Esme's sister escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 11
Capítulo 10




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Capítulo 10

PDV da autora

Ashland, Oregon

A diretora deixou a zeladora da escola cuidando das crianças enquanto levava Esme até o pequeno hospital da vila – tão pequeno que era um posto de saúde mais precisamente. Era uma casa no mesmo terreno em que morava o médico e a parteira/enfermeira:

Imediatamente os enfermeiros levaram Esme para a emergência.

— Mamãe... - gritava Caroline ao ver estranhos a levarem.

— Ela vai ficar bem, não se preocupe querida – diz Mary tentando acalmar a menina.

— Tia...

As duas esperam algum tempo na recepção até que o médico vem trazer a notícia:

— Com licença senhora, é você amiga da mulher que deu entrada prestes à dar luz? - diz sem cerimônia alguma. Ali é uma cidade do interior onde todos se conhecem e não há formalidades desnecessárias.

— Sim, sou eu doutor. Ela está bem?

— Creio que Mrs. Platt vai ter seu bebê hoje ou amanhã.

— Tia Anne vai ficar bem? – pergunta Carolina.

O médico abaixa para falar com a menina:

— Não se preocupe, meu anjo. Ela vai ter um filho. Nada de mais.

— Sim, eu sei, mas foi assim que minha mãe morreu, por isso me preocupo.

— Vamos cuidar dela. Amanhã poderá vê-la e ela já terá seu bebê no colo.

— Não podemos mais vê-la então? – questiona Mary.

— Não, já estão fazendo o parto. Só amanhã.

— Está bem. Vamos querida – estende a mão para que a garota pegue. – Obrigada doutor.

— Vai dar tudo certo – repete o médico para as duas que estão saindo.

A casa de Caroline não fica muito longe dali, Mary sabe onde é.

— Titia Anne vai ficar bem? – indaga a menina.

— Sim, eu prometo que avisarei assim que pudermos ir vê-la amanhã. Eu vou voltar lá no hospital assim que o bebê nascer, querida.

— Por que eu não posso ir agora?

— Seu pai ficaria bravo.

A menina entende o que a diretora diz e sabe como é quando ele fica zangado. Por qualquer coisinha ele ‘explode’.

— O que essa menina aprontou? – pergunta o pai de Carolina levantando da cadeira na entrada de casa ao ver a professora trazer a filha.

— Nada senhor. – responde Mary. – A nossa outra professora está no hospital, por isso as aulas foram suspensas hoje.

— Que irresponsabilidade deixar os alunos assim de repente.

— Ela não fez por mal, tenho certeza. – Mary defende a amiga e Carolina sorri, ela diria o mesmo. – Algumas coisas acontecem sem que possamos prever.

— Mas por que ela não pode dar a aula? Nem todos os pais estão em casa como eu e precisam deixar os filhos na escola.

Aham. Ele está muito preocupado com os alunos. Mary é quem melhor do que ninguém sabe o que tem que fazer. Quais pais trabalham fora e quais não.

— Eu sei, estamos cuidando das crianças que não podem voltar agora para casa porque os pais trabalham. Tenho certeza de que Anne não fez de propósito ou planejou, aconteceu de repente, seu filho quis nascer.

— Nem sabia que a professora estava grávida. Mas que coisa! Por isso eu digo que as mulheres não deveriam sair de casa para trabalhar fora. Por que ela não pediu alguns dias de licença ao invés de fazer isso?

— O nascimento da criança não estava previsto para hoje. O bebê não deveria nascer ainda. Ninguém esperava.

— Como essa menina, ela também nasceu apressadinha – diz o homem e dá um croque na cabeça da filha.

— Ai!

— Carol, não faça drama só porque a professora está aqui. Nem foi tão forte assim - ele é que pensa, mas para uma criança parece forte. os adultos tem que ter muito cuidado, o que evidentemente ele não tem. O homem é rude e bruto.

— Não precisava bater nela, a culpa não foi dela. Nenhum bebê quer nascer antes do tempo certo, sem estar totalmente pronto.

— A filha é minha e eu faço o que quiser.

— Tchau Carol – a diretora abaixa e beija a testa da menina.

— Tchau tia!

— Tchau Sr. Joseph.

 Ele nem responde apenas vira levando a filha segura pelo pulso para dentro de casa. Tomara que não bata nela pelo que aconteceu. Mary se arrepende pelo que disse. Amanhã verá como Carolina está e se preciso for denunciará o caso para a polícia. Um pai não é dono do filho.

...XXX...

 

O bebê de Esme nasceu apenas no dia seguinte depois de um complicado trabalho de parto que demorou a noite inteira.

— Ai! Eu não vou conseguir - reclama Esme exausta.

— Força querida – diz a parteira. Uma senhora idosa que poderia ser avó de Esme.

A senhora deve ter feito isso uma centena de vezes, mas é a primeira vez de Esme.

— Não consigo! - lamenta.

— Você pode querida! Vamos faça força.

Esme faz a maior força que consegue após tantas horas de esforço extenuante:

— Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...

— Estou vendo a cabecinha dele, querida, continue – incentiva a parteira.

Ela finalmente tira forças de onde não tem:

— Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh....

Finalmente ouve o som mágico que é o choro de seu filho:

— Uééééé... uééééé ... uééééé... uéééé...

— É um meninão! – exclama a parteira e leva o bebê até o colo da mãe.

— Tão bonito Collin! – exclama Esme.

A idosa ajuda a preparar o seio da nova mamãe para que o pequeno mame.

— Ele está faminto – sorri a velha senhora.

Esme sorri e olha o filho ternamente. Beija sua pequena cabecinha:

— Meu filho, mamãe te ama muito.

Toda a luta desde a fuga, tudo valeu a pena. Ela sabia desde o inicio que o esforço não seria em vão.

A parteira arruma a faca para cortar o cordão umbilical que ainda unia mãe e filho...

...XXX...


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Notas finais do capítulo

- Carlisle ainda não trabalhava no hospital quando o filho de Esme nasceu, ele só vai começar no dia seguinte. Por isso só vai encontrá-la depois de ter tentado se suicidar quando o bebê morreu.