Double Trouble escrita por Carol McGarrett


Capítulo 19
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Aqui sim é o final da história. Bem, poderia ser uma oneshot da história mesmo, mas não resisti...
É repleto de confusão, patrocinada logicamente pelas E's. Afinal, não teria graça terminar essa história se não fosse à base de confusão.
Uma boa leitura, volto nas notas finais!!



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Ah! As férias de verão! Aquele momento em que você quer relaxar, esquecer o trabalho e todas as preocupações e curtir um local sossegado junto com a sua família, certo?

Bem, era isso que dois casais pensavam quando escolheram a dedo onde passariam suas tão aguardadas férias.

Foram meses escolhendo o local, o hotel, a melhor época para poderem ir e, principalmente, escondendo de suas curiosas filhas o destino.

Só que não deu muito certo, mas afinal, elas não eram crianças muito tradicionais que se contentam somente com a promessa de uma viagem, elas querem saber os mínimos detalhes.

Pois é, e essa curiosidade levou à situação em que os casais Prentiss-Hotchner e Shepard-Gibbs se encontram nesse momento.

Mas para entender o que está acontecendo, é preciso que voltemos um pouquinho no passado.

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— E eu estou de férias! O Jack está de férias! E vocês estão a uma semana para saírem de férias!!! Nem acredito!!! E então? Vocês ainda não falaram para onde vamos!

— Não recomece o assunto das últimas semanas, Elena, já disse que é surpresa!

— Mas manhê! Eu não gosto de ficar curiosa! Uma dica!

 - Não. – Aaron Hotchner disse, cortando o choramingar da filha.

— Papai... – a garota foi chegando perto do pai como um gatinho querendo carinho. – Por favorzinho...

Eram nessas horas que Hotchner achava difícil resistir em não fazer as vontades da filha caçula.

— Não é não, Elena. – Ele respondeu à filha encerrando o assunto.

— Eu vou ter que esperar por uma semana?!

— Sim, vai. – Emily disse.

Mesmo com todos as súplicas, pedidos e choro, o casal não cedeu... mas mal sabiam eles que a garota já sabia para onde eles iriam. E, desta vez, ela descobrira sozinha. Um bônus de poder ficar em casa somente com a babá e, a sua mãe ter esquecido de bloquear o computador com senha.

Há duas semanas atrás, Emily estava trabalhando em seu escritório. Refazendo um dos muitos relatórios em seu computador. Como de costume, Elena estava sentada em um puff, em um canto, lendo um livro. Tudo bem, lendo As Crônicas de Nárnia pela vigésima vez. Até este ponto, tudo normal. Mas Aaron recebeu um telefonema, um caso urgente chegara e eles precisavam ir. Na pressa, Prentiss esqueceu de bloquear o computador, mas isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, pois ela tinha programado um tempo limite para tal, contudo, Elena não sabia disso, e, quando notou que o computador da mãe ficara ligado, resolveu chamá-la, mas o grito de “Mãe” ficou perdido em sua garganta.

Emily não estava trabalhando em nenhum relatório, ela estava organizando os últimos detalhes da viagem de férias da família. E que viagem de férias! Elena, curiosa como só ela, resolveu “investigar” mais a fundo os detalhes do pacote, hotel, horário do voo, data de ida e de volta.

— Uau! Vinte e um dias! Nesse lugar!! Eu não vou querer voltar para casa de jeito nenhum! – Ela falava consigo enquanto via as fotos do hotel.

E então ela notou. Foram reservadas somente quatro passagens!

— Mas nunca que eu vou deixar a equipe aqui! Isso aqui é para se aproveitar em família, ou melhor, em bando! E eu sei exatamente para quem contar, alguém que vai ajeitar a viagem de todos em um segundo.

Imediatamente Elena fechou as páginas, apagou o histórico dos últimos minutos e desligou o computador. Muito calmamente pegou seu livro, apagou as luzes do escritório e, passando na sala, avisou para a sua babá, Sra. Davis que já iria se deitar, deu um abraço de boa noite na simpática senhora e rumou para seu quarto. No caminho, deu boa noite ao irmão mais velho, dando uma olhada no quarto dele, notou que ele se arrumava para sair...

