Esme's sister escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 18
Bônus


Notas iniciais do capítulo

devido a um pedido escrevi mais um trecho. sim, é para vc Amanada.



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Bônus

Carlisle e Esme entraram no pequeno cemitério de Ashland transpondo os portões sem dificuldade e logo de dirigem ao local em que são enterradas as crianças. Não demora muito e localizam o túmulo que procuravam: do filho de Esme.

— Mamãe está aqui filho – ela se ajoelha perante a lápide. – Desculpe não ter vindo antes visitá-lo, mas você sabe o motivo e entende. Mesmo longe você nunca saiu de meus pensamentos, e nunca vou esquecê-lo. Podem se passar milhares de anos e vou sempre recordar como você era. A memória impecável de vampira me ajuda a não esquecer o que eu quero para sempre lembrar. Seu rostinho, seus olhinhos ao me olhar daquela maneira única como só um bebê recém-nascido totalmente indefenso e dependente da mãe para tudo é o que vou para sempre ter de lembrança sua.

‘Quero lhe apresentar alguém muito especial, querido. Provavelmente você já deve tê-lo visto daí do céu. Você sabe que nós somos vampiros, mas vampiros bons. Não caçamos pessoas para nos alimentarmos de sangue humano. Sobrevivemos ingerindo sangue animal. Eu o amo muito, tanto quanto amo e sempre vou amar você. Ele é meu marido, seu nome é Carlisle. Sim eu estou muito feliz com ele, como jamais em minha vida estive. Apenas nos dias em que você esteve em meus braços. Eu sei que você diria que eu mereço. Mas seria muito melhor se você pudesse estar aqui também. Minha vida estaria completa. Sinto como se fosse errado me sentir tão feliz sem você...

— Não diga isso Esme, tenho certeza que ele iria querer que você fosse feliz – diz Carlisle atrás da esposa, até agora apenas ouvindo o que ela dizia e lhe dando apoio.

— Eu já falei de você para ele querido – Esme continua conversando com o filho como se ele estivesse diante de si. – Carlisle ama você como se fosse seu pai. Meu marido teria cuidado de você como se você fosse seu filho. Nós três teríamos sido uma família feliz!

— Claro que eu teria cuidado dele, querida. Collin era lindo tenho certeza, como você era e é.

— Você não poderia salvá-lo, Carlisle?

— Transformando não – ele se recorda das Crianças Imortais.. mas talvez ele faria isso mesmo contra a lei, por Esme. – Talvez eu poderia ter curado sua doença, talvez. Hoje o tratamento é ainda muito básico, talvez no futuro a medicina avance. Já está evoluindo muito, o progresso tende a continuar.

‘Eu queria ter feito isso por você meu amor, nada me deixaria mais feliz do que vê-la sorrir.

— A culpa foi minha. Eu devia ter levado meu filho para o hospital. Mas ele já estava duro e frio, estava morto. Por isso eu decidi me atirar do precipício. Eu queria encontrá-lo. Ele era minha única razão de viver.

— Me desculpe, Esme.

— Não precisa de desculpar, Carlisle. Você fez bem. Eu fiquei tão contente em revê-lo.

— Mas agora você nunca mais poderá reencontrar seu filho. Sinto muito, querida!

— Tudo bem, querido. Quem sabe se depois no final dos tempos não seremos recompensados de alguma maneira por não atacarmos as pessoas?

— Eu também acredito nisso, mesmo que tolamente.

— Eu sei. Sempre soube que no fundo cremos que não somos demônios e estamos condenados. Obrigada por essa vida Carlisle, sou feliz também porque tenho você. Não quero. Não preciso pensar em morrer. Não consigo me imaginar viver sem você.

— Ainda bem querida, porque você sabe que não é tão fácil para nossa espécie se matar. Eu fiz o mesmo que você várias vezes e o máximo que consegui foi me quebrar e depois ter que esperar a recuperação.

— Oh!

— Mas não se preocupe querida, agora eu não tenho mais motivos para tentar contra minha vida. Você sabe que encontrei um modo de existência. E você depois veio para completar.

— Carlisle, eu sou uma péssima mãe. não sirvo para nada, não sei fazer nada direito, como meu ex-marido me dizia. Meus filhos, os dois eu perdi.

— Querida, não diga isso. Não é verdade, sabe disso. Não seja você cruel consigo mesma. Edward nos deixou por minha causa. Ele não ficaria sabendo que eu iria recriminá-lo por fazer o que está fazendo.

