Amor Imortal escrita por Mary Kate


Capítulo 2
Minha dose de felicidade.


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!
Fiquei tão triste do primeiro cap só ter um comentario...
Espero que vocês leiam a fic para poder entender a estória emocionante,
envolvente e surpreendente que é!
Por favor comentem para eu saber que não estou escrevendo em vão...
Ótima leitura ;*



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Meu sorriso é enorme ao vê-la, o único motivo que me manteve vivo, o que me dá forças todos os dias, o que afaga meu coração, a única coisa que me causa real alegria, o único pedacinho da minha Anastácia que sobrou. Ela corre e se joga nos meus braços gritando. – Papaaaaaaai!!! – A seguro prontamente e a levanto em meus braços. Como ela é linda, tão parecida com a mãe, os olhos azuis eletrizantes, o narizinho perfeito, o sorriso levado, exceto os cabelos que são acobreados como os meus, eles inclusive estão tão compridos, já batem no meio de suas costinhas. Ela sorri lindamente, seus olhos brilham me olhando enquanto afago sua bochechinha rosada.

— Olá minha princesa! Como você está? – Phoebe começa a enrolar os dedinhos em meus cabelos, que estão um pouco maiores do que quando a Ana estava aqui, deixo minha barba grande também, meus cabelos bagunçados. Não tenho porque ficar me importando com esses detalhes.

— Estou bem papai! Estava com saudade! Sabe quem ganhou o prêmio de melhor trabalho de ciências?! – Ela tagarela sem parar, tão inteligente e madura para sua idade, Phoebe sempre se expressou bem e com quase cinco anos é mais prolixa que a maioria das crianças. A olho empolgado e ela já imenda a resposta sem nem me dar chance de responder. – Sim, eu eu eu!!! O pé de feijão da gente foi sucesso papai! – Explana feliz da vida e me abraça, escondendo o rostinho em meu pescoço. – O que você acha que a mamãe ia dizer do meu pé de feijão? – Pergunta um pouco dengosa, sempre que minha pequena passa por algo importante, por menor que seja, ela pensa no que a Ana falaria se estivesse presente, ela sente muita falta dela, mesmo não tendo lembranças. Ela pode não se lembrar porque ainda não tinha dois anos quando a Ana se foi, mas faço questão que ela saiba tudo sobre ela. Há fotos em porta-retratos por toda casa, com as mesmas que estavam aqui quando aqui ela estava. Phoebe sempre assisti vídeos que tenho no celular, Anastácia amava filmar e fotografar todos os momentos. Ela ama ouvir a voz dela, a risada... nós também folheamos as revistas famosas de culinária em que ela sempre saia nas capas. Eu acho fundamental que a minha filha conheça a mulher incrível que foi a mãe dela.

— Ela está lá do céu orgulhosa de você querida, pode ter certeza disso.  E a mamãe com certeza iria querer participar do projeto com você! – Digo com carinho, ela levanta o rostinho e me olha com atenção.

— E depois iria cozinhar ele não é?! – Fala com humor, dou risada e respondo do mesmo jeito.

— Sim, com certeza ela iria fazer algo com o feijão que você iria amar! – Nós rimos nos olhando e Gail se aproxima de nós, vindo da direção da cozinha.

— Boa noite senhor Grey! O jantar está servido. – Ela avisa e eu a cumprimento rapidamente.

— A tia Gail fez purê de batatas e nuggets caseiros!  – Phoebe fala arregalando os olhinhos com ansiedade.

— Seus preferidos! – Prossigo na empolgação dela, que balança a cabecinha sorrindo. – Então vamos comer princesa! – A coloco no chão. – Mas antes deixa o papai ir lavar as mãos e tirar o paletó, um minuto! – A comunico e ela concorda com a cabeça.

— Venha querida, vamos esperar o papai na sala de jantar. – Gail a chama e eu vou para o lavabo, lá deixo o paletó e a gravata, lavo as mãos e o rosto para diminuir o cansaço. Me olho no espelho, infelizmente meu rosto como sempre está abatido, pálido e com olheiras. Logo estou na sala de jantar minha princesinha sentada do lado esquerdo como sempre e eu me sento a cabeceira. Gail já está servindo o prato dela quando a espoleta fala.

