Jack Frost

— Quem é aquela? - Perguntei pro Hiccup enquanto nos encostamos na cerca, tinha uma menina loira cuidando da plantação de arroz, parecia que estava aprendendo.

— Deve ser a garota nova que a Mulan disse.

— Vou lá dá as boas vindas. - Hiccup tentou me impedir, mas eu já tinha pulado a cerca e estava indo em direção a ela, percebi que Merida chegou perto de HIccup e mencionou meu nome. Cheguei perto da novata. - Oi, sou Jack Frost – estendi minha mão e ela limpou a mão molhada no vestido e apertou a minha mão mencionando seu nome, que voz fofa.

— Rapunzel Corona. - Rapunzel tinha olhos verdes, e parecia muito delicada para um apocalipse. 

— Chegou a quanto tempo? - Perguntei, observando Merida e Hiccup chegar perto.

— Dois dias.  

— Oi – Merida cumprimentou ela- Merida Dunbroch, esse é Hiccup Hadock – Eles apertaram a mão dela. - Não vimos você chegar, estávamos nas buscas. - Merida estava sendo simpática, parece que o aumento de membros está deixando ela feliz. Já temos quase 50.

— Também com tanta gente, não é fácil conhecer todos de uma vez. - Sorrimos e ouvimos Mufasa chamar Hiccup. Ele tem uma mão boa com tecnologia, junto de Aladdin, por isso iriam tentar fazer as câmeras funcionarem via satélite. - Ouvi dizer que ele é bom em tecnologia.

— O melhor que temos – Disse – mas, não deixe Aladdin ouvir eu disser isso.

— Ela nem sabe quem é – Merida me deu um tapa na cabeça. Rapunzel riu.

— Eu vou voltar ao trabalho. - Sorrimos e ela voltou a cuidar do arroz.

— Acha que podemos confiar nela? - Merida perguntou.

— Eu não sei, o que você acha?

— Talvez delicada demais.  

— Você foi simpática – Sorri olhando para ela.

— Cala a boca, não fui.

— Foi sim – disse chegando perto do rosto dela sorrindo, ela segurou riso e me deu um soco no ombro

— Vamos mané – Estava esfregando o local onde ela socou – temos que calibrar algumas armas e afiar facas. - Merida e eu somos amigos a quase que no começo do ''fim do mundo''. Encontrei ela com fome tentado assaltar a mesma padaria que eu tava assaltando. Fomos encurralados pelas cabeças mortas, são como chamamos os zumbis, e desde então não nos separamos.

Ela é como uma irmã da minha idade.

Nosso grupo, quando chegou na usina só tinha uns 15, chamamos qualquer abrigo de usina. O por que disso? Bom, usinas são lugares que a qualquer momento podem explodir, e o explodir que eu quero dizer é simplesmente acabar. Como quando eu e Merida ficamos com um grupo de dez pessoas, contando com a gente. E bom, fomos os únicos que sobreviveram e depois encontramos Noel. Um cara bem velho kk que tem a barba branca, o nome dele? ele nunca disse. Sempre se apresenta como Noel, para lembrar que tem sempre uma ponta de alegria em cada um, já que ao se apresentar como Noel, todos lembrar de Papai Noel.

Chegamos no pequeno deposito.

Peter estava lá. Peter Pan o ruivo mais chato que conheço, Merida diz que somos muito parecido. Por isso achamos um ao outro chato.

— Fala Pan – Entrei pegando o pano que usávamos para limpar armas. - Cade sua namoradinha? - Estava me referindo a Alice Kingsleigh, uma loira que eu acho meio maluca. Ela sobreviveu uma semana num buraco comendo larvas, mas não julgo é isso que o fim do mundo faz com as pessoas.

— Frost, espero que o Hiccup ainda não tenha batido em você por sempre estar com a ruivinha dele. - Pan riu se referindo a queda que Hiccup tinha por Merida.

— Peter se quer ainda ter a possibilidade de ter filhos é melhor você calar a boca. - Merida o ameaçou pegando uma faca para afiar e Peter riu.

— Você conheceu a novata?

— Loira? Olhos verdes e com uma voz fofa?

— Essa.

— Rapunzel, eu acho. Conheci pouco depois que chegou, Alice cuidou dos ferimentos dela.

