, mas mesmo assim era tudo o que eles tinham. Ela podia sentir seu coração batendo forte no peito. Ela deu uma volta completa na jaula procurando pelo o animal. Ela achou estranho quando viu a água suja de sangue por todos os lados. Eles poderia ter avisado quando iam jogar a isca.

— Está tudo bem aí? – ela perguntou para ter certeza.

Só mais uma rodada de isca.— Esperto respondeu. – Para que você fique apetitosa.

— É tão bom saber que estar cuidando de mim. – ela disse sarcasticamente.

— Obrigado, tchau, tchau, boa sorte.

Claire rolou os olhos e continuou procurando o Mega enquanto a jaula terminava de descer. Assim que parrou ela segurou o arpão com mais força. Esse sempre era o momento que a deixava nervosa em todos os mergulhos, esperar até que o tubarão fosse até ela.

Claire olhou para baixo e para os lados. Ela estava dando outra volta quando sentiu a jaula tremer e se virou rapidamente para ver o que era. Ela ficou aliviada quando viu que não era o Mega ainda. Eram outros tubarões de diferentes tamanhos.

O que está acontecendo aí embaixo?— Barry perguntou preocupado. – Você está bem?

— É, eu estou bem. – ela respondeu olhando os tubarões nadando ali. – Só uns tubarõezinhos de dois metros em meio.

Ela assistiu os tubarões nada ao seu redor e comerem a isca. Ela sabia que a coisa ia ficar séria quando todos saíram rapidamente. Ele estava vindo.

Claire, ele estar chegando. – Barry avisou o que ela já sabia. – Cinquenta metros. Vinte metros. Dez metros.

Claire parou de escutar enquanto olhava em volta preocupada. Ela não via sinal do Mega. Um animal daquele tamanho não sumiria assim. A não ser... Claire olhou para baixo a tempo de ver o Mega abrir a boca e acertar a jaula com o nariz. Ela voou dentro e deixou o arpão cair. Ela se esforçou e desceu para pegar a arma novamente e quando ela olhou para o lado viu o Mega nadando calmamente ali.

Esses eram os maiores dentes que ela já viu.

— Tá bom. – ela disse com a respiração pesada. – Nossa... Eu vou acertar no olho dessa coisa. – Ela apontou o arpão e fez a mira. Ela ia disparar quando ele se virou e se afastou. Parecia que ele sabia o que ela ia fazer. – Droga.

Ela ficou tensa quando perdeu ele de vista novamente e se virou. Novamente, ela pode ver ele abrindo a boca antes de sentir a jaula a jogar para o lado. Dessa vez ela manteve o arpão. Claire podia sentir o Mega a levando para longe. Ela não sabia se o barco ia aguentar, ou não. Ela esperava que não soltasse. Se soltasse, ela estaria morta. Ela podia escutar eles falando, mas estava muito confusa.

Com dificuldade, ela se virou e fez a mira novamente e lançou o arpão na boca do bicho. Ele ficou meio louco.

— Pronto. Veneno aplicado. – ela disse enquanto sentia o bicho balançar a cabeça de um lado para o outro antes de soltar.

— Tá bom, Claire. Aguenta firme. – Barry disse quando ela conseguiu se segurar e ficar em pé.

Ela quase soltou um suspiro de alivio, mas entrou em pânico quando o Mega a atacou por baixo. A boca no animal e grande o bastante para conseguir segurar toda a jaula em pé. Ela estava com problemas.

— Eu estou presa. – ela gritou tentando abrir a porta para sair. – Eu tô na boca dele.

— A jaula não vai quebrar. – Zia disse.

— Esse é o problema. – ela disse tentando achar uma solução. – A jaula está sendo engolida.

Owen não pensou no que estava fazendo, ele apenas começou a tirar a blusa de frio que tinha colocado e arrumou sua roupa de mergulho o mais rápido que ele conseguiu. Ele pegou um cilindro de ar e pulou na água. Ele ia atrás da esposa. Ele pegou o capo e começou a ser aproximar. Claire estava certa. Ela estava sendo engolida com jaula e tudo mais. Ele podia ver a mulher sendo jogada de um lado para o outro.

Owen teve que segurar quando o Mega começou a nadar e se afastou. O bicho era rápido. Claire foi jogada para todos os lados antes do Mega soltar a jaula. A força foi tanta que ela bateu no fundo e sua máscara rachou. Ela estava em sérios problemas. Owen voltou a se aproximar agora que o Mega parou e estava mais confiante. Ele tinha mais chances agora do que quando o tubarão estava com a esposa na boca.