— Ótimo, sem Jack, sem papai ou mamãe, isso vai ser fácil.

Se ajeitou para dormir, mas antes que pudesse apagar as luzes, mandou uma mensagem para Penelope Garcia.

“Tia Pen, eu descobri para onde vamos, estou te mandando as informações no anexo!! Bjs. P.S.: apague a mensagem!!”

— Está feito!! Agora sim, essas férias serão ótimas!

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Era de se esperar que toda e qualquer informação que a Diretora das Operações Especiais da CIA tem, são guardadas com o mais alto nível de segurança, certo?

Sim, certo. Todas as informações que ela não tem que compartilhar com o marido tecnofóbico, pois as que tem...

E foi justamente o ódio à tecnologia de Leroy Jethro Gibbs que entregou o destino das férias da família à Elizabeth.

Férias não são tão animadas quando ambos os pais estão trabalhando, quando todos os membros da família estão trabalhando. Então, uma muito entediada Liz andava de um lado para o outro dentro de casa, o que já estava tirando a pobre Noemi do sério.

Por fim, depois de ser ameaçada pela secretária com um banho de água fria – e suja – a pequena ruiva foi se esconder no porão, já que lá dentro a hispânica não desce nem rezando. O santuário de Gibbs é local permanentemente proibido. E, foi lá que ela encontrou.

Não que ela estivesse procurando as informações. Tampouco tinha desistido de saber, mas, tendo uma mãe que guarda os maiores segredos do estado e um pai que quando quer, pode ficar calado por horas, Liz vinha começando a duvidar que descobria o destino da viagem da família antes de embarcar no avião.

Então, cansada de ficar atoa. Ela foi pegar uma lixa para continuar o trabalho manual do pai – uma nova estante para o escritório da mãe – e, com qual surpresa ela não achou as informações de voo, destino, hospedagem da família impressas dentro de um envelope, ao invés da lixa, dentro da gaveta da estação de trabalho do pai!

— Leroy Jethro Gibbs, o senhor já foi melhor para esconder as coisas! – Ela disse mediante um sorriso!

Olhando as fotos do hotel, que hotel diga-se de passagem, do tempo de viagem – 21 dias -  e o voo, ela constatou uma pequena coisa. São três passagens. Só três.

— Mas e o restante da equipe? Eu tenho que consertar isso!

Então, sacando o celular do bolso do moletom que ela estava usando – na verdade o moletom era do pai dela, mas era tão fofinho que Liz tinha pegado emprestado sem data de devolução, - Elizabeth tirou uma foto de cada uma das páginas impressas e, quando estava prestes a enviar para seu contato mais fofoqueiro, escutou passos vindo da cozinha.

Calmante ela guardou as folhas no envelope, voltou-o para dentro da gaveta, pegou uma lixa qualquer e caminhou em direção ao local onde o pai havia colocado a peça de madeira e começou a lixá-la, na direção correta.

— Liz, o que você está fazendo aí embaixo? – Era a voz de Gibbs.

— Estou lixando essa prateleira para a estante do escritório da mamãe. Aquela que começamos ontem!

Gibbs apareceu no alto da escada e observou como a filha estava trabalhando – ele tinha ensinado corretamente, pois a menina estava lixando no sentindo da madeira.

— Se arrume, vamos almoçar com a equipe depois você pode passar o resto da tarde no estaleiro.

— Vance não está lá? Ele geralmente não gosta que que fique zanzando dentro do prédio. – Ela perguntou enquanto guardava a lixa na gaveta e fazia seu caminho em direção à escada.

— Em uma conferência na Europa. – O pai respondeu.

— Ótimo. Já estava entediada de tanto ficar atoa!

Com quinze minutos ela já estava pronta e indo a caminho do restaurante onde iria encontrar com a equipe.

O almoço foi tranquilo, tanto quanto pode ser quando se junta Abby, Tony, McGee, Ziva, Ellie, Jimmy e Ducky. Mas ela não teve a oportunidade de chamar a atenção de ninguém.