— Só quero que ele volte. Eu tenho um pouco de esperança de que ele vai retornar para nossa casa.

— Sim, eu também espero que isso aconteça. Não apenas para me aliviar de ver a sua tristeza e saber que eu sou a causa mesmo que indireta, mas por você. E até por nosso filho. Ele vai entender. Ele só precisa descobrir por si mesmo o que eu percebi. Nenhuma capacidade de ler a mente das pessoas equivale a própria experiência.

— Mas você não teve orientação querido, e mesmo assim não fez mal a ninguém.

— É verdade, mas eu fui criado dentro da igreja, Edward não foi. Eu internalizei os valores porque cresci dentro da religião, quase me tornei pastor. Eu era praticamente depois que meu pai se afastou da congregação.

— Meu pastor-médico! – Esme fica ainda mais deslumbrada pelo marido.

— Você precisava de alguém como eu, mesmo sem sabermos o destino nos trouxe até aqui para podermos nos reencontrarmos.

— Eu estava predestinada a você. Fui feita pra você.

— Talvez as nossas almas tenham sido criadas juntas, meu amor. Eu só sou nesse mundo mais velho de certa forma.

Esme olha para frente:

— Eu não sei, mas sinto como se de alguma maneira fosse culpada por Collin ter morrido.

— Não sabemos, tenho quase certeza de que não é sua culpa. As mães passam anticorpos para o bebê logo antes do nascimento.

— Talvez eu não fiz isso e a culpa foi minha que meu filho não sobreviveu.

— Não Esme, a culpa não é sua querida, foi uma fatalidade. Ninguém tem culpa.

— Por que eu, por que Deus fez isso comigo? Por que, Carlisle?Eu podia não merecer, mas ao menos meu filho merecia morrer? Deus não é misericordioso porque ele fez isso então?

— Os desígnios de Deus são um mistério, querida. O que ele faz é sempre o melhor mesmo que não compreendamos.

— Como melhor Carlisle, como? Meu bebê merecia morrer? Ele era uma criança inocente não tinha culpa de nada. Quem deveria ter morrido por ter me estuprado era Charles, não meu filho. Será que Deus não viu como eu iria ficar se meu Collin morresse?

— Eu imagino a sua dificuldade Esme. Eu também levei muito anos para aceitar que Deus levou a minha mãe sem que pudesse sequer conhecê-la ou lembrar dela ao menos. Só a vi em uma pintura, mas não sei nada sobre ela.

— Sua mãe está em você querido, mas meu filho não está em mim.

— Sim querida ele está em você, ele herdou algumas características suas assim como eu tenho traços da minha mãe. Os dois vivem em nós.

— Podemos ir até o cemitério onde sua mãe está, Carlisle? Eu queria conhecê-la.

— Aposto que vocês duas iriam se dar muito bem. Minha mãe era muito mais aberta do que meu pai. Acho até que ela aceitaria ter um filho vampiro e gostaria muito de saber que eu não mato pessoas.

— Então tudo que você faz é por ela?

— Muitas coisas sim, eu tenho que fazer, dar algum sentido para seu sacrifício.

— Tenho certeza de que sua mãe gostaria de qualquer coisa que você fizesse. Ela lhe deu e daria milhares de vezes a vida se fosse preciso. Eu entendo perfeitamente o amor que ela sentiu por você. Eu também morreria pelo meu bebê. Você sabe como era o nome dela.

— Uma vizinha, uma velha senhora me disse pouco antes de morrer. O nome dela era Caroline.

— Acho esse nome muito bonito. Se pudéssemos ter uma filha eu daria esse nome, em sua homenagem porque lembra Carlisle.

— É verdade. Acho que era por isso que meu pai não gostava de me chamar pelo nome.

— E como ele te chamava?

— Pelo nome dele, William.

— Gosto desse nome também, sempre achei bonito.

— Às vezes eu uso esse nome do meio. Mas eu me sinto tão mal em tirar coisas de você querida, eu queria poder lhe dar muito mais do que já dou.

— Carlisle você já é tudo para mim.

— Mas eu queria que pudéssemos ter filhos, sei que você queria muito.

— Não importa, eu escolhi acabar com minha vida, você me deu uma nova chance. Só você já basta.

Carlisle fica pensativo enquanto beija a esposa, ele vai dar um jeito, algum dia de poder dar esse presente para Esme nem que precise transformar outros. Ele não queria mais fazer isso com alguém. Mas por ela pode abrir uma exceção.

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