O sucessor escrita por HinataSol


Capítulo 6
A chegada de dias frios. A menção daquele nome.


Notas iniciais do capítulo

Oi! tudo bom com vocês?
Esse capítulo ficou um pouco menor, mas saiu mais rápido, né?!
Quero agradecer a quem comentou, favoritou e a quem está acompanhando a fic. Muito obrigada! ♥

Boa leitura! :)



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Capítulo 6 — A chegada de dias frios. A menção daquele nome.

Hinata estava em Nara havia mais de dois meses e os dias que iam se passando traziam também o frio. Logo mais chegariam as férias de inverno, em pouco menos de um mês.

Naquele dia, ela acordou ainda bem cedinho e tomou um banho quente. O vapor impregnara o banheiro e o calor da água caindo sobre sua pele a relaxava. Hinata protelou o banho, não queria sair de lá.

Ela enrolou um roupão-toalha em seu corpo e uma toalha comum na cabeça.

Ao se vestir, ela se agasalhou bem.

Rumou à cozinha e pôs uma chaleira sobre o fogão para preparar um chá. Pôs dois pães na torradeira, esquentou um pouco de sopa de milho, cozinhou uma porção de arroz e preparou alguns ovos e salsichas.

Após o desjejum, ela saiu, fechando a porta atrás de si.

Era um sábado. E, aos sábados, a escola tinha período reduzido, funcionando apenas até o meio-dia.

Por estar cedo, Hinata aproveitara para ir a pé ao invés de bicicleta, assim evitando pegar maior friagem.

Pelo caminho, ela viu algumas pessoas fazendo caminhada, outras correndo. As árvores já sem folhas, o céu nublado.

Já na biblioteca, ela pendurou o casaco no cabide e deliciou-se com o ar quentinho, devido ao aquecedor. Seguiu até a cafeteira que ficava na ala reservada e se serviu do líquido quentinho. Embora não gostasse muito do gosto meio amargo do café, ele era muito bem-vindo em dias mais frios.

Naquela manhã de sábado, Kurenai levou sua filha, Sarutobi Mirai, com ela para o trabalho. A pequena Mirai ainda não frequentava a escola e aquela era uma das poucas vezes que Hinata havia a visto. Ela assemelhava-se muito à mãe, principalmente com seus olhos castanho-avermelhados e os cabelos negros repicados. E, conquanto, não se vissem quase, a menina parecia já ter criado um grande afeto por Hinata, visto que corria do lado da mãe e logo ia dar um abraço em Hinata.

— Veja só! Como você cresceu tanto em tão pouco tempo?! — Hinata indagou-a.

Abraçou a menina e afagou-a a cabeça.

Recebeu de volta um sorriso radiante da menina.

— Assim eu fico com ciúmes! — Brincou Kurenai. Logo a bibliotecária a cumprimentava com o costumeiro “ohayo!”. — Shikamaru já chegou?

— Eu acabei de chegar. Apenas tomei um café. Não o vi ainda.

Kurenai anuiu em compreensão.

— Ah, eu tô aqui. Só fui ali fora atender uma ligação — Falou Shikamaru. Ele desligou seu aparelho telefone naquele momento e o guardou no bolso da calça. — Hoje o Konohamaru vai ficar com a Mirai pra você, Kurenai. Quando a aula acabar, ele vai passar aqui e levar ela pra casa e aí você pode participar da reunião.

— Hoje não é o dia dele. — Kurenai falou e disse — Aconteceu algo?

Naquele instante, Hinata seguia para a ala reservada, para lavar a pequena xícara e guardá-la.

— Surgiu um imprevisto agora de manhã e o Naruto não vai poder buscar ela hoje.

Hinata ofegou e eles ouviram um barulho.

Kurenai e Shikamaru se voltaram para ela. Kurenai logo desviou a atenção, pousando os olhos sobre a filha, verificando se estava tudo certo com a menina. Ergueu as sobrancelhas.

— O que aconteceu?

— Ah, eu deixei a xícara cair na pia. Pensei que houvesse quebrado — Respondeu Hinata, hesitando.

— Tenha cuidado, Hinata!

— Sim! — Ela murmurejou, sua voz saiu num sopro.

Hinata pegou a xícara na cuba da pia e viu suas mãos molhadas tremendo. Por um momento, esqueceu de respirar e sua boca secou.

Hinata não podia acreditar naquilo.

Shikamaru citou aquele nome com tanta familiaridade que Hinata engoliu em seco.

Ela não entendeu a própria reação.

Estava totalmente assustada!

Em sua mente, ela se indagava como faria de agora em diante.

Em dois meses ali, ela nunca imaginou que ouviria aquele nome das pessoas das quais ela estava mais próxima.

Parecia uma grande ironia.

Kurenai e Shikamaru conheciam Naruto? Ela indagou internamente.

Hesitou um instante.

Seria o mesmo Naruto? Poderia ser outra pessoa, certo?

Mas aquele era um nome tão incomum...

Quais as chances de aquilo estar acontecendo? Tinha plena certeza que deveria ser mais fácil acertar na Loteria Federal.

