Os quatro reinos escrita por Estefanie Priscila


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

E o show começa



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/775809/chapter/9

Chego à festa de mãos dadas com Kawell e o porteiro verifica nossos nomes falsos em sua planilha e assente. Os seguranças abrem a porta e me choco com o que vejo. O salão é enorme e esta cheio de mulheres e homens extremamente bem vestidos e os garçons caminham de um lugar para outro servindo bebidas e petiscos. Observo os lustres incrivelmente belos que pairam no teto. Todo o lugar esta repleto de enfeites sofisticados, as paredes douradas deixam o ambiente ainda mais poderoso. Algumas mulheres observam Kawell que se encontra totalmente antipático. Ele me guia até uma mesa de bebidas e me serve uma bebida rosa.

—O que é isso? – pergunto.

—Só beba calada – ele diz e eu tento não o mandar tomar no meio das pernas.

Pego o copo de sua mão fazendo cara feia e então me volto para os casais que dançam ou conversam no salão. Vejo ao longe o homem que se descreve no que Erlian me falou. O cara que de alguma forma preciso seduzir. Olho para Kawell que olha para uma mulher ao longe que se encontra de costas. O vestido dela é vermelho e decotado nas costas mostrando uma tatuagem de dragão. Os cabelos curtos e loiros da mulher me lembram logo alguém. Sheila.

—Parece que alguém se encontra caidinho aqui – digo fazendo deboche. Kawell não se da o trabalho de responder meu comentário e me puxa pelo braço até o meio do salão quando uma música lenta começa a tocar. Deixo o copo com a bebida que não bebi sobre a mesa próxima a um vaso de planta e o acompanho. Ele me puxa para dançar e deixo ser guiada. Ele percebe minha leveza em dançar.

—Não sabia que dançava nas horas vagas – ele diz.

Olho para ele e fico calada só para irritá-lo. Os olhos dele se desviam novamente para Sheila que se encontra atrás de mim.

—Parece que alguém queria estar dançando com outra mulher, acho que me sinto um pouco insultada – digo zombando e ele me ignora como sempre.

Quando a música acaba caminhamos até o casal que fornece a festa. Nós o cumprimentamos em sua língua e eu acho muito estranho o fato que meu cérebro faça toda a tradução e eu consiga entender e falar tudo aquilo. O homem me vistoria e percebe o leve bronzeamento que tenho no corpo e que as mulheres daqui não têm. A mulher, no entanto parece focada em Kawell. Incrível como nenhum dos dois parece querer fingir que querem outra pessoa.

Após bater uma conversa rápida com eles Kawell me leva para longe me desfilando entre ás pessoas.

—Espere aqui – ele diz e se afasta me deixando próxima a mesa de bebidas. Olho ao redor entediada. Tento procurar Sheila, mas parece que ela sumiu. Encontro Erlian servindo as bebidas do outro lado do salão, uma mulher que parece embriagada tenta conversar com ele porém ele parece desesperado para estar longe dela. Sorrio.

—Nunca a vi por aqui – a voz me tira a atenção – prazer sou o Liam Sharles – ele estende a mão e eu a pego.

—Nina Orem – digo – o prazer é meu.

Ele beija minha mão suavemente e me observa.

—De onde é Nina?

Observo seu sotaque que me parece distinto dali.

—Sou da capital – digo – e você?

—Sou de longe – ele diz abrindo um sorriso sedutor. O homem é alto e forte, possui uma beleza natural e que provavelmente chamava a atenção das mulheres. Observo na barba bem feita e nos longos cílios que destacavam ainda mais os olhos azuis – devo imaginar que é casada.

—Sim – digo abrindo um sorriso – e imagino que você também.

—Anh não – ele nega – eu sou o irmão do anfitrião – ele sussurra – mas não conta para ninguém.

No momento tento não parecer surpresa, não sabia que o irmão estaria ali

—Claro – digo abrindo outro sorriso – segredo nosso.

—Amor? – Kawell diz com empatia na voz.

—Anh querido – me viro para ele – esse é o Liam – digo mostrando Liam. Eles se cumprimentam.

—Atrapalho? – pergunta Kawell.

—Não de modo algum – diz Liam – já estava de saída, foi um prazer – e então ele sai.

—Mal posso virar as costas e você sai dando em cima de homem casado? – me viro para Kawell querendo socar a cara dele.

—Mal chegamos e você sai para fazer uma rapidinha? – pergunto em deboche e ele fecha a cara.

—Não estava ... – ele me fuzila – Erlian, eu estava com ele.

—Claro – digo fingindo acreditar.

Outra dança começa e eu puxo Kawell para o lugar mais próximo dos anfitriões.

—O que esta fazendo?

—Preciso chamar a atenção dele – digo – e eu sei um jeito.

A música é tango e eu me preparo para fazer um show. Kawell logo percebe e se apronta. Meu corpo desliza nas mãos dele como uma boneca. Faço questão que pareça sensual e faço tudo que posso para fazer isso. As pessoas percebem logo e param para observar. Imagino que poucas mulheres tenham tanta leveza ou elasticidade para fazer aqueles passos sem danificarem algo. Enquanto dançamos o tecido do vestido flutua deixando ainda mais bonito aos olhos de todos. Quando a música acaba estou sem fôlego e Kawell também. As pessoas batem palma e elogiam e depois voltam a dançarem. Sigo para as bebidas e Kawell me segue.

—Onde aprendeu a dançar daquele jeito? – pergunta parecendo curioso. Fico intrigada já que ele raramente se preocupa com algo relacionado à minha vida.

—Com meus pais – digo.

—Entendi – ele se serve uma bebida rosa e eu me sirvo uma que parece limonada. Dou um gole e olho ao redor. O anfitrião me percorre com os olhos.

Levanto o copo em sua direção e Kawell se retira de perto.

Caminho a onde imagino ser o escritório dele pelo que Erlian me mostrou antes em seu desenho ruim. Mordo os lábios ao olhá-lo nos olhos e jogo o cabelo fazendo sinal para que ele me siga. Enquanto sigo no corredor onde os garçons se movimentam consigo ouvir seus passos não muito atrás. Viro um corredor e continuo seguindo. Logo à frente encontro um casal aos amassos que ignoro. Sigo no corredor e viro novamente e espero. O homem aparece logo depois.

—Estou aqui – digo com a voz doce. Ele sorri de um jeito nada bonito. Aproximo-me dele devagar movendo o corpo de um jeito sedutor. – Que tal irmos a lugar reservado? – sussurro no seu ouvido e beijo sua bochecha e me afasto. Ele parece louco de desejo – e uma bebida é claro – digo sorrindo – uma boa bebida melhora tudo – ele assente com o que digo.

—Claro – ele diz quase babando de vontade – siga-me – eu o sigo até o final do corredor. Ele abre o escritório facilmente e entramos. Ele fecha a porta e se aproxima. Toco seu peito com a mão.

—A bebida primeiro – digo – quero esquentar a coisas – dou uma piscadela para ele.

—Estão no armarinho – ele aponta. Viro-me de costas e faço questão de ser sensual em cada movimento. Abro o armário e encontro uma garrafa de tequila.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

continua



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os quatro reinos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.