Zombie AU escrita por Penelope


Capítulo 6
Vamos ao Shopping


Notas iniciais do capítulo

Inspirei esse período deles no Shopping no filme Madrugada do Mortos.



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                            Alice Kingsleigh


Paramos o ônibus na autoestrada, junto com outros carros destrambelhados. Entramos na ''floresta'' que tinha do lado, para darmos a volta e entrar no shopping. Brilhante e arriscada ideia do Peter. Arriscada por que não sabíamos se o shopping estava aberto na hora que o Apocalipse começou, mas brilhante por que se estivesse fechado daria para ficar um bom tempo lá.

Chegamos na parte lateral do shopping, onde era o estacionamento.

Estava vazio, então ele estava fechado. Perfeito! Fizemos uma certa abertura na ''cerca'' que tinha. Passamos e estávamos indo em direção a uma porta, onde acreditamos que seja a porta para o deposito. Jack estava com um pé de cabra tentando abrir.

—Porra Jackson, não é difícil – eu disse de costas para ele e Peter, vigiando o perímetro. - anda logo com isso.

— Não amola maluca – odeio quando ele fica me chamando de maluca, ou qualquer termo parecido.

Uma cabeça morta apareceu e Rapunzel foi para frente para matar com seu facão, mas voltou assim que viu que ele tinha companhia, ela chamou o Jack – Foda se – ele disse e atirou duas vezes na porta, fazendo ela abrir e corremos para dentro. Trancamos a porta, ouvindo os cabeças mortas tentando entrar. Merida acendeu as luzes. Era um deposito.


Avistamos o elevador e subimos, quando a porta do elevador abriu, demos de cara com dois caras. Pareciam os caras do filme MIB, um branco forte e um negro um pouco mais magro. Nós pedimos ajuda, mas eles disseram que se quiséssemos ajuda teríamos que entregar nossas armas. Claro que Jack e Peter não queriam entregar, mas Rapunzel foi a frente e entregou seu facão. Todos seguimos ela, e eles nos levaram para uma sala onde tinha vários monitores. Talvez a sala de segurança. Lá tinha um pequeno grupo de pessoas, uma menina e um menino que pareciam ter a nossa idade. Uma mulher que parecia ter a idade de minha mãe, ela segurava uma criança no colo, um garotinho, um outro loiro que não parecia ser muito velho.

Nos colocaram numa sala onde tinha uma grade, basicamente uma cela, e escutei a conversa entre a mulher que segurava a criança e o cara branco forte que vimos no elevador. Eles não estavam tentando esconder a conversa.

— Beto, eles são crianças. Não pode deixa-los assim, olha aquele garoto. Só tem uma perna. - o cara negro chegou perto deles para participar da conversa.

— Elena – o cara negro disse – também não quero deixa-los assim. Mas, é só por enquanto. Pra termos certeza que são confiáveis.

— Querida, se não desconfiarmos de todos, vai acontecer com a gente o que aconteceu com a mãe do Louis e Wilbur. - Acho que são casados, tem cara de casados – só por pouco tempo. - A mulher parece ter desistido e discutir com eles e saiu.

Os dois caras vieram para perto da gente. - Meu nome é Beto Pêra e esse é Lucio Barros. - ficamos em silêncio encarando eles.

— Ô criançada vai dizer para gente o nome de vocês ou não? - Que maluco. A mulher chegou mandando eles saíram, dizendo que eles não sabem falar direito com as pessoas.

— Sou Elena Pêra, e o Beto é meu marido. Peço desculpas para vocês pelo modo com estamos tratando, mas perdemos uma amiga por confiar na pessoa errada. Para sabermos se vocês são confiáveis, tem que começar com seus nomes. Se não quiserem dizer, entendemos. Preciso também saber se algum de vocês foi mordido. - Ficamos um pouco em silêncio, nos olhando. Não vamos contar o que aconteceu com Hiccup. Ele está muito bem e não está infectado.

— Alice Kingsleigh – eu falei um pouco baixo e Elena sorriu.

— Hiccup Haddock.

— Merida Dunbroch

— Rapunzel Corona – Vi Peter e Jack se encararem, são tipo os lideres desse grupo, sempre os mais cabeçudos.

— Peter Pan – Jack olhou para ele bravo, mas cedeu.

— Jack Frost. - Elena sorriu e perguntou de novo se alguém foi mordido. - Acha que a gente é idiota? - Jack perguntou bravo.

