O sucessor escrita por HinataSol


Capítulo 10
Sentados à mesa. Juntos na varanda.


Notas iniciais do capítulo

O capítulo não ficou tão grande para ter demorado esse tempo, eu sei!
Mas não estava lá o poço de inspiração/empolgação...
Mas postei uma oneshot (NaruHina) semana passada. Vou deixar o link no final.

Leiam as NOTAS FINAIS!!!

Boa leitura!



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Hinata assentou-se ao lado de Kurenai à mesa.

Sobre a superfície de madeira estavam dispostos diversos refratários com bolinhos de arroz, yakissoba, peixe grelhado, sashimi, sushi, shoyo, gyosas, chahan, yakitori, miso, wasabi e outros mais.

A sala de jantar estava adornada com vários tsurus*, belos leques, dragões e lanternas japonesas. Havia também um par de cortinas vermelho-alaranjado ali.

Com todos já sentados, foi dado início a hora do almoço, após agradecerem pela comida, ao dizerem Itadakimasu!

As conversas eram animadas ali, tanto entre as mulheres, quanto entre os homens.

O aniversariante brincava, fazendo caretas engraçadas para que Mirai risse. As risadas gostosas da menina preenchiam a sala e se misturavam às de Naruto e Shikamaru, às de Yoshino e Kurenai e dos outros que ali estavam.

Temari, que estava sentada ao lado de Shikamaru e de frente para Hinata, chamou a atenção dela.

— Você trabalha na biblioteca da Nara Gakuen, né? — Ela perguntou baixo, sem fazer sua voz se sobressair a dos demais, e completou — Junto com o preguiçoso aqui.

Shikamaru, que conversava com Naruto, soltou um suspiro quando ouviu Temari falar. Todavia, em resposta, apenas deu de ombros.

Temari estreitou os olhos.

— Trabalho sim. — Respondeu Hinata, com simplicidade e um tanto hesitante.

A moça estalou a língua.

— É divertido? — Temari indagou, um tanto azeda. Ao ver as sobrancelhas arqueadas de Hinata, percebeu que ela não entendeu e emendou — Trabalhar na biblioteca. Ler tanto. Você esteve aquele dia no hotel e Shikamaru falou que você não precisava trabalhar na Nara Gakuen.

Shikamaru se remexeu na cadeira, incomodado.

— Eu gosto de lá. Gosto de estar cercada por livros. Não há melhor emprego para mim, no momento. — Respondeu Hinata, honestamente.

— Temari! — Reclamou Shikamaru em um murmúrio baixinho, a atenção desviada da conversa que mantinha com o amigo.

Ela deu de ombros.

— Desculpe, Hinata-san. Não é com você que estou chateada. — Ela lançou um olhar de canto para o namorado. Embora aparentasse chateação, Temari não elevava o tom de voz. Voltou a olhar para Hinata, agora com a expressão mais serena, relaxada. Lembrou-se do porquê todos estarem reunidos ali e disse — Podemos começar de novo? Vamos esquecer isso, por favor.

— Claro, Temari-san. Não há problemas! — Murmurou Hinata, ainda um tanto incerta. Encabulada.

Hinata pensou que estavam chamando atenção com a conversa, mas viu que se alguém prestou atenção não demonstrou. Pareciam mais envolvidos em seus próprios comentários. Empolgados.

Depois de alguns momentos, Minato recolheu os refratários vazios e pediu que Naruto o ajudasse trazendo a sobremesa para a sala de jantar. O filho de Kushina foi até o cômodo ao lado, a cozinha, de onde voltou com uma grande travessa nas mãos com apetitosas bananas caramelizadas e cobertas com chocolate. Logo o doce acabou.

— Olha só! A Mirai está toda suja de chocolate. — Konohamaru riu, arrancando uma risada da menina também. Ele passou o dedo no rosto dela e espalhou o chocolate pelo nariz da prima.

Kurenai-san exasperou-se ao ver a filha esticando a língua para lamber o chocolate e tentando limpar o rosto com as mãos lambuzadas de doce.

— Meu amor, não faça isso! — Ela bronqueou — A mamãe vai ter que lavar o seu rosto. — Logo se levantou e puxou Mirai para o seu colo. Kurenai olhou para os outros como se pedisse licença e levou a filha em direção ao lavabo.

Houve um momento de silêncio, como se não houvesse mais assunto.

— Vou pegar o bolo! — Falou o sr. Minato, quando Kurenai-san retornou.

Foram poucos segundos e, assim que o pai do aniversariante passou pelo portal da sala de jantar com o bolo na mão, Naruto puxou o início do cântico de aniversário enquanto todos batiam palmas animadamente. Minato colocou o doce na mesa, em frente a Konohamaru. O ambiente estava levemente claro, mas, ainda assim, havia velas em cima do bonito bolo. Konohamaru sorriu alegremente e, ao terminarem de cantar, assoprou as velas.