Quando chegou na sede, todos se dirigiram às suas mesas e seus afazeres.

— Talvez não tenha sido a melhor das ideias, conversar com eles aqui vai ser mais difícil do que se eu estivesse em casa. – Liz sussurrou para ela mesma.

Era o meio da tarde, quando seu pai se levantou e disse que iria sair para um café.

Era a oportunidade perfeita!

— Vai querer ir, filha? – Ele perguntou.

— Não, pai. Não estou com fome...

— Se comporte, eu não vou demorar. – Ele alertou a ruiva.

— Tudo bem!

As portas do elevador mal tinham se fechado e Elizabeth convocou a turma.

— No laboratório da Abby, eu tenho informações preciosas. Avise o Ducky e o Jimmy!

Todos correram para o elevador dos fundos, tinham poucos minutos antes do retorno do El Jefe! No caminho ligaram para Jimmy e pediram que tanto o assistente quanto o médico legista encontrassem com eles no laboratório da saltitante gótica.

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Abby estava, sem palavras melhores para descrevê-la, definitivamente atoa. Nada estava acontecendo, e ela estava aliviando sua frustração de duas formas: apertando Bert sem parar e pisando em plástico bolha.

Quando ela viu as portas do elevador se abrirem, gritou alto:

— Graças a Deus, Gibbs, achei que iria morrer de tédio aqui!

— Gibbs errado, Abby! – Liz falou. – Mas viemos te tirar do tédio.

— E então, o que tem de tão importante para nos mostrar? – Ellie disse em sua curiosidade.

— Isso! – Liz sacou o celular e mostrou as fotos dos documentos de viagem.

— Peraí que vou colocar na tela do computador. – McGee pegou o celular e fez a sua mágica.

A TV de plasma mostrava as fotos que Liz havia tirado nesta manhã.

— Viram? – Ela disse triste. – Três passagens, e reserva de uma suíte, mesmo que seja com dois quartos.

— Deixa com a gente, Ruiva, isso aqui vai ficar muito bom! – DiNozzo disse com um sorriso nos lábios. – Pessoal sabem o que temos que fazer!

E, dando uma olhada no relógio em seu pulso:

— Vamos subir, Team Gibbs, o Chefe já deve estar voltando!

E foi a conta, mal eles haviam se sentado em suas mesas, o elevador fez o seu famigerado ding, indicando que Gibbs estava de volta.

O plano estava pronto.    

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Foi assim que começaram os problemas dos dois casais já citados. Diz uma certa regra 39 que não existe isso de coincidência, mas veja bem, Elena repassou a informação para a BAU e somente para a BAU, Liz, por sua vez, informou somente ao Team Gibbs o destino, como alguém pode me explicar o que acontecerá a seguir se não for a explicado pela COINCIDÊNCIA?

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No dia marcado, Emily acordou a filha mais cedo, as malas já estavam arrumadas, e Elena foi uma excelente atriz ao fingir surpresa quando a mãe escolhia roupas de alto verão e de banho para colocar na mala.

O voo da família Hotchner partiria tarde da noite, eles chegariam ao destino final com o nascer do sol, tendo em vista o fuso horário, mas acostumados com viagens, o casal queria deixar tudo pronto.

Dada a hora do check in, Elena, mais uma vez, fingiu uma animação excessiva quando viu o destino na passagem aérea:

— Não acredito!! Isso é sério?

— Sim. Todos nós merecemos umas férias dessas depois deste ano! – Hotch respondeu à animação da filha.

— Estamos indo para o paraíso!!

Embarque realizado, os Hotchners não notaram uma movimentação um pouco mais atrás na fila de embarque, uma outra equipe estava entrando no avião junto com eles...

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Algumas horas antes da família Hotchner embarcar para suas preciosas férias, a família Gibbs já tinha feito o check in, embarcado e, mais precisamente, já estava no destino final. E, juntamente com eles, uma certa equipe do FBI também desembarcava.

— Essas vão ser as melhores férias da minha vida!! – Liz disse ao entrar no carro alugado.

— Vão mesmo!! – Sua mãe respondeu. – Apesar da distância e do voo cansativo, vão valer a pena!

