Sirenverse's Powerful escrita por Thomaz Moreira


Capítulo 1
Gatinhas e gatões


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Eu voltei a vida depois de alguns anos.
Espero que gostem e que comentem no final.
Obrigado!



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            A cidade de Black Lake. Famosa por sua arquitetura gótica e por ser uma grande metrópole. Mas esse não é o seu grande atrativo, e sim os heróis. Ou costumavam ser. Os Patriotas, uma das mais famosas equipes de super-heróis do mundo. Eu sou Toby o’Tony, também conhecido como filho do Wander. Óbvio que não por todos, mas entre a panelinha de super-heróis, sim. Você não sabe quem é Wander? Provavelmente não vive em Black Lake então... Wander ou Roy, como na sua identidade secreta, é um dos membros dos Patriotas, ou era, quando eles ainda eram ativos. Conhecido pelo seu humor e super força, Wander era dito como um dos mais carismáticos do grupo. E a minha mãe, também conhecida como Emily o’Tony, a filha do Exohand, o herói mais brucutu dos Patriotas. Ela com certeza não puxou ele em personalidade, e eu com certeza não puxei o meu pai. Enquanto o meu pai é todo brincalhão, extrovertido e preguiçoso para tarefas uteis, eu sou chato, introvertido e prestativo. Me peguei pensando nisso quando eu estava olhando para aquele espelho. Ajeitando aqueles cabelos ruivos encaracolados que eu puxei do meu tataravô. Coloquei um suéter cinza por cima do uniforme da escola, tentando esconder que eu não me sinto bem com o meu corpo. Aquela bota nova que me serviu muito bem. E por fim peguei a mochila com todo o meu material. Estava tudo certo para o meu primeiro dia de aula. E eu dei uma última olhada no espelho antes de sair. Os olhos castanhos, os ombros achatados, e a pele bem pálida, nada me deixava feliz. Muito menos o corpo seco.

            Desci aquelas escadas do terceiro andar, passando pelo segundo com as diversas salas de lazer. Cruzei a “cachoeira de decoração” e desci mais escadas, tudo até finalmente chegar no térreo. Um ambiente bem espaçoso. A sala com dois sofás brancos e uma televisão do tamanho do meu guarda-roupas. A cozinha era um pouco ao lado, e tudo lá cheirava bem. A senhora Johnson preparava o café da manhã enquanto o meu pai aguardava no sofá, deitado. Lá estava ele. Usando aquela blusa branca com os botões abertos. Calça social e meias pretas. Os cabelos negros desajeitados. De olhos fechados escondendo a coloração castanha. Dormia feito um porco. A vida de rico realmente o acomodou.

— A culpa é minha. — Disse a minha mãe passando como um furacão ao meu lado enquanto ajeitava seus brincos. — Eu forcei ele a ir num comitê do trabalho ontem. Não achei que iria durar tanto tempo.

            Ela vestia aquele vestido vermelho com uma fenda e um decote. Deveria ter gastado uma bela nota nele. Além disso, tinha cabelos com cachos nas pontas, Uma coloração escura com algumas mechas claras. A pele clara, porém, bronzeada. E um nariz pontudo que eu herdei.

— Que horas terminou? — Perguntei, indo para a cozinha.

— Onze horas...

— E ele já se cansou?

— Ele não tem esse espírito de adolescente. Acabou essa época de dormir tarde. — Falou depois de pegar uma xicara. — Mas olha só para você! — Apertou as minhas bochechas, fazendo aquela voz de gente que conversa com cachorro. — Já é um adolescente! E no seu primeiro dia de aula no primeiro ano do ensino médio!

            Aquelas palavras me deram um embrulho no estomago de imediato. Fazendo eu me lembrar do que eu estaria prestes a sofrer.

— Quanto a isso, mãe...

— Nada disso! Já conversamos sobre ensino em casa. Não é uma opção!

— Não custa tentar. — Resmunguei.

— É o que eu digo a você sobre uma escola normal.

— Saint Harper não é uma escola normal! É um lugar cheio de câmeras, com horário de saída e de entrada. Pessoas descontroladas e muitos seguranças.

— Todas as escolas são assim, Toby. E eu acho que você está sendo um pouco pessimista demais.

— Todas as escolas possuem a mesma descrição que os presídios têm?

            Ela revirou os olhos. Respirou fundo e apertou as minhas bochechas de novo. Se sentou numa cadeira perto da ilha da cozinha e se serviu. A mesa estava realmente bela. Com diversas opções, apesar disso, eu não queria comer nada.

— Por que não pede pro seu pai pra ele te levar de carro? — Ela cochichou nos meus ouvidos.

— Achei que você fosse me levar! — Respondi no mesmo tom.

