Amor Imortal escrita por Mary Kate


Capítulo 4
Paris.


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas leitoras queridas!!!
Quero agradecer de coração por vocês terem aparecido,
fiquei tão imensamente feliz e ainda mais com a recomendação
linda, cativante e emocionante, a primeira de Amor Imortal!!!(imaginem fogos de artificio
para esse momento maravilindo) que resolvi voltar com mais
outro capítulo antes do dia oficial das postagens!
Esse cap é dedicado a você Yasmin7511
Excelente leitura para vocês ;*



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Estamos em Paris, já tive a minha primeira reunião com o pessoal da La Plus Belle Architecture e tudo está correndo muito bem, creio que conseguirei ir embora em dois dias ao invés de precisar dos quatro como era esperado. Viemos almoçar todos juntos, os empresários, Ross e eu. A comida é esplêndida, o restaurante cinco estrelas fica em um prédio alto de forma que vemos a Torre Eiffel, estamos no renomado Le Huitième Art. Só a atmosfera parisiense me traz lembranças da Ana o tempo todo, cada esquina em que eu viro, cada moça de cabelos castanho de costas que a lembra já penso que possa ser ela e minha vontade é que seja! Quando decidiram por vir almoçar aqui então já sabia o quanto seria tocante para mim, esse restaurante é marcante demais para nós, Paris é um marco na nossa história.

*Flashback ON*

6 anos atrás.

Estou andando por uma rua estreita em Paris, que péssima ideia, me perdi completamente. E para não dar o braço a torcer não vou ligar para o Taylor me encontrar. Vou dar um jeito e me achar! Olho para o lado e me choco com alguém, pequeno pois bate com a cabeça em meu peito. Ai, até que doeu. Olho para baixo e a visão é muito melhor do que poderia desejar no meu melhor sonho, é uma linda moça, ela me olha enquanto se afasta de mim. Tem os olhos azuis mais vibrantes que já vi, tão límpidos, grandes e hipnotizantes. Aliás, seu rosto inteiro é como esculpido por Deus, ela tem os traços de um anjo, pelo menos é assim que imagino que eles sejam. Seu narizinho arrebitado parece me julgar, sua boca carnuda e rosada pronta para ser beijada... epa! Que raios de pensamento por uma desconhecida é esse?!

— Pardon monsieur! – Ela se desculpa em francês, mas em que mais bela francesinha eu me esbarrei! Penso animado, então me desculpo também no mesmo idioma.

— Pardon mademoiselle, je suis tellement désolé! – Ela ri, franzo as sobrancelhas a olhando com seriedade.

— Ai meu Deus, seu sotaque francês é péssimo! – Ela fala em inglês perfeitamente e continua rindo.

— É americana?! – Pergunto irritado.

— Sim e você com certeza também! – Ela diz deixando de rir e ajeitando sua boina vermelha na cabeça.

— É professora de francês por acaso?! – Pergunto ajeitando minha camisa, meu sobretudo, nem sei porque, mas ela me deixou inquieto.

— Não, nem trabalho com nada parecido. Mas morei muito anos aqui em Paris, então consigo reconhecer um estrangeiro a distância, principalmente se o francês dele for ruim como o seu! – Ela fala com orgulho, diria até de forma um pouco arrogante, depois dá outra risadinha.

— É sempre mal educada assim com as pessoas que conhece?! – Pergunto azedo.

— Não sempre, mas tenho certeza de que você é um mal humorado inveterado, só me tratou com educação porque me achou bonita. – Fico boquiaberto, não sei da onde essa mulher saiu com essa boca tão terrivelmente tentadora e direta.

— O que?! Você... – Tenho falar, mas ela me interrompe.