— Sabe da história?

— Não, quem trouxe ela foi a Fada e o Coelhão. Achou ela coberta de cinzas e com alguns machucados. Inclusive caco de vidro preso na pele. Achamos que o lugar em que ela estava, pegou fogo

— Ela não disse nada? - Merida perguntou.

— Não, e nem hesitou em vim. Quando Alice cuidou dela, ela só chorava. Mas, no dia seguinte pediu para fazer alguma coisa, então Mulan ensinou ela a cuidar do arroz. Ela não fala muito.

— E o que você acha disso? - Pan parou e se sentou.

— Que ela pode tá tão traumatizada quanto qualquer um aqui. Mas vamos esperar um tempo para ver se podemos mesmo confiar nela. - Olhamos um para o outro.

Eu posso achar o Pan o mais chato possível, mas daria minha vida nas mãos dele. Eu nunca soube direito qual era a situação que Peter se encontrava para chegar até aqui, mas ele, Alice e Hiccup foram os primeiros a se juntar ao meu grupo. Veio eu e Merida, depois Noel nos encontrou junto com a Fada, Coelhão e Sandy. Depois Alice e Peter. Hiccup. E então encontramos o grupo do Mufasa que tinha seus tios, sua mulher e seu filho. E Chegamos aqui, numa fabrica de arroz abandonada onde fizemos nossa nova usina, e chegaram mais pessoas.

Alice entrou no local.

— Oi maluquinha. - Provoquei

— Frostiota é bom vê-lo – Merida e Pan caíram na gargalhada e eu dei um olhar mortal para Merida onde tentou segurar a risada – Noel quer nos ver

— Todo mundo aqui?

— Sim, nos quatro, o Hic e a novata. - Todos nos olhamos e seguimos a Alice, e quando chegamos no escritório/quarto de Noel, Hic já estava lá, sentado na cadeira, e como era de se esperar Merida encostou na parede perto dele. Faltava a novata, esperamos apenas uns 3 minutos e ela chegou limpando a mão dela num pano.

— Não acha que precisa cortar o cabelo Jack? - Noel falou indo se sentar na cadeira atrás de uma mesa que ele colocou aonde era para ser mais uma cama. Ele era o único que não dividia ''quarto''. - Bom chamei vocês aqui por que são os únicos ''jovens'' – ele fez aspas com as mãos, pelo visto a Rapunzel fazia parte dos 20 poucos anos. - podem ir numa busca mais demorada e um pouco longe. - Ele pegou o mapa que estava na mesa e foi para um quadro atrás de Hiccup, numa parede. Colocou o mapa. - Por aqui nesta rodovia, ouvimos pelo rádio pedidos de ajuda e pessoas precisando de cuidados. Não sabemos quantos vem, e não sabemos se nossos medicamentos vão dar para eles e para nós também. Então, quero que vão Bratenahl – ele apontou no mapa – uma comunidade do lado de Cleveland, pegar num hospital medicamentos e se puderem alguns alimentos. Dois dias de viajem, depois um dia e meio de volta até chegar na rodovia e encontrar com eles. Eles disseram que estão num casebre que não é difícil de achar na rodovia. - Ouvimos atentamente e ele retirou o mapa, dobrou e entregou para mim.

— Vamos em dois carros? - Peter perguntou.

— Pensei em vocês levarem o ônibus escolar. - Eu e Peter comemoramos fazendo um high five, e eu vi o sorriso bobo em Hiccup - Ninguém, além de mim e do Coelhão sabem o que vocês vão fazer. O resto só vai saber que vocês saíram em mais uma busca.

— Acabamos de voltar de uma, Noel. Você não é assim, eles vão suspeitar. - Merida disse.

— Tem razão – Noel sentou novamente tentando pensar em algo. E vimos a mão de Rapunzel levantar.

— Eu tive uma ideia.

No dia seguinte, Norte acordou Mufasa e a Fada cedo, já tínhamos saído.

A ideia de Rapunzel era fazer a Merida de vitima, que protestou. Assim Alice foi a vitima, que foi sequestrada junta com uns alimentos e fomos busca-la com um bilhete avisando. Passando por cima da autoridade de Noel.