— Novo problema.— Claire disse enquanto colocava a mão na rachadura. – Minha máscara rachou. Estou perdendo oxigênio.

Ela olhou para o medidor e viu que estava cada vez mais baixo. Ela olhou para onde Owen estava. Não ia dá tempo. Owen se aproximou e ela foi ao encontro dele e mostrou o medidor que estava em um por cento.

— Não, Owen, volta por barco. – ela disse tentando manter a respiração enquanto o marido forçava a porta. – Volte para o barco. É muito perigoso para você aqui. Volte. Owen...

A falta de ar estava agindo e ela foi sentindo que estava perdendo o controle do corpo. Owen viu a esposa afundar e não pode fazer nada. Ele colocou o pé na jaula e começou a força. Não adiantou.

— Owen, o guindaste está na água. – Lowery gritou, Owen olhou para trás e o viu afundando. – Ele vai te levar para baixo, rápido.

Owen olhou em volta e não viu o Mega. O mais rápido que pode, ele desceu e abriu a porta de baixo e pegou a esposa com cuidado bem a tempo o guindaste puxar a jaula. Ele a abraçou pela a cintura e começou a subir. Ele achou que conseguiria quando viu o tubarão se aproximando. Apensar de saber que não ia adiantar de nada. Ele colocou o corpo dele na frente do de Claire para tentar protege-la enquanto o animal se aproximava.

Owen tentou se afastar quando o Mega parou. Ele se mexeu um pouco enquanto via o tubarão tentar morde-lo, mas não conseguia. Algo tinha prendido ele. Owen chutou as pernas e se afastou a tempo de ver o animal, parar de se mexer e seus olhos se fechasse. O veneno finalmente o tinha matado. O homem da marinha, ignorou isso, e nadou para cima.

— Aqui. – ele gritou saindo da água tirando a máscara da esposa. – Aqui, joguem uma corda.

Eles rapidamente fizeram o que ele pediu e puxaram eles para o barco. Owen entregou Claire para Simon e Wu enquanto ele subia no barco. Wu a deitou no chão e mediu o pulso dela.

— Não está respirando. – ele disse começando a massagem cardíaca.

Owen se aproximou enquanto esperava alguma reação. Ele assoprou ar nos pulmões dela e se afastou para que Wu voltasse a massagem. Ele esperou e soprou ar novamente. Dessa vez, ela tossiu e cuspiu água.

— Ela vai ficar bem. Vamos levar ela lá para dentro. – Wu falou e Owen concordou com a cabeça antes de pegar a esposa no colo e levar ela para deitar em um lugar confortável.

Claire abriu os olhos confusa e piscou antes de olhar para a frente e ver o pai sorrindo para ela. Ela olhou para o lado de viu Wu sentado. Ela apenas se perguntou onde estava Owen.

— Ei, calma. – Wu disse quando o pai a ajudou a se sentar. – Você estava morta agora a pouco.

— Certo, doutor. – ela disse e olhou para a porta onde o marido estava encostado. – Você me tirou de lá.

— Foi por muito pouco mesmo. – ele respondeu.

— Pode me dá um tempo com o Owen? – ela perguntou para os outros dois.

— Claro. – seu pai disse olhando para o genro.

Wu e Benjamim saíram e deixaram os dois sozinhos. Owen se aproximou da cama e se sentou ao lado da esposa.

— Você me salvou de novo. – a afirmou.

— Prefiro você viva. – ele disse sorrindo. – Isso e não seria apenas você que morreria lá. – ele completou fazendo com que ela olhasse para baixo. – Tem uma coisa que você vai querer ver.

Ele ajudou ela a arrumar a roupa de mergulho que ele tinha tirado para Wu a examinar direito e eles saíram. Ele deixou ela ir na frente e não demorou muito para ver o que ele queria mostrar. O Mega estava ali, amarrado.

 -Ei, olha quem acordou. – Esperto disse enquanto ela colocava a blusa.

 - Ei. – ela disse sorrindo sentindo o marido apoiar a mão na cintura dela.

— Como é que você estar? – Esperto perguntou enquanto Claire e Owen se aproximavam dele.

— Estou melhor, obrigada.

— Owen, tira uma foto de mim com essa besta fedida, vai. – Esperto pediu jogando o celular para o homem que o pegou rindo. – Tá bom, pera aí. – Espertou apoiou o cotovelo na boca do Mega. – Aqui.

