Improváveis escrita por Katheryn


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bem,

Antes de lerem, precisam saber que vou falar de assuntos - provavelmente - pouco usais por aqui e os personagens estão colocados em esferas que eu não costumo encontrar para ler.
E não, não quero dar uma de diferentona kkkkkk mas estou procurando novos horizontes, e em meio a isto, encontrei características que gostaria de ressaltar em alguns deles.
Mais uma vez digo que estou aberta aos comentários e desejo que apreciem, sempre escrevo de coração.
E por ultimo, mas não menos importante, dedico essa fic a minha nee-cham, Gabih!
Não sei se alguém aqui acompanha "Destinos entrelaçados", mas fazemos juntas. Nee-cham, espero que goste da história e se surpreenda junto com outros leitores. Você é um escritora fantástica, espero estar a altura.

É isso, pessoal.


Enjoy!



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 “Ela foi uma criança tímida e quieta, ao iniciar a adolescência não foi uma surpresa quando começou a permear o mesmo caminho. Quem seria capaz de apostar que a tímida herdeira dos Hyuuga chegaria entre as 30 top models mais cobiças da atualidade? ”

Hinata fechou a revista antes que pudesse terminar de ler o artigo sobre sua ascensão no mundo da moda, entre outras coisas. Seu voo acabara de chegar ao destino.

Konoha, sua cidade natal.

Sentada em seu assento, ela sorriu. Em seus pensamentos parafraseou seu primo:

“Quem diria que seu primeiro ato de rebeldia lhe renderia tantos frutos? ”

Até ela ficava surpresa quando parava para analisar. Ser modelo não era seu primeiro sonho de infância e nem o maior deles. Atualmente, aos 28 anos, havia chegado ao seu auge profissional. Seu rosto de traços exóticos e olhos chamativos estampava capas de revistas em todo o mundo. Sendo sincera consigo mesma, quando criança Hinata nem ao menos cogitava a ideia de ser modelo.

Bem, pelo menos foi assim até certa tarde de sol, 12 anos atrás.

O sol era tímido no céu. Escondendo-se sempre entre as nuvens na mesma medida que era incapaz de esconder seu calor. O dia estava abafado e as nuvens que se aglomeravam aos poucos, fazia parecer que poderia chover a qualquer instante. Talvez, se ventasse um pouco mais... Ah! Mas como todos desejavam uma chuva naquele dia. Hinata mais que todos.

A morena era amante das chuvas, além de acalmar seu coração, seriam bem vindas para disfarçar as lágrimas que não sabia como fazer parar de caírem sobre seu rosto...

 

 - Com licença... Er... – As palavras vieram seguidas de um suspiro temeroso – Senhorita Hyuuga? - A aeromoça repetiu novamente, era a terceira vez que chamava a passageira, mas somente desta vez ela parece ter saído do transe.

— Sim? – Hinata respondeu, saindo de seus devaneios apenas com a vaga lembrança de um sorriso do passado. Um sorriso em um dia de lágrimas.

— Desculpe senhorita, mas... Só falta a senhorita desembarcar... – A aeromoça falou um pouco sem graça e parecendo... Ansiosa?

Hinata olhou mais atentamente para a mulher à sua frente. Era linda, ruiva, olhos azuis, no entanto mantinha as mãos atrás das costas e parecia estar num impasse. A jovem Hyuuga sentiu que provavelmente havia se perdido em lembranças por tempo demais.

— Eu que peço desculpas. Sinto muito, espero não ter atrapalhado vocês. – pediu sinceramente.

— Tudo bem. Na verdade... – A ruiva sorriu, um pouco vermelha – Antes de desembarcar poderia assinar e tirar uma foto conosco? – perguntou, parecendo se livrar do impasse em que estava segundos atrás. Das suas costas retirou uma revista com a morena na capa. Ao mesmo tempo, apontou para atrás de si e só então Hinata reparou nas outras duas aeromoças mais ao fundo.

