Os quatro reinos escrita por Estefanie Priscila


Capítulo 8
Capítulo 7




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/775809/chapter/8

Como em silêncio ao lado de dois monstros.

—Vai haver um evento aqui com os mais nobres e estaremos nele, pois precisamos de certa chave do dono da festa para adentrarmos em um lugar na capital – Erlian diz.

—Ainda me quer nisso? – pergunto enquanto dirijo meu olhar para seu rosto onde o machucado já começou a cicatrizar.

—Preciso que você se comporte dessa vez – ele diz – ou definitivamente os três vão morrer.

Kawell nem olha na minha cara. Ele parece me odiar e eu o odeio mais ainda.

—Vai fingir ser esposa de Kawell – eu arregalo os olhos.

—Nem por cima do meu cadáver – digo.

—Arya isso não é uma pergunta – ele diz – é um comunicado.

Kawell não parece se incomodar já que pelo jeito já sabia da ideia.

—Eu serei um garçom na festa, vocês um casal recém casados da capital que logo retornará. Não converse com estranhos e evite abrir a boca. Preciso que distraia o dono da festa em seu escritório. Ele gosta de mulheres casadas, seduza e o leve.

—Eu não vou fazer isso.

—Vai sim – ele diz.

—Kawell cuidara para que a esposa dele não perceba e eu entrarei em seu quarto particular, preciso de algo lá também. No escritório faça o beber e use isso – ele coloca um frasco sobre a mesa – ele vai ficar alucinando como um bêbado e vai adormecer. Procure em seu escritório em todos os lugares possíveis uma chave dourada com formato antigo e bonito.

—Só? Nossa – digo irritada – tão fácil. Como quer que eu o seduza e nem a língua dele eu falo? Gênio.

—É ai onde eu entro – uma mulher bem vestida entra – ola Arya – ela sorri.

Ela se aproxima e toca meu braço e seus olhos de um verde esmeralda mudam para um cinza.

—Olhe para mim Arya – ela diz e sua voz é doce e meus olhos são forçados a guiar o que ela diz. E quanto fixo meus olhos, minha mente parece ser invadida de coisas que começam a fazer sentido. Quando o transe acaba eu a encontro abrindo um sorriso sedutor.

—Pronto Erlian – ela diz – ela tem doze horas até que o feitiço acabe e a memória volte ao que era antes.

—Obrigada Sheila – ele diz encantado com sua beleza. Ela olha para Kawell de um jeito estranho.

—O que aconteceu mesmo?

Kawell então se dirige a mim.

—Você foi enfeitiçada.

Observo enquanto Sheila sai da cozinha como se flutuasse. Eu tive um pouco de inveja disso eu admito.

                                          ---

—Isso aqui não vai me servir – digo para a empregada enquanto ela coloca tudo que vai usar em mim na cama – você viu o tamanho desse vestido? – falo irritada – ele não entra na minha perna.

Ela sorri.

—Fique calma, Ohayala – ela diz levantando as mãos pro céu.

—O que você disse?  –  faço uma careta.

—Deus me guie – ela sorri – preciso que tire sua roupa para que eu comece a arrumá-la.

Tiro minha roupa e ela não se incomoda com o fato de eu estar praticamente nua tirando o fato de estar vestindo apenas a calcinha. Ela me veste com roupas intimas primeiro e depois começa a me envolver um tecido verde com dourado. Não sei como ela consegue colocar um vestido estranho daquele em mim e então depois ela usa diversas folhas que ela molha na água e prega na minha pele. Enquanto estou coberta de folhas e tecido ela arruma meu cabelo e todo meu rosto. Quando ela termina tudo me preparo para o que olharei no espelho.  Fico espantada com a diferença. As tatuagens percorrem todo os meus braços e pernas de um jeito incrível. Meu rosto contém pedras e bijuterias pregadas de um jeito que me deixou extremamente chamativa e bonita. Meu cabelo caia em ondas suaves pelo tecido até chegar logo abaixo da minha cintura.

—Agora sim você parece uma nobre – ela diz sorrindo.

—Eu não deveria ficar sem tatuagens?

—Não de modo nenhum, as mulheres amam desenhá-las para que possam usá-las em festas como essas e mostrarem sua sedução ao marido.

Fecho os olhos por alguns segundos e consigo concentrar a luz que erradia da minha pele ir como se saísse das tatuagens.

—Nossa – ela diz encantada – que lindo.

—É não é? – me volto para ela e faço a luz sumir.

—Pena que não possa fazer isso na festa – ela sorri – as mulheres morreriam.

—E eu também – sorrio – yalla.

Ela assente e sai do cômodo. Volta a me encarar no espelho, a cor dos meus olhos se misturam a cor do tecido me fazendo realmente bela.

Quando me viro encontro Kawell parado à porta me olhando fixamente como se não soubesse o que falar. Ele levanta os olhos aos poucos como se quisesse captar cada pedaço do meu corpo e então tudo se desvanece quando ele abre a boca.

—Que enrolação, vamos logo – ele sai pelo corredor.

O sigo sabendo que ele ficou desconcertado comigo.

—Não custa ser gentil – digo irritada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Continua...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os quatro reinos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.