A Valquíria Exilada escrita por Tinho Legal


Capítulo 2
Kingsman!!!!


Notas iniciais do capítulo

Oe, eu sou o Augusto.

Espero que gostem desse capítulo, foi um dos mais divertidos pra escrever.
Se puderem deixar suas críticas nos comentários, eu prometo que leio e respondo com: S2.

Valeu, Augusto vazando.



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Peter não gostava muito de sair para beber, mas ele ia de qualquer jeito. Era a última vez que eles iam ver Jeff antes de ele se mudar para Westchester, então ele se sentiu obrigado a ir. Para sua sorte, só estava cinco pessoas na mesa, ele, Todd, Janet, Dawn e o próprio Jeff.

Ele tinha sido o primeiro que chegou, mesmo achando que seria o último. Tinha passado em casa para tomar banho e se vestir. Escolheu uma camiseta abotoada branca e uma jaqueta que tinha ganhado de aniversário faz anos.

Quem chegou depois foi Janet, usando um vestido amarelo por baixo de uma jaqueta negra. Ela sempre foi a que Peter considerava mais bonita, mas ela já era casada. E para piorar, com o maior babaca que Peter conhecia.

Dawn chegou logo depois, usando uma camiseta branca de baixo de uma jaqueta militar e uma calça preta. Logo que chegou, a garota já foi pedindo copos de tequila para todos. E quando o castanho recusou, ela bebeu a dose dele.

Todd e Jeff chegaram juntos. Jeff estava todo de preto, com sua famosa jaqueta de motoqueiro, atrás dela tinha um esqueleto de óculos escuros andando de moto com a frase: ‘Professores da Estrada’. Todd usava uma jaqueta igual, afinal, eles e mais uns que mandaram fazer as jaquetas. A diferença, além de Jeff ser mais gordinho, é que as camisetas em baixo das jaquetas eram de cores diferentes. Preto para Jeff e branco para Todd.

Assim que todos chegaram, pediram nachos e, para o desprazer de Dawn, com pimenta. Não demorou muito até chegar a comida, então todos começaram a comer enquanto continuavam o papo. Até que Janet trouxe o assunto.

— Então Peter, quem era aquela mulher que estava te esperando hoje? - Ela colocou o nacho cheio de recheio na boca. A pergunta trouxe o ‘olhar’ de Dawn para Peter, ou seja, para ela, isso se sucedeu em sacanagem.

— Ela em si eu não sei muito bem ainda. - Ele não mentiu, conversou pouco com a mulher, mesmo tendo os resultados finais que tivera. - Mas ela estava lá para me levar até Tony Stark. - O baque atinge a todos menos Janet e Jeff chegou a cuspir a comida para o lado.

— Não! - Falou Todd sorrindo, até que percebeu uma confusão. - Mas para que ele quer um professor?

— Ele está abrindo uma faculdade. - Os olhares de ‘Ata’ percorrem a mesa, exceto por Janet, que já sabia pelo seu marido. - Quer que eu dê aula lá.

— Vai sair da escola, então? - Perguntou Dawn, mesmo sendo uma ótima oportunidade para o amigo, irá sentir a falta dele.

— Não vai. - Responde Janet, após terminar de mastigar outro nacho. - Meu marido disse que as aulas serão de noite. - A ideia de trabalhar com o marido de Janet pegou Peter desprevenido. O homem era extremamente grosseiro com todos, inclusive a própria esposa.

— Eba. - Ele tenta disfarçar o receio. Todd percebe o que se passa na cabeça do colega.

— Ele vai dar aula lá? - Pergunta. Janet assente com a boca cheia de um nacho.

— Sim. - Ela tenta falar com o nacho na boca, logo percebendo que é bem difícil. - Física Quântica. – “Me ferrei. ” Pensou Peter.

Sol amava os humanos, já que viviam bem menos que asgardianos, entupiam suas vidas com prazeres, sejam eles benéficos ou não. Em Asgard existe hidromel, mas não é nada comparado com misturar a tal de vodca com o que você desejar, seja suco, refrigerante, ou até o próprio hidromel (não fica tão bom), uma bebida melhor no gosto e a deixa tonta bem mais rápido, isso quando se lembrava da noite.

