Amor Imortal escrita por Mary Kate


Capítulo 17
Família.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus zamooooores!
Vocês estão me enchendo de alegria!
Amor Imortal recebeu mais uma recomendação,
imaginem fogos de artificio para este momento mara!
Muito obrigada querida Missy pelo seu carinho e amor por mais
uma estória minha, esse cap é dedicado a você!
Peguem os lencinhos e ótima leitura ;*



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POV Charlote/Anastácia

 

 

— Estão todos com muita saudade de você, acho que você não tem como mensurar o quanto sofremos com a sua ausência! Cada uma dessas pessoas te ama demais e sentiu muito a sua falta! Eles ainda não sabiam que você está viva. Contei ontem à noite em uma reunião familiar de emergência. Achei que seria ruim que fossem lhe ver no hospital, pensei que aqui na nossa casa lembranças poderiam surgir mais fácil para você... – Grey me explica com cautela enquanto estamos no seu carro chique importado de sete lugares, com dois seguranças e com outro carro com mais seguranças nos seguindo. – Queria primeiro me certificar de que você tinha condições físicas para vê-los, o Dr. Partton me garantiu que você está estável. – Ele continua falando e eu olho em seus olhos sentindo um frio na barriga do tamanho de um iceberg, minhas mãos estão trêmulas, eu nunca senti uma sensação de ansiedade e medo tão grandes. – Não precisa ficar nervosa, eles te amam muito! Só tenha paciência com eles tudo bem?! – Ele fala percebendo como me sinto, é impressionante como ele parece sempre saber corresponder exatamente ao que eu preciso. Ele afaga meu rosto, me olhando nos olhos com carinho e eu sinto vontade de chorar. Uma família inteira?! Ainda por cima que me ama?! É tudo o que alguém pode querer. Mas estou com medo de decepciona-los, não me lembro de nenhum e isso é terrivelmente triste. Mordo os lábios nervosamente e viro o rosto para a janela, olhando a paisagem que passa. Ele tentou me falar deles no hospital, mas preferi não ouvir, se é para conhece-los que seja pessoalmente, já que ele me falar nada adiantaria. José está conosco, sentado no assento atrás do meu, ele queria ir para um hotel para não atrapalhar. Mas eu insisti muito e o Grey disse que na casa há muito espaço, que podemos hospeda-lo.  Entramos pelos portões da propriedade e vejo muitas pessoas paradas em um pátio, em frente a uma enorme mansão. É uma casa gigante, tudo ao redor também parece enorme, florestas, jardins, um rio... chega a ser excesso de grandeza. Ao pararmos vejo que há mulheres, homens, senhores, senhoras e crianças... Não sei se quero descer do carro. Sinto um nervoso apavorante por dentro, acho que meu coração pode parar a qualquer momento. Respiro aceleradamente, sinto umas pontadas na cabeça.

— Vamos A... Charlote, estão todos ansiosos para te ver! – Grey diz, tentando ser animado, estou em pânico. Olho para ele com os olhos arregalados.

— Mas eu nem sei quem são, eu não sei se consigo fazer isso. – Minha voz sai vacilante. Depois de tanta hostilidade que recebi em três anos, de pessoas que diziam ser meus pais, é difícil associar amor a uma família. Eu pensava em construir o amor através de uma nova família, minha e do meu marido, mas não achava mais que o amor de outros do meu sangue por mim poderia ser possível.

— Mas eles sabem quem é você. – Ele diz me olhando nos olhos com confiança. Como se dissesse muito mais do que isso, eu entendo o que ele quis me passar. Eu faço parte deles, assim como eles de mim. Sorrio para ele e então saio do carro devagar e ao estar pisando no chão olhando para frente, ouço gritos e choro, a pequena que é a única que conheço, por já termos passado um tempo antes de tudo isso juntas, corre até mim e abraça-me pelas pernas. Sinto meu coração tão acelerado que tenho medo de cair dura no chão, meus olhos se enchem de lágrimas.

— Mamãe!!! – Ela diz animada, aliso seus cabelos e suas costinhas, engulo em seco, me sentindo angustiada vendo aquelas pessoas chorando e olhando para mim. Mais pontadas se dão em minha cabeça, a dor parece querer chegar. Então uma senhora muito parecida comigo, vem andando em minha direção, apoiada por um homem que de alguma forma também se parece comigo, pelos cabelos escuros e não sei... eles são familiares.