— Se quer uma foto legal, bota a sua cabeça aí dentro. – Owen disse enquanto Claire sorria ao ver que ele estava filmando, não fotografando. – Chega mais perto.

— Mais perto? – Esperto disse com um pouco de medo.

— Anda, vai lá.

— Tá legal. – Esperto se aproximou mais um pouco e fingiu beijar o tubarão.

Quando ele se aproximou o rosto do bicho, ele se mexeu fazendo o homem ir para trás e cair no mar. Eles começaram a rir enquanto Esperto nadava assustado.

— Owen, me diz que pegou essa. – Lowery pediu saído do outro lado do tubarão.

— Eu peguei essa, Lowery. – Owen respondeu.

— Isso não tem graça, cara. – Esperto gritou para Lowery.

— Não me chapa, isso tem muita graça. Se liga. – Lowery começou a gargalhar. – E o Esperto tá na água. E o Esperto tá na água.

Owen se afastou de onde os outros estavam brincando e pegou a mão da esposa com o celular ainda na mão.

— Vem cá, Claire. – ele disse e mostrou a foto do tubarão. – Olha para ele do lado do Esperto. – ele aproximou a foto da boca do tubarão. – Lembra das marcas de mordida no nível A?

Claire estudou a foto com mais atenção. Ela entendeu o que o marido queria dizer. A marca era diferente. Esse parecia menor e o formato dos dentes estavam errados.

— Você acha...

Claire foi interrompida quando escutou um barulho vindo de trás e viu outro Mega saindo da água. Ele abriu a boca e pegou o Mega que eles tinham matado. Owen empurrou a esposa, e fez com que ela ficasse em segurança enquanto o tubarão ficou preso em cima do barco. Claire e Owen ficaram pendurados por um momento antes dela soltar ao ver que o barco ia afundar. Owen soltou logo em seguida.

Claire se virou e afastou um pouco antes de nadar para o barco e subir no casco.

— Dois, dois. – Lowery estava falando despertado. – Ninguém me disse que tem dois. Como é que tem dois? Você tem que me tirar dessa água. Socorro.

 Claire estava respirando com um pouco de dificuldade e olhava em volta procurando pelo o pai e pelo o marido.

— O que deu em você? – Simon perguntou.

— Eu não sei nadar. – Lowery disse ainda se debatendo.

— Ah, não. Fala sério. – Simon achou engraçado.

— Cara, não vem com preconceito para cima de mim. – Lowery reclamou se aproximando do barco.

— Me dá um tempo. Você trabalha literalmente no meio do oceano. – Simon disse ajudando Lowery a subir no barco.

— Isso não fazia parte da descrição do cargo. Nada disso fazia.

Claire ignorou os dois e ficou de pé enquanto começou a gritar pelo o pai e por Owen. Ela não achou nenhum dos dois. Ela estava começando a ficar preocupada.

— Barry, ajuda aqui. – Owen pediu se aproximando do barco com o pai dela. – Rápido.

Barry estendeu a mão e puxou Ben. Claire ajudou no que pode e eles deitaram seu pai no barco. Ele tinha sangue na boca e machucados na barriga.

 - Obrigado, Owen. – Ben disse olhando para ele enquanto Owen tentava examinar suas feridas. – Obrigado.

 - Está tudo bem. Relaxa, relaxa. – ele disse para Ben antes de colocar a mão no ombro de Claire. – Ele não está bem. Precisa de atendimento. Vamos chamar o doutor. Cadê Wu?

Owen se levantou enquanto Claire tentava fazer com que o pai ficasse confortável. Ela olhou para cima quando viu que Owen não voltou. Wu não estava ali. Isso não era nem um pouco bom.

— Ele é um bom homem. – seu pai disse fazendo ela olhou para ele. – Ele vai cuidar de você e Maise.

— Papai, por favor, não se esforce. – ela pediu tirando o cabelo do rosto dele. – Achou ele?

— Na água. Com o tubarão. – Owen disse colocando a mão na cintura dela.

Claire olhou para trás quando escutou Wu gritando e olhou para a água. Owen também e eles assistiram quando o Mega pegou Wu em uma bocada só. Claire gritou e colocou a mão na boca enquanto Owen ficou em pé e se aproximou para ajudar Simon a puxar Zia para cima. Claire colocou a mão na cabeça do pai e parrou delicadamente.