— Deixa o papai colocar tia Gail! – Ela sorri para a jovem senhora que a olha com carinho e estende o prato para mim.

— Eu vou em casa jantar com o Taylor e a Lisa, volto em uma hora, tudo bem? – Me pergunta só por educação, já que estabelecemos essa rotina desde que ficamos só eu e minha pequenina.

— Pode ir tranquila Gail, obrigado. – Digo e Gail afaga a cabecinha da minha filha e se vira saindo do cômodo.  Coloco aspargos para minha filha e logo ela tagarela.

— Não papai, eu não quero aspargos hoje! – Fala inquisitiva, a olho com seriedade.

— Por que não? – A olho nos olhos e ela me explica com um ar de seriedade admirável.

— Hoje a Ana Marie disse que a mãe dela não dá aspargos para ela, tem alguma coisa de agrotinoxicos e eu não quero morrer envenenada! – Termina a explicação com uma carinha meio de espanto o que é tão fofo, não consigo não rir da sua fofura com esse erro gramatical.

— Querida é agrotóxico que se fala, e você não precisa se preocupar pois só comemos produtos orgânicos aqui em casa lembra?! A mamãe fez aquela horta no quintal e nós cuidamos até hoje dela com carinho. – Anastácia era chefe de cozinha, renomada inclusive, com prêmios e um restaurante cinco estrelas de sucesso aqui em Seattle. Ela tinha paixão por comida o mais natural possível, então levava muito a sério o cultivo e a produção dos alimentos. Phoebe arregala um pouquinhos os olhos como se desse conta do que falei.

— É verdade, então eu quero, eu gosto muuuuito de aspargos! Posso levar uns para Ana Marie amanhã? Aí ela pode comer também! – Fala empolgada já pegando um com a mãozinha e levando a boca, depois de eu colocar o prato em sua frente.

— Phoebe não pegue a comida com a mão! Acho melhor não, a mãe da Ana Marie pode não gostar disso. – Ela franze as sobrancelhas e me olha séria enquanto limpa a mão com guardanapo de pano, então respira fundo, ela está pensativa. – O que foi querida? – Pergunto a olhando com atenção.

— Meu aniversário tá chegando? – Ela fala ainda séria.

— Sim, por quê? – Pergunto terminando de me servir.

— Eu sei porque todo mundo fica dizendo que as férias tão chegando e meu aniversário é depois do Natal né?! – Ela fala do mesmo modo ainda.

—Sim princesa seu aniversário é depois do Natal, mas é em janeiro, durante as férias escolares. Ainda faltam dois meses. – Explico com calma para ela que é muito nova ainda para lembrar como funciona o ano.

 – Eu não quero festa esse ano. – Ela abaixa os olhinhos e eu pego em seu queixinho e pergunto preocupado.

— Por que meu amor?! – Ela me olha com tristeza.

— Você lembra da festa da Ava aquele dia? – Ela pergunta me observando. Digo que sim, foi aniversário de cinco anos dela e foi há um mês. – A tia Kate soprou as velas do bolo com ela, eu não quero soprar as minhas sem a mamãe. – Ela faz um biquinho de choro. – E todo mundo fica perguntando cadê a minha mãe... parece que gostam de ouvir eu explicar mil vezes. Eu não quero isso! – Sinto meu coração doer, não sei o que dizer, eu sofro tanto todos os dias, mas dou o meu melhor para que a Phoebe não se sinta assim, porém acho que pelo visto não está resolvendo muito e ela sente falta da Anastácia tanto quanto eu.

— Minha filha, você não precisa de uma festa se não quiser. Nós podemos fazer o que você escolher no dia! Mas eu não quero te ver triste com isso! Presta bem atenção no que o papai vai te dizer agora: as pessoas podem ser cruéis as vezes, mas você não deve nunca deixar que isso atinja você, o amor é mais forte! Se lembre sempre disso, tá bom?! – Digo para ela o que eu acho que a Ana diria, ela sempre me dizia isso.

*Flashback ON*

— Você tem que ter um pouco mais de fé sabia?! As pessoas podem ser cruéis, mas você não pode deixar que isso te atinja, o amor é mais forte sempre! – Anastácia me diz segurando em minha mão e me olhando nos olhos com profundidade. Estamos sentados nos banquinhos em frente ao grande balcão da cozinha.

