Os quatro reinos escrita por Estefanie Priscila


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

continua...



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—É complicado – digo tentando pensar em alguma mentira. Ele porém arqueia as sobrancelhas e se encosta na porta.

—Nina Orem presumo não ser seu nome verdadeiro – ele morde os lábios e olha para os meninos – e vocês quem são? Estou aguardando.

Olho para Erlian esperando ele abrir a boca mas ele se mantém um tanto paralisado.

                                                                    ***

Estou bebericando um café fumegante enquanto belisco biscoitos maravilhosos de açúcar.

—Não acreditou na gente né? – pergunto quando Liam se senta ao meu lado na cozinha. Ele me olha lentamente analisando as palavras que irá dizer.

—Eu ainda não sei no que acreditar para ser bem sincero.

—Nós te mostramos algumas provas. Infelizmente são nossas únicas.

—Presumi que sim – ele se serve o café e fica brincando com a xícara em mãos sem beber.

—Você não se envolve com política, não é? – ele assente – você é um osso de bourn e sabe que os reinos vão entrar em guerra, isso não te afeta?

Ele dá de ombros e enfim bebe um pouco do café.

—Que diferença faz eu me importar Arya? – ele gesticula – sou apenas um cara que tem dinheiro. Não sou ninguém influente para fazer alguma coisa.

—Eu também não sou – digo.

—É diferente.

—Eu sei – sorrio e viro-me para ele e pouso a xícara no balcão. – Eu estou tentando encontrar a verdade.

—Espero que encontrem – ele levanta a xicara.

—Arya vamos? – pergunta Erlian entrando na cozinha – precisamos ir.

—Obrigado Liam – digo – por tudo e bem...– sorrio – desculpe.

Kawell apenas acena e sai pela porta.Erlian cumprimenta Liam e agradece. Antes de sair dou lhe um abraço.

—Você é uma boa pessoa – quando me afasto encaro seus olhos – e se mudar de ideia sabe como nos achar.

—Tudo bem.

Saio da casa do irmão de Liam e sigo para o carro onde Kawell já se encontra no volante esperando e Liam ao seu lado folheando papéis.

                                                                         ***

Novamente adormeci no carro. Meus sonhos pulam entre explosões e mortes. Um cutucão me acorda assustada.

—Que merda! – digo irritada – você me assustou!

—Temos que encontrar alguém, quero que a conheça – diz Erlian me observando.

—Quem?

—Alguém que vai nos ajudar aqui no castelo.

Estreito os olhos para ele.

—Vem, desce do carro.

Abro a porta e desço e logo ele também já fez o mesmo. Ele me leva até um salão fechado. Lá dentro ele bate três vezes até que uma mulher nos recebe. Entramos e ela sai do aposento. Sento na poltrona de veludo e admiro a riqueza do salão.

—Erlian quanto tempo! – uma mulher um pouco mais alta que eu de vestido longo azul escuro e cabelos loiros vem para abraça-lo. Ela lhe da um beijo na bochecha e então depois me nota.

—Ola Iara – ele diz – quero te apresentar uma pessoa – ele me indica – essa é minha irmã Arya.

Iara se paralisa por um curto período de tempo e então depois parece furiosa.

—Ela existe! Meu Deus! Você trouxe uma mestiça para cá!

—Hey calma – Erlian tenta se explicar, mas Iara já se desloca na minha direção.

—Você sabe o perigo que está correndo estando aqui garota! Posso perder tudo que tenho só por ter ela em minha companhia Erlian! – ela se vira e parece querer fuzila-lo.

—Ela está conosco – diz Erlian.

—Você mal a conhece! Faz o que? Menos de três semanas que foi atrás dela com a hipótese de ter uma meia irmã?

—Hey...calma ai Iara – ela fecha a cara para ele – pode confiar nela...confia em mim? – ela demora um pouco para responder e então assente.

—Mas porque trouxe ela aqui para me conhecer? – ela arqueia a sobrancelha e depois balança a cabeça negando – não vou fazer isso, de jeito nenhum!

—Gostaria de dizer que estou aqui e gostaria de saber do que estão falando – digo.

—Calada – diz os dois ao mesmo tempo e levanto as mãos em rendição.

—Ela precisa conhecer algumas coisas e só você pode ensiná-la.

—Mentiroso! Tem a Julieta, Nomia, Ruan...

—Ruan sério? Um velho de cinquenta anos vai ajudar a Arya a ser uma dama infiltrada assim como você?

—Olha, já estou por um fio naquele castelo. As coisas estão tensas por lá, não sei se desconfiam de mim e simplesmente não posso aparecer com uma prima desconhecida por lá! Ninguém vai cair nessa história.

—Não temos escolha. Preciso partir e resolver outros negócios e preciso que ela aprenda éticas que sei que você consegue ensiná-la e também ajudá-la a se socializar. Sabe que de todos os reinos o melhor para que isso aconteça é aqui.

Aquilo me assustou e eu arregalei os olhos. Se aquele reino era assustador fiquei com medo dos outros três.

—Talvez eu quei...

—Calada! – gritaram antes que eu terminasse e eu me aquietei no sofá e comecei a mexer no veludo fazendo desenhos.

—Volta quando?

—Daqui duas semanas.

—Está de brincadeira?! Duas semanas!

—Tive noticias de Joel sobre o paradeiro de William e preciso ir investigar.

—E porque não pode levá-la e ensiná-la?

—Porque não Iara. Estou cansado de discutir. Ela vai ficar com você. Volto em breve – ele se dirige a porta e eu me levanto – você fica – ele aponta para mim – e vocês sejam amigas pelo amor de Deus – e sai porta afora.

Me viro para Iara e a vejo olhando a porta como se quisesse arrebenta-la.

—Então...posso tomar banho?

Ela se vira incrédula.


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Notas finais do capítulo

continua...



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