— Está tudo bem, você não precisa ficar sem graça, conheço o seu tipo galanteador profissional. Desculpe se feri seus sentimentos, mas não estou interessada, então bonjour! – Diz e já passa por mim voltando a caminhar. Fico estático, pela primeira vez na minha vida uma mulher me deixou desnorteado. Ela vai caminhando para longe de mim e minha vontade é de chama-la para terminarmos essa discussão, comigo a ganhando claro, mas não consigo me mover, me sinto irado, revoltado e fraco! Ahhhhh céus! Grito por dentro, até mais alguém se bater em mim e então resolvo voltar a caminhar depois de pedir desculpas em inglês mesmo, já que para senhorita lindos olhos de céu eu tenho um péssimo francês. Esse então passou a ser um dia estranho para mim, foi como se tivesse passado o dia vestido em uma roupa apertada, estava desconfortável, confuso e não conseguia parar de pensar naquela mulher. Que raiva de mim mesmo por ter sido tão lerdo! Depois das minhas reuniões e um dia inteiro de trabalho estranho, vou com os novos aquisidores da empresa que vim vender, após seis meses de compra-la, para um dos melhores restaurantes da cidade, é tido como o mais badalado do momento e eles querem ir lá de qualquer jeito. O famosíssimo Le Huitième Art, adentramos o prédio que fica em uma rua próxima a Torre Eiffel, e logo estamos no vigésimo andar onde fica o restaurante. Estamos no corredor e hall de acesso e já consigo ver o restaurante, depois das enormes portas brancas de madeira abertas. O lugar é incrivelmente fino, elegante, clássico, estilo francês mesmo. As paredes rosa champanhe, com papel de parede decorado em dourado, mesas elegantemente decoradas com toalhas brancas de linho de primeira, os móveis em madeira em tom claro, cortinas nas janelas, mas ainda assim podemos ver a Torre com uma visão privilegiada. Nos aproximamos das portas logo em seguida já está a recepcionista.

— Bonsoir, messieurs! Bienvenue au huitième art, avez-vous une réservation? – A recepcionista atrás de sua pequena mesa alta, sem cadeira atrás, uma bela moça de cabelos castanhos claros, olhos azuis e vestida em um terninho preto justo nos saúda e pergunta se temos reserva.

— Bonsoir, mademoiselle! Nous avons oui, c'est au nom de Jacques Pianout. – Um dos compradores da empresa, um senhor já grisalho e bem acima do peso fala que a reserva está em seu nome.

— Bien sûr, messieurs. Je vous accompagnerai à votre table! – Ela olha para as anotações e acha nossa reserva e nos chama para nos levar até a nossa mesa. A seguimos pelo salão, praticamente todas as mesas ocupadas. A nossa fica próxima a uma das enormes janelas, as outras mesas se espalham por perto, mas com uma discrição ótima em distância. – Passez une bonne soirée, profitez d'un bon dîner! – Ela nos deseja uma ótima noite e um excelente jantar e se vira para ir para o seu posto, enquanto nos sentamos, todos agradecemos em francês antes que ela se vá rapidamente.

— Eu realmente queria vir aqui, além do fato da chefe que está passando uma temporada no restaurante já ter duas estrelas Michelin! – Ross diz admirada, mas com sua polidez natural.

— Sim, ela é incrível! O restaurante dela também é cinco estrelas. – Um dos homens fala.

— Onde fica? – Pergunto, estou totalmente por fora desse assunto culinário. Claro que eu entendo de boa comida e de vinhos principalmente, mas quando se trata de chefes não faço a menor ideia de nomes, quantas estrelas Michelin possuem, nem nada disso.

— Em Seattle! Nunca foram? – Jacques responde e me pergunta.

— Sim, conhecemos. É o AFive! – Ross me dá a dica, balanço a cabeça compreendendo ao mesmo tempo em que faço uma onomatopeia de compreensão, sem abrir a boca. A comida desse lugar em Seattle é realmente perfeita, já jantei e almocei varias vezes lá, mas nunca vi a chefe, pelo menos não que eu saiba.

