Esme's sister escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 8
Capítulo 7




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Capítulo 7

PDV da autora

O trem para por fim depois de uma longa viagem em um pequeno povoado no estado do Oregon chamado Ashland. Esme vai até o prédio que parece ser a escola (uma casa muito bem ajeitada) e procura uma vaga de professora. Eles estavam exatamente precisando de mais uma para ajudar a única professora a cuidar dos quarenta alunos. Já estavam perdendo a esperança, pois o semestre começa no dia seguinte onde arrumar uma professora agora? Mas Esme chegou bem a tempo como uma enviada dos céus. Duas turmas de 20 crianças é muito mais tranquilo de lidar e os alunos podem ter a atenção que cada um merece – principalmente nessa idade de alfabetização.

Esme entra na residência:

— Bom dia estou procurando um trabalho com professora.

— Oh, Santo Deus é um milagre! – exclama Mary. – Bem vinda, você chegou bem a tempo. Já estava preocupada como iniciar as aulas amanhã. Sente-se querida.

— Obrigada...

— Me chamo Mary. E você?

— Eu me chamo Anne – Esme decide usar seu segundo nome para ocultar-se ainda mais e ter realmente certeza de que nunca será encontrada.

— É mesmo uma enviada de Deus tem até nome de santa.

— Obrigada. A senhora também. A mãe de Jesus. Meu Senhor.

— Está contratada, não é fácil encontrar professores que queiram trabalhar aqui no Oeste. É uma terra inculta, mas se ninguém vier vai continuar assim.

— Exatamente como eu pensava desde criança. Meu sonho sempre foi ensinar. Mas eu preciso avisar uma coisa.

— Sim.

— Eu estou grávida.

— Ora Anne isso não é problema, não se preocupe. Desejo que você tenha uma gestação muito tranquila aqui em nossa vila.

— Fico aliviada em saber que está tudo bem.

— Você jamais perderia o emprego por causa disso. Nós mulheres temos que nos ajudar. Se nós não nos auxiliamos quem vai nos compreender? Temos que ter irmandade. Não há nenhum problema, quando precisar eu  cuido das turmas novamente até você poder dar aulas novamente. Poderá até trazer seu filho. Quero conhecê-lo está bem?

— Claro! Mas ainda não sei se será ele ou ela.

— Tudo bem, importante é que tenha saúde. As crianças irão adorar! Mas porque você veio para cá?

— Eu tive que mudar de cidade depois que meu marido morreu – Esme chora realmente com pesar ao lembrar. Não porque o marido realmente morreu, mas por ter que fugir para tão longe – e triste porque ele voltou ainda pior do que era antes. Charles morreu para ela a primeira vez que a agrediu. Ela teve que sair para sua segurança e de seu bebê, não deveria ser assim, mas ela optou por isso para salvar a criança que não teria chance se ela ficasse.

— Ele foi para a guerra e voltou doente?

— Sim – concorda Esme.

— Meu marido também foi para a Europa – diz Mary. – Ele está doente, mas está vivo ainda. Por isso eu trabalho para sustentar nossa casa.

— Quando eu começo?

— Amanhã mesmo às 7:30 da manhã. Tudo bem? Se ainda precisar de alguns dias posso cuidar das crianças mais uma semana.

— Sem problemas.

Esme encontra uma casa para alugar ali perto. Ela mal conseguiu dormir a noite de tão ansiosa pelo dia seguinte. Sabia que precisava descansar após uma longa viagem por causa do bebê; até tinha esperanças. Ela se sentia tão feliz e livre. Pela primeira vez em anos conseguia respirar sem medo algum.

Ela estava aliviada, finalmente poderia ter seu filho/a em paz, velo/a crescer saudável e tranquilamente, muito diferente da vida tumultuada que vivia com seu ex-marido. Nunca se sabia como ele iria reagir, quando ele iria ‘explodir’. Uma mulher grávida não pode viver em tensão constante já tem incômodos demais devido às mudanças no corpo para gerar o bebê. Agora ela poderá desfrutar de todas essas transformações e rejubilar com cada movimento da criança dentro de si.