— Minha filha... minha filha! – A mulher diz e se joga em minha direção me abraçando, enquanto chora muito. Fico paralisada, chocada, mas aos poucos uma onda vai se apoderando de mim e também sinto uma emoção forte, começo a chorar e o senhor também me abraça chorando. Eles soluçam incessantemente, é alto e doloroso só de ouvir. Mas ao mesmo tempo é feliz e aliviador. Nós choramos abraçados, não sei se por segundos ou minutos. – Meu amor, meu bebê! – A mulher diz alisando meu rosto, com lagrimas escorrendo por sua face, ela então me beija nas bochechas várias vezes, sorrio em meio as lagrimas. O senhor também me beija e sorri em meio ao choro, alisa meus cabelos. – Você não mudou nada, mas ao mesmo tempo está diferente. – Ela diz segurando meu rosto com as duas mãos. Fico feliz em ter aceitado a maquiadora que o Grey contratou para me maquiar, ele não queria que eu chegasse com o roxo que já está se desfazendo, mas ainda aparente, poderia assusta-los. Mas ela somente cobriu o roxo perfeitamente, no restante só estou com blush, um batom cor de boca rosado e rímel. Ele também queria que eu vestisse as minhas roupas “antigas”, mas eu quis vestir a que veio comigo, que foi a roupa que estava vestida dias atrás quando tudo mudou de ponta cabeça. Gosto das minhas roupas, das que eu fiz, das que eu conheço.

— Minha querida, nós sentimos tanto a sua falta! – O senhor fala alisando meus cabelos. Só consigo sorrir olhando para eles, mas então sinto umas pontadas na cabeça. Me seguro para não fazer careta. Logo seco meu rosto com as mãos e percebo que já há vários outros a minha volta. Uma senhora loira, abraçada a um senhor de cabelos grisalhos. Uma moça loira de olhos verdes intensos, que estão muito vermelhos, ela chora sem parar, abraçada a um homem louro alto que também está emocionado. Ao lado deles uma moça de cabelos curtos pretos, sorri com lagrimas escorrendo pela face, abraçada a um rapaz louro muito parecido com a outra moça, ele está chorando, mas seca o rosto sem parar. Respiro fundo, sentindo um pouco de tontura. É estranho, olho para eles e não os reconheço mas de alguma forma sinto que são familiares.

— Ana! – A moça loira se desvencilha do homem e corre até mim, me abraça com força e soluça alto. – Ai meu Deus! Eu senti tanto a sua falta! Minha irmã, minha melhor amiga! – Ela diz chorando alto abraçada a mim, retribuo o abraço e choro por causa da sua emoção. Então ouço o Grey se aproximar, agachar falando com a Phoebe, pedindo que ela me solte para que os outros possam me abraçar e falar comigo direito, já que ela não desgrudou das minhas pernas até agora, se manteve abraçada a mim. Ouço ela tentar refutar, mas ele consegue leva-la,  a coloca no colo e a leva para longe. Sinto um pouco de incomodo com isso, olho para onde eles foram, estão na varanda com as outras crianças e mais uma jovem senhora. A moça então se afasta e olha para mim, ela seca o meu rosto com um lenço e depois seca o dela também, sinto um carinho enorme nesse gesto de cuidado. – Você fez tanta falta, eu não tinha mais com quem dividir a minha vida! – Ela diz com um profundo pesar, logo o homem que a estava abraçando está ao lado dela e fala risonho.

— Quer dizer que eu como seu marido não servi para você dividir a sua vida?! – Ele está com a voz um pouco rouca pela emoção, faz uma expressão de espanto olhando para ela.

— Elliot! Você sabe que eu e a Ana crescemos juntas, somo mais que amigas, somos irmãs! Não seja tolo! – Ela diz e bate no ombro dele.

— Não liga não cunhadinha, logo você se acostuma com esse jeito da Kate! Ela está com ciúmes porque vamos poder voltar para o nosso antigo caso! – Ele fala e pisca para mim, fico chocada, abro a boca em um ó perfeito.

— Elliot não faça isso com a... Charlote, ela acabou de chegar ainda não se lembra do seu humor sarcástico e obscuro! – A senhora loira diz o repreendendo.