— É Anastácia Steele o nome da chefe de cozinha. – Jacques fala como se saboreasse o nome dela. Nesse momento o métre vem até nós, nos dá o cardápio nos atendendo superbem, escolhemos um vinho para bebermos enquanto pensamos nos pratos, já que são muitas opções, todas me parecem excelentes. Conversamos sobre o cardápio entre outras coisas até decidirmos. Opto por um steak de carne, com molho de mostarda e infusão de ervas com pimenta caiena, risoto ao funghi e trufas pretas, com a refrescância de aspargos no vapor salteados no azeite e balsâmico. Após alguns minutos depois de termos feito os pedidos, estou disfarçadamente olhando alguns e-mails com o celular de baixo da mesa quando ouço Ross dizer:

— Ali está ela! Tão jovem, nem dá para acreditar que já tem tanto renome. – Levanto meu olhar e vejo vestida devidamente como uma chefe, de chapéu e tudo, falando com pessoas que reconheço serem do parlamento Francês, a moça com quem me esbarrei essa manhã. Dou uma risada interna, não posso crer! Não quero que ela me veja, pois já sei o que vou fazer para retribuir sua gentileza dessa manhã.

— Vamos chama-la para podermos cumprimentá-la! – Jacques fala extremamente empolgado e os outros homens concordam animados igualmente.

— Não, não... vamos deixar para quando tivermos degustado o menu, assim poderemos elogia-la. – Digo já tendo maquinado meu plano, todos acabam concordando. Depois de alguns segundos ela se vai para dentro da cozinha, sem me ver e em poucos minutos nossos pratos chegam. O garçom nos serve, eu como uma garfada de tudo e me contenho para não soltar um gemidinho, está tudo delirantemente bom. Respiro fundo e corto mais um pedaço do meu bife, então chamo o garçom que vem prontamente. Assim que ele está ao meu lado eu comunico.  – Infelizmente o meu prato não veio como eu pedi, o steak está queimado! – Digo com tranquilidade, todos me olham embasbacados, perplexos e sem saber o que dizer, até porque aparentemente está perfeito, o garçom então parece nem entender o que eu digo, falei em francês, mas para todos é como se estivesse falando na língua de outro planeta.

— Sinto muito senhor, vou levar agora mesmo para que seja trocado! – Ele diz já recolhendo meu prato e correndo para a cozinha. Quero rir, mas permaneço com cara de paisagem. Logo depois ele já retorna com um prato novinho. Faço o mesmo que com o anterior e chamo o garçom.

— É triste mas realmente está passado do ponto novamente! – Digo com a mesma tranquilidade, ele arregala os olhos e engole em seco, olha para o meu prato e parece confuso, mas em um restaurante cinco estrelas o cliente tem razão sempre.

— Sinto muito senhor, peço perdão! Deixe-me trocar, com licença. – Fala atônito, fico com dó dele, mas preciso de mais do que da atenção dele. Mais uma vez ele retorna em poucos minutos e mais uma vez faço a mesma coisa.

— Sinto em dizer que a reputação da sua chefe da noite não está trazendo o que esperava dela, o meu bife está passado do ponto e isso é inaceitável. Diga a ela se não sabe preparar um steak corretamente?! Diga exatamente o que eu disse por favor! – Sou duro na forma de falar, as pessoas em minha mesa me olham apavorados, sem acreditar, não compreendem minhas atitudes. A única que já me olha um pouco desconfiada é Ross, ela me conhece muito bem, sabe que quando não gosto da comida de um lugar reclamo uma única vez, se o prato vem errado novamente eu me levanto e vou embora. O garçom fica aterrorizado, claramente vejo um fino fio de suor escorrer por sua têmpora.

— Sinto muitíssimo senhor, nunca nos aconteceu isso antes! A chefe Anastácia Steele é uma das mais renomadas do mundo, vou falar com ela agora mesmo! Com licença. – Ele diz levando meu prato, mas ao vê-lo passar pela porta, dessa vez a resposta é muito mais rápida, em menos de um minuto vejo a bela mulher passar veloz e furiosa pelas portas da cozinha, com uma faca na mão e um enorme bife cru espetado nele suspenso em sua mão levantada para o alto. Todos do restaurante olham assustados e ela caminha até a nossa mesa, ao chegar nela vem direto a mim e o joga espetando bem a minha frente na mesa.

— Está mal passado o suficiente agora?! – Pergunta irada, dou risada e a encaro, ao me reconhecer ela arregala os olhos e parece ficar ainda mais furiosa, então gargalha e bate palmas. – Isso foi de propósito! Eu sabia, eu nunca erro no ponto da carne! – Fala alterada e ao mesmo tempo satisfeita, com um olhar de superioridade e orgulho.  Me levanto da mesa e fico de frente para ela, que cruza os braços me desafiando com o olhar. Estou amando isso, essa mulher é realmente demais!