Outro dos hobbies humanos que ela mais gostava era o sexo. Em sua terra natal ele só era praticado depois de consumado a aliança, mas aqui em Midgard ela podia sair à noite e praticamente escolher com quem transaria no dia. E NUNCA MAIS VER A PESSOA. Ela amava demais a terra.

Mas como qualquer lugar no universo ela precisava de um jeito de pagar pela comida, mas Midgard nunca a decepciona. Algumas noites ela vai para um prédio perto da ponte, onde acontecem lutas e o vencedor ganha bastante dinheiro. Bater em pessoas e ganhar com isso, tem como não amar?

Por isso toda vez que encontrava alguém que julgava merecedora dessa benção, ela corria atrás. Cansou de ir atrás do Homem-Aranha, do suposto demônio de Hell’s Kitchen, do impenetrável, do justiceiro, e muitos outros. Então quando ouviu uma notícia de alguém que possa atirar alguém em uma parede quebrando seus ossos e a própria parede junto, tinha que ajudar a entrar no ringue.

Saiu procurando mesmo nunca tendo achado ninguém. Procurou a tarde toda, mas nada. Fez o que sempre fez, desistiu de procurar e quis entrar no primeiro bar que achou. Não era bem um bar, estava mais para uma lanchonete de comida esquisita, mas serviam bebidas alcoólicas e era isso que importava.

Outra coisa que podia fazer era ouvir melhor que qualquer humano. Não tinha só a audição melhorada, mas sim seletiva, podendo cancelar os outros sons e focar em algo, como por exemplo, uma conversa. Então quando ouviu o nome Tony Stark, começou a ouvir a história.

Jessica tinha pego um trabalho fácil. Uma mulher suspeitava que o marido a traía com a babá. Então lá estava ela tirando fotos do maridão que pulava a cerca. Com um único furo na teoria da esposa. Não era com a babá, mas sim com o mecânico.

Ela já tinha fotos suficientes. Então decidiu deixar o casal com um pouco de privacidade e foi para seu carro. O carro de Jessica não era nada incomum, um chevete bege que caía aos pedaços. Foi roubado uma vez, mas a detetive achou e os bandidos estão até hoje na UTI.

A garota sentou no banco da frente e começou a olhar as fotos para ver se elas estavam em perfeito estado. Era bem paga para fazer isso, gostava de fazer direito.

Um barulho a interrompe. Alguém entrou em seu carro e sentou no banco de passageiro. Ela já estava pronta para socar o rosto do coitado que tinha entrado em seu carro, mas ela ainda não tinha visto quem era.

— Sra. Drew. - O homem disse, grande e encorpado, cabelos loiros e uma barba da mesma cor, olhos azuis claros. Não era um simples homem que tinha sentado em seu carro. Era o Capitão América. - Podemos conversar? - Jessica sempre suspeitou que um dia a SHIELD ou coisa do tipo ia ir atrás dela seja qual for o motivo, mas nunca pensou que o maior ícone americano viria vê-la pessoalmente.

— Sim. - Ela estava assustada. A presença do Capitão era sentida. Ele não perdia a postura, o tom de voz era firme e ele era bem maior que ela. Sem esquecer que ela possuíra um pôster dele em seu quarto quando era adolescente.

— Acredito que já sabe quem é por baixo da máscara do Homem-Aranha. - Ele olha de canto do olho para ela. - Não sabe? - Jessica bota a sua câmera no chão do carro.

— Sei. - O homem sorri. “Tão jovem. ” Steve não deveria, mas admira pessoas como ela. Pessoas que dão tudo de si quando precisam somente para poder voltar a vida confortável. Embora não sejam as melhores pessoas de lidar. Podem ser as melhores no que fazem.

— Significaria muito para mim se você não divulgasse. - A maneira como ele fala não é a de um militar nem mesmo alguém de alta posição ou poder. É como se ele estivesse pedindo um favor a ela, como um amigo.

— Eu planejava vender a vocês e a Stark. - O homem sorri. Esquece que mesmo fazendo o que faz ainda é uma garota jovem de quase 25 anos.

— A SHIELD já sabe faz tempo, minha querida. - Isso abala um pouco a jovem. Teve um grande trabalho para juntar as provas e isso não serviu para nada. - E duvido que o Stark já não saiba. É claro que com o que aconteceu ano passado o Homem-Aranha caiu nos nossos olhares, mas chegaremos até ele do nosso jeito. - Ele pisca para a garota, sem malícia, mais um símbolo para a garota confiar nele.

