Hiccup Haddock

Jack estava dirigindo e eu estava do lado dele, mexendo no rádio. Rapunzel era a única dos outros acordada, ela tinha um olhar distante pro lado de fora da janela. Estava amanhecendo já.

— Mano, o que você tanto tá arrumando nesse rádio? Desde que saímos de lá você tá mexendo nele – Jack disse revisando o olhar entre eu e a estrada. Eu só pedi para ele relaxar, ele olhou para o retrovisor pousando o olhar em Rapunzel. - Ela não parece ser uma ameaça. - disse e eu olhei para ela e a vi limpando uma lágrima. Merida acordou, percebi com o bocejo alto dela.

— Jackson da uma parada ai para a gente tirar água do joelho – Rapunzel riu do jeito que Merida disse.

— Que dama eim, Merida. - Jack brincou. - Acorda os outros, assim vai todo mundo e o Pan troca de lugar comigo. - Merida se levantou e fez o que Jack pediu. Dez minutos depois Jack tinha parado o ônibus atrás de uma placa grande sobre um supermercado. Todos descemos e vi Alice puxar Merida e chamar Rapunzel falando que não ia fazer xixi sozinha. Jack e Peter foram para o lado do ônibus e eu fiquei do lado de dentro. - E aí Hic? - Ele gritou lá de fora. - não vai vim?

— Já vou! - gritei, escutei ruídos no rádio e depois uma melodia. Consegui! Sai do ônibus esticando as costas e vendo as meninas se aproximar rindo. - Que foi?

— A Alice se mijou toda – Merida me respondeu rindo e entrando no ônibus. Fui tirar a água do joelho e Jack e Pan estavam voltando, olhei para onde eles tinham mijado e acho que tentaram cruzar o xixi, o que é engraçado. Quando voltei, Merida estava descendo do ônibus e começou a olhar para estrada, percebi que todos faziam o mesmo, então segui o olhar deles.

— É só uma criança – Alice disse se referindo a uma cabeça morta que estava perambulando na estrada.

— Você quis dizer, era. - Jack falou e vi Peter pegando na mão de Alice para entrar.

— Vamos, Frost. - Jack seguiu o Peter

— Isso é muito triste - olhei para Merida e ela olhou para mim – acha que devermos mata-la?

— Uma cabeça morta a menos, uma cabeça morta a mais não vai fazer diferença – Olhamos espantados para Rapunzel, isso não era uma coisa legal a se dizer. Ela entrou no ônibus. Então Merida sussurrou um ''vamos'' para mim. Entrei e Peter, que já estava no volante, fechou a porta.

Sentei no banco da frente meio abatido, enquanto Peter nos tirava dali. Passamos por alguns carros abandonados e um com o fogo no final. Já se passaram quase 10 horas que estávamos na estrada, e Jack já tinha dormido um pouco. Lembrei oque tinha que fazer.

— Tenho uma surpresa para vocês – Isso iria anima-los.

— Não precisa dizer que é gay, Hic. Já suspeitávamos. - Rimos da piada de Jack depois que eu mandei ele tomar no cu.

— Eu peguei o MP3 da Merida e

— Ou – Ela protestou.

— A fala serio, Rida. Ele já estava acabando a bateria, você ia carregar com o que?

— Achei que você podia me ajudar com isso.

— Bom, eu ajudei, deixei ainda melhor. - Fui até o rádio e eu fiz uma gambiarra ótima, graças ao meu lado Hacker. Consegui conectar seu MP3 com o rádio. - Liguei e começou a tocar Sweet Child' Mine. Todos sorriram e Jack entendeu o que eu passei a noite fazendo.

Merida era uma grande fã de rock clássico. Todos começamos a cantar, inclusive Rapunzel que parecia gostar de estar com a gente, Jack se levantou e começou a tocar sua guitarra imaginaria, fazendo todos rirem e fazendo Merida acompanhar ele.

Peter parou e nós já estávamos na segunda música.

— O que foi Peter? - Alice perguntou indo para frente. - Por que parou? - Ela olhou para frente. - Jackson - Ela chamou Jack mas, todo mundo foi atrás. Quando cheguei vi o nosso impedimento, ao longe dava para ver uma horda de cabeças mortas. Não era tão grande, mas também não era pequena.

— Cade o mapa? - Jack foi lá para trás pegar e o abriu no chão. - Vigia Alice. - Peter, Merida e eu fomos lá para trás ver o mapa. - Podemos voltar para 180 e pegar essa estrada Waterloo . - Peter apontou no mapa.

— É, mas e essa bifurcação aqui? Entre a Rd e Ave? - Eu agachei vendo o que Merida queria dizer.

— Vamos ter que arriscar, não é? - Peter disse.

— Vamos acabar tendo mais um dia de viajem – Jack esfregou os cabelos com frustração. Noel estava certo, ele precisava cortar o cabelo. - Merida quanto temos de suprimentos?

— Eu não sei, a conta é certa para dois dias indo.

— Jack, podemos parar no primeiro lugar com comida, mas não podemos arriscar sendo comidos – fiz a piada sem querer.

— É mas, e se não acharmos nem lugar?

— Caçamos algum animal

— E se não acharmos nenhum animal? Essas floresta o máximo que tem são coelhos.

— Jackson – Peter colocou a mão no ombro dele – Vamos dar um jeito. Só não vamos arriscar, tá bem? - Jack concordou e Peter foi lá para frente.

— Amigo, está tudo bem. - Olhei para Merida e ela saiu, me sentei direito no chão. - o que foi?