— O que foi?! Está vendo como é bom fazer pouco dos outros, menosprezar e rir da cara de um estranho?! As vezes a situação muda mais rápido do que podemos imaginar! – Digo tentando dar uma lição de moral nela, para ver se abaixa essa crista de galo. Ela permanece da mesmo forma só meneia a cabeça para o lado.

— Oh! Está esperando um pedido de desculpas formal?! Ah coitadinho, não sabia que tinha ferido seu ego tanto assim! – Diz ironicamente e levanta uma sobrancelha, o que a faz ficar tão sexy e atrevida. Estou adorando esse jogo, nunca tinha passado por isso antes, ela é realmente incrível. Eu quero essa mulher, e quero como nunca quis alguém antes!

— Pelo visto sua arrogância é tão grande como a sua fama! – Sou ainda mais atiçador com minhas palavras, permaneço a encarando com seriedade e intimidação, mesmo que pelo visto até agora não tenha surtido efeito algum.

— Obrigada por reafirmar o que eu já sei, sou mundialmente conhecida pelo meu talento! Você é conhecido por alguma coisa... fora o fato de se achar demais?! – Ela morde os lábios ao terminar de tentar acabar comigo com suas palavras afiadas como as facas que ela deve usar na cozinha. Quando vou responder ela emenda sua fala. – Foi uma pergunta retórica... imagino que conheça. – Fala ainda mais afiada e terrível, sinto meu sangue esquentar! Essa mulher está virando a minha cabeça.

— Eu entendo, todo esse chilique é porque sua comida não é tão boa quanto deveria ser... as vezes a fama é superestimada! – Ela abre a boca incrédula, vejo que cora de raiva, era exatamente isso que eu queria, ouço um ó coletivo, todos estão nos observando obviamente.

— Olha aqui seu... – Ela se aproxima mais de mim, apontando um dedo para o meu peito com fúria e tenta falar com uma raiva quase palpável, mas é interrompida por um jovem senhor, um homem com cabelos cacheados que começam a ficar grisalhos, caucasiano, um pouco mais alto do que eu, magro, de bigode pontudo e traços finos, também está vestido de chefe, mas sem o chapéu, ele eu sei ser o dono desse restaurante, pois há uma foto enorme dele no hall da entrada. Ele a segura delicadamente pelo braço e fala com ela em hindi. Fico surpreso, essa mulher é realmente surpreendente.

— Minha doce Ana, olha o escândalo! Estão todos olhando para vocês. Deixe esse homem para lá, é um babaca que quer chamar a sua atenção... – Fala gentil próximo a ela. Ele deve ter escolhido esse idioma por imaginar que ninguém aqui nessa noite vá entender o que ele está falando, mas eles não sabem que eu falo oito idiomas incluindo hindi, afinal a Índia é um dos maiores países do mundo, um mercado excelente em expansão, sempre estou fazendo negócios com indianos.

— Michell eu sinto muito, me desculpe meu amigo! Ele me tirou do sério, perdi o controle... foi sem querer. – Ela fala no mesmo idioma que ele se afastando de mim, então resolvo me intrometer, mas falando em inglês por enquanto pode ser útil ela não saber que eu os entendo perfeitamente.

— Sinto muito chefe Michell! Eu sugiro que eu e sua amiga conversemos em particular para resolver a situação e para que os clientes possam voltar a jantar normalmente. – Ela me olha com os olhos arregalados, e vai responder algo com certeza rude, mas ele acaricia o seu braço e ela se acalma.

— Tudo bem, vão para o meu escritório. – Seu sotaque francês é super acentuado mesmo ele falando no meu idioma. Nesse momento vejo que ela quer se opor, mas sou mais rápido e me viro falando em francês e alto para que todos ouçam.