— Deixe que eu ajude, Minato — Yoshino falou — Sente com seus filhos e aproveite o restante do dia.

— Obrigado, Yoshino. — Ele, de bom grado, aceitou. Logo se sentou junto a Konohamaru e Naruto.

A mãe de Shikamaru apenas sorriu. Ela seguiu até o armário de louças e depois foi para aonde estava o bolo e, pegando a espátula triangular de aço inox, começou a cortar o doce em generosas fatias, colocando-as nos pratinhos de cerâmica. Naruto se colocou ao lado dela e pôs-se a distribuí-las entre os convidados.

Hinata aceitou o dela com um sorriso educado o qual Naruto retribuiu de pronto.

Ao colocar o primeiro pedacinho na boca, a menina Hyuuga murmurou.

— Nossa, está muito bom! Eu... — Ela se interrompeu. Olhou para Minato e Konohamaru do outro lado da grande mesa e falou, ainda baixinho e timidamente — Devia ter trazido outra coisa mesmo... O meu nem chega perto. — Confessou ela e, reunindo coragem, perguntou — Minato-san... foi o senhor mesmo quem fez?

— Foi sim. E é bom saber que está bom. — Ele sorriu ao dizer e falou, brincando — De qualquer forma, já sabemos que o seu está mais bonito. Pra saber qual está melhor, só quando comermos ele. Certo, filho? — Ele indagou a Konohamaru, ao seu lado.

O menino alarmou-se. Pôs uma generosa porção de bolo na boca e apenas balançou a cabeça, para nada dizer.

Minato riu.

Passado um tempo após todos terem comido, os pais de Shikamaru, Yoshino e Shikaku, se voluntariaram a lavar a louça e Asuma-sensei a ajudar a secar e guardá-la.

Shikamaru e Temari foram para o lado de fora e logo Naruto olhou para o irmão, lançando-o um olhar travesso e seguiu os dois. Konohamaru logo se levantou e chamou Hinata com a mão.

Ela acenou negativamente com a cabeça, envergonhada com a atitude deles.

— Acho que Shikamaru-kun e Temari-san não querem companhia agora.

— Não tem problema. A gente fica longe. — Ele garantiu e chamou Mirai, já a avisando — Traz a sua boneca — E, olhando para Kurenai, acrescentou — Eu vou olhar ela.

— Está bem! Mas vistam o casaco antes — Concordou Kurenai — Vou aproveitar para limpar a mesa.

— Quer ajuda? — Hinata se prontificou.

— Não precisa, Hinata. Obrigada. Hm, se quiser, pode ir com eles. Aproveite. A casa de Minato tem uma bela vista para as montanhas — Ela sorriu.

Hinata meneou a cabeça em concordância. Ao se levantar, curvou levemente a cabeça e seguiu por onde os outros haviam ido antes dela.

Quando chegou à varanda, ela viu Shikamaru e Temari sentados juntos no canto mais distante. Naruto estava sentado do lado oposto, encostado na coluna da varanda com os braços atrás da cabeça, as pernas cruzadas sobre o piso de madeira e com os olhos fechados. Konohamaru e Mirai estavam ao lado dele. Ambos sentados com as pernas cruzadas. A menina brincava com a boneca recém-ganhada de Hinata e Konohamaru puxou um fio de barbante do bolso e começou a brincar de ayatori¹.

— Ei, Hinata-san! — Konohamaru chamou — fique aqui com a gente.

Naruto abriu os olhos.

— Ah, Hinata, sente aqui — Ele falou. Ajeitou a postura e, desencostando da coluna, apontou um espaço ao seu lado, próximo do irmão e Mirai.

— Obrigada! — Exprimiu ela. Hinata foi até aonde ele estava e, ajeitando a longa saia, sentou-se a uma distância de pelo menos meio metro dele.

Naruto olhou em volta e, depois de a fitar pelo canto dos olhos, desviou o olhar para a sua frente.

— Está gostando de passar o dia aqui? — Perguntou ele, casualmente.

— Está sendo muito agradável e divertido — Admitiu, polida.

Naruto sorriu, um leve riso em seus lábios fechados.

— Pelo que vejo, você continua extremamente formal. — Disse ele e falou — Acho que é o seu jeito mesmo. É estranho, mas... eu até que gosto.

— Estranho? — Ela voltou os olhos para Naruto, um tanto surpresa.

— É! Mas não é um estranho mau. É que você fala como se fossemos completos estranhos. — Ele começou a dizer — Bom, não somos os melhores amigos, mas vi que até com o Shikamaru, Konohamaru e a Mirai, que têm a mesma idade ou são mais novos, você fala assim. E já está acostumada com eles. Acho que isso é bom. Mas é que eu me afeiçoo muito rápido às pessoas então acho que logo me sinto um amigo de longa data e acabo sendo informal demais. — Ele esfregou a mão atrás da cabeça, com um sorriso constrangido.