— Saiam, saiam! Agora é a minha vez! Aninhaaaaa! – A morena grita e pula em mim com um abraço que quase me derruba, sou amparada pelo loiro que a abraçava até então. – Ah minha cunhadinha amada! Eu senti sua falta mais que posso explicar, eu te amo! – Ela diz e começa a chorar, a abraço novamente, sorrindo um pouco com seu jeitinho atrapalhado.

— Eu sou Ethan, irmão da Kate e seu irmão amigo também! Além de marido da Mia, essa doidinha maravilhosa! Você fez falta demais! – O homem loiro diz quando eu e a moça nos soltamos. Então eu e ele nos abraçamos, ele beija a minha testa e depois eu fico olhando para todos.

— Ah Ethan, dá para acreditar?! Ela está aqui! – A moça loira fala parando ao lado dele, eles ficam abraçados de lado me olhando sorrindo com emoção.

— Oi meu bem, eu sou Grace, sua sogra e nós somos grandes amigas! Você trouxe o Christian para o seio da família. Você é importante demais para nós! – A senhora loira diz e me abraça com ternura, alisando meus cabelos no abraço.

— Eu sou Carrick, seu sogro, é muito bom vê-la de novo Anastácia! – Depois dela o senhor grisalho que estava com ela me abraça e fala.

— Oh querido! Christian disse que ela não quer ser chamada assim... lembra?! É Charlote certo? – A senhora o corrige, ele parece ficar sem graça.

— Sim... – Eu digo sem saber o que mais posso dizer, se devo me explicar ou não.

— Desculpe. – Ele fala visivelmente constrangido.

— Tudo bem. – Respondo dando um pequeno sorriso. Então os meus novos pais se posicionam cada um de um lado meu e abraçam-me, começam a caminhar me levando em direção a casa. É estranho estar na mesma posição que dias atrás, mas sendo levada com carinho, por pessoas verdadeiramente felizes em me ver. Quando estamos na varanda a moça morena vem rapidamente até mim, sorrindo até com os olhos.

— Precisamos saber de tudo! Tudo o que fez nesses três anos! – Exclama curiosa, pegando minhas mãos e fazendo carinho.

— Eu não sou alguém importante nem nada... sou só uma artista. – Digo dando de ombros, olhando para todos com afeição, mas também cautela.

— Artista? – O meu novo pai pergunta.

— Eu costuro, faço telas, artesanato para casa, acessórios... – Explico sorrindo um pouco sem graça. Eles devem estar achando que é uma baita idiotice, afinal olha essa casa, os carros, as roupas que eles estão vestindo. Não me pareço com nenhum deles, eles são chiques e refinados, eu sou somente uma mulher simples de uma ilha.

— Igual a sua avó! – Meus devaneios são interrompidos pela minha nova mãe, que fala animada.

— É mesmo, a minha mãe! – Seu marido responde feliz.

— Sim, a sua vó Anne, ela era uma artista! E te ensinou essas coisas quando você era pequena. Vocês costuravam, pintavam e faziam todo tipo de trabalho manual juntas. Até os seus dez anos mais ou menos... que foi quando ela se foi. Você ficou tão arrasada querida! Vocês eram muito ligadas! Seu nome é Anastácia por causa dela, ela escolheu e foi ao mesmo tempo uma homenagem já que ela se chamava Anne. – Minha nova mãe me explica com carinho, alisando meu rosto e segurando minha face com as duas mãos. Sinto uma pontada muito forte na cabeça, mas respiro fundo e tento me concentrar em não sentir dor.

— É uma linda história! – Exclamo e me viro, preciso de ar. Vou em direção onde estão as crianças, o Grey e minha pequena Phoebe.

— Eu sou Gail, governanta da casa e também sua amiga! – A jovem senhora de cabelos loiros e olhos azuis carinhosos fala vindo me abraçar. Ela já secou o rosto, mas ainda está com os olhos vermelhos e a voz embargada. Sorrio para ela depois do abraço e a Phoebe então aparece, segura minha mão e me puxa para ir em direção as crianças.

— Mamãe esses são: Lisa, minha amigona e filha do Taylor. O Brady e o Tony são filhos da tia Mia, essa é a Ava minha melhor amiga, filha da tia Kate! – Ela tagarela apontando cada um, a primeira e uma garota mais alta que todos, já uma mocinha de cabelos castanhos claros. Ela sorri para mim e então me abraça.