— Senhoras e senhores, sinto muito pelo mau momento que passaram! Por isso a sobremesa de cada um é por minha conta hoje. Aproveitem o jantar! – Todos olham admirados, mas ao mesmo tempo cochicham, claro que querem saber realmente o que houve aqui. Então sigo a olhos de céu furiosa e o chefe Michell pelo salão, depois para uma sala depois de um pequeno corredor.

— Eu não acredito que você está me fazendo ficar a sós com esse troglodita! – Ouço Anastácia falar baixinho em hindi para Michell. Ele parece dar uma pequena risadinha antes de responde-la no idioma de forma humorada na voz.

— Minha criança se ele fez todo esse teatro só para falar com você deve estar apaixonado. – Ela se enrijece, percebo pelas suas costas e faz um som de desagrado antes de responder ainda em hindi.

— Hum! Ninguém se apaixona por alguém que nem ao menos conhece. Ele tem o ego muito grande, isso sim! – Fala contrariada e ele ri baixinho, chegamos a frente de uma porta de vidro escuro trancada. Michell abre a porta para nós que entramos, então ele só nos olha da porta e fala um comportem-se crianças, agora em francês, e sai a fechando.

— Qual é o seu problema ein?! O que você quer?! – A linda mulher fala irritada colocando as mãos para cima, depois retira o chapéu e bagunça os cabelos os soltando. Uau que visão, ela é naturalmente tão charmosa.

— Vamos mudar o disco, nós temos que sair juntos! – Sou direto no meu objetivo, já conheci o que queria agora é hora de finalizar o plano de ataque. Ela me olha perplexa, franze as sobrancelhas e me pergunta.

— Você está falando sério?! – Balança um pouquinho a cabeça, então ri rapidamente e para depois de dar alguns passos para longe de mim. – Você só pode ser algum tipo de maluco! Eu não vou ficar aqui falando com gente doida! – Diz e vai caminhar para fora da sala, mas eu paro em sua frente, ela me olha séria.

— Eu sei que parece loucura... mas você é do tipo durona, independente, um pouco arrogante... – Ela tenta me interromper, mas eu prossigo. – Mas é a mulher mais linda que eu já vi, também é a que me deixou completamente fascinado! Eu quero muito sair com você para poder te mostrar que eu sou o cara certo para você, tenho certeza disso. – Ela fica estática, com o rosto com uma expressão nula, não faço ideia se ela vai me bater ou sair correndo. – Eu consigo sentir daqui a química entre nós, é como se estivesse condensada ao nosso redor e eu sei que você também sente isso! – Digo dando dois passos para frente e ficando bem perto dela.

— Você é só um playboy convencido, acostumado a ter a mulher que quiser, pode ter certeza de que eu não faço o seu tipo! – Ela diz me olhando profundamente. Sorrio um pouco a olhando com a mesma intensidade.

— Você é única, e é a única que eu quero! E eu vou ser único para você também! – Dito isso me aproximo mais e me abaixo até chegar bem perto dos seus lindos lábios rosados e carnudos, ela respira um pouco acelerado e me olha nos olhos. Passo o meu nariz de levinho no seu, seus lábios se entreabrem um pouco, me aproximo milimetricamente mais e então ela dá o impulso final até que nossas bocas se encontram. O primeiro toque é gentil e suave, depois passo a massagear seus lábios com os meus, delicadamente, sinto o calor subir por meu corpo, então deixo minha língua tocar suavemente dentro da sua boca. Preciso de mais, necessito senti-la mais, então coloco minhas mãos apoiando seu rosto e invisto no beijo de forma mais possessiva, sinto uma corrente elétrica passar por nós dois, nunca me senti assim num beijo antes. Nossas línguas se tocam e tudo é intenso demais, é calor, tensão, tesão, tudo ao mesmo tempo. Nosso beijo se torna longo e muito quente. Então ela para me afastando e andando para longe de mim, sinto falta do seu calor.

— Eu não sou assim, não vou admitir que me trate como só mais uma das tantas da sua lista! – Ela diz de costas e distante de mim.  

— Por favor, não me tenha em tão baixa conta assim! Me deixe te levar para um encontro, prometo que será divertido e vai tirar essa má impressão de mim! Eu prometo não tocar em você a menos que queira! – Digo para tentar deixa-la mais a vontade com a situação e também porque eu realmente quero leva-la para sair, não quero só uma transa com ela. Ela se vira lentamente e me olha altiva.