— É difícil para mim porque eu nunca confio nas pessoas, mas o Jack é meu melhor amigo, ou melhor era... então é uma merda essa situação! – Digo trazendo sua mão até minha boca e beijando seus dedos, depois o dorso da sua mão e depois a palma de sua mão. Ela sorri com um pouco de melancolia, sei que ela sente pela minha tristeza. Então passa a outra mão colocando seus lindos cabelos castanhos lisos atrás da orelha, desde que a conheço ela mantém um corte curto, rente a base do pescoço, é reto e ao mesmo tempo moderno e leve, combina perfeitamente com a personalidade dela. Desse costume rotineiro ela abaixa a mão para linda barriga de quase nove meses, está enorme agora, tão redondinha, nem dá para acreditar que estamos esperando nossa primeira filha, já disse para Ana que quero muitos.

— Ah! A Phoebe chutou! – Diz empolgada como sempre, conduzo minha mão para sua barriga e sinto as pancadinhas. Sorrio encantado, ela alisa minha mão sobre a barriga dela. – Eu sinto muito amor, por essa situação com o Jack, eu acho que ninguém nunca imaginou que ele fosse trair você! Mas tudo vai se resolver! Eu tenho certeza que tudo vai ficar bem, seja o homem sábio que você é. – Fala com amor, sinto o amor a nossa volta, em nós, é como se fosse palpável.

*Flashback Off*

— Tá bom papai. – Phoebe diz um pouco mais alegre. Então comemos toda nossa refeição, ao mesmo tempo em que a minha pequena me conta mais coisas sobre a escola e seus amiguinhos. Ela toma suco de maçã e eu uma taça de vinho branco. Como esperado Gail volta no horário combinado para poder arrumar a louça do jantar e perguntar o que eu quero para o café da manhã de amanhã e então vai embora para casa. Depois vamos para a sala de brinquedos da minha princesinha e nos divertimos em meio aos seus jogos educativos, então olho no relógio e já vão ser vinte e uma horas.

— Hora de dormir minha pequena! – Digo largando as peças de Lego, ela me olha séria franzindo as sobrancelhas.

— Não papai, eu nem estou com sono! – Fala se voltando para os seus brinquedos.

— Phoebe, está na hora de você ir para cama, amanhã você levanta cedo para ir para escola. – Digo de forma mais séria.

— Não, eu não quero! – Ela se exalta e eu perco um pouco a paciência. Me levanto rápido e falo firme com ela, um pouco mais alto, mas sem gritar.

— Phoebe isso não é uma negociação, para cama agora! – Ela se levanta emburrada me encarando, me sinto mal de ter falado assim com ela, não gosto de brigar com meu bem mais precioso. Então a pego no colo, mas ela fica toda rígida e me empurra com suas mãozinhas.

— Me solta, eu vou sozinha! – Diz claramente braba comigo, ela tem o gênio tão forte! Que falta a Anastácia faz, ela saberia melhor como agir e como criar a nossa filha da maneira mais correta possível. As vezes não sei se sou condescendente demais com a Phoebe, então tento ser mais firme e aí me sinto culpado.

— Meu amor, não haja assim comigo, você sabe que está na hora de dormir. Então vamos parar de birra! – Digo com firmeza, mas com doçura para ver se amanso a fera. Ela me olha séria, mas então respira fundo, coloca o rostinho no meu ombro e uma mãozinha em meu peito. Saio do cômodo com ela em meus braços, subo as escadas e adentro o quarto dela que fica de frente para o meu.  Acendo seu abajur de carrossel que fica girando com os desenhos de unicórnios passando nas paredes e a deito na cama, a cubro com seu edredom e ela já me olha com os olhinhos brilhando de sono. Aliso seu rostinho, seus cabelos e ela boceja. Resolvo que tenho que avisar sobre a viagem, não acho correto falar só de manhã, não quero que ela fique chateada antes de ir para a escola. – Phoebe, o papai vai ter que viajar amanhã, mas eu volto o mais rápido possível. – Digo receoso, ele me olha pensativa.

— Por que papai? – Pergunta, a percebo um pouco triste.

— Eu tenho coisas para resolver, adiei muito tempo a viagem para não ficar longe de você... Mas eu prometo que vai passar rápido, quando você piscar eu estarei aqui de volta. – Tento fazê-la compreender, aliso seu rostinho, seus cabelos. Minha pequena pondera e se agarra ao edredom.