Para a surpresa da morena, não apenas as aeromoças, como também o piloto estava entre elas para uma foto. Sorrindo simpática ela se levantou. Não se incomodava mais com a atenção que lhe era direcionada, esta foi uma das coisas com que aprendeu a lidar com a maturidade.

(...)

Do outro lado da cidade, o Diretor Presidente da Fundação Namikaze de Acolhimento Social, encerrava a primeira reunião a respeito do seu pré-evento beneficente anual.

— Quem diria que sua decisão de criar essa Fundação tomaria estas proporções... – O moreno falou de forma parcialmente desinteressada.

— Ah Sasuke! – O loiro sorriu largo, coçando a cabeça um pouco sem jeito – Poucas pessoas apostaram em mim, mas não importa agora, estou feliz com o trabalho que realizo e por poder contar com vocês.

Outras pessoas saiam da sala um pouco apressadas. Tinham muito o que preparar.

— Em 5 anos conseguimos ampliar o número de assistidos e incluir novas atividades. – disse o outro moreno se aproximando.

— As crianças ficaram bem felizes Shikamaru! – comentou o loiro, ainda sorrindo – Espero que esse ano...

— Sobre esse ano... – Shikamaru interrompeu – Sasuke, você acha que até a próxima reunião, sua convidada especial confirma?

— Ela chega essa semana – respondeu – Mas quer visitar a Fundação antes de declarar seu apoio publicamente.

— Essas estrelas... – Naruto revirou os olhos – Com todos os nossos resultados positivos expostos publicamente...

— Parece que alguém aqui não lê revistas há um tempo... – Sasuke soou irônico – Nada mais natural, idiota, uma pessoa pública precisa se preservar.

— Ainda mais dado ao seu histórico! – Outra voz masculina ecoou no ressinto – Ela também é ativista dos direitos humanos, além de já ter apresentado contribuições contra o tráfico humano.

— Konohamaru? – Naruto rodou sua cadeira em direção a porta – Esqueci que era um fã... – disse fazendo as bochechas do jovem ficarem um pouco vermelhas.

— Como se eu não tivesse pego você em flagrante ontem, admirando a última revista que ela foi capa! – Konohamaru acusou, fazendo todos caírem na risada.

— Eu só ia pôr no lugar... — tentou, inutilmente, se defender – Não tenho culpa se você deixa suas coisas largadas pela casa...

Sabendo que seus amigos e seu filho/protegido não iam perder a oportunidade de tirar uma com a sua cara, Naruto pôs-se a ignorá-los e passou a contemplá-los. Foi inevitável não pensar em sua trajetória até este momento. Ele tinha muito orgulho de si mesmo e era muito grato as pessoas que o ajudaram a chegar até este ponto.

Ser diretor-presidente da Fundação Namikaze de Acolhimento Social acabou sendo apenas uma consequência inevitável da vida que teve. A primeira vista, quem olhava para Naruto jamais seria capaz de imaginar os caminhos trilhados pelo loiro de olhos azuis incrivelmente radiantes. Era fácil ver o homem sério, mas bondoso. Era cativante observá-lo lidando com as crianças, algumas admiradoras diziam até que o sorriso dele ficava mais atraente. E ainda que fazer amizade fosse algo muito simples para ele, ele era uma pessoa reservada.

Naruto foi formado por contrastes, sague e suor. Isso, no entanto,  poucas pessoas viam, ainda menos pessoas sabiam. Afinal, lindo, loiro e bem sucedido... Era mais fácil ver o glamour no "herdeiro Namikaze perdido". Essa era a história sussurrada pelos círculos sociais que ele se negava a participar, exceto, é claro, nessa época do ano.

O Evento anual beneficente da Fundação era o único momento que ele se permitia – ou se forçava – interagir mais com high society de Konoha. Só de pensar nos dias que teria que passar lidando com os milionários, aqueles que faziam caridade uma ou duas vezes ao ano apenas por status...

O loiro suspirou.

“Pelas crianças Naruto, pelas crianças! ”— Repetia para si mesmo mentalmente, cada vez mais convencido que não nascera para esse mundo de aparências e conveniências.


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Notas finais do capítulo

Beijos!!!