— Você faz promessas demais... Me dê uma razão do porque eu deva sair com você! – Fala desafiadora como antes.

— Você está curiosa em meu interesse por você, nosso beijo foi incrível e... – Ela não me deixa terminar.

— Eu disse uma! – Fala enfática, dou risada.

— Não vai se arrepender! – Digo acho que convencido cedo demais.

— Eu não disse que aceito! – Fala e já passa por mim caminhando com sua pose e elegância. Me sinto péssimo, não acredito que ela me rejeitou, depois de tanto esforço, de querer tanto alguém como nunca antes na minha vida. Ela abre a porta e começa a sair, então se vira para mim de repente.

— Amanhã as quatorze horas, aqui em frente ao prédio. – Somente me dá as coordenadas e sai batendo a porta, caramba! Que mulher! Penso embasbacado e dou risada, depois balanço a cabeça em ponderação, não é bem o que eu queria. Mas está valendo, é melhor uma saída a tarde do que nenhuma a noite. Agora tenho que causar a melhor impressão possível, não posso deixar essa mulher escapar da minha vida.

*Flashback Off*

É tão nostálgico estar aqui, é bom, intenso, chega a ser um pouco revigorante e animador, então depois de parar de sonhar com essas lembranças a dor volta a me incomodar. Já estamos comendo quando vejo Michell vir em direção a nossa mesa, ele me olha com ternura e vem diretamente a mim que me levanto para abraça-lo.

— Querido Christian! Como está meu amigo? – Pergunta ao final do abraço, em inglês com seu velho e bom sotaque francês acentuado, me olha nos olhos com melancolia.

— Levando meu amigo, levando... Mas tenho a minha princesa que está cada dia mais linda e parecida com a mãe, de forma que sinto paz de alguma forma... – Digo um pouco abatido também, é difícil estar aqui lembrando do amor da minha vida e de repente me dar conta mais uma vez de que ela não está aqui.

— Phoebe é realmente a cópia da Ana, um encanto de menina! Ela está muito orgulhosa de você Christian, tenho certeza! – Fala convicto e acaricia meu ombro em forma de apoio.

— Eu espero que sim... a comida está fabulosa como sempre Michell! Deixe-me apresenta-lo, esses são Pierre LeClaire, Louis Jatouare e Jean Campbel. – Mostro os homens a mesa já que Ross ele já está dando dois beijos na bochecha, porque já se conhecem. Depois dos cumprimentos, todos falamos um pouco com Michell sobre o restaurante, os pratos, a excelência de tudo e ele me convida para que eu volte a noite para tomar um drinque com ele, digo que virei, gosto de conversar com ele. Então voltamos a refeição e o chefe para a sua cozinha. As horas passam, o dia caminha com pressa e logo é noite e eu estou saindo com Ross da sede da Empresa de Arquitetura.

— Nós vamos direto para o hotel Christian ou temos mais alguma parada para fazer? – Ross indaga, percebo que ela está cansada, se até eu estou, trabalhar com jetlag é terrível. Atrás de nós estão Sawyer e Johnson.

— Johnson te leva para o hotel Ross, eu vou me encontrar com Michell como nós tínhamos combinado. – Explico com normalidade.

— Claro, então boa noite e até amanhã! – Me diz com sua elegância de sempre, acenando com a cabeça. Segue para o carro juntamente com o segurança atrás dela.

— Vamos pegar um táxi Sawyer! – Aviso meu segurança.

— Sim, senhor. – Ele responde com sua formalidade e me aponta qual devo solicitar, já que há alguns parados próximos a calçada. Depois de alguns minutos chego ao restaurante, as luzes estão quase todas apagadas e Michell está em frente ao bar, sentado em um banco alto. Entramos enquanto nos anúncio alto.

— Desculpe se cheguei tarde demais Michell! – Digo e ele se levanta do banco sorrindo, nos abraçamos ao estarmos próximos e ele diz apertando meu ombro.