— Sentimos a sua falta... você quem me trouxe para eu morar com o meu pai e a Gail. – Ela fala tímida e com doçura, sorrio e afago seu rosto. Que bom saber isso, acho que pode ser que eu fosse uma pessoa legal.

— Fico feliz em saber isso! – Respondo e ela me solta. Então me agacho para ver os pequenos, que estavam sendo distraídos antes pelas crianças. Os gêmeos são uma mistura dos pais, que pelo que entendi são a moça morena agitada e meu amigo de infância loiro. Eles são bem novos devem ter mais ou menos uns dois anos. Só me olham com curiosidade, beijo seus rostinhos e eles saem correndo em direção aos pais. Me viro para a que se chama Ava, ela é idêntica a mãe, os mesmos olhos, cabelos, parece uma boneca. Ela sorri para mim e se joga me abraçando, dou risada.  

— Oi tia! – Ela diz e depois de me abraçar também vai para o colo do pai que a acolhe com carinho. Então olho para a minha pequena, ela é a minha cópia, mas com os cabelos do Grey, como não me dei conta disso antes?!

— Phoebe! – Exclamo tocando seu rostinho, ela é um pedacinho meu, meu coração transborda enquanto aliso seus cabelos. Por isso me senti de alguma forma ligada a ela, responsável por fazê-la feliz. Mas como pude esquecer o bem mais precioso que alguém pode ter? Eu sinto que amo esse nome, gosto demais de pronuncia-lo, senti isso desde a ilha. – Oh pequena! – Afago sua bochechinha rosada, ela me olha com atenção, carinho, os olhinhos brilhando. Mas não a vi chorar em nenhum momento.

— Eu te amo mamãe! – Ela diz e se joga em meus braços, a abraço com tanta emoção. Choro e meu corpo treme levemente, quero me lembrar! Quero me lembrar de tudo agora! Respiro fundo e a solto, me levanto e me sinto muito mal, um pouco de tontura, algumas pontadas e resolvo me afastar um pouco, estou com muita vontade de vomitar.  Dou alguns passos para fora da varanda, puxando o ar e minha cabeça lateja, quando tento voltar olho para a porta da casa e ouço umas coisas.

  “Enfim a sós!...

  ...Sim, meu amor!...

  ...Eu te amo!...

  ...Eu te amo!...

  ...Vai ser Phoebe!...

  ...Sim, Phoebe!...

  ...Bem-vinda ao lar meu anjinho! Oh não chore!”

São frases desconexas que parecem de momentos muito importantes e emocionantes, faladas por mim e pelo Christian Grey, reconheço as nossas vozes. Me viro rapidamente para o lado dos jardins. Sinto as sensações, as emoções percorrem meu corpo, arregalo meus olhos, coloco a mão no coração. Ouço choro e risadas, é o choro de um bebê. Então sinto como se fosse atingida por pontadas, batidas, não sei. São solavancos contra o meu corpo, escuto estampidos, fecho os olhos.

“Christian!!!!” Ouço minha voz gritando distante junto com meu choro, então é como se eu fosse atingida por algo muito grande e pesado. Tudo parece escuro e minha cabeça dói como se fosse explodir. Ando rápido para frente, para o lado, estou confusa e perdida. A dor diminui passa para uma leve sensação, me volto para eles todos que me olham com receio e a sensação se transforma em uma dor mais e mais forte. – Eu preciso sair daqui. – Digo puxando o ar e me virando para sair dali, indo em direção ao carro.

— A... Charlote! O que está acontecendo? – Ouço alguém perguntar, continuo caminhando, minha cabeça parece que vai explodir. Ficam rodando pensamentos na minha cabeça, dos acontecimentos de agora, das vozes, as pessoas, essa emoção toda.

— Charlote espere, o que você tem?! – Reconheço a voz do Grey me perguntando correndo atrás de mim.

— Eu preciso ir embora, não estou me sentindo bem! Não consigo ficar nessa casa! Eu não posso! – Seguro no carro e coloco a outra na mão na cabeça, dói demais.

— O que foi Char?! – José que de repente está fora do carro me pergunta.

— Minha cabeça, minha cabeça... – Respondo de olhos fechados puxando o ar.

— Quem é esse cara?! – Uma voz masculina pergunta alto.

