AH Academy escrita por Marceline Octos


Capítulo 3
02- Empatia, Boys Sem Magia e Barbiezinha


Notas iniciais do capítulo

Oiiii Brigadeirinhos do meu coreeee
Gente, a essa altura eu sou obrigada a admitir que sou a Mari e a Nash.
Antes de eu nascer, minha mãe teve outra filha, mas como era prematura, ela não resistiu. Eu criei a Mari fictícia para pelo menos idealizar como seria ter uma irmã mais velha, e como eu não imaginei qual personalidade ela teria, coloquei parte da minha personalidade nela.
Imaginem as irmãs Gomes como uma pessoa só... essa sou. E o Manoel seria o meu irmão mais novo, o Reh.
Aff já comecei depree no capítulo.
Comecei a assistir o Mundo de Mia ontem. É muito legal.
Bom capítulo.



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(Narração Mariana)
—Nash você está causando escandalo! –xinguei em português a louca que carregava cinco enormes malas sozinha.
—O que é descrição para você garota? –Stephen deu uma bronca que entendi mais ou menos pois meu inglês não é tão bom.
—Tá bem, seus chatos –Natasha enfim cedeu me dando uma mala e outras duas para Stephen.
—Você é louca Tasha, vai se dar bem na minha classe –Stephen disse a ela sorrindo pela primeira vez desde que o conheci.
Os dois coversaram um pouco durante a viagem, mesmo ele sendo muito caladão. Acho que minha irmã vai perder o BV fora do Brasil. Muahahahaha. Vou mandar tutoriais do YouTube pra ela.
—Há! Duvido! Geralmente eu não me dou bem com pessoas –Antissocialzinha chata.
—Essas pessoas são tão estranhas quanto você e sua irmã –disse com sua cara sempre neutra.
—Veremos! –Disse correndo até a van com o símbolo da escola.
—Acho que ela vai gostar da escola –disse para o garoto que olhava para Nash como se ela fosse um ET.


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—Meu Santo Deus! –Exclamei ao lado do Senhor Diretor.
—Que lugar mais... uau! –Natasha não estava menos extasiada.
Mesmo que tenhamos visto imagens quando eu fiz a investigação que ela pediu, era ainda mais impressionante ao vivo.
O lugar deve ser maior que metade da nossa cidade. Seu prédio principal se assemelha a um castelo medieval, mas do lado esquerdo tem um prédio maior sendo ali o campus da parte universitária e do ensino médio, aparentemente todas as aulas das matérias dentro do currículo oficial serão lá, enquanto as matérias relacionadas com nossa anormalidade serão no castelo, tal como os dormitórios  conforme me foi explicado na lista de normas.
—Vamos ver quem chega primeiro? –Perguntei pra Nash com um sorrisinho.
Minha irmã fechou a cara.
—Não. Mesmo.