— Uma bebida forte?! – Levanta as sobrancelhas enquanto sugere.

— Dobrada! – Respondo com um meio sorriso.

...***...

Conversamos por horas e quando olho no relógio e vejo que está próximo das duas horas da madrugada, decido que tenho que ir, o tempo voou, foi ótimo estar com um velho amigo, mas ainda quero aproveitar para ligar para minha filha.

— Amigo foi excelente! Mas tenho que ir, amanhã ou melhor hoje tenho reuniões desde cedo e ainda quero falar com a Phoebe antes que ela durma! – Explico levantando do banco.

— Claro Christian! Mande um beijo meu para a pequena, assim que possível vou a América vê-la! – Diz com carinho e nos abraçamos mais uma vez.

— Obrigado, mande o meu abraço ao Julius! – Digo seguindo para a porta, não esquecendo de mandar meu abraço para o esposo do Michell. Depois de uns vinte minutos chegamos ao hotel, entro na minha suíte e Sawyer na que estão os seguranças. Estamos na suíte presidencial que é ligada por três quartos, possui um total de quatro banheiros, duas salas e uma sala de jantar. Assim fica mais fácil a monitoração. Ligo logo para o telefone de casa, ainda não são nove horas da noite em Seattle, creio que Phoebe deve estar acordada. Chama algumas vezes, até que minha mãe atende.

— Alô! – Fala com sua voz tranquila de sempre.

— Mãe, como vocês estão ? A minha filha ainda está acordada? – Pergunto ansioso pelas respostas.

— Oi meu querido! Estamos bem filho, como você está? – Se perde querendo saber sobre mim.

— Está tudo correndo bem, creio que consigo voltar antes do esperado. Cadê a Phoebe? – Pergunto mais uma vez.

— Ótimo! Phoebe o seu pai ao telefone! – Chama mais alto, alguns segundos depois ouço que ela chega rindo e pega o telefone.

— Papaaaaai! – Minha pequenina fala estridente, meu coração se enche de alegria, respiro fundo.

— Olá princesa! Como você está? – Pergunto e me jogo no sofá em frente a cama.

— Tô bem... eu fui no aquário hoje! Eu gosto muito de lá! – Fala animada.

— Eu sei meu anjo, você comeu direito e se comportou? – Pergunto interessado.

— Claro papai, eu sou uma menina grande já! – Fala com uma convicção admirável, ouço que ela boceja.

— Está na hora de você ir dormir... o papai está com muita saudade, mas eu volto logo! Obedeça os seus avós, todos eles! – Tento ser firme e ao mesmo tempo carinhoso.

— Tá bom, eu te amo papai! Boa noite! – Fala com sua vozinha doce e meiga que derrete o meu coração.

— Eu te amo demais minha filha! Boa noite, tenha lindos sonhos! Nos falamos amanhã! – Quero falar mil coisas para ela, para garantir que ela está ciente do quanto a amo. Ela faz um barulho de beijinho e a ouço dizer “Vovó toma!” dando o telefone, mamãe pega e me despeço rapidamente. – Amanhã eu ligo novamente, qualquer coisa é só me ligar! Não hesitem... boa noite mãe! – Ela responde sucinta e com carinho.

— Nós sabemos, boa noite meu filho! – Desligamos o telefone eu vou tomar um banho e cair exausto na cama, espero que com o cansaço consiga dormir rapidamente.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam???
A maneira como eles agiram ao se conhecerem foi muito engraçada né...
Eu amo essa parte, consigo ver a cena! hahaha
Gente eu quero dizer para vocês que eu tinha pensado em excluir como disse
no outro cap, porque foram dezenas de visualizações em cada capitulo e não ter
comentários estava me deixando desolada, porque era matematicamente incompreensível...
Eu só quero saber que o carinho com que escrevo está chegando a vocês e que a
fanfic está mexendo com o coração de vocês como mexe com o meu!
Como vejo que agora vocês vão interagir, não se preocupem que Amor Imortal
prossegue de pé! ;D
Nos vemos em breve no próximo post e responderei a todos os coments!
O fds está chegando, então que seja incrível para todos nós!!!
Beijinhuuuusss ;*



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