— O que eu faço com elas? - Jessica estava realmente perguntando. Não sabia o que fazer com as fotos. - As deleto?

— Você faz o que você quiser, querida. - A garota não sabia o que, mas algo tinha no tom de voz dela que fazia ela confiar nele e, principalmente, não quebrar a confiança que ele mostrava ter com ela.

— Porque você? - E ela precisava perguntar. - Porque o Capitão América veio me ver? - Ela não tinha motivos, para ela, ele só vivia salvando pessoas e comandando esquadrões de resgate, por um lado nem imaginava que ele conversasse com outras pessoas fora do trabalho.

— Queria te ver trabalhando Sra. Drew. - Ele sorri e desvia o olhar para o prédio onde o alvo de suas fotos estava. - Afinal, tenho que saber se você merece ou não o meu convite.

— Convite? - A palavra pegou a detetive de surpresa.

— Sim. - Ele volta a prestar atenção na mais nova. - Se você quiser pode tentar entrar na SHIELD. - Ele já vai abrindo a porta do carro e se preparando para sair. A última frase deixou Jessica boquiaberta, processando a informação. - Pense bem, Jéssica. Seria uma honra ter alguém como você em campo. Até Breve.- Ele segue seu caminho, deixando a detetive pensando, viajando em sua mente.

Por um lado, seria a realização de seu sonho de infância trabalhar na SHIELD. Ao lado do próprio Capitão América e viajando o mundo em missões. Mas por outro, ela gosta de sua vida, gosta de tirar fotos de pessoas traindo e isso garante o aluguel e todas as bebidas que precisa.

Ela precisa de alguém para conversar com, mas quem? Suas ‘amigas’ da escola pararam de falar com ela quando entraram na faculdade. Não tem mais família e mora e trabalha sozinha. Não tem ninguém.

Ela vai ligar o carro para pensar sobre isso em casa, mas algo bate em seus pés. A câmera! Ao pegar a câmera ela tem uma ideia. Existe alguém com quem ela pode conversar, que guardará seus segredos. Seus dedos clicam rapidamente passando as fotos, até que chegam na que ela deseja. O próprio Homem-Aranha.

Algumas pessoas descrevem Sol como ‘não tendo vergonha na cara’, mas ela acha que é só coisa de humano. Não vê mal nenhum em seguir o garoto só porque ele falou em Tony Stark, afinal, ela não pretende fazer mal nenhum a ele, mas gostaria de botar o Homem de Ferro em seu grupinho de lutas.

Ela ouviu uma boa parte da conversa, parecia que era um grupo de ‘professores’, seja lá o que isso for e um deles ia para outra ‘faculdade’. Sol nunca prestou atenção em coisas de humanos que não lhe interessavam. Ela só vive com eles.

Ficaram quase três horas lá, conversando, até que finalmente decidiram ir embora e óbvio, Sol foi atrás do garoto que falou que irá trabalhar com Tony Stark. Ela saiu um pouco antes e ficou encostada na parede do lado da porta, só esperando saírem, e não podia ser mais perfeito. O grupo de amigos todo desceu a rua. Menos o garoto, que seguiu sozinho pela outra rua.

A asgardiana seguiu ele até chegar em um pequeno prédio azul e um sorriso brotou em sua mente. Uma vez assistiu um filme antes de transar com um cara. Ideia dele. Como ela não sabia o que um filme era, aceitou. O filme contava sobre pessoas que se fingiam de outras pessoas para obter informações e, com a placa de aluga-se no prédio, ela iria se tornar uma dessas pessoas! Ela seria uma Kingsman! E não, ela não fazia ideia se existia a palavra no feminino. Então deixou desse jeito mesmo.

Para ser uma Kingsman ela precisava alugar aquele apartamento. Então esperou dar meio dia porque sabia que era o horário mais seguro para falar com humanos. Eles não gostavam de ser acordados e, embora não sejam uma ameaça física a ela, podia perder a chance de conseguir o apartamento.

Procurou seu antigo coisinha de comunicação, achava que se chama celular. Tinha ganho de um cara uma vez depois que ficou com ele, mas nunca usou. Até hoje. Demorou um pouco para descobrir como usar, mas conseguiu ligar para o número que dizia na placa de aluga-se.