— O que que foi aquilo? – Lowery perguntou entrando em pânico. - O que que foi aquilo?

— Agora não é hora, Lowery. – Simon disse enquanto Owen olhava para a esposa com o sogro.

— Não!  Não! – ele disse mexendo as mãos. – É por isso que a gente não sai da estação, falou. É por isso que a gente não faz isso. Você foi lá embaixo, irritou ele e aí ele vai voltar e matar todo mundo aqui. O que a gente deve fazer? Eu nem deveria estar aqui para começar, nadando no oceano. – Owen respirou fundo para se acalmar. Socar o homem não ia ajudar em nada. – A gente matou aquele, o outro comeu esse aqui. Cara, ele... ele comeu Esperto. Ele comeu Wu. Comeu o Eli. Eles eram meus amigos.

Owen não falou nada. Ele sabia como Lowery se sentia. Como ele disse para Claire. Se o que sobrevive é difícil.

— Só queria lembrar que essa coisa está afundando. – Simon disse enquanto Lowery se sentava de lado. – O que a gente faze agora?

— Cadê o Barry? – Owen perguntou ao notar que o amigo não estava ali.

Owen olhou para a água e viu Barry nadando para o bote salva-vidas. Ele conseguiu chegar no que estava mais perto, e usou ele para pegar o outro. Com a ajuda de Barry e Lowery, Owen colocou Benjamim deitado em um dos botes e ajudou a esposa entrar, enquanto os outros iam no outro e eles três iam nesse.

Owen ia na frente enquanto Barry os seguia. Claire estava ajoelhada na frente segurando da mão do pai que estava com os olhos fechados. Owen olhava para trás por que sabia que eles ainda estavam sendo seguidos. Ele sabia que não seria tão fácil e principalmente, ele sabia que o Mega estava brincando com eles.

— Dezesseis quilômetros na nossa cola. – ele disse quando o Mega apareceu novamente.

Ele olhou para a frente novamente vendo Claire ainda tentar fazer o pai se sentir melhor. Não demorou muito e ele escutou o som de helicóptero se aproximando e viu passando por eles indo direto para o Mega, onde ele fez uma curva. Owen podia ver Simon com o telefone no ouvido e vi atirarem alguma coisa no tubarão, antes de atirarem várias vezes. O Mega deu a volta e se afastou. Owen sabia que não seria por muito tempo, mas ele poderiam chegar à estação em relativa segurança.

— Muito bem, Marsani. – Owen disse enquanto Simon comemorava.

Claire olhou para o pai enquanto tentava deixar ele mais confortável. Ela sabia que ele estava com dor, mas eles não tinham encontrado nada. Ela queria que ele pudesse esperar mais um pouco, eles estavam quase chegando.

— Eu te devo desculpas. – Benjamin disse em chinês colocando a mão no rosto da filha.

— Do que você está falando? – Claire perguntou confusa.

— Quando você era uma garotinha eu fui tão duro com você, mas eu sabia que você era tão especial.

— Eu só queria ser como você, pai. Mas eu não conseguir.

— Você tem, minha garota corajosa. — ele tossiu, fazendo Claire passar a mão no rosto dele. – Você já é melhor do que eu. Meu sonho é esse, Claire. Que você cresça e seja você.

— Está tudo bem, pai. Salve sua respiração. — Claire disse antes de ver a ferida.

— Owen, sempre foi bom para você e Maise. Eu apenas nunca vi isso. — ele olhou para o Owen que estava olhando para ele. — Continue cuidando delas.

— Com minha vida. — ele prometeu.

Claire olhou para o pai a tempo de ver ele fechando os olhos. Ela colocou as mãos no rosto dele e aproximou o rosto, mas não sentiu nenhuma respiração. Ele tinha ido.

— Pai, não me deixe.

Claire o abraçou enquanto Owen continuava a pilotar. Ele queria consolar a esposa, mas não teria tempo para isso. Agora não. Eles finalmente chegaram a estação e ela tirou sua blusa e cobriu o pai. Owen jogou a corta para amararem, e se aproximou dela a abraçando.

— Eu sinto muito, amor. – ele beijou a testa dela.

— Mamãe, papai, sejam bem-vindos. – eles ouviram a voz de Maise e se viraram para verem ela se aproximando.

Com a ajuda de Owen e de um dos ajudantes ela saiu rapidamente do barco e pegou a filha a afastando enquanto Owen ficava com o sogro no bote. Ela subiu na plataforma e se ajoelhou na frente da filha.