            Ela me olhou um pouco assustada. E de repente se pôs de pé com uma certa pressa. Engoliu o café todo num único gole e se despediu dizendo que estava atrasada. Bateu a porta da frente tão forte que acordou o meu pai com o susto, o fazendo dar um grito agudo.

— Sabe que vai ter que me levar de carro, não sabe? — Falei.

— Pede pra sua mãe... — Respondeu do sofá com uma voz de cansaço.

— Ela acabou de sair!

— E eu também!

            Eu ouvi um som forte de ventania na sala assim que ele terminou a frase. Corri para ver o que era, e de repente o meu pai não estava mais lá. Era óbvio que ele também não iria querer me levar.

— É, parece que somos só eu e você, senhora Johnson. — Lamentei.

— Eu não tenho carteira de motorista. — Advertiu no mesmo instante.

— Eu ia chamar um Uber!

            O mesmo som alto de ventania voltou. E o meu pai aparecer tão rápido que a velocidade da porta nem conseguiu o acompanhar.

— Eu esqueci que só estou com meias...

— É sério isso?

··

            Depois da minha trágica tentativa de fazer qualquer um me levar para a escola, eu tive que chamar um uber. O lado positivo é que eu não precisaria ouvir os meus pais falando sobre como havia sido o dia deles. A minha mãe dizendo como a InoTec avançou muito no mercado, e o meu pai dizendo como sente saudade dos velhos tempos.

            Quando eu desci do carro depois de pagar a corrida para o motorista, tive o primeiro vislumbre da escola. Imensa, e bela. Também dotada de uma arquitetura gótica. Dividida em três blocos com longos pátios. Cada bloco parecendo uma grande mansão.

            Dei os meus primeiros passos naquela grama verde, subi alguns degraus e por fim atravessei as portas, dando de cara com aquele corredor. Um corredor com vários quadros, tanto de alunos quanto professores ou antigos diretores. No final daquele corredor havia uma estante com vários troféus que o time de basquete fez. Além disso, outros corredores cortavam aquele principal.

            Eu pesquei na minha mochila um papel com os meus horários. Ali também dizia onde ficaria o meu armário. Corredor A3, bem perto por sinal. Comecei a caminhar, evitando esbarrar nos muitos alunos animados, enquanto eu só conseguia prestar atenção verdadeira nos horários. A minha primeira aula já era química. E começaria em instantes.

— Toby o’Tony?!

            Me virei, procurando pela voz masculina. Foi quando eu o avistei. Um menino alto, careca, dono de óculos quadrados e pele escura. Usando uma blusa azul com listras brancas por cima da calça preta. Segurava as duas alças daquela gigante mochila.

— Sou Travis. — Ele estendeu sua mão tão empolgado que fiquei com medo de não cumprimenta-lo. — Travis Langdon.

— Você fala isso como se justificasse você me conhecer... — Falei com certo receio.

— Filho do Erick Langdon. — Falou como se eu fosse reconhecer. Se bem que aquele nome me soava familiar, mas ainda assim... — O Lightning bolt... — Sussurrou nos meus ouvidos.

— Jesus! — Gritei, chamando um pouco de atenção indesejada. — Você não pode sair falando esse tipo de coisa assim!

            Lightning bolt, o herói de Light City, ou costumava ser. Um cara com um traje um tanto quanto extravagante e poderes de raios. Um senso de humor quase igual ao do meu pai. Os dois já lutaram juntos no passado algumas vezes. Francamente, não sei como ele ainda é vivo...

            Eu praticamente pirei. Sei como eu me sentiria se alguém simplesmente revelasse que eu sou o filho do Wander.

— Você não é qualquer um, então não tem problema. Aliás eu achei que você soubesse, já que é o filho do Wander. — Falou.

            Eu o levei para um canto mais seguro. Um lugar no corredor onde não haviam muitas pessoas.

— Conhece o meu pai?

— Não pessoalmente, mas o meu pai vive falando do seu. Chega a ser constrangedor. E parando pra notar agora, você não se parecesse nenhum pouco com o seu pai.

— Vai ver é porque eu não sou ele!

— E eu não sou o Lightning bolt. — Sorriu, como se fosse a melhor piada do mundo. — Primeiro ano também?

            Fiz que sim com a cabeça, ainda não acreditando que a minha mãe não deixou eu estudar em casa.

— Se serve de consolo, não somos os únicos aqui...

— Como assim?

— Não somos os únicos filhos de heróis aqui... — Falou. — Quando o acordo entre os heróis e o governo americano foi feito, para estabelecer...

— Estabelecer que os heróis se aposentariam, e a polícia agiria, sendo os heróis chamados apenas para emergências. Eu sei, o meu avô vive me dizendo isso.

— O Exohand! Que maneiro! Ele já te deu alguma arma?! — Disse todo empolgado.