Apesar das belas paisagens, mesmo ao pôr do sol, os três só tinham uma única vontade, chegar logo ao hotel, desfazerem as malas e cama. Ainda teriam muitos dias pela frente para aproveitar o pequeno pedaço de paraíso em que estavam....

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Depois de um voo de nove horas, isso reduzindo por conta do fuso horário, a família Hotchner chegou ao seu destino final.

O dia estava lindo, ensolarado e quente, muito quente. Propício para ser gasto entre a bela praia e a piscina do hotel.

Mais uma hora de carro até o hotel e lá estavam eles.

No pequeno pedaço de paraíso chamado: Hawaii.

Aaron cuidava da papelada do check in, enquanto Emily e as crianças davam uma voltinha pelo saguão e observavam, das grandes janelas, a área da piscina. 

— Não é linda!! Olha o tamanho dela!! Sem contar que tem a praia que mal dá pra ver daqui. - Elena se animava com as possibilidades de diversão.

Neste momento, três coisas aconteceram ao mesmo tempo. E se isso não for coincidência, não tem outro nome para defini-las.

Enquanto Emily e os dois filhos voltavam para o saguão principal, dois elevadores chegaram ao andar ao mesmo tempo, dois carros pararam na porta principal e vinte e uma pessoas se encaravam com espanto. Erro meu, vinte e cinco.

— Mas isso não é possível?! – Jenny sibilou.

Não, é possível, sim. É a realidade senhora Gibbs.

— Alguém muito mal-humorado está brincando com a nossa cara! – Emily disse.

Calma senhora Hotchner, só está começando.

Sim, Aaron Hotchner, Emily Prentiss, Leroy Jethro Gibbs e Jenny Shepard pensaram tanto, escolheram com tanto cuidado que acabaram por escolher o mesmo destino, o mesmo hotel, na mesma época.

E, com uma ajuda das filhas, o restante de suas respectivas equipes tinham reservado seus quartos para o mesmo lugar.

Ou seja, junto com os quatro, pode-se aumentar essa lista, adicionando: Jack, Elena, Penelope, Morgan, JJ, Will, Henry, Michael, Reid, Maeve, Rossi, Krystall, Elizabeth, Tony, Ziva, Abby, Ducky, McGee, Delilah, Jimmy e Breena.

Seriam ou não as férias dos sonhos de qualquer um?

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— Calma, Em,o hotel é grande! – Aaron tentava acalmar a esposa. – Não vamos encontrar com eles, toda hora.

— Por que eu acho que isso tem dedo da sua filha, hein, Aaron?

— Quanto chamar a nossa equipe, sim, creio de Elena tem a ver com isso, mas quando a equipe da NCIS. Isso só pode ser....

— Coincidência? Uma enorme e muito ruim coincidência, Aaron!

— Como eu disse, não vamos encontrá-los a cada momento.

— Falando em encontrar, onde está a sua filha?  

 - Pensando em colocá-la de castigo?

— Pensando em deixá-la presa no quarto pelos próximos 20 dias!! – Prentiss disse furiosa.

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— Acho melhor você colocar isso para fora antes que te mate, Jen. – Gibbs tentava a todo custo conversar com a esposa enquanto estavam na espreguiçadeira na beira da piscina.

— Regra 39. Regra 39. Regra 39. – Ela repetia como um mantra.

— Tony, Abby e cia não são coincidências, Jen, são consequências. Consequências da Liz tê-los chamado. Mas olhe pelo lado bom. Eles estão tomando conta dela...

Os dois olharam para a faixa de areia e viram a equipe, com a exceção de Ducky e Delilah, que eram os juízes, dividida em dois times jogando vôlei de paria.

Com pouco tempo, a turma da BAU se aproxima.

— E aí, vamos jogar de verdade? NCIS x BAU!

— Vocês estão em maior número. – Ellie disse.

— Que nada, vamos igualar isso aqui! – Penelope falou.

Os times foram devidamente formados.

BAU com Morgan, JJ, Jack, Elena, Penelope e Will. NCIS com Tony, Jimmy, Ziva, McGee, Liz e Ellie.

