Saints of Gold - Os Cavaleiros do Zodíaco escrita por Jane Austen


Capítulo 4
O brilho de uma luz cativante


Notas iniciais do capítulo

"A verdadeira cortesia só brota de um carater puro e de um coração cheio de bondade" - Tihamer Toth

"O amor, o verdadeiro amor advinha, penetra, descobre, simpatiza, faz suas as aflições do outro, dá ao outro suas próprias alegrias. É compreensivo. Mas não é compreensivo no sentido que se dá a esse vocábulo, quando quer significar uma tolerância que fecha os olhos. Não. O amor verdadeiro é compreensivo num sentido maior, que não fecha os olhos, mas que também não fecha o coração. Vê as falhas do outro, vê as misérias do outro, com uma generosa inquietação, com uma piedosa solicitude. Mas vê. Vê com amor. Mas vê. E é nessa visão que ele encontra as forças de paciência para os dias difíceis, e que se defende das amargas decepções. A miséria, o defeito, a falha, apresentados pelo amor, conservam sempre a dignidade do contexto em que foram apreendidos, sem sacrifício da veracidade. Porque o amor é veraz; é verídico; é essencialmente amigo da verdade. E como compete à razão guiar a alma nos caminhos da verdade, segue-se com lógica irresistível que a razão é o piloto do amor."
Gustavo Corção

Chegando com o próximo! :*



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  Afrodite guiava-as até a casa de virgem, onde Shaka se encontrava. Clara olhava a tudo extasiada, era sem dúvida uma paisagem única, bela e nostálgica por tudo que elas colecionavam e de que já tinham visto sobre o lugar, nada podia diminuir sua alegria nesse momento, e da mesma forma se sentia Lydia. Estavam bem próximas uma da outra, e podiam facilmente perceber o brilho no olhar e a face iluminada que ambas expressavam diante dos acontecimentos, de momentos em momentos a primeira recebia da amiga um leve sorriso ainda encantado, e a segunda da mesma forma lhe retribuía.

O cavaleiro de peixes continuava do mesmo modo tranquilo, sereno e impassível e não era possível identificar o que poderia estar sentindo ou pensando naquele momento, a não ser que parecia muito concentrado.  Foram atravessando cada uma das doze casas, os cavaleiros em suas respectivas casas já sabiam do fato por Mu, e assim como os demais, prontamente se colocaram a disposição de ajudá-las com todas as medidas possíveis e necessárias, a entender aquele acontecimento tão incomum que ocorrera ali. E as duas jovens não podiam deixar de sentir crescer em si, uma sensação de admiração e entusiasmo enquanto iam conhecendo os cavaleiros. Somente o cavaleiro de Gêmeos não estava em sua casa, elas souberam que ele havia se retirado e se encontrava com o irmão Kanon juntamente com o mestre Dohko, era bem provável que Mu estivesse com todos eles nesse momento. Enquanto adentravam na quinta casa do cavaleiro Aiolia de leão, Clara percebeu uma movimentação vindo na direção deles:

— Eu estava esperando por vocês, Mu me contou sobre o caso.

— Aiolia, como estão às coisas em Asgard? – Perguntou-lhe Afrodite, as duas mantiveram total atenção aos dois cavaleiros

— Afrodite, cheguei ontem de Asgard, Lyfia está bem, e tudo lá está em perfeita harmonia e tranquilidade. – Lydia nesse momento olhou para Clara e sorriu delicadamente, ele continuou: _ E essas são as jovens?

— Isso mesmo, te apresento Clara e Lydia.  Estamos nos dirigindo para a casa de Virgem agora.

—Prazer em conhecê-lo Sr. Aiolia. - Disse-lhe Lydia. Clara sorriu e disse num tom calmo e sincero:

— Estamos surpresas e ao mesmo tempo admiradas por estar aqui no santuário, confesso que é inacreditável na verdade...

— Compreendo, este é um fato extraordinário também para nós, mas saibam que vamos ajudar em tudo que precisarem, pode confiar no auxilio do Afrodite e dos outros, aliás, todos os cavaleiros se reunirão em breve na casa de virgem, Mu acabou de me enviar uma mensagem. – Disse ele voltando-se para o Afrodite.

— Sim, acabo de receber também. Diga-me Aiolia, você percebeu essa estranha atmosfera no céu? – Perguntou Afrodite seriamente.