— Travis, foco!

— Certo, certo. — Se atentou. — Depois do acordo, cada um foi para o seu canto. E tendo tomado o acordo como uma aposentadoria, os heróis decidiram viver de verdade. Enfim, em meio a bebidas e festas, coisas aconteceram. E foi naquele ano que todos nós fomos feitos.

— Percebeu o quão estranho foi essa última frase? Não importa, como conhece tanto sobre tudo?

— Bom, o meu pai meio que despertou em mim tudo isso. Essa vontade de gostar de heróis. Aí eu investiguei. — Justificou.

            Enquanto conversávamos, mais alguém cruzou as portas de entrada, mas eu nem dei atenção. Pelo menos até Travis falar:

— Olha, olha, olha!

            Curioso, e incomodado com euforia, eu me virei. Tudo o que eu vi foi um garoto usando um sobretudo escuro. Dono de cabelos pretos, lisos e com uma franja. Olhos azuis bem chamativos. Num geral ele se vestia muito bem. E também conseguiu chamar bastante atenção das garotas e alguns garotos. Principalmente por seu físico de alguém que malha todo santo dia.

— Troy Sanders Rodrigues, o filho do omida.

            Aquele nome eu me lembro muito bem. Omida, o herói misterioso e assustador, como o próprio Batman, e que inclusive foi treinado pelo mascarado. Antes disso, omida era corrompido, e iniciou uma “revolução” contra o governo. Taxando a grande maioria como corruptos. Ele agiu como juiz, júri e executor. Foi um momento bem importante da história. A minha mãe me conta que o meu avô e ele brigaram feio. Graças a deus tudo acabou bem no final. E o omida acabou voltando ao normal. Mesmo mantendo a postura assustadora, coisa que eu acho que veio do Batman.

— Ele tem um ar...

— Gostoso... — Travis comentou me interrompendo.

— Eu ia dizer misterioso. Que nem o pai...

            O garoto passou pela gente e nem cumprimentou. Por um instante eu achei que ele fosse pelo menos dar um olá, mas acabei pensando que ele simplesmente não fazia ideia de quem nós fossemos.

— Eu preciso ir para o laboratório de química. — Avisei.

— Que sorte, eu também.

            Eu não iria me livrar daquele garoto tão cedo. Apesar disso, não era tão ruim. Eu tinha uma companhia, ao menos. Alguém que verdadeiramente sabia quem eu era, e gostava de mim do mesmo jeito. Mesmo com a admiração extravasada.

            Decidimos então seguir os caminhos depois que eu deixei as minhas coisas no armário. Cortamos alguns corredores e passamos em frente a algumas salas. Notei alguns olhares estranhos vindos em minha direção. Um tanto quanto fora do comum, já que eu nunca fui o centro das atenções.

— Sabe o porquê de todo mundo estar me olhando?

— Eles podem não saber que você é o filho do Wander, mas não dá para esconder que você é rico. Falando nisso, por que veio estudar na Saint Harper com toda a grana que a sua família tem?

— A minha mãe quer que eu cresça como as pessoas normais. Já que a minha vida se baseia em gente rica e literalmente poderosa.

            Continuamos a andar, até finalmente cruzarmos aquele jardim. Uma estufa que ligava até a próxima ala. Um enorme pátio cheio de bancos de pedra com várias pessoas conversando. Os veteranos na escola. Estava todo mundo lá. O time de basquete em um canto, as líderes de torcida em outro, nerds no outro, e assim ia. As várias “classes” da escola. Nunca muda...

— Olha lá! — Falou. Eu já previa outro filho de herói.

            Segui o olhar para onde o dedo dele apontava. Uma linda menina de cabelos loiros e olhos verdes, pele clara e um lindo sorriso. Estava usando uma saia preta curta, e uma blusa rosa. Uma bolsa que eu deduzi como cara, já que a minha mãe tem uma igual. Ela estava junta as outras garotas líderes de torcida. Rindo como todo mundo.

— Lena Hammil Waller. Filha da Viper com o Firefall.

            Viper ou Emma, a mulher com a capacidade de conversar com animais e controlar a natureza. Também conhecida como “Aquela que deu trabalho pros Patriotas”. Suas políticas sempre foram bem severas, principalmente contra qualquer um que maltratasse os animais. Uma mulher ativamente vegana, e bem casca grossa. E Firefall ou Chris, um antigo soldado que passou por alguns experimentos terroristas que acabaram despertando nele poderes de fogo. Apesar disso, ele é um tanto quanto legal, pelo menos contando com o que o meu pai me disse. Ele parece ser o tipo de pai liberal.

— Ela tem cara de quem puxou a mãe. — Travis sussurrou no meu ouvido, mesmo com nós estando a alguns bons metros de distância dela.