— Eu só não quero perder ninguém.

— Jack, um ser humano pode ficar quase um mês sem comer. E não vamos rodar um mês sem comida né. Relaxa cara, se quiser pode escolher a música – levantei e Jack demorou um pouco, mas dobrou o mapa e foi pro ultimo banco, Merida foi atrás conversar com ele. Resolvi sentar com a novata. - ficar sozinha é chato – sentei escutando a melodia da música. Sweet Dreams – Eurythmics.

— Fiquei muito tempo sozinha, estou acostumada – ela sorriu.

— Perdeu muitas pessoas no começo?

— Acho que perdi até antes.

— e quer falar sobre isso?

— Não – Ela respondeu mexendo numa pulseira, peguei sua mão e observei a pulseira. Tinha 4 pingentes, um de uma torre, uma flor, um R, e um animal que eu não identifiquei qual. - É um camaleão. Gosto deles, eles podem ser o que quiserem.

— São divertidos - Sorri e abri meu casaco revelando minha blusa – eu gosto de Dragões.

Retornando fez a gente basicamente perder umas 5 horas de viajem. E paramos o ônibus duas vezes para comermos juntos e irmos ao banheiro, tirando a primeira vez quando amanheceu.

Nosso almoço era legumes e o lanche era um suco que fazíamos com beterraba, eles fazem muito bem alias. Já nossa janta, era uma vaca que era bem cuidada na fazendo atrás da fabrica. Nós paramos o ônibus e fizemos uma fogueira. Enquanto a carne cozinhava, nos brincávamos.

— Então Rapunzel, a brincadeira é simples – Alice sentou ao lado dela. - Você dá 5 dicas do que você fazia antes do apocalipse. Mas, tem que ser dicas difíceis se não, não tem graça. - Rapunzel concordou – Aa você só dá dicas se alguém pedir e se quiser. Sacou?

— Eu entendi. - Ela apontou – tenho que saber qual a dicas que tem.

— Por enquanto todos só revelaram uma dica. - Eu disse e Jack completou.

— Hiccup: tinha licença para inventar, Merida disse que a profissão dela não tem o costume de estar no cardápio. - Rapunzel olhou confusa e riu – Alice disse que ela prendia muito o cabelo. Peter: tinha muita bebida ao seu dispor. Viu? São dicas muito nada haver mas, que de acordo com eles está de acordo – ele riu

— E você?

— Jack ainda não deu a dica dele. - Merida falou mexendo na carne.

— Mas, já que você acabou de entrar na brincadeira. - Ele entregou um copo de água para ela, levantei e comecei a ajuda-lo a encher os outros copo, a carne estava quase pronta. - A minha primeira dica é: que eu deixava qualquer uma nas nuvens.

— Eu sabia que você era prostituto – Merida fez a gente ri e Jack empurra ela. - Por que não da uma dica para todos ficarem igualado, Rapunzel?

— Ta - ela olhou todos com expectativa, e parou um momento para pensar e sorriu – Dica um: Eu fazia qualquer um dormir rapidinho.

— Assassina de aluguel – Alice disse e rimos olhando para Rapunzel.

— Não – ela riu – credo – todos rimos e Merida levantou para tirar a carne. - Hiccup você falou mesmo licença para inventar? - Concordei – era fã do agente 007? - ri. - Você era um inventor de armas para espiões. - Neguei.

— Alice – chamei ela – você era atriz porno. Por isso o Peter é apaixonado em você, viu um dos seus filmes.

— Ou todos - Jack comentou

— Que engraçado – Ela me olhou seria e Peter olhava para ela – Claro que não.

— Como chegou a essa conclusão? - Jack perguntou.

— Não vou dizer

— Sai daqui Merida, para ele dizer.

— Eu não! Sou mais macho que você – Ela disse me fazendo ri, e entregando num prato de plástico um pedaço de carne para cada um. Peter pegou a garrafa de água e foi encher para todos.

— Merida então era dançarina particular especifica para mulheres. Já que ela é mais macho. - Merida da um tapa na cabeça de Jack.

— Peter era um alcoólatra anônimo. - Merida disse sentando se preparando para comer.

— Isso nem é profissão – Alice disse rindo.

— A seila, bebida me lembra isso.

— Você então foi uma – Peter falou e rimos. Esperamos pelo menos uma hora para voltar para estrada. Eu seria o próximo a dirigir então queria da um tempo do jantar. Subi no ônibus deixando Peter, Merida e Jack conversando na fogueira. Quando entrei Rapunzel estava começando a se acomodar no banco para dormir, e Alice trocava de blusa lá trás, virei. Respeitei ela e Pan. Nunca de fato soubemos se eles estavam namorando, mas são super juntos e carinhosos, e outro dia acho que vi Alice sair de fininho a noite do quarto de Peter. Ia me preparar para ir, mas não encontrava as chaves, Peter subiu no ônibus.

— Ai, cade a chave? - Alice tinha se virado e prendia o cabelo, Peter observava-a. - Peter? - Estalei os dedos na cara dele e ri, ele olhou para mim. - A chave.

— A foi mal, elas estão com o Jack. - Ri e resolvi antes de descer vestir meu casaco de novo. Fui procura-lo e  quando vi, ele estavam sendo de travesseiro para Rapunzel, acho que ela nem se deu conta. Deixei para lá e fui chamar Jack e Merida, para pegar a chave de uma vez também.

Desci – Jack – Não acreditei no que vi. Merida e Jack estavam se beijando.