— Sim, não sei do que se trata, mas meu cosmo está me deixando em alerta. Sinto que logo muitas coisas se tornarão mais claras Afrodite.

—  A que se referem? O que querem dizer com isso? – Perguntou Clara apreensiva.

— É algo da qual ainda não temos certeza. – Respondeu-lhe serenamente o cavaleiro de peixes: _ Nossos cosmos nos alertam quando acontecem mudanças perceptíveis, e notamos agora a pouco a atmosfera.

— E isso é algo preocupante? – Perguntou Lydia participando do mesmo sentimento que Clara sentiu antes.

— Não se preocupem. -  Respondeu Aiolia: _ Seja o que for, nós os cavaleiros de ouro resolveremos. Por que não acompanham o Afrodite até a casa de Virgem que é a próxima? Logo os demais cavaleiros estarão lá.

Afrodite deu alguns passos em direção às duas jovens, bem próximo a elas olhou-as calmamente, sua feição mostrava uma serenidade realmente pacificadora:

— Não há motivo para ficarem ansiosas ou preocupadas, eu garanto que em breve tudo estará resolvido, faremos todo possível para isso. – Suas palavras soavam com tom de conforto mesmo em meio a qualquer dúvida, e aquele olhar inexplicavelmente passava-lhes a mais terna confiança. E elas seguiram com ele na direção da sexta casa.

***

E quando eles finalmente chegaram próximo à entrada da casa de Shaka o cavaleiro de virgem, havia um silêncio monumental; notaram um ambiente extremamente pacificado e sereno envolto em mistério, Lydia sussurrou animadamente para Clara:

— Eis ai onde está o cavaleiro mais próximo de Deus...

— Tem razão Lydia. - A agitação e admiração interior que ambas sentiram aumentou à medida que entravam no lugar.

Seguiram Afrodite que continuava caminhando de maneira calma e imponente. Ouviu-se um pequeno barulho que, no entanto, pareceu grandioso dado ao silêncio do lugar, contudo, foi o suficiente para assustar as jovens, a agitação causada nesse momento provocou em Clara um movimento involuntário, que, somado a toda perplexidade da situação, instintivamente a fizeram segurar-se em Afrodite da qual estava bem próxima, fato este que, admirou muito o cavaleiro de peixes, sua expressão quase sempre inalterada modificou-se, isso o fez voltar-se inteiramente para ela, e nesse momento apoiou-a com as suas mãos. Mas Clara espantou-se ainda mais de maneira inexprimível, arregalou os olhos, enrubesceu, hesitou e não disse nada, sentiu a face aquecer enquanto corava, soltou-o. Lydia observava a cena, e um pouco próxima a eles, sorriu discretamente. Tão logo se recuperou do susto, ela voltou-se para o cavaleiro à sua frente tentando falar da maneira mais calma possível:

— Me desculpe por isso e pela minha agitação, foi tudo tão rápido e me assustei com esse som... – Mas ele olhou-a da mesma maneira tranquila de antes, e deu um meio sorriso. E antes que pudesse respondê-la, o cavaleiro de Virgem se aproximava lentamente deles, Afrodite então voltou à atenção para ele:

— Shaka...

— Então vocês chegaram... - E quanto mais ele se aproximava era possível notar sua bela imponência, e ao mesmo tempo certa suavidade inexplicável, de uma alma elevada; bem como elas se recordavam de tantas vezes terem visto e lido sobre ele, e foi total a admiração que sentiram ao estarem frente a frente com tal cavaleiro, e sem dúvidas, sentiram a mais pura emoção, qualquer um menos emocionado teria sentido diante de tal cavaleiro ou daquele mundo em geral; e mal conseguiam se exprimir da maneira como casos assim o exigiam. Afrodite, no entanto com sua enorme sensibilidade, era capaz de perceber como tudo ali poderia ser impactante para elas, então tomou à frente:

—  Shaka, estas são Clara e Lydia, são as duas jovens que apareceram misteriosamente no santuário.

— Sim, o Mu comunicou-se comigo sobre tudo isso. Como vão vocês? – Disse ele em tom suave voltando-se para as duas, a armadura de virgem cintilava de maneira esplendorosa e causava admiração pela beleza sublime que conferia ao cavaleiro, e os longos cabelos loiros eram levemente movimentados por uma brisa calma.