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Mariana riu da minha cara e saiu correndo para dentro do prédio.
Revirei os olhos. Agora que ela é veloz, eu é que não vou disputar corrida porcaria nenhuma.
Peguei cinco, das sete malas que trouxemos, o que deu uma pilha enorme.
O Diretor deu as outras malas para Stephen.
—Poderia levá-las até o quarto? É o B-17 _Pediu para o filho.
Stephen acenou positivo para o pai e me olhou por um tempo, até que eu me pronunciei.
—Encarar é feio –falei só para quebrar o gelo, em um falso tom de seriedade.
Ele sorriu e negou com a cabeça.
—Bem vinda, esquisita –Falou com sua voz fria, mas com um leve tom humorado.
No caminho, vi de tudo. Tinha gente de todas as etnias, com vários estilos e um poder mais louco que o outro. Tinha um garoto com cabelos pegando fogo, um menino com pele azul e uma garota meio transparente, tipo um fantasma. Era uma mistura muito louca. Gostei.
"Muitos ficariam assustados. Você deve ser a mais estranha de todas" Stephen me assustou quando sua voz soou na minha mente.
"Pensei que seu pai tivesse encerrado a conexão mental" pensei. "Que bom que não pensei nada suspeito" me entreguei.
E riu sonoramente fazendo algumas garotas nos encarem, ou melhor, me encararem furiosas. Senti a inveja delas daqui com minha mais nova habilidade: empatia.
"Poderes são meio chatos as vezes".
"Estranha" disse sem entender minha última frase.
—O lugar tem tipo, um zilhão de salas –Mari apareceu finalmente e pegou uma das malas que eu segurava, não que estivesse pesada.
"Mais forte que qualquer rato de academia" o garoto anotou mentalmente.
—Finalmente apareceu –falei a olhando entediada. Eu não vou conseguir acompanhar o ritmo dela.
"Algum dia espero descobrir qual tipo de pensamento você considera 'suspeito'". Stephen encerrou nossa conversa mental aí.
Caminhamos o três para dentro do castelo e mano do céu! Que decoração diferentona.
Logo que pus os pés lá dentro, me senti em um dos filmes medievais, pois a decoração era inteiramente rústica e vitoriana. Parecia que nós e os outros estudantes tínhamos viajado no tempo.
Algumas pessoas me encararam e depois olharam as quatro malas gigantes que eu carregava sem nem fazer esforço. Eles tem pele colorida, alguns tem asas, escamas e eu sou bizarra por ser fortona?
"Eles acham que seu poder é pouco feminino" Stephen voltou a ligar o telefone mental.
"A gente não escolhe os poderes que tem. Eu heim..." pensei com uma ligeira irritação.
"Eles não estão acostumados. A maioria dos alunos daqui ainda tem a Síndrome de Contos de Fadas" pensou.
"O bom de uma conversa mental é a sinceridade. O pessoal daqui é do tipo que foi Disneyzado desde criança?" Pensei em resposta.
Ele riu em voz alta.
"Não sei o que acontece com você que de sério, começa a rir da minha cara" pensei um pouco indignada.
"Desculpe. Você tem umas expressões cômicas que surgem sem que você perceba e ainda consegue pensar em várias coisas aleatórias" justificou.
—Vocês estão quietos. Não é um lugar maravilhoso Nash? –Mari me perguntou.
—O mais bonito que eu já vi.
"Seus poderes são como os do seu pai?" Questionei mentalmente.
"Não. Criocinese."
"Combina com ele" pensei me esquecendo que ele podia ouvir. "Como estamos tendo esta conversa, então? Não me lembro de ter absorvido a habilidade do seu pai... " divaguei.
"Boa teoria, mas não. Meu pai esqueceu de cancelar nosso elo mental" pensou.
Ouvi a voz do Diretor na minha cabeça dizendo "Gosto quando ele interage assim com alguém".
"Entendi" pensei.
"Entendeu?" O garoto ao meu lado questionou com um olhar meio bugado.
"Sempre teorizei coisas sobre telepatia" pensei dessa vez tendo consciência de que Stephen podia me ouvir.
"Superpoderes não são algo surpreendente para você" afirmou em pensamento.
"Imaginei que ele fosse inteligente" pensei maliciosamente sem perceber.
—Stephen, nós duas vamos dividir o quarto com mais alguém? –Mari perguntou.
—Não –falou com seu tom frio de sempre.
Alguém com poderes gelados e uma persanalidade igualmente fria, é uma teoria interessante. Pensei que talvez devesse escrever sobre.
"Ainda posso te ouvir" Stephen pensou me causando arrepios.
"Como consegue silênciar sua mente? Eu penso em várias coisas o tempo todo" perguntei.
"Eu me comunico por meio de elos mentais há anos" ele pensou.
—É aqui –respondeu apontando para uma porta.
Mari colocou a cópia da chave que o Diretor deu pra ela.
Quando a porta se abriu eu quase caí para trás. O quarto é o dobro do nosso.
As camas são bem separadas, em paredes opostas. Um guarda-roupas enorme cobria por inteiro uma das paredes entre elas.
Queria ter roupas o suficiente pra encher isso.
Temos uma escrivaninha com um notebook da APPLE! A Mariana vai surtar quando perceber.
—Caralho, um bebê da Apple! –berrou no meu ouvido aparecendo de supetão ao meu lado.
—Depois fala que eu sou a boca suja!
Ouvi uma risada contida da porta do quarto.
—O que está fazendo aí? Entra –falei olhando para Stephen na porta.
—Não é apropriado.
Daí me paciência com essa porra de cavalheirismo.
—Até mais Nash –aquela filha de uma égua chata, guardou as roupas com supervelocidade e se mandou.
Andei até o ruivo e, com uma intimidade que não tinha, puxei ele pelo braço para dentro. Normalmente não tomo essas liberdades com pessoas que acabei de conhecer, mas ele prefere a DC também, então não me importo de dar um empurrãozinho pra ele se soltar mais. Ele parece o tipo de pessoa de quem eu seria amiga.
—Azar do apropriado, deixe que comentem –falei fazendo uma cara de tédio –Eu sou sedentária, então obviamente estou com preguiça de guardar minhas coisas sozinha, então já que a minha irmã se mandou, seja bonzinho e me ajude.
—Você… quer que eu guarde suas… roupas? –perguntou sério, mas com minha empatia eu senti seu embaraço.
—É. Qual o problema? Nunca viu uma calcinha? –Perguntei involuntariamente soltando um sorriso malicioso.
Ele abriu a boca para falar algo parecendo indignado, mas desistiu de dizer qualquer coisa.
—Você tem problemas –disse abrindo umas malas que estava em cima da minha cama.
Não resisti e acabei soltando uma daquelas gargalhadas estranhas e escandalosas.