— Estamos livres, filho/a – Esme passa a mão sobre a barriga ainda pouco visível.

Ela não trouxe nada consigo quando escapou por pouco. Só o mais importante: seu bebê. Mas por sorte a casinha já estava mobiliada com os móveis da antiga moradora. Uma senhora que se mudou para a casa da filha há pouco tempo e deixou esse lugar para alugar.

— Como vou chamar você. Deixa-me pensar... Já sei! – Esme tem uma ideia. - Se for menino chamarei você de Collin e se você for menina chamarei você de Collen. Por quê? Por causa do meu querido Dr. Cullen. Espero que ele esteja bem onde quer que esteja. Eu ainda lembro dele com carinho e sempre vou pensar nele ao olhar para meu filho/a. Ele merece tudo de bom, ele foi tão gentil comigo. Merece ser feliz, como eu serei a partir de agora. Nós vamos começar uma vida nova. Eu renasci quando percebi que estava grávida. Nada poderá interferir em nossa felicidade meu bebê. Vamos ter uma linda vida. Eu viverei para você, sua alegria será minha alegria, seu sorriso meu sorriso.

...XXX...

 

No dia seguinte, Esme já estava acordada quando o sino tocou avisando que eram sete horas da manhã. Ela despertou com os primeiros raios de sol que entraram em seu quarto, e se prepara para ir até a escola, pois estava ansiosa para conhecer seus alunos.

Lá chegando foi recebida pela outra professora, a diretora Mary:

— Bom dia Anne!

— Bom dia Mary!

— Dormiu bem querida?

Esme fica emocionada nunca se sentiu tão acolhida antes, ainda mais por uma estranha que até ontem nem conhecia e isso realmente a comove.

— Estava tão ansiosa para o dia de hoje.

— Agora você precisa pensar em seu filho também.

— Sim, eu adormeci por causa dele/a.

— Muito obrigada por ter alugado a casa da minha mãe.

— Ah, eu nem sabia. É uma casa muito bonita!

— Obrigada, vou dizer para ela. Eu iria oferecer, mas só lembrei depois que você saiu daqui ontem. Ainda bem que acabou encontrando.

— Acho que serei muito feliz lá. Eu e meu bebê.

— Eu também cresci naquela casa, é um bom lugar. Vamos, vou mostrar a sua sala de aula – convida Esme para segui-la.

— É aqui – diz Mary abrindo uma porta. – Seja bem-vinda!

— Obrigada, eu serei muito feliz aqui. Ensinar é minha paixão!

— Seus alunos terão muita sorte, parece.

— Eu é que tenho sorte em encontrar um trabalho assim tão depressa. Eu pensei que demoraria mais.

— Você merece Anne, é uma boa pessoa.

— Você também Mary – Esme sente algo bom ao lado dela. Afinidade.

— Vou cuidar das crianças como se fossem meus filhos.

— Boa sorte – diz Mary ao sair.

— Obrigada mais uma vez – Esme diz enquanto a amiga se afasta.

Arruma as cadeirinhas e mesinhas, abre as janelas para arejar o ambiente e escreve uma saudação de boas-vindas na lousa. Ajeita sua escrivaninha e espera as crianças chegarem diante da porta da sala.

A primeira foi uma linda garotinha de aproximadamente nove anos. Ela chegou receosa mas esse sentimento se dissipou assim que viu a nova professora. Esme sorri contente:

— Olá sweetie.

— Oi tia...?!

— Meu nome é Mrs. Platt, mas pode me chamar de Anne. E você como se chama meu anjo?

— Meu nome é Carolina.

— Que nome bonito, assim como você! – Esme toca o queijo da menina delicadamente, mas ela fica com medo e aturdida.

Entra na sala e os outros alunos chegam. Quando vê que todos os vinte já estão ali ela começa a aula.

...XXX...


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