— O que está havendo? – Alguma mulher fala.

— Eu vou te ajudar a entrar. – José fala colocando as mãos em minhas costas.

— Deixa que eu ajudo a minha esposa, entre de volta no seu lugar José! – Ouço o Grey falar entre os dentes, abro os olhos e vejo que José se afasta e dá a volta para entrar no carro pela porta do outro lado. Sei que ele queria se opor, mas por preocupação a mim preferiu se abster. Sinto o senhor Grey me pegar em seus braços, vejo que o que agora sei ser Taylor abrir a porta e sou colocada em meu banco. – O que está sentindo? – O barbudo triste me pergunta olhando em meus olhos com preocupação.

— Muita dor de cabeça, acho que foi muita coisa de uma vez. – Explico fazendo careta.

— Tudo bem, mas não seria melhor você entrar para descansar? – Me pergunta.

— Não, eu não posso entrar nessa casa hoje. – Me recuso a tentar, preciso de um tempo para digerir tudo isso, minha cabeça dói mais. Me curvo no banco.

— Acho melhor voltarmos para o hospital! – Ouço sua voz preocupada, me ergo.

— Não, não! Por favor, só preciso de um pouco de descanso em um lugar menos carregado de informação – Peço o olhando com súplica.

— Tudo bem, aguarde aqui. Vou avisar a nossa família primeiro. – Ele diz triste e fecha a porta sem bater, respiro fundo recostando a cabeça no banco. Mas depois espio pela janela e o vejo chegar perto das pessoas que estão todas visivelmente atordoadas. Phoebe está no colo da minha nova mãe, com o rosto escondido em seu ombro. Ele fala com eles, que parecem falar ao mesmo tempo.

— Tem certeza de que não é melhor voltarmos para o hospital? – José pergunta baixo, próximo ao meu ouvido, fazendo carinho em minha testa, quando me recosto de novo no banco, com a cabeça para trás.

— Sim, eu só preciso me distanciar de tudo um pouco. Eles parecem ser tão incríveis e eu não sei se posso ser quem eles esperam. – Digo com tristeza, sinto José depositar um beijo no alto da minha cabeça.

— Vai ficar tudo bem, você é uma mulher incrível! Tem amor para todo mundo no seu coração e mais ainda para uma família bonita dessas! – Ele diz me animando, sorrio, mas respiro fundo tentando me livrar da dor. Me lembro então que o Dr. Partton me passou um remédio para dor, pego em minha bolsa e o tomo com a garrafinha de água que está no porta copos ao meu lado. Então o Grey chega sentando ao meu lado.

— Vamos para o Escala Taylor. – Ele fala introspectivo, me sinto mal por estar causando tristeza a ele. Mas sinto uma pontada na cabeça e não consigo falar nada, só paro colocando as mãos sobre os olhos, com a cabeça recostada no banco do carro. – Você tomou o remédio? – Ele pergunta com preocupação, digo um sim quase inaudível e o carro já está se movendo rapidamente.

— E a Phoebe? – Pergunto sem me mexer.

— Ela está bem, vai nos encontrar lá depois... se você achar que consegue ela pode passar um tempo com a gente. – Fico pensativa com isso, o que será que ele quer dizer?! Será que tem medo de que eu fique perto dela, ou não quer que eu fique com ela agora que acha que estou desequilibrada?! Será que ele me acha uma louca?! Sinto pontadas mais fortes e resolvo só relaxar, preciso ficar bem para poder entender tudo o que está havendo e me aproximar da minha filha. Os minutos vão passando, o balanço do carro vai me embalando, o remédio vai fazendo efeito e junto com ele o sono me pega, até que apago sem nem sentir.


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Notas finais do capítulo

Genteeeeeeee
Eu me emocionei tanto, mais tanto com esse capítulo!
Nossa que reencontro!
Imaginem o coração dessas pessoas ao saber que a
Anastácia está viva!
A Ana se sente ligada a Phoebe, porém o desespero dela
para se recordar das coisas acabou atrapalhando um pouco...
Ela ainda não pode com tanta emoção!
E aí me digam, o que vocês acharam????
Preciso saber de tuuuuuudo!
Não esqueçam de favoritar e acompanhar no modo
visível!
Espero vocês nos comentários!
Beijoooos de luz meus amorecos ;*