Hinata respirou fundo. Ela lentamente pegou o pano ao lado para secar a xícara e a guardar.

Pensou rapidamente naqueles míseros segundos.

Perguntaria algo a eles agora ou depois?

“Pense, Hinata, pense”

Seria muito estranho ela perguntar algo depois de passado muito tempo, ela concluiu. Ela guardar um nome que foi apenas citado por eles uma única vez e querer saber sobre, seria muito estranho.

Respirou fundo mais uma vez, duas vezes, três vezes, quatro.

— Ah, quem é Naruto? — Ela tentou soar o mais casual possível. Sem demonstrar desespero ou nervosismo, embora sentisse estar falhando miseravelmente nessa missão. Lamentou-se internamente. — Ele é babá da Mirai-chan?

Shikamaru falhou em segurar o riso.

— Acho que ele ficaria bravo se ouvisse alguém falar isso. — Zombou o rapaz. — Posso dizer que o real babá da Mirai é o Konohamaru, Hinata.

— Ele é o nii-san do Konohamaru-kun. Mas, enquanto ele estuda, o Naruto, às vezes cuida da Mirai pra mim. — Kurenai completou.

— Ah! — Ela titubeou.

Certo! Havia mais essa informação. O tal Naruto era irmão mais velho de Konohamaru. Hinata, agora, realmente cogitava a ideia de ser outra pessoa. Konohamaru não se parecia em nada com o rapaz da foto que Kushina havia lhe mostrado. Ela tinha certeza pois possuía uma cópia da mesma consigo. Mas, se Minato houvesse casado novamente? Era uma possibilidade, ela considerou. Ali, ela só afirmava a si mesma que precisava pensar rapidamente.

— Posso ir com o Konohamaru-kun e a Mirai-chan, se quiser, é claro — Hinata ofereceu-se. Mordendo a parte interna da boca, ela se repreendeu. Precisava pensar rápido, não de forma precipitada.

— Ah, isso seria ótimo. Mas você não precisa se incomodar, Shikamaru pode fazer isso. Certo? — Ela fitou Shikamaru.

— Na verdade, não. Eu fui intimado hoje. — Ele coçou a nuca, constrangido.

— Bom... — Kurenai ponderou — Não quero incomodar, Hinata. Konohamaru já é bem grandinho, não precisa.

— Não tem problema, Kurenai-san. Gosto da Mirai-chan e do Konohamaru-kun. Não será incômodo algum. Eu só vou acompanhá-los. — Assegurou ela.

— Arigatô.

Hinata sorriu pequeno. Pela primeira vez, sentiu-se mal com aquela missão.

Não queria enganar ninguém, nem sentir que estava usando pessoas as quais ela havia se afeiçoado. Tentou focar-se em Kushina e no quanto ela queria ter o filho ali do seu lado. Percebeu que, embora estivesse fazendo o certo, aquilo parecia tão errado.

Ela notou que ainda estava apertando o pano de prato.

Ela mirou as próprias mãos e sem olhar para os outros que estavam ali, ela pediu licença e foi até o banheiro.

Hinata fitou seu rosto no pequeno espelho fixado na parede bege. Parecia meio pálida, como se mal houvesse se alimentado. Por um momento ela teve a impressão de seus olhos estarem pesados, como se cheios de olheiras após dias sem dormir. Sua boca estava seca e esbranquiçada. Parecia ter envelhecido anos, naquele breve momento.

Ela abriu a torneira e fez uma concha juntando as mãos. Pegou um punhado de água morna e jogou no rosto uma ou duas vezes. Puxou algumas toalhas de papel e secou.

Pensou em mandar uma mensagem para Kushina, todavia lembrou-se de que havia deixado o telefone na bolsa que estava na biblioteca. Mas, antes que se recriminasse por isso, ela concluiu que era melhor esperar e verificar se aquele Naruto era mesmo o filho de Kushina, antes de alardear à imperatriz. Embora, algo lhe dissesse que sua busca havia chegado ao fim e que, a partir dali, as coisas ficariam mais complicadas.

A fase dois logo se iniciaria, e, bom, seria a mais difícil. Hinata não era muito confiante de suas capacidades persuasivas.

Ali, no banheiro, foi a primeira vez que ela sentiu arrependimento por ter aceitado aquela missão de Kushina.

Parecia que sua decisão havia sido totalmente equivocada.

Hinata, naquele instante, percebeu que não fazia ideia de como abordar Naruto, muito menos de como o convenceria a ir até à mãe em Tóquio.

Estava totalmente perdida.


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Notas finais do capítulo

E aí?! O que acharam?
Como podem notar, agora está bem próximo do Naruto aparecer!
O que acham?!

Bom, até o próximo!

P.S.: No mundo real, está previsto para o dia 30/04/2019 a abdicação do imperador Akihito do Japão e logo seu filho, Naruhito, deve sucedê-lo. Volto a dizer que foi ano passado, quando li sobre isso, que tive a ideia para essa fanfic. Afinal, o nome Naruhito é bem sugestivo a quem lê fics de Naruto, né?!
Jaa ne!



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