— Assim?! – Fala piscando varias vezes. Acho graça e respondo com carinho.

— Quase isso! Durma bem meu anjinho! – Quando vou dar um beijo de boa noite em sua testa ela me interrompe falando.

— Eu quero a canção papai, minha canção para dormir. – Ela diz com um misto de sono e animação. Sorrio e concordo com a cabeça, é a cantiga que a Ana cantava para ela o tempo todo, eu achava tão lindo que acabei aprendendo e depois começou uma tradição espontânea de cantar para a Phoebe antes de dormir.

— “Meu pequeno passarinho, volta logo para o seu ninho. Tão pequena e tão frágil, mas tem meu amor guardado. Tudo que há em mim é para você, te olhando posso ver. Que meu mundo só existe porque tenho você!” – Canto a melodia bem devagar, me lembrando da linda voz da Ana, é como se eu pudesse ouvi-la cantando agora.

— Te amo papai! – Ela diz fechando os olhinhos. Sorrio feliz e melancólico ao mesmo tempo, ela é o meu mundo, é o que me faz estar vivo, mas a falta que Anastácia me faz é um vazio que só fica maior a cada dia, é uma dor terrível que não diminui.

— Te amo demais Phoebe, boa noite princesinha! – Digo depois de beijar sua testa, ela já está de olhos fechados. Então se mexe virando para o lado e diz boa noite baixinho já pegando no sono. Me levanto da cama, saio do quarto bem devagar e fecho a porta sem fazer barulho.

Entro no meu aposento, confiro alguns e-mails e mensagens no celular, respondo algumas coisas, acabo levando quase meia hora nisso. Depois vou para o banheiro, tiro as roupas e jogo no balde de roupas sujas, então entro no box e ligo o chuveiro. A água quente começa a cair forte e eu entro em baixo de olhos fechados, de repente é como se sentisse o perfume da minha esposa pairar ao meu redor. Então posso sentir seus dedos alisando as minhas costas e logo sinto seu corpo me abraçar, seus seios encostarem em mim e suas mãos descem pelo meu peito, alisando a minha barriga e logo tocam delicadamente o meu membro, rapidamente ele fica ereto e eu sinto seus beijos delicados em minhas costas. 

— Christian eu quero sentir você dentro de mim. – Ela fala com doçura e sensualidade. Me viro e ela sorri, linda, nua, com os cabelos molhados. Abaixo e a beijo, nosso beijo é faminto, cheio de paixão e vontade. Beijo seu pescoço e ela geme baixinho, então a pego no colo e a penetro de uma só vez. Gememos juntos, ela está tão quente, úmida e apertada como sempre.

— Eu te amo Ana! – Digo enquanto me movimento dentro dela, que segura meu rosto e sorri enquanto geme. Sinto ela me apertar gozando e logo chego ao meu ápice também. Gemo e a seguro com força, olho em seus olhos para falar o que meu coração sente a cada segundo no dia. – Eu estava com saudade! – Ela me olha confusa, depois sorri e diz um pouco triste mesmo sorrindo.

— Eu também. – Me aproximo do seu rosto e a beijo nos lábios, de repente eles se tornam mais macios, mais macios, mais leves e ainda mais, até que eu não os sinto mais. Abro os olhos, uma mão apoiada na parede e a outra no meu membro pós-gozo. Respiro fundo, os batimentos cardíacos acelerados, entro de novo em baixo da água e tomo um banho longo para tentar, inutilmente,  parar de pensar nela. Depois me seco e vou para cama vestido somente com minha calça de pijama. Me deito na enorme cama vazia, posso sentir seu perfume no travesseiro ao meu lado, sempre bato seu perfume no travesseiro para que o seu aroma nunca se vá. Está tudo completamente escuro, assim como a minha alma. Rolo na cama por algum tempo procurando tentar descansar e então finalmente entro no mundo do sono.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam????
Eu amo a relação do Christian com a Phoebe, ele é um pai incrível
que a enche de amor, atenção e carinho apesar de toda tristeza que ele carrega.
Espero ver vocês nos coments!
O próximo post está cheiooooo de emoção e adrenalina, é o que explica
o que houve com a Anastácia!
Então até o próximo post, beijinhuuus ;*



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