— Tão falando do quê?

            O susto foi imediato ao ouvir aquela voz feminina. Estava bem próxima do meu ouvido. Eu e Travis nos viramos de imediato, até percebermos quem era. Uma garota um pouco baixa, dona de cabelos curtos e roxos, com uma franja. Tinha um piercing nos lábios. E olhos castanhos claros. Estava usando o uniforme da escola, assim como eu. Mesmo assim, dava para ver a tatuagem no ombro. Uma lua.

— Kimberly, que susto! — Travis quase caiu no chão.

— Conhece ela?

— É a filha do Scott Fitzgerald... — Murmurou.

— Quem?

— Fitzgerald. Canadense. Dash.  

— Não faço ideia de quem seja.

— O meu pai se chamava de “Dash” quando lutava, na época em que morava no Canadá. Ele e o pai desse lixo comum aí eram bem ligados.

— É, ela é filha do cara com o poder inteiro de uma dimensão negativa. Mas eu acho que o título que cai melhor é de filha da...

— Eu tomaria cuidado... sabe que eu herdei os poderes dele, não sabe? — Brincou.

— Nossos pais fazem a gente se ver pelo menos uma vez por mês. — Ele explicou.

            O sinal tocou e aquilo foi o suficiente para mim. A minha mãe disse que queria eu com pessoas normais, mas aquilo só me atraiu mais gente igual ao meu pai. Tudo isso em um dia de aula que nem tinha começado direito.

            Nos despedimos da Kimberly que mal se importou em dizer um tchau. Corremos para o laboratório de química esbarrando em muita gente no processo. Estávamos realmente desesperados, chegar atrasados no primeiro dia de aula, não seria nada bom.

            Por sorte, conseguimos entrar antes da professora. Uma senhora com um olhar tão assustador que daria medo até no Batman. Nos sentamos no meio. Pegando aquelas mesas compartilhadas. A professora logo começou a aula, pedindo uma apresentação. Aquele momento constrangedor que todo mundo era obrigado a passar. Só de ouvir aquelas palavras, eu já fiquei mal. Eu só queria estudar em casa.

            Um por um os alunos foram se apresentando. Conheci as mais diversas histórias. Desde pseudo pastores até imigrantes de outros países. Histórias inspiradoras e que só me deixaram mais assustado ainda quanto ao que falar. E o meu nome era o próximo. Assim que ela chamou, eu me pus de pé. Respirei fundo e tentei não pensar muito.

— Me chamo Toby o’Tony, tenho quinze anos. Sou o filho de Roy e Emily o’Tony, a atual CEO da InoTec.

            Foi o suficiente para eu ouvir os muitos cochichos ecoarem em todos os cantos da sala. Eu rapidamente me sentei, mesmo percebendo o olhar estranho da professora que iria perguntar algo, mas acabou desistindo. E depois de mim, foi o próprio Travis. Esse que não foi nada introvertido.

— Sou Travis Langdon, tenho 15 anos. Sou natural de Light City, mas adoro Black Lake. Amo muito essa arquitetura gótica da cidade, e toda a história que ela tem.

— Bicha...

            Aquele comentário no fundo da sala em anônimo deixou todos em silêncio, principalmente Travis. Sendo a primeira vez que eu o vi desfazer o sorriso. O garoto que disse aquilo, logo se escondeu atrás da risada de outros idiotas. Eu me virei para trás imediatamente, procurando pelos engraçadinhos. E lá estavam eles, os quatro usando a camisa do time de basquete. Todos altos e fortes. Coisa que com certeza não me intimidaria. Um deles me notou e me encarou de volta. Travis sentou no seu lugar e a aula continuou. Ele passou o resto da aula sem abrir a boca.

            O sinal tocou e nós saímos da sala, eu me vi no papel contrário. Agora tentando animar ele. Tentando fazer ele falar qualquer coisa, mas obviamente não funcionou. Ele passou pela porta e me deixou para trás. Quem estava do lado de fora era a própria Kimberly que notou o estranho e logo veio me questionar.

— O que aconteceu com ele? — Falou num tom nervoso, quase me culpando.

— Um cara chamou ele de bicha na aula.

— E você não fez nada?

— O quê? O que eu iria fazer?!

— O que se faz com gente homofóbica. Mas é claro que você nunca passou por esse tipo de problema antes. Branco, hétero, rico.

— Espera, tá achando que eu sou como ele?

— Você não fez nada! Isso não te torna melhor que o agressor.

            Ela saiu me deixando plantado. Claramente furiosa. E eu, já tive a minha primeira briga, no primeiro dia de aula, do primeiro ano do ensino médio.        

 


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Notas finais do capítulo

E então pessoas, o que acharam?
Comentem, prometo que irei responder todos os comentários.
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