Sendo que Abby, Breena, Reid e Maeve ficaram como reservas das respectivas equipes.

Com pouco tempo, Hotch e Emily chegaram para ver o jogo, assim como Gibbs e Jenny se aproximaram da quadra improvisada. E, claro, a falta dos quatro na quadra foi mencionada.

— Acho que tem certos chefes por aí que não estão muito a fim de virarem croquete! – Tony perturbou.

— Tony, foco no saque, que estamos perdendo. – Ziva o alertou.

Não era uma lavada, mas o time da BAU realmente estava à frente no placar, apesar de ser um jogo muito equilibrado.

Nessa hora, Emily resolveu que era uma boa ideia clamar pela revanche da derrota no pôquer. E entrou na quadra rendendo Will.

— Vamos lá, BAU, vamos mostrar que somos melhores nos esportes! – Ela cutucou.

— Não acredito que Emily quer revanche do pôquer. – Jenny suspirou... – Depois ficam procurando de onde Elena tirou aquele espírito competitivo...

— Você vai entrar? – Jethro perguntou à esposa.

—  Que nada... – ela respondeu. – O time tá jogando bem.

Mas essa resolução da Diretora da OE da CIA não durou muito tempo, ou melhor, ela não aguentou as provocações da BAU de fora e foi para a quadra. Na verdade, todo mundo jogou. Bem ou mal, todo mundo acabou virando croquete no meio de tanta areia.

O resultado final? Três sets a dois para a BAU. Sim. Para a alegria de Emily Prentiss a “competição” entre as duas equipes estava empata.

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A promessa de Aaron Hotchner à esposa de que ninguém ficaria perto de ninguém não foi cumprida. Pois, tendo Emily aberto oficialmente a competição, todo dia as equipes inventavam um novo jogo, esporte ou atividade em que poderiam testar quais das duas era melhor.

E, assim foram os próximos catorze dias. E seria no décimo quinto dia, também, se um furacão não resolvesse dar as caras perto das ilhas havaianas e obrigar que todos os hóspedes ficassem dentro de quatro paredes.

— Só pode ser uma brincadeira da meteorologia, uma tempestade se aproximar da ilha de O’ahu, bem quando estamos aqui!! – Penelope disse chateada.

— Calma tia Pen, eu tive uma ideia! – Elena disse.

— Que seria? – Reid disse não muito convencido.

— Revanche do jogo de pôquer e decretar quem é a melhor equipe de uma vez por todas! Que tal?

— Por mim, tudo bem. - Emily é a primeira a topar. – Essa competição entre a nossa equipe e da NCIS está empatada mesmo.

— Não temos nada para fazer mesmo, que mal vai fazer? – JJ disse.

— Quem vai achar a turma da NCIS nesse hotel hoje? – Morgan pergunta.

— Isso é fácil! – Elena responde.

Meia hora depois, Elena para bem em frente a uma chaise redonda, em um dos jardins cobertos do hotel.

— Oi Senhora Gibbs! – Ela diz alegre.

Jenny que está acompanhada de Liz e Jethro que estão jogando xadrez, levanta os olhos do livro e olha em direção a garota.

— Oi Elena! – Ela responde. – Tá tudo bem?

Nessa hora, Elizabeth e o pai param de jogar e ficam prestando atenção na conversa que se desenrola a pouca distância.

— Tá sim... sabe... é que tá tudo muito ruim hoje, com essa tempestade e não poder ir lá fora, então, nós estávamos pensando que...

— Que seria uma boa hora para a sua mãe ter a revanche dela no jogo de pôquer!

A garotinha morena arregala os olhos em claro sinal de espanto pela mulher ter completado o seu pensamento.

— Exato... mas como a senhora sabia?

— Onde? – Jenny pergunta.

— No salão de jogos. Vou chamar o restante da NCIS, se a senhora não se importar. Mesma turma da última vez. – Elena responde.

— Não pode entrar mais ninguém? – Gibbs questiona.

— Não dá pra sair ninguém? – Liz choraminga.

— Bem... não estipulamos as regras, ainda. Mas....