Decidiu de se encontrar com a dona. Então tentou agir igual a humanos comuns já que nunca era boa a reação de um humano descobrindo que ela é de Asgard. Então foi a loja de roupas e surpreendeu a vendedora. Ela simplesmente chegou lá e falou para ela lhe fazer bonita. O que teoricamente ela fez. Ela até aceitou a usar roupa íntima. Malditos humanos, para que inventar um troço desses.

Acabou saindo com uma blusa vermelha por baixo de uma jaqueta preta, uma calça jeans apertada, botas de cano longo, e maquiagem, a qual Sol carinhosamente chamava de pó da cara.

Ela foi para o local da conversa e ficou até quase uma hora. Sofreu para convencer a mulher a alugar o apartamento, mas conseguiu. Estranhou um pouco o fato de ela ter que assinar em baixo de um papel, mas o que importa?

Foi até seu apartamento antigo, onde voltou a suas vestes normais, juntou tudo o que tinha em uma sacola e levou até o novo. Não se importava com o que ia acontecer com o antigo, nem era dela, sabia que a família que morava lá estava fora, então não tinha muito tempo para ficar mesmo.

O novo apartamento era bem menor que o antigo. Possuía três cômodos, a sala, o quarto e o banheiro, mas era o suficiente para Sol. Então não se importou. Agora que tinha um lugar para ficar, organizou suas coisas em seu novo armário, que sobrou espaço ainda.

Após organizar tudo, enfim começou o seu trabalho como Kingsman. Saiu de seu apartamento e bateu na porta dele, usando o maior sorriso que podia, involuntariamente. Levou algum tempo, mas alguém abriu a porta e não era o garoto que ela seguia. Era uma jovem de cabelos negros, mas não perdeu o sorriso.

— Oi, você mora aqui? - A garota estranhou a pergunta, vindo de uma pessoa tão diferente que era Sol. Ela só faz que não com a cabeça. Parecia estar do que os humanos chamam de ressaca. - Posso falar com quem mora?

— Peter! - A garota olha para trás e grita, logo revelando quem a loira queria ver. Seu sorriso quase chegava a brilhar.

Alguns minutos atrás….

Jéssica estava decidida, iria a Peter e contaria tudo. O moleque é um super-herói, iria ajudar. Ela confiava nesse pensamento.

Passou em sua casa e dormiu um pouco, estava cansada e um pouco bêbada. Depois que conversou com o Capitão América decidiu encerrar a noite em um bar, mas não exagerou, muito.

Acordou era mais ou menos duas da tarde. Colocou a sua jaqueta e suas luvas sem dedo e saiu. Estava com sua pasta, não achava necessário levar sua câmera. Então só colocou suas chaves e seu celular. Não demorou muito para chegar no prédio de Peter.

Convenceu a porteira a deixá-la entrar, dizendo que era uma amiga do garoto e subiu as escadas. Chegando no apartamento e batendo na porta, para ninguém atender. Ela esmurra a porta novamente, ainda nenhuma resposta. Só obteve respostas quando quase quebrou a porta do apartamento.

— Olá? - Se a Jéssica que era no ensino médio visse Peter agora, ela não o teria reconhecido. Antes ele era franzino, ombros caídos, os cabelos sempre bagunçados e sua baixa autoestima era notável até para quem não o conhecia. Agora sua postura estava firme, o cabelo, mesmo não estando perfeito, ainda tinha resquícios de pomada e não parecia mais ter problemas de autoestima. O que fez Jéssica sorrir.

— E aí? Peter. - A garota notou pelo olhar que ele não a reconheceu. Não podia culpá-lo. Ela mudara mais que ele. Antes vivia com o rosto maquiado e cheio de purpurina. Além do seu cabelo que era rosa. Agora quase nunca usava maquiagem e deixou seu cabelo voltar a ser preto. - Jéssica Drew.

— Não? - Seus olhos se arregalam, caindo a ficha. Embora ela tenha mudado, seu rosto ainda era o mesmo e ele se sentia um idiota por não ter notado. - Há quanto tempo? O que faz aqui?

— Podemos conversar aí dentro? - Ele tira a mão da cabeça e aponta ela para o sofá.