Hinata sentiu as bochechas esquentarem.

— Gomen nasai. Não sabia que passava essa impressão. E... você não é rude, apesar de não ser “muito formal” — Ela citou. Todavia, acrescentou — Mas, acho que terá que se tornar uma pessoa mais... hm... como eu poderia dizer?

— Educada? — Arriscou ele, arqueando uma sobrancelha clara.

— É! Quero dizer, não! Sim, mas... não estou dizendo que é mal-educado, só que... —

— Sou muito informal? Espontâneo? — Ele testou.

Hinata encolheu os ombros, acuada.

— Um pouco... — Sua voz saiu quase como um sopro.

Naruto riu com a boca fechada, o ar saindo mais pelo nariz.

— Desculpe, não queria soar indelicada. — Hinata tornou a dizer.

— Não tem problema — Disse ele — Você tem razão. Eu tento, mas, às vezes, é difícil. Acabo falando ou agindo sem pensar.

— Parece alguém que eu conheço — Segredou. Ao ver a expressão questionadora dele, acrescentou — Uma amiga em Tóquio. Vocês se dariam bem. — Ela disse como se fosse um desejo.

Konohamaru observou os dois pelo canto dos olhos e, com um grande sorriso nos lábios, sentou-se entre eles, estendendo a mão para Hinata, desafiando-a.

— Aposto que não sabe! — Ele se referiu ao ayatori.

— Posso ter nascido numa cidade modernizada, mas conheço as brincadeiras tradicionais do meu país. — Disse ela, divertida, e apertou o nariz dele, entre os dedos indicador e médio.

Konohamaru estendeu para ela a mão, entregando o barbante.

— Você parecia tão ansioso, não devia estar lendo o seu mangá, não? — Perguntou Naruto ao irmão mais novo.

— Eu guardei. Vou deixar para ler mais tarde. — Rebateu e cruzou os braços.

Assim que Hinata começou a tecer uma figura com os dedos, eles tiveram a atenção chamada por um exclamar irritado.

— Shikamaru no baka! — Disse Temari, ainda do outro lado da varanda.

Eles viram quando ela levantou, emburrada, do lado de Shikamaru e saiu pisando duro numa marcha irritada para dentro da casa. Quando voltaram o olhar para o Nara, ele apenas resmungou, jogando o tronco para trás e passando a fitar o céu, observando as nuvens.

Depois suspirou e disse:

— Ah, cara. Que problemático!

 

 

Link da oneshot


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Notas finais do capítulo

Não falem mal da Temari, humph! Rsrs
Citados no capítulo: comidas e decorações tradicionais de festas japonesas.
*tsurus = pássaros de origami
¹ Ayatori é uma brincadeira tradicional do Japão. Amarradas as duas pontas do barbante, a pessoa começar cruzar os fios com as palmas e dedos e formar desenhos com os fios. Aqui é conhecido como “cama de gato”.
:
Queria falar que, quando escrevo, tento escrever pra mim mesma, mas que, a partir do momento em que compartilho com vocês, desejo uma interação que quase não tem havido aqui.
Não quero pedir que todo mundo comente em todos os capítulos, pois sei que é incabível pedir algo assim. Mas há várias pessoas acompanhando a fanfic e nem metade teve coragem de marcar como favorito.
Puxa! É só um clique! E, mesmo assim, apenas metade que está acompanhando a história teve coragem de fazer isso.
Comentários, então! Nem se fala!
Está sendo uma ou duas pessoas por capítulo (a quem eu agradeço, pois fico muito feliz). Há capítulos (muitos) que ninguém comentou (0 comentários). Fica parecendo que não tá valendo a pena, sabe? Se é para ter a ideia e manter ela só para mim e ninguém ter interesse, qual o sentido de continuar escrevendo e postando? Nenhum! Eu só queria dizer isso, que é superchato eu me empenhar em escrever algo que parece que todo mundo está achando uma bosta (desculpem-me pela expressão), já que ninguém dá o ar da graça... desanima e faz a gente desistir... eu tenho outras histórias iniciadas aqui no computador e, às vezes, fico em dúvida se devo postar e abandonar essa; postar pra ver se me anima ou simplesmente não postar nada, porque, sinceramente, está sendo bastante desalentador escrever “O Sucessor”, embora esteja gostando da história (eu estou satisfeita com o que estou produzindo, porém, não com o retorno). Não consigo saber: há algum problema na história? A temática é chata? Está ruim?
A história é um romance, mas quis dar uma inovada na forma como iria abordar, mas parece que não deu certo. ☹



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