Depois que guardamos minhas coisas, em mais ou menos quarenta minutos (os quais um certo carinha não respondeu os memes que eu mandei pra ele no whats), ouvi batidas na porta. Abri encontrando uma garota loira pouco mais velha e mais baixa que eu segurando um cartaz escrito "bem vindas" e um monte frase motivacional, sendo que a mais nada a ver era "a mudança é a melhor fase do ciclo da vida" ? É O CICLO SEM FIIIIM! QUE NOS GUIARÁAAAAAA…
—Espero que esteja pronta para o seu tour pela escola! –A Barbie da vida disse bem animada –espero que eu não tenha chegado muito tarde.
—Ela e a irmã chegaram faz pouco mais de uma hora –o Stephen respondeu por mim, parecendo gostar da presença da Barbiezinha.
—Olá Steph! Que bom que elas não ficaram sozinhas –disse de um jeito beeeeeem meloso. Eca.
—É… eu as acompanhei… –o ruivo respondeu sorrindo… SORRINDO!Ele não demonstrou nada além de alegria, mas com o meu novo e maravilhoso dom da empatia eu percebi duas coisas: que ele estava com vergonha e que ele gosta dela. Que poder útil eu tenho.
Será que é a namorada dele?
—Mas cadê a outra? –A loira perguntou vasculhando o quarto com os olhos e fazendo um beicinho. Eu heim, não querendo julgar antes de conhecer, mas que mal gosto o do Clarkson.
—Explorando o local sozinha. E você é? –Respondei cortando o climinha. Não sou obrigada a ficar de vela.
—Annelize Grant, estudante de jornalismo na AH University e parte do Comitê de Boas Vindas –disse sorrindo de orelha a orelha ao me estender a mão.
Correspondi ao cumprimento tentando parecer animada.
—Natasha –respondi simplesmente.
—Seu sotaque é lindo! –Falou animada –sempre quis conhecer uma brasileira.
Dei um sorriso amarelo.
—Vamos, vou te mostrar a escola! Vem também Steph! –Me puxou pela mão para fora do quarto.
Tranquei a porta do quarto depois que o ruivo saiu.
Não acredito que vou ficar de vela até em outro país. Que ótimo.
Mano, será que só eu percebi que Steph é apelido para Stephane? Rindo mentalmente.
Passamos pela imensa área dos quartos, voltamos ao hall de entrada, caminhamos pelo refeitório gigantesco já fora da área do castelo (descobri que até a comida é custeada pela escola, BORA TIRAR A BARRIGA DA MISÉRIA) pois conheceríamos a área de treinamento no mesmo durante às aulas, algumas salas de aula e laboratório fodas e agora ela ira me mostrar AS quadras esportivas e depois a piscina.
A pseudo-Barbie não calava a boca, só Stephen a estava ouvindo. Agradeci pela primeira vez por não conseguir prestar atenção em algo por muito tempo. Ouvi poucas partes da falação irritante dela antes de me distrair com algum aluno com características singulares ou mesmo um mosquito qualquer.

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(Narração Mariana)

