Esme's sister escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

AVISO: TENTATIVA DE ESTUPRO



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Capítulo 5

Algumas semanas mais tarde o marido de Esme descobriu que ela estava escondida aqui. Provavelmente foi pela carta que meu marido Daniel enviou para meus tios. Isso significa que Charles estava violando as correspondências dos pais de minha prima. Ele é muito pior do que eu pensava se foi capaz disso, ele é um verdadeiro criminoso. Onde meus tios foram empurrar Esme! Eles com certeza não sabiam disso, pois se soubessem tenho certeza que não obrigariam a filha a se casar. Foi Charles que forçou minha prima a fugir, se fosse um bom marido, ela não teria saído de casa.

Mas ainda bem que Charles não conseguiu encontrar minha prima eu também não vou deixar nada acontecer com meu afilhado/a.

Eu e Daniel estamos tentando há anos ter filhos e não conseguimos. É mesmo muito injusto que pessoas como Charles possam ser pais mesmo sem querer ou merecer. É claro que Esme merece ser mãe, mas não que fosse dessa forma, resultado de uma violência. (Só mesmo por Deus que Esme não engravidou antes, pois pelo que ela me relatava nas cartas seu ex-marido a estuprava quase diariamente.)

Claro que a criança não tem culpa de como foi gerada, apesar disso Esme ama o/a bebê, a única coisa boa que aquele canalha fez mesmo sem ter a intenção. A criança vai ser amada pela minha prima e por mim do mesmo modo como se fosse fruto de um amor e não de um estupro.

Dei o dinheiro que tinha guardado para que Esme pudesse fugir assim que viu Charles ela saiu de casa pelos fundos sem que ele percebesse. Fiquei aliviada que ela conseguisse escapar em segurança mesmo com o ex-marido tão perto. Graças a Deus! Ele também esá nos ajudando nessa empreitada, pois nossa causa é justa. Queremos proteger uma vida que está se formando dentro do ventre de minha prima.

Nem sei para onde ela foi, só disse que ela deveria ir para longe para não correr o risco de ser encontrada. Fiz questão de não saber para protegê-los. Não quero saber para arriscar contar para Charles se ele me torturar. Não duvido que ele seria capaz disso.

Esme vai me escrever só quando estiver segura.

...XXX...

 

Percebo Esme entrar na cozinha esbaforida:

— O que foi prima?

— Charles está vindo, ele me achou. Vai me matar!

— Não vai, eu vou protegê-la.

— Ele está aqui, não dá mais tempo. Não pode me esconder.

— Vou lhe dar algumas economias para você pegar um trem e fugir.

Pego o dinheiro que estava guardado no pote na cozinha:

— Espero que seja o suficiente.

— Obrigada.

— Tchau prima, boa sorte – nos abraçamos antes de ela sair. Foi rápido, mas intenso.

— Tchau prima, obrigada mais uma vez, por tudo. Eu sempre vou amar você. Espero que volte logo.

— Eu também te amo muito minha irmã – solto sua mão e ela sai somente com a roupa do corpo. Não há tempo para buscar nada. – vá. Mantenha meu afilhado/a seguro/a. Esse é o maior bem que me fará.

— Sim eu prometo que farei tudo que puder para proteger meu bebê.

Ela vira e corre por alguns metros. Eu fecho a porta quando não a vejo mais. Esme sabe onde é a estação ferroviária, pois foi por lá que veio mês passado.

Assim que minha prima sai pelos fundos eu vou até a sala fechar a porta que lembrei estava aberta. Lá chegando encontro Charles que entra abruptamente.

...XXX...

 

De repente o marido de minha prima aparece em casa procurando por ela:

— Onde está aquela vadia? – Charles já pergunta furioso e autoritariamente como se estivesse em seu domínio.

Ele trata assim Esme!? Não me admira que ela tenha preferido fugir. Ninguém merece ser maltratado de graça. Ela é sua companheira, ele deveria ter mais carinho e respeito por ela. Aliás, se tivesse ela não teria saído de casa.

— Eu não sei – respondo sinceramente, mas ele não acredita em mim e vem em minha direção.

— Eu sei que ela está escondida aqui. Me entregue aquela vagabunda e você não vai sofrer. Mas se quiser pagar para ver... Eu não tenho nenhum problema em fazer você passar pelo mesmo que ela.

— Não! Socorro! – eu grito.

Ao mesmo tempo eu corro para me proteger no quarto e tento fechar a porta, mas Charles é mais forte do que eu e não permite. Força a porta abrir e me faz cair na cama do quarto.

— Humm perfeito – ele olha minha posição e debocha. – Espero que seu marido demore muito para chegar. Eu vou mostrar para você o que eu faço com meninas teimosas como você e Esme.

— Socorro! – grito, mas o som é abafado pela mão que Charles coloca em frente a minha boca.