— Claro. - Jéssica entra e senta no sofá da sala. É mais desconfortável do que parecia. Ela observa o garoto, ainda de pijama, passando a mão na cabeça, olhos um tanto cerrados, estava de ressaca.

— Sabe o que eu uso para curar ressaca? - A garota fala sorrindo de canto de boca, chamando a atenção dele. - Mais bebida. - Ele ri e vai para sua geladeira começar um café.

— Obrigado pelo conselho, mas prefiro meu café. - Ele serve o leite em uma xícara do homem de ferro. Jéssica acha um pouco de graça nela. - Vai querer um?

— Não só vim conversar. - A garota fala ao voltar a ficar séria. Sabia que poderia ficar difícil e também sabia que ia ter que contar tudo, mas não sabia como. - Eu sei quem você é, Peter. - Ela tentou soar o mais calmo possível.

— Como assim? - Ele nem termina de digitar no teclado do micro-ondas.

— Eu sei que você é o Homem-Aranha. - Ele começa a rir. Uma risada de desespero. Era a primeira vez que alguém o confrontava por isso. Em sua cabeça só sabia quem ele tinha contado, e ninguém desse grupo estava na cidade.

— Eu… eu não sou… sou só um professor. - Ele tenta se explicar, esquecendo totalmente do café.

— Quer dizer que eu não vou achar fluído de teia no seu armário? - Ele descobre o que aconteceu e seu rosto de confusão passa para raiva, afinal, ela tinha invadido a casa dele.

— Quando você entrou na minha casa? - Mesmo não sendo intencional, ele tentava mudar o assunto.

— Anteontem, quando você saiu para salvar pessoas. - Peter notou o que acabou de fazer. Confirmou que é o Aranha mesmo não diretamente e ela sim sabia de tudo. - Mas não é sobre isso que vim conversar, Peter. - A garota se levanta para olhar ele nos olhos. - Mas eu queria conversar com você pelo fato de ter conseguido guardar isso por tanto tempo. - Peter não sabia o que fazer, embora não demonstrasse muito, estava apavorado, se Jéssica já sabia…

— Quem mais sabe? - Ele pergunta. A detetive sabia, pelo tom, que o garoto está com medo.

— A SHIELD e possivelmente o Stark. - O olhar do garoto fica distante. Então essa oportunidade de emprego na Stark é por causa disso. Ele não estava chateado e muito menos ficaria rancoroso. Estava feliz com a chance e o Homem de Ferro foi uma de suas inspirações a virar o Aranha. Talvez ele consiga uma parceria com ele até. - Deixa de falar sobre mim, o que precisa? - Ele fala sorrindo, estava um pouco ansioso com a notícia até. A garota se senta.

— Conversei com o Capitão América. - Isso surpreende a Peter. Antes de continuar, ela tira a jaqueta. Ficando somente com a camisa xadrez por cima da blusa cinza. - Ele me ofereceu uma vaga na SHIELD, eu acho. - Ele não vê qual é a dúvida.

— E? - A garota nota a confusão que fez. Ela tenta descrever mais.

— Não sei se aceito. Por um lado, seria um sonho se tornando real, mas… - Ela se afunda no sofá. - Não sei se gostaria das responsabilidades. Já tenho uma rotina, tiro fotos de pessoas traindo e uso o dinheiro para beber. Duvido poder fazer isso lá. - Peter ri, acha um pouco de graça na falta de ambição da garota.

— Eu acho que você tem que tentar. - A atenção da garota se volta totalmente a ele. - Não custa nada. Qualquer coisa se você achar que não aguenta é só sair. Ex-agente da SHIELD deve ser bom no currículo de um detetive particular. - A garota se levanta, pensando. Ela sorri para Peter.

— Com amigos é tão mais fácil. - Ele devolve o sorriso.

— Vou no banheiro. - Ele fala e a deixa sozinha na sala. Ela ainda sorri, sente algo que faz tempo perdeu. Algo que tinha no ensino médio com suas amigas, mas agora ela vê isso em Peter. Amizade.

Barulhos na porta a tiram de seus pensamentos. Alguém está batendo na porta e como Peter está no banheiro ela se levanta e abre a porta. Uma garota loira, quase pálida, usando um moletom cinza com um lobo cor de vinho e calças largas, além do sorriso que a deixava com cara de pamonha, estava do outro lado da porta.


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