— Não acho Jack, mas é melhor prevenir do que remediar. Vou repetir a pergunta. Alguém aqui foi mordido? - Ela aumentou e firmou a voz.

— Não – Merida disse e Elena sorriu indo embora. - O que vamos fazer? - conversávamos baixo.

— Nada – Rapunzel falou – eles tem crianças, não vão fazer nenhum mal para gente.

— Jack – Peter chamou ele e ele encarou Rapunzel. Sinto que tá rolando algo entre eles.

— Por enquanto não vamos fazer nada. Só por enquanto. - O relógio cronometro de Rapunzel apitou.

— Hic, como você está?

— Com um pouco de dor.

— Tudo bem, está na hora do antibiótico – Ela se levantou e foi até a grade – Oii – Ela chamou atenção da garota de cabelos grandes e negros, a que parece ter a nossa idade. Ela chegou mais perto da grade - Preciso do antibiótico dele, ele está com dor e – Rapunzel parou e colocou as mãos na barriga, de repente vimos Rapunzel sangrando e indo ao chão. A garota arregalou os olhos e correu chamando sua mãe, Elena apareceu correndo, junto com os outro. Eles abriram a grande.

— Onde vão levar ela? - Gritei segurando Rapunzel. - Não vou deixar ela ir sozinha com vocês.

— Ta bom vem com a gente – Elena disse, e eu sai vendo a cara de desespero dos outros. O cara loiro segurava ela no colo. Fomos para o fundo de uma loja que parecia ser de equipamentos médicos. Colocaram ela numa maca de metal – Esse é o Louis Robinson, ele vai me ajudar.

— Ajudar em que? O que houve com a Rapunzel? - Perguntei .

— Vamos descobrir – ela tirou a calça de Rapunzel – Vamos nada, já descobri.

— E oque é?

— Sua amiga sofreu um aborto – Oque? Eu gritei mentalmente, mas não disse nada por fora só ajudei no que foi preciso para cuidar da Rapunzel.

Quando Elena acabou sentou numa cadeira e Louis saiu, sentei do lado dela.- Ela vai ficar bem.

— Como sabia disso?

— Eu era uma agente do governo. Tive que apreender um pouco de medicina. E também sou mulher - Sorri, e percebi que minha mãe não era muito disso, me bateu saudades. - Eu acho que vocês não fazem mal a ninguém, também devem ter perdido muita gente.

— Penso o mesmo de vocês. Mas, o Jack é osso duro. - Rimos.

— O Beto também não é fácil. Mas, não acho que estão errados. Só estão nos protegendo. - Rapunzel estava acordando, tínhamos colocado um vestido nela para se sentir um pouco mais a vontade. Fomos até ela.

— O que aconteceu? - Ela perguntou tentando se levantar. Elena pediu para ela esperar, saiu e voltou com um travesseiro, depositando ele de baixo da cabeça de Rapunzel.

— Querida não se levante. - Elena passou as mãos no cabelo dela e Rapunzel olhou confusa para nós duas. - Rapunzel, você sofreu um aborto, e acredito que tenha sido por má alimentação e desidratação.

— Que? Não pode ser – Rapunzel tentou levantar, mas Elena não deixou e ela começou a chorar

— Não é fácil criar criança nas condições que o mundo está, Rapunzel. Você tem noção disso? - Elena parecia uma mãe coruja.

— Foi o Jack, não é? - Perguntei sabendo que tinha algo entre eles. E ela concordou – Eu sabia – fiz uma cara engraçada, fazendo as duas sorrirem – vocês são malucos, nem camisinha usaram. - Arregalei os olhos. - Foi na mina de ouro não é? - Ela concordou.

— Por favor, por favor não contem para ninguém – Ela disse principalmente para mim. - Alice, por favor.

— Ta bem. Você tem certeza que não quer contar nem pro Jack? Ele pode estar preocupado.

— Jack não tá nem ai. Não preciso contar para ninguém – ela limpou as lágrimas.

— Vou dizer que você se cortou e não percebeu, e por estar um pouco desidratada você desmaiou. Que tal? - Elena disse e Rapunzel concordou. E Elena saiu.

— Acho que ele se importa sim, Punzel. Deveria pensar em contar para ele.

— Posso pensar, mas eu que tenho que contar. - Concordei – Deram o antibiótico para o Hiccup?

— Rapunzel, pelo amor de Deus. Você acabou de perder um bebe, se preocupa com você – sai e deixei ela rindo.


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