Os quatro reinos escrita por Estefanie Priscila


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Há coisas que nos mudam para sempre...



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—Então meu caro, conte-me o que você deseja – enquanto ele foca em minha bunda e costas coloco rapidamente o elixir em seu copo junto com a tequila. Viro-me novamente e escondo o frasco entre a roupa e lhe sirvo a bebida – á nós – digo sorrindo de um jeito sexy – á essa noite – ele brinda comigo e manda abaixo a bebida como um cão obediente. Aproximo-me e toco seu rosto fazendo todo o sangue em seu corpo se movimentar mais rápido e logo ele começa a se apoiar em mim. Não muitos segundos depois de gaguejar coisas sem sentido eu o coloco no chão com cuidado apoiado na parede. Volto-me para revirar o lugar rapidamente. Procuro alguma chave em seu bolso que possa abrir alguma gaveta e claro encontro, abro a primeira gaveta e encontro papéis. Continuo procurando e quando parece que não resta mais nenhum lugar vejo um pote de enfeite azul. Subo na cadeira e o pego.

—Claro – digo quando vejo a chave guardada lá dentro. Pego-a e já escondo entre minhas roupas e volto o pote ao seu lugar. Vou até o anfitrião e tiro seus cintos e o faço parecer que teve uma transa. Então saio pela janela que dá ao jardim dos fundos do salão. Desvencilho-me sem ser notada entre as plantas.

—Me solta – ouço um grito feminino.

Droga Arya, só vai embora! Penso.

—Seu nojento!

Droga!

Dou meia volta e procuro a fonte do barulho. Encontro uma mulher sendo agarrada por um homem velho e barbudo. Ela tenta desvencilhar porém ele a pressiona contra a parede.

Ele rasga a parte de cima de sua vestimenta e enfia o rosto.

—Hey – digo e ele se vira – solta ela.

—Sai daqui sua vagabunda – ele diz.

—Eu falei para soltar ela – digo irritada. A mulher tenta se desvencilhar porém ele a pressiona mais.

Aproximo-me e o homem me olha nervoso.

—Se você não for embora sua vadia você vai se arrepender – ele diz se referindo a mim.

—Mandei soltá-la – digo irritado. Ele termina de rasgar a vestimenta da mulher e eu avanço. O puxo de perto dela com força e o arremesso no chão. O barulho de seus ossos contra o piso ecoa. A mulher olha assustada.

—Vai embora – digo – logo!

Ela sai correndo.

—Sua desgraçada – ele diz – você esta morta!

Ele avança contra mim tentando me socar, me desvio e toco sua pele. Não muito tempo depois ele esta no chão babando enquanto uma convulsão o permite nunca mais mover a parte debaixo das pernas. Viro-me deixando o ali paraplégico com que eu causei em seu sangue, seu cérebro e sua coluna e que ninguém nunca poderá reparar. Quando chego ao salão encontro Kawell conversando com Sheila.

—Ola – digo me aproximando.

—Você sumiu – ele diz.

—Apenas fiz meu trabalho – digo – vamos embora?

Sheila me avalia, sei que ela esta se questionando se há algo entre Kawell e eu.

—Todos para o chão! – alguém grita e tiros ocorrem no local.

Olho assustada para Kawell. Ele olha imediatamente para Sheila e a puxa pelo braço me deixando segui-los. Que ótimo.

—Para o chão! – grita novamente. As pessoas se jogam no chão e acabo precisando fazer o mesmo.

Tento pensar em algo. São assaltantes e vão revistar todos inclusive a mim. Estou com a chave e eles vão pega-la. Os homens vestem mascaras não deixando a mostra seus rostos. Apontam rifles contra vários. São no mínimo quinze assaltantes. Presumo que mataram os seguranças do local. Um homem levanta para atirar e um dos assaltantes explode sua cabeça na frente de todos.

—Se mais alguém se mover eu vou atirar – grita ele – vamos passar por vocês e vão nos entregar todas as jóias e dinheiro que tiverem em silêncio. Se tentarem qualquer coisa vai morrer com uma bala na cabeça entenderam?

Olho tensa para Kawell que esta próximo de Sheila também deitados no chão. Tento procurar Erlian, mas não o encontro.

Os assaltantes se dividem e começam as revistar as pessoas ao fundo e vem em direção a quem se encontra na frente. Minha cabeça parece que vai explodir. Consigo sentir o pulsar do meu sangue contra meu ouvido, meu corpo se encontra com medo. Se eu tentar me levantar eles vão atirar, se eu me mexer eles vão notar. Engulo em seco sem saber o que fazer e esperando que Kawell ou Erlian tenham alguma ideia.

Ossos de bourn são bombas relógios e se alguém quiser ser herói vai matar a todo mundo.

Avalio enquanto aos poucos eles revistam as pessoas e torço pelo melhor.

                                                                                 ***

Sinto calafrios que percorrem minha espinha enquanto o medo me toma a mente. Qualquer coisa que eu fizesse me denunciaria e me mataria. Olho novamente para Kawell, mas ele simplesmente esta muito concentrado no corpo de Sheila a sua frente. Idiota. Em pouco tempo eles já revistariam Kawell e chegariam a mim.

—Levanta – ele diz.

O olho assustada.

—Agora!

Levanto-me com o corpo rígido.

Ele começa a deslizar a mão pelo meu corpo procurando algo escondido e então no meio disso a luz inteira do salão apaga. No meio de tudo aquilo só consigo pensar no medo que estou passando e não percebo quando me transformo em olho de vidro e meus olhos brilham para o homem a minha frente. Ele se assusta e antes que mais alguém me perceba pego uma faca presa a minha perna e perfuro seu coração e corro. Corro para longe entre os corredores procurando desesperadamente sair dali. Ouço tiros logo depois, continuo correndo até perder o fôlego.


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Notas finais do capítulo

continua



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