— Querida, eu preciso te contar uma coisa. – ela disse pegando as mãos dela.

— O papai está bem? – ela perguntou olhando para o pai que estava olhando para elas.

— Sim. Ele tá. É o vovô, ele se machucou muito e infelizmente, ele não resistiu. Ele está morto, querida.

Maise olhou para o pai, antes de abraçar a mãe chorando. Owen olhou para elas sem saber o que fazer. Ele não queria deixar Ben sozinho, mas não queria tirar ele dali com Maise presente.

— Fique com ele. – ele mandou para um dos assistentes quando o outro bote se aproximou mais.

Ele pulou para fora e foi até aonde a esposa e a filha estavam. Ele pegou Maise no colo e colocou o rosto dela em seu pescoço enquanto ajudava a esposa ficar de pé e guiou as duas para dentro. Ele sentou Claire em uma sala de descanso e entregou Maise para ela antes de ir ajudar a cuidar do corpo do sogro.

O resto do dia passou para ele como um borrão. Ele ajudou com o sogro e ficou de olho em Claire e Maise. Ele também tinha ligado para a cunhada falando que o sogro tinha falecido e que ele ai começar os preparativos para o funeral e que ela e Claire teriam que escolher onde seria o enterro. A mulher finalmente foi tomar banho e trocar de roupa, antes de dá banho na filha e levar ela para passar um tempo com a tia. Claire precisava de um tempo.

Ela caminhou lentamente até o escritório do pai e viu as fotos que tinha ali. Ela acendeu algumas velas enquanto vi o pai sorrindo para ela. Ela nunca deveria ter deixado ele ir com eles. Ela pegou uma das fotos em que ela e a irmã estavam com o pai e fungou enquanto olhava para ela. Claire olhou para trás quando escutou alguém batendo na porta e viu Owen parado ali.

— Pode entrar. – ela disse sem saber o que mais dizer. Ele se aproximou lentamente dela e parou na sua frente.

— Como estar a Maise? – ele perguntou colocando a mão na cintura dela.

— Ela está triste e muito confusa. – Claire não olhou para ele enquanto falou.

— E você?

Ela se afastou dele enquanto mais lágrimas caiam.

— Eu ainda não consigo aceitar.

— Acontecem coisas que mudam sua vida para sempre. – ele disse delicadamente. – Enquanto o mundo continua girando. Era de se imaginar que pararia por um segundo. Mas não para.

— Como você convive com isso? – Claire perguntou olhando para ele.

— Não convivo. – ele se afastou um pouco dela enquanto falava. – Deixei dois grandes amigos para morrer. Fico pensando nisso o tempo todo. Será que eu poderia... poderia ter feito mais?

— Não se trata só das pessoas que você perde. – ela disse se aproximando mais dele. – Mas também se trará daqueles que você salva. Eu tô feliz que você estar aqui. Eu apenas queria ter falado para ele quando ele ainda estava aqui.

— Ele sabia, Claire. – Owen se aproximou um pouco mais e colocou a mão na barriga dela. – Ele me ligou a duas noites me xingando por ter te engravidado de novo e não estar aqui para você.

— É um menino. E ele nunca vai saber disso agora. – Claire abraçou o marido enquanto ele passava a mão delicadamente nos cabelos dela.

Eles ficaram ali por um tempo apenas os dois. Owen deixou a esposa chorar e colocar a dor que estava sentindo para fora. Mesmo que ele e Benjamin brigassem a maior parte do tempo, ele gostava do sogro.

— Temos uma reunião. – Barry disse da porta. – Meia hora.

— Vamos estar lá. – Owen disse acenando para ele enquanto continuava a consolar a esposa.

Claire chorou mais um pouco antes de secar o rosto e deixar que Owen a guiasse para a sala de controle. Eles entraram juntos de mãos dadas enquanto Simon começava a falar:

— Eu informei o governo chinês sobre o Mega. – ele disse após acenar para Claire. – Assim com as autoridades na Tailândia, Vietnã, Indonésia e Austrália. – Zia apoiou a mão no ombro da ruiva para dá uma força enquanto Owen a abraçava pela a cintura. – Os chineses estavam enviando dos submarinos para a acabar com eles. Então, agora, é oficial e felizmente, não estar nas nossas mãos. Eu vou fechar o Mana Um. Até que o Mega seja morto, um navio de evacuação estar chegando aqui amanhã de manhã.