E a família Gibbs, na verdade, como diria Abby, Jibbs, se levanta em um átimo, já Liz... ela não estava muito animada para jogar não...

Mais quarenta minutos e todos, sim todos! Já que poderiam entrar novos participantes, mas não sair, então vinte e três pessoas, já que Henry e Michael são pequenos demais para jogar, estão sentadas ao redor de uma mesa própria para jogo, aguardando a distribuição das cartas.

Após alguns minutos de silêncio onde cada um estudava – ou tentava – as reações dos demais, começam a troca de cartas e pedidos por mais cartas.

Apesar de a grande maioria ali estar jogando por diversão e para passar o tempo, era um jogo importante para três, afinal, Tony e Emily não superaram o Royal Flush de seis meses atrás, e Jenny queria se manter no trono de rainha do pôquer.

 Mais um tempo se passou e com ele começam alguns blefes daqui, resmungos de lá, oriundos principalmente de Liz, Penelope e Ellie, xingos -  cortesia de Ziva - acolá.

Algum tempo depois, rompendo um bem-vindo silêncio depois que Morgan xingou tudo e todas por não ter as cartas certas, Elena diz:

— Papai, o que é a noite do “Pecar para Ganhar” que o Tio D perguntou para a mamãe no último jogo?

Vinte e duas cabeças se levantam ao mesmo tempo! E para quem estava assistindo de fora, as reações foram um divertimento a parte.

Hotch estava confuso, nunca tinha ouvido falar disso. Emily, vermelha até a raiz do cabelo, não sabe se cala a filha com alguma ameaça ou se tenta assassinar Derek na frente de todos, o restante, bem o restante apenas engasgou, tentando disfarçar as risadas.

— ELENA PRENTISS-HOTCHNER!! – Toda a equipe da BAU e da NCIS grita.

— Mas eu só estava curiosa!! – A garota se defende.

— De castigo, pelo resto das férias!! – Emily ordena.

— Posso começar depois que esse jogo acabar? É que eu tô com uma mão boa! – Elena, na maior cara de pau, pede para a mãe.

Mais uma vez escuta-se barulhos de risos abafados ao redor da mesa. 

— É, não tem jeito com essa aí, não! – Morgan começa a rir. – Só sabe se meter em encrenca!!

E ele tinha razão, nos últimos sete dias de viagem, Elena conseguiu: irritar a mãe com a pergunta sobre a noite de pôquer em Atlantic City, acidentalmente derrubar McGee durante uma partida de futebol de areia, e, por conta do tombo, o pobre agente teve o ombro deslocado, atrapalhar uma paquera de Derek quando o chamou de tio, e, por fim, sem querer, acabou por empurrar Liz dentro da piscina quando passou correndo fugindo de uma brincadeira com Jack.

Acontece que Liz estava distraída nas últimas páginas de seu adorado livro de As Aventuras de Sherlock Holmes, e quando ela caiu dentro d’água, o livro foi junto... o resto, bem, o importante disso tudo é saber que a ruivinha pode ser tão brava quanto a mãe e o pai juntos e, depois de uma guerra de palavras entre as duas e uma briga, onde Liz arremessou o livro encharcado em Elena, mas acabou por acertar em Reid, as duas foram colocadas de castigo até o final do verão.

Afinal, se uma é encrenca, duas é encrenca em dobro!


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Notas finais do capítulo

Eu juro que quase chameia a 5-0 para salvar o Hawaii desse encontro, aliás, esse capítulo foi um tanto quanto inspirado em um episódio de Hawaii Five-0.
Bem, é aqui que me despeço da história e de todos vocês que leram, que comentaram e recomendaram essa fic.
Agradeço de coração pelos comentários que recebi, adoro ler o que vocês estão achando, e também pela linda recomendação!!
Então, depois de quase 300 páginas e 72 mil palavras, eu digo adeus à Elena, Elizabeth e a esse universo alternativo, foi uma viagem bem louca!
Espero que tenham gostado da história e que o final tenha correspondido.
Mais uma vez agradeço a vocês!
E até a próxima ideia louca!
xoxo



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