Aí. Meu. Deus. Esse lugar é demais. Me senti tão bem por não ter que preocupar em machucar alguém com meus poderes que os usei livremente pela primeira vez.
Ah, mas o mais legal é que parece um daqueles colégios de gente rica das novelas.
Guardei minhas roupa com super velocidade e deixei os pombinhos se entenderem no quarto. Se bem conheço a Nash, ela fez o garoto ajudar ela a arrumar o quarto. Não tem vergonha na cara mesmo.
Uh, meus olhinhos vêem algo interessante!
Daqui do canto da quadra, eu me perti ficar babando.
Um cara alto, BEM ALTO e gato, BEM GATO.
Ele fez a cesta em segundos, que para mim pareceram horas, seus braços musculosos jogando a bola, o suor escorrendo pela pele negra, a expressão concentrada. Muito gostoso.
Em quanto ele faz high five com seus amigos, eu penso rápido e, em super velocidade, corro para o banco onde se encontravam as toalhas e uma caixa térmica, provavelmente com garrafinhas de água. Me sento e tiro o celular do bolso e começo a olhar minhas redes sociais, como quem não quer nada.
Os garotos passam por mim, alguns assobiaram (maldita hora que coloquei legging e cropped), mas a maioria ignorou quando viu que eu não estava dando bola. E quem eu queria, nem reparou que eu estava lá. Que droga.
—Olha o que temos aqui! –Um cara de topete falou com um sorriso cafajeste.
Fingi que não era comigo. Eu até responderia, mas minha pronúncia péssima não ajudava.
E o imbecíl vai e senta do meu lado.
—Gata, pode me chamar de J.J.
Que cara chato.
Virei o rosto para o lado oposto. Sempre fui mais de dar foras indiretos. Infelizmente não sou uma Nash da vida.
—Você é muda? Porque se for, eu escrevo meu número pra você –falou no meu ouvido.
Eu me afastei mais no banco. Eu ia para o lado e o cara ia também.
O que eu faço?
—Aí J, a gata não tá afim.
Até que enfim alguém veio me salv… AHHHHHHHHHHHHH!
É o gato que eu tinha visto! Ele me notou! Obrigada destino!
O cara era alto mesmo. Ele esrava de braços cruzados de frente pro idiota.
Me deu um calor quando caiu a ficha que ele disse "a gata", mas agora não é hora de babar. Sorri em agradecimento.
Mas o babaca do meu lado não se tocou e tentou contrargumentar.
—Como você sabe cara? Ela não falou "não", não me bateu, nã…
—Não seja por isso! –Minha irmã surgiu não sei da onde.
Depois de responder ela deu um tapa na cara dele!
Não resisti em soltar uma gargalhada.
O moleque ficou sem reação.
O gato/muralha humana riu olhando pra Nash com cara de espanto e depois pra mim com cara de dúvida. Uau, que risada sexy.
—Se mete com a minha irmã de novo vai! Não tem nenhum desconfiometro pelo visto.
O garoto saiu do choque, se levantou e correu para longe.
—Natasha! Não são permitidos atos de violência dentro da AH! O Doutor C não vai gostar –Uma loira de olhos azuis falou afinando a voz, não gosto de julgar ninguém, mas parecia passarinho piando.
—Aquele mané lá tava enchendo o saco da Mari e a tonta é educada demais pra dar um fora diretamente –retrucou olhando para Stephen como se estivesse se desculpando.
—Você mal chegou e já quer ser chamada na sala da coordenação? –a garota perguntou com a voz cada vez mais fina.
—Annelize, pega leve com ela. Eu vi que a irmã estava desconfortável, mostrando claramente que não estava interessada, e o J.J. estava sendo… bem, o J.J. de sempre. Se não fosse ela, seria eu batendo nele _meu herói salvou a pele da irmã também.
—Okay, Nathy, eu te perdôo –a loira falou de forma melosa olhando minha irmã.
A paciência da Nash com apelidos e gente dramática é… bom, é zero sem nenhuma virgula.
—Eu não pedi perdão pra você –falou friamente antes de agarrar minha mão para sair dalí.
—Espera!
Eu fui até o gatinho que me ajudou.
Dei um sorriso largo e ele correspondeu. Miss Movin' On!!!
—Obrigada por… tentar me ajudar –falei fracassando na pronúncia. Que merda, pelo menos ele pareceu entender.
—Por nada, sempre que precisar… –eu não posso com esse sorriso. Já me iludi.
—Meu nome é Mariana Gomes! –Estendi minha mão, tentando ao máximo não tremer.
—Kennedy Morrys –disse apertando minha mão –Tem um belo sotaque. É de onde?
—Brasil –falei com dois tomates nas bochechas.
—A terra do carnaval? –Perguntou bem humorado.
—É, mas eu só fui uma vez a uma festa de carnaval.
—Não acredito! Meu sonho é ir a uma festa assim –falou com uma expressão de espanto.
—Meus pais sempre foram muito protetores e minha irmã muito chata _respondi rindo de leve.
—Eu também tenho uma irmã mais velha chata…
—Ah, não, não! A Nash é a mais nova. Só que meus pais acham que ela é mais responsável só por ser… mais desconfiada _tentei explicar.
Ele riu.
—Ela parecia uma leoa te defendendo... e está parecendo ainda mais com uma agora, acho melhor você ir atrás dela, antes que sua irmã bata na Annelize –falou olhando para trás de mim.
—Ah claro, claro... até outro di…
Parei de falar ao notar ainda estávamos segundo as mãos. E agora?
Ele viu que eu olhava para nossas mãos unidas e soltou com um sorriso sem graça.
—Te vejo por aí… –disse com vergonha.
Assenti com a cabeça e corri velozmente até a Nash que estava prestes a apertar o pescoço da loira que a abraçava.
Puxei a garota pelos ombros antes que ela fosse morta.
—Nathy, você é tão sincera e corajosa! Não é Steph? –Ela perguntou olhando para o garoto que assentiu.
Quase ri do apelido.
—Porque não vai à festa da minha turma de Jornalismo hoje? Eu gostei tanto de você!
—Eu não gostei de você –irmã delicada eu tenho.
—Rs. A Nash tá brincando –falei para a loira que deu uma risadinha.
Andamos juntas até a saída da quadra.
—Oh my God! Eu quase esqueci! Vocês duas tem que fazer uma prova hoje pra serem direcionadas para suas devidas turmas –a loira falou como se fosse a coisa mais normal do mundo. Agora quem quer matá-la