— É você tem razão. – Lowery disse fazendo com que olhassem para ele. -

— E por fim... – Simon disse descendo as escadas. – eu só quero dizer, eu sinto muito, pelas as suas perdas. Seus amigos. Eu vim aqui para comemorar com vocês e agora estou chorando com vocês.

Simon falou mais um pouco e saiu.

— Eu vou levar ele até o heliporto. – Owen disse apertando delicadamente a cintura de Claire antes de seguir Simon.

Enquanto eles andavam, falavam a evacuação e como eles iam fazer as coisas. Todas as pessoas iam ser levados para um hotel na China e ficariam lá por uma semana antes de receberem uma mensagem para saber se iam voltar ou não para o Mana Um.

Owen assistiu o cara entrar no helicóptero e olhou para ele.

— Obrigado por salvar nossa pele. – ele agradeceu e Owen acenou para ele.

Owen entrou e foi para a enfermaria. Ele não confiava muito no que Simon disse, e pediu para Barry ficar de olho em tudo enquanto Claire descansava um pouco. Assim que ele entrou no quarto, viu Zara e Maise jogando cartas.

— Olha as duas trapaceiras. – ele disse se aproximando da cama da irmã.

— Oi. – Zara disse sorrindo para ele.

— E você como estar? – ele perguntou apoiando as mãos nos ombros da filha.

— Bem, comparado ao que vocês passaram. – ela disse enquanto Maise mostrava as cartas para o pai.

— Hum... – Owen disse estudando o jogo.

— O que tem aí? – Zara riu.

— Três reis. – Maise mostrou as cartas para a tia.

— O que? Qual é? Toda vez? – Zara reclamou enquanto Maise ria. – Você me deve um refri por essa.

— Tá bom. – Maise disse mal-humorada enquanto saia da cama.

— Acertamos tudo quando você voltar. – Zara disse enquanto eles olhavam para a menina saindo.

— Tá, tá, tá, tá. – Maise foi dizendo enquanto saia da enfermaria.

— Eu só tô tentando distrair ela. – Zara disse olhando para o irmão.

— É, ela é mais durona que eu.

— Não acreditei em você. – Zara disse fazendo o irmão sorrir um pouco.

— Mas não me chamou de maluco.

— É mais eu não te chamei de são.

— São, não é uma palavra que eu ouça tanto. – ele disse indo se sentar no lugar da filha.

— E agora?

— Ainda não sei. Acho que vou levar as garotas para Madison. Claire vai querer ficar com a irmã nesse momento.

— É isso que você quer fazer?

— Acho que isso não é importante nesse momento.

— Zara, Claire acabou de perde o pai. Maise tem vivido e estudado aqui por mais tempo do que é saudável. Acho que está na hora dela ir para uma escola normal, fazer amigos normais. Amigos da idade dela.

— Vai aceitar o emprego que eu arrumei para você? Você adora animais e se sairia muito bem cuidando deles no zoológico.

— Depois de hoje, não tenho tanta certeza.

— Você deve ir. Claire e Maise iriam gosta de lá e você poderia finalmente parar de fugir e ficar com suas garotas.

— Eu acho essa uma ótima ideia. – Maise disse se aproximando com dois refrigerantes.

— Meninas de oito anos escutam tudo. – Owen disse ajudando a garotas.

— Pai? – ela chamou fazendo um gesto com o dedo. Owen se aproximou dela. – A mamãe quer ir morar naquela cabana e quer que você cuide dos animais.

Maise levantou as sobrancelhas para o pai fazendo a tia rir.

— Sabe que esse pode ser o pior momento da minha vida? – ele perguntou antes de pegar a filha no colo. – Vamos lá, mocinha. Vamos dormir. Dá boa noite para a tia Zara.

— Boa noite, tia. Até amanhã.

Owen saiu da enfermaria com a filha no colo e foi para o quarto da esposa. Claire estava deitada na cama com a mão na barriga. Owen colocou a filha na cama dela e se sentou ao lado. Ele falou calmamente com a menina, até que ela dormiu. Depois ele colocou outra roupa e se deitou ao lado da esposa.

— Owen? – ela disse sonolenta.

— Está tudo bem, volte a dormir.

— Maise?

— Dormindo. – Owen beijou a bochecha dela. – Durma. Você está cansada.

— Boa noite, amor.

— Boa noite. – Owen beijou a bochecha dela novamente e se arrumou na cama para poder abraçar ela direito. Logo ele estava dormindo.


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