Encaixe escrita por Sra Stilinski


Capítulo 2
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

Desculpem qualquer erro de escrita, e boa leitura.



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   Escutei meu nome ser chamado, parecia que varias pessoas estavam ao meu redor. Levantei minha cabeça do que parecia ser uma carteira de escola, e me vi no meio de pessoas, que riam de mim e me apontavam, olhava os rostos e via rosto de pessoas que eu gostava, minhas amigas, até minha família. Via rostos daqueles que diziam nunca rir de mim e chorava, ouvindo o que eles diziam: “ninguém gosta de você menina”, “você achou mesmo que a gente era amiga?”, “você não é importante”. 

   Enquanto eles falavam e riam, eu chorava e pedia para isso acabar logo.

   –Mel, acorda. Melissa, filha.

   Acordei ofegante e suada, e sinto lágrimas caindo do meu rosto. Olho pra cima e vejo o rosto de minha mãe preocupado, me olhando.

   –Foi só um pesadelo mãe, já passou.

   Digo me levantando da cama e vejo o horário, tinha que me arrumar para mais um dia de aula.

   –Você tava gritando, e começou a chorar, não era disso antes. - dizia ela preocupada.

   Fui ao banheiro e peguei minha toalha para tomar banho.

   –Ja to melhor mãe, sério. Pode termina de se arrumar pro trabalho.

   Ela tenta protestar, mas a acalmo e tomo meu banho, havia ficado preocupada com esse sonho, mas consegui tirá-lo da cabeça.

   Depois de me banhar e fazer minha higienes, saio correndo do quarto com a minha bolsa, passo na cozinha e pego apenas uma maçã e vou ao ponto de ônibus, meu ônibus já estava pra passar. Quando sai, vi minha mãe entrando no carro de uma amiga do trabalho e logo elas saíram dali, e logo em seguida entro no meu ônibus.

   Depois de passar o cartão, sento em um dos bancos sozinhos e começo a ouvir minhas músicas, e fui pensando em tudo o que acontecia na minha vida. Eu era feliz? As vezes, mas eu sinto que ainda falta alguma coisa, falta eu me encaixar, me sentir confortável em algum lugar, me sentir completa com as poucas pessoas ao meu redor, mas não era esse o caso.

   Acordo de meus pensamentos ao ver que havia chego na escola, desço do ônibus e entro na escola, meu ônibus parava na porta da escola.

   Vejo uma das meninas sentada no banco que sempre ficávamos ao chegar na escola, fui até lá e a cumprimentei e me sentei ao seu lado.

   –Bom dia Nath.

   –Bom dia Mel, tá tudo bem? Você parece meia nervosa. - diz ela me olhando.

   Dou um sorriso nervoso, ela sempre sabe quando tem algo me incomodando, mas não podia contar do sonho ou de como me sentir, ela iria ficar preocupada demais, e eu não queria isso.

   –Foi só um pesadelo, mas já to melhor amiga, como foi o fim de semana?

   Pergunto mudando de assunto, e deu certo afinal, mesmo que ela tenha me olhado como se soubesse que eu estava escondendo algo dela.

   Ficamos mais uns minutos sozinhas até a escola começar a lotar e o resto das meninas chegar. 

   Percebi que a Fabia estava meia aérea, mas não era pra menos, ela tinha acabado de terminar com o namorado, e eles se gostavam bastante, mesmo o término ter sido amigável, eu gostava deles juntos, ficavam lindos juntos, mas né? Nem tudo é pra ser.

   Logo bateu o sinal para entrarmos pra aula, e assim fomos. Ao longo do caminho, ia cumprimentando algumas pessoas conhecidas. A grande maioria fazia parte de algum time da escola. Eu participava de dois, jogava vôlei e handebol pela escola, e conheci basicamente todos que participavam do esporte da escola.

   Entro na sala e me sento no meu lugar, ao lado da Lívia.

   –Aí amiga, esse final de semana foi demais, eu fui pra casa da Luísa, e vi o André. - dizia ela toda empolgada.

   André, era um dos gadinho dela, ela gostava dele, não era completamente apaixonada, mas vivia falando dele, eu nunca cheguei a conhecer ele realmente, mas se ele fazia minha amiga bem, pra mim tava ótimo.

   Conversamos mais um pouco até a professora de Artes entrar na sala e começar a explicar nosso próximo trabalho.

   As 3 aulas antes do recreio (sim, eu ainda falo recreio), passaram rápido, e logo fomos liberados.

   No meio do caminho, encontramos com o Eduardo, ele jogava futsal, mas esse ano não poderia jogar por ter estourado a idade dos campeonatos escolares. A gente era bem amigo antigamente, mas infelizmente comecei a gostar dele, e eu sempre sinto que isso nos atrapalhou completamente, nossa amizade foi ficando estranha, mas agora já está voltando ao normal, aos poucos.

   Assim que ele me vê, se aproxima me abraçando e dando oi a mim e a Lívia.

   –Bom dia coisa fofa. - disse a Lívia.

   –Bom dia princesa. - ele respondeu, e eu ri, eles se tratam assim, são amigos também, porém eles nunca tentaram nada, Lívia sabe dos meus sentimentos e não tinha interesse nele. Mas eu ainda tinha receio quanto a ela e as meninas, elas costumam ser bem pegadoras, e mesmo sabendo do que sinto, ainda tenho medo delas ficarem com ele, por que por mais que não temos nada, me doía ver ele com outras meninas, mas sempre o respeitei. Ele já quis ter algo com a Nath, e eu fiquei com o pé atrás com ela, mas hoje já estou mais tranquilo, não estou totalmente tranquila, mas também não fico montando neurose na minha cabeça.

   Ficamos o recreio todo conversando e rindo, Eduardo me irritava a todo momento, e eu retribuía, nossa relação era assim, mas era boa.

   Ao bater o sinal voltamos pra sala, e quando vi que era aula dupla de matemática, peguei meus fones, deitei na mesa e dormi.

   Sei que não é bom fazer isso, mas esse professor me tirava do sério, a aula dele era insuportável, ninguém prestava atenção, eu tinha um pouco de do dele, afinal, ele só tava ali para ganhar o dinheiro dele e ninguém colaborava, mas o cara era um pé no saco, então dormi e esperei bater o sinal pra me ver livre da tortura que se chama Segundo Ano do Ensino Médio.


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