— Estamos bem Sr Shaka...  Mas... – Lydia tomou um fôlego antes de continuar, e suspirou: _  muito admiradas por estar aqui. - Respondeu ela.

— Oh, eu sei que sim, mas, além disso, estão também familiarizadas com o ambiente não é mesmo? –  Respondeu-lhe Shaka, Afrodite fitava-o atentamente.

— É verdade! -  Continuou Clara: _ Há uma mistura de sentimentos, sinto como se já os conhecesse desde sempre, mas é difícil explicar o motivo disso, mas, ainda assim a confusão de toda situação com certeza é maior. Como pode ser possível isso ter acontecido? Como podemos estar aqui? -  Ele misteriosamente abriu os olhos que até então estavam fechados, o intenso brilho azul não poderia ter passado despercebido por ninguém, menos ainda pelas jovens que estava extremamente impressionadas com tudo ali, ele voltou-se para Clara e Lydia, ficou em silêncio por um breve momento olhando-as, e logo depois continuou:

— Existe um limite de conhecimento, até mesmo para aquilo que a meditação interior no sétimo sentido, pode alcançar nesse momento em que nos encontramos, consigo perceber até certo ponto, o que possivelmente é o que o Mu já lhes transmitiu antes, e mais além disso, infelizmente estou sem respostas tanto quanto vocês.  -  Clara sentiu certo desânimo interior, ela suspirou imperceptivelmente, mas não para quem estava atento aos seus sinais. – Afrodite mantinha os olhos fechados, e tinha entre os dedos sua bela rosa vermelha, da qual suavemente aspirava a delicada fragrância, ele ouvia a tudo o que foi dito com atenção, embora não o demonstrasse naquele momento. Além disso, os cosmos dos cavaleiros comunicavam-se entre si facilmente, e muitas coisas eram reveladas interiormente, ainda que com a ausência de palavras. Shaka como Mu, podia perceber muitas coisas interiores nas almas, e até mais além dele, exatamente por sua essência pura e contemplativamente iluminada pela Graça.  Afrodite possuía também tais dons, embora um pouco mais imperceptíveis além de também comunicar-se com as plantas. Os cavaleiros de ouro estavam num nível de elevação superior tanto espiritual como de dons e força,  sabedoria e entendimento moral, ao que podia ser compreendido pelas pessoas em geral.

Nesse momento o cavaleiro de peixes voltou-se para as duas senhoritas à sua frente:

— Shaka e Mu, são da mesma opinião que a minha, como vocês podem ver. Por enquanto não temos como saber o que aconteceu, será necessário esperar pelos próximos acontecimentos, meu cosmo me diz que eles sem dúvida, irão revelar muitas coisas obscuras agora.  Não fiquem apreensivas, com certeza eu e os outros as auxiliaremos, tenham paciência. – Disse-lhes ele tranquilamente.

— É essa a melhor maneira de agirmos agora. -  Disse Shaka: _ Mas não se inquietem,  e acalmem suas almas, em breve muitas coisas serão compreendidas, continuem seguindo seus corações, porque sem nenhuma dúvida, eles as trouxeram até aqui.  – Clara que estava um pouco mais séria que o normal, ainda fitava o chão quando o ouviu falar, e seu olhar se voltou para ele, percebia um brilho dourado ao redor de ambos os cavaleiros, era encantador, algo como ver uma aparição celeste. Sentiu suas forças que sempre a ampararam tão bem, em todo e qualquer momento da vida se reanimar, em geral e constantemente possuía aquela genuína alegria própria dos corações fortes e esperançosos, Lydia estava determinada a não se deixar abater por nenhum sentimento de apreensão, ela estava confiante nas palavras que lhe foram transmitidas pelos cavaleiros, e em seu coração sentia uma forte indicação de que tudo se resolveria da maneira que deveria ser. Ambas foram tomadas de esperança, Clara sorriu delicadamente para eles, se já antes, apesar de toda surpresa e admiração, ela não hesitava em manter firmes as boas considerações do seu coração, agora então ouvindo dos belos cavaleiros palavras encorajadoras, ela mantinha firme e certa sua confiança. Afinal a promessa de um daqueles cavaleiros da esperança, ou seja, dos nobres cavaleiros de ouro não era nunca descumprida.


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