Esme's sister escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 7
Capítulo 6




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Capítulo 6

PDV da autora

Esme percebeu que Charles havia descoberto que ela estava na casa dos primos em Milwaukee e foi buscá-la, e conseguiu escapar antes que ele chegasse, pois viu de longe ele chegando e saiu pelos fundos.

Após três dias de viagem Esme chegou à pequena vila de Ashland no estado do Oregon. Ali é muito longe e está segura sabendo que Charles nunca poderá encontrá-la. É um lugar perfeito totalmente fora de suspeita, ninguém jamais vai saber para onde ela foi.

Há alguns anos ela pediu permissão para os pais para poder ir para o Oeste ser professora, mas eles não deixaram, foi antes mesmo de ter sido obrigada a casar com Charles e esse casamento ter se provado o maior erro de sua vida. Mas agora ela vai recomeçar uma vida nova, assim como o seu filho/a que está se formando em seu ventre. Ela vai renascer, já renasceu quando percebeu que não estava mais só e isso deu-lhe forças para fugir.

Seu ex-marido era uma pessoa diferente em público do que era em casa com ela, a espancava e estuprava quase todos os dias. Quando não era agressão física era verbal. Ela não suportava mais ser tão maltratada; ela sabia que não merecia, sabia que não era má como Charles tentava fazê-la acreditar; ela não podia permitir que uma criança sofresse o mesmo que ela. Ele a maltratava como seus pais nunca fizeram e ainda ameaçava-os se ela contasse tudo o que passava.

Esme tentava esconder as marcas dos hematomas o máximo que podia usando roupas compridas mesmo no verão, mas as pessoas devem ter percebido algo no seu comportamento, nem tudo ela podia disfarçar, no entanto ninguém jamais fez qualquer comentário. A época era assim, ninguém se metia na vida particular do casal, nem para salvar a mulher do próprio marido que deveria amá-la e tratá-la com carinho e respeito. Esme estava só, completamente. Ela teria que salvar a si mesma, não podia contar com ninguém.

Por isso ela resolveu ir para muito longe e deixar tudo para trás. Ninguém jamais a localizaria no desconhecido Oeste que ainda começava a ser desbravado. Infelizmente ela tem de se afastar da família por causa de Charles, para que ele não possa encontrá-la. Porém um dia ela vai retornar – assim espera – ao menos para visitar a prima e mostrar seu afilhado/a.

Esme não poderia permitir que seu ex-marido (gostava da ideia de que ele não era mais seu marido, ele nunca foi, nunca fez por merecer esse título) fizesse mal ao bebê que estava esperando. Não, isso não! Ela fará tudo que puder para proteger seu pequeno ou pequena. Talvez Charles não deixasse a criança nascer assim como já havia feito com seu irmão no ano anterior. Antes mesmo que Esme soubesse que estava grávida – jamais saberá se era menino ou menina. Charles dizia que era uma menina fraca, pois morreu por uma coisinha a toa. Uma queda de escada não é algo simples. Até ele poderia se ferir, quanto mais um bebê!

Graças a Deus ela pode engravidar de novo, embora não quisesse porque sabia que o marido poderia fazer o mesmo com a criança. Por isso resolveu fugir assim que percebeu que estava novamente gestante. Charles não merece ser pai, ele também não quer; ela sabe que não é um pai desses que queria para seu filho/a.

Esme até tinha uma história para justificar sua fuga: ela era viúva da guerra, seu marido voltou da Europa, mas morreu algum tempo depois, por isso ela está grávida de poucos meses ainda.

Tomara que Charles não tenha feito mal para sua prima. Carine sabia o risco que estava correndo e estava disposta a se sacrificar pelo afilhado/a. Valia a pena pensava. Ela tentava há anos ter filhos e pensava que era o mais próximo que ela poderia chegar de ter um bebê. Ela faria qualquer coisa para proteger Esme, sentia que esse era seu dever. Esme nunca deixaria de reconhecer e agradecer por isso. Seria eternamente grata a Carine.

Esse deveria ser o papel do pai, mas Charles não se importa com mais ninguém além de si mesmo. Nunca teve qualquer gesto de afeto por Esme. Tratava a esposa como se fosse um objeto que existia para lhe satisfazer e servir. Ele era tão impaciente que não esperaria nove meses para abusar dela. Possivelmente a faria abortar ou ter a criança antes da hora, o que poderia matar o bebê. Mesmo sendo seu filho/a isso não sensibilizaria seu marido.

Mesmo que sua prima não quis saber conscientemente para onde iria, para não correr o risco de delatar para Charles caso ele a torturasse, ela sabia do que ele era capaz devido às cartas que escrevia, provavelmente Carine sabe bem no fundo que Esme iria para algum lugar no Oeste, que era seu sonho desde criança. Ela queria ser professora e ajudar no desenvolvimento dessa região. Ela se preocupava mais em ensinar as crianças do que em ser uma das pioneiras.

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Notas finais do capítulo

Este capítulo é curto pois é somente uma passagem durante a viagem de três dias - antigamente demorava mesmo e Oregon é longe Wisconsin, praticamente do outro lado do país - que Esme teve até chegar em Ashland.



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