— Calada! – ele emenda quando vê que eu desisto. - Assim é melhor.

Charles sobe em cima de mim e diz:

— Eu sei que você sabe onde está sua prima e quer protegê-la. Por isso você vai ver do que ela se livrou.

— Não faça isso, por favor. Eu não sei para onde ela foi – me vejo implorando, mas eu deveria saber que isso não o comove.

— Eu sei que você preferiu não saber para deixá-la livre de mim, por isso você vai pagar.

— Não! – me debato resistindo enquanto ele tenta rasgar meu vestido.

Depois ele tira sua sinta das calças para me bater. Não gosto desse jogo sexual não sou masoquista, Charles que é sádico ao se satisfazer com o sofrimento alheio.

Nesse momento meu tio entra ao ver a porta aberta e a casa revirada e ordena ao encontrar o genro em cima de mim:

— Solte-a! Sai de cima dela seu cafajeste. Brigue com um homem seu covarde. Vencer uma mulher é fácil, lute contra um homem seu pilantra!

Charles fica furioso, como uma fera interrompida em meio a uma refeição e se volta para meu tio Carlos.

Fico aturdida ao perceber quem é, mas aliviada ao ser salva por pouco.

— Você aqui? – indaga Charles mais irritado do que surpreso.

— Sim, não vou deixar você fazer mal a ninguém – rebate titio.

— Tio! – exclamo aliviada.

Charles parte na direção de meu tio e lhe dá um soco no olho esquerdo.

— Falei que iria te pegar velho. Agora vamos acertar as contas.

Quanto atrevimento. Charles deveria agradecer meus tios por Esme. Eu sei que minha prima não tem sido uma esposa exemplar, mas isso é por culpa dele que também não é um bom marido. Tenho certeza que se fosse, Esme seria a melhor esposa do mundo. Ela tem potencial e age reciprocamente conforme a tratam.

É uma confusão generalizada, Charles bate em meu tio que se defende e retribui o golpe. Eu grito ao ver os dois homens se engalfinhando como dois bichos. Só Charles é um monstro, meu tio tem que se igualar para resistir, ele veio me defender o que lhe sou muito grata.

Nesse instante meu marido chega:

— Carlos, é você primo? – diz Daniel. – O que está acontecendo aqui?

Sem saber muito mais ele segura Charles pelo peito envolvendo seus braços para evitar que ele dê socos, mas mesmo assim ele esperneia. Então meu marido o leva para fora:

— Me solta Charles - grita nos braços de Daniel.

Não posso evitar sentir um pouco de vingança ao vê-lo implorando. Viu só? Aqui se faz aqui se paga. Simples lei de retribuição. Ás vezes é rápido outras nem tanto. É bom se sentir mais fraco, né? Algemado, vulnerável. Não sinto pena nenhuma dele, ele não teve nenhuma compaixão quando estava me forçando. Eu vi em seus olhos o que minha prima tentava me dizer nas cartas, mas isso é inexplicável só se entende vivendo. Daniel nem sabe do que me salvou, mas eu acredito que depois de deixar meu tio, Charles voltaria e acabaria o que começou a fazer.

— Só se você for embora – diz meu marido. Ele não é agressivo ou violento apesar do tamanho. Ele não se prevalece, Daniel é um gigante gentil.

— Sim, eu vou embora. Me solta. Não tem o que eu queria aqui mesmo.

Daniel parece relutante e desconfiado, mas leva Charles para fora e o deixa ir embora cumprindo o que prometeu. Ele é o contrário do ex-marido de minha prima que não se pode confiar em nada do que ele diz. Charles quebrou todas as promessas do casamento. Não respeita Esme, não a ama.

Carlos limpa a boca que estava sangrando na manga da blusa e meu marido volta para o quarto:

— Pronto, ele já foi. Quem era aquele homem primo? – é claro que Daniel não sabe como é Charles, ele nunca o viu antes. E depois de hoje não ficou com uma boa impressão, certamente.

— Já vou explicar Daniel.

— Você está muito machucado titio, me deixe cuidar de você – vou ao lado dele.

— Obrigado, Carine, não precisa eu estou bem. E você, como está? Aquele cretino não fez nada contra você, fez?

— Por sorte não. Você chegou bem na hora tio. Obrigada.

— Por nada querida, fico feliz em ter evitado. Eu é que agradeço por terem acolhido Esme.

Daniel olha para mim e percebe meu vestido rasgado.

— Aquele bandido fez isso Carine?

— Sim ele quase me violou.

— O que?! Eu deveria ir atrás dele agora mesmo, ninguém mexe com minha esposa e sai ileso – nunca vi meu marido assim. Confesso que estou lisonjeada, mas também com medo. – Ele deve estar rindo de minha cara agora.

— Não primo, não vale a pena. Não aconteceu nada - diz Carlos.

— Não posso deixar barato, ele se aproveita da minha esposa e sai ileso. Não pode.

— Na verdade ele não saiu ileso, eu bati nele.

— Mas ele também bateu em você, primo. Obrigado por ter defendido minha esposa, mas eu sou quem deveria ter feito isso.

— Querido, já passou. Calma! - digo.

— Carine, não foi apenas isso ele queria fazer mais. Se seu tio não tivesse chegado a tempo você sabe o que teria acontecido.

— Sim – um arrepio percorre minha coluna só em lembrar o olhar malévolo de Charles sobre mim e ele rasgando minha roupa.

— Primo, esqueça. Eu impedi que meu genro abusasse de sua esposa e você me salvou. Ele iria acabar me matando.

— Ele é seu genro?

— Sim, infelizmente. Mas acho que agora que Esme fugiu não é mais nada meu. Mas ele ainda pensa que se minha filha escapou a culpa é minha que não a criei direito. Na verdade a culpa é dele que não sabe tratar uma mulher e a espantou.

— Se ele trata você desse jeito, não me admira que Esme tenha fugido – comento. - Imagino o que faria com ela se a encontrasse.

— Ele trata você desse jeito? – pede meu marido indignado.

— Pois é, Charles não tem respeito por ninguém.

— Ele foi muito mal-educado – retruco.

— É verdade querida, não se faz com uma mulher o que ele fez com você e com sua prima Esme. Ele jurou perante Deus amá-la e faz isso. Ele não consegue ter uma mulher e tem que obrigá-la. Que cafajeste!

— Pouco parece significar isso para ele. Ele acha que Deus não existe, mas ele vai ter o que merece. Hoje ele viu que não pode tudo.

— Ele cresceu sem limites, os pais não souberam educá-lo. Ele pensa que todos tem que servi-lo. O mundo não existe só para fazer suas vontades. Um dia ele vai ver. Talvez seja tarde demais. Isso é a pior coisa que os pais podem fazer com um filho. Talvez ele cresceu num lar sem amor e agora não sabe amar.

— Isso não é desculpa para ele fazer o que faz. Ele sabe que não é assim na sociedade, pode não ter o exemplo em casa, mas deveria perceber que não é assim que as coisas funcionam no mundo.

— Eu nem sei o que dizer – começa meu tio. – Sinto muito. Vou pagar por tudo que aquele crápula quebrou.

— Não se preocupe primo – diz Daniel.

— Eu vou ressarci-los. Não quero nem pensar no que Charles vai fazer se encontrar minha filha... Não vou deixar ele matá-los.

— Ele vai matá-los?! – exclamo com meu marido.

— Não duvido que ele seria capaz disso.

— Nem nós depois do que ele fez aqui hoje – diz Daniel olhando para mim e vendo meu vestido em farrapos. Eu sei a força que ele faz para não pensar no que teria acontecido comigo.

Eu também tremo só em pensar que aquele maledetto poderia ter me estuprado ou pior poderia ter me engravidado. O que seria um milagre de certa forma porque eu tento a anos e não consigo ser mãe. Talvez não seja para mim...

Se eu tivesse engravidado não iria saber de quem é, pois eu e Daniel tentamos ontem e provavelmente tentaremos amanhã. O intervalo de um dia é para descansarmos. Charles alegaria que é mais potente do que meu marido, mas não é verdade. Potência não é força. Daniel não é impotente, talvez eu é que sou estéril.

Mas o pai da criança só saberíamos depois que nascesse porque Daniel é muito diferente de Charles, seria evidente. Porém nada disso aconteceu, ele nem rasgou muito meu vestido.Graças a Deus e a titio.

— Gostaria de saber um pouco sobre minha filha para dar noticias para minha esposa – pede meu tio.

— Ah, claro – digo saindo de meus devaneios. – Esme está bem e o bebê está crescendo saudável, muito melhor do que se minha prima estivesse em casa com aquele cretino.

— Eu sei. Eu tenho que deixar minha filha longe para que ela esteja segura e possa ter seu filho em paz, mesmo que me doa. Sabe para onde ela foi?

— Não, eu nem quis saber para não correr o risco de dar uma pista para Charles. Sinto muito. Mas Esme vai escrever assim que estiver segura.

— Obrigado, mais uma vez por tudo.

Carlos procura a mala e entrega algumas notas para meu marido Daniel:

— Não tenha receio em me dizer se precisar de mais dinheiro para reparar a casa.

— Obrigado primo, pode deixar.

— Tchau prima – ele beija minha mão. – Lamento que a visita tenha sido assim. Espero que nos vejamos novamente em breve.

— Tchau tio. Tudo bem, não foi culpa sua. Também vamos visitá-los em breve.

— Tchau primo.

— Até logo primo.

Meu tio sai de casa e vai embora com um sorriso de dever cumprido no rosto.

...XXX...


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