Evidências escrita por Aunt Apple


Capítulo 22
Capítulo 22




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"... Apenas uma arma jovem com um fusível rápido

Eu estava tenso, quero me soltar

Eu estava sonhando com coisas maiores

E quero deixar minha vida para trás

Não sou um obediente cego, não sou um seguidor

Se encaixe no molde, se encaixe no molde

Sente-se no hall de entrada, pegue seu número

Eu era um relâmpago antes do trovão..."

 

Imagine Dragons - Thunder

 

 

Pov Sasuke...

 

Sakura dormiu de exaustão. Estava cansada do tanto que chorou. Estava cansada de carregar aquela dor. Estava cansada... Exausta de tudo. A abracei junto ao meu peito, depois e tirar meu casaco, e a cobri com ele. Ela se aconchegou junto a mim, e acabei dormindo também, depois de velar o seu sono durante um tempo. 

 

Acordei com alguém tentando abrir a porta, e Sakura também despertou com isso. Saímos do caminho, meio grogues. 

 

— O quê vocês estão fazendo aqui? — perguntou Shizune, a secretária da diretora, estreitando os olhos. 

 

— Shizune... Por favor — Sakura pediu, olhando pro nada. Abracei seus ombros. 

 

Shizune pareceu entender o que estava acontecendo, porque suavizou a expressão e me deu a impressão de estar até comovida. 

 

— A senhora Tsunade está maluca atrás de vocês — disse ela, nos conduzindo para fora. 

 

— Quantas horas? — perguntei. 

 

— Meia-noite e vinte e três — respondeu, olhando o relógio, e agora nos levando até a diretoria. 

 

Sakura me abraçou, e ficamos assim durante todo o trajeto. Beijei o topo da sua cabeça. Por algum motivo, Sakura confia em mim, e se sente confortável com a minha presença. Mordi o lado interno da minha bochecha direita. Por que será que meu coração chega a acelerar e dar solavancos com essa simples ideia? Por que eu sinto que nunca serei capaz de tirar da minha mente, e da minha boca, a sensação de estar beijando seus lábios doces? 

Por que a minha pele queima quando se encosta na sua? 

 

Será que isso é estar apaixonado? — perguntei a mim mesmo. 

 

Chegamos na sala da diretora em pouco tempo. Tsunade abraçou Sakura com força, numa demonstração de afeto que eu não esperava. De repente, eu me senti um intruso. Como se eu não tivesse autorização para presenciar aquilo. Tsunade me olhou, com lágrimas cristalinas borrando a maquiagem. Entendi que a coisa era pior do que parecia. 

 

— Sakura, querida — Tsunade segurou seus ombros, a fitando — , eu fiquei desesperada atrás de você, pensei até que... — Ela não concluiu. Mas deu a entender alguma coisa grave. 

 

— Estava com o Sasuke — disse a rosada. — Você me disse que eu deveria confiar mais em outras pessoas. Eu confio nele. 

 

Tsunade assentiu. 

 

— Shizune — ela chamou a secretária. — Leve a minha afilhada de volta para o dormitório. Suas colegas estão preocupadas.

 

A morena assentiu, e abraçou Sakura pelos ombros. Dei um beijo na testa dela, e ambas saíram da sala. Me virei para a diretora. 

 

— A mãe dela está tão mal assim? 

 

A mais velha me lançou um olhar meio melancólico. Ela afundou na cadeira e parecia prestes à voltar a chorar. 

 

— Mebuki Haruno está morrendo, Sr. Uchiha — disse-me ela. — Morrendo lentamente, presa na própria loucura. Eu tenho medo das atitudes de Sakura a partir de agora. Tenho medo de que ela acabe... Fazendo uma nova tentativa de suicídio. E que desta vez realmente consiga o que pretende. 

 

Não cheguei nem a ficar surpreso com isso. Convivia o suficiente com a rosada, pra saber que era exatamente o que ela faria. 

 

— Eu posso fazer algo por ela? — perguntei, sentindo uma pressão enorme no peito, como se uma pata de elefante pisasse ali. 

 

— Não a deixe sozinha, Sasuke. É a única coisa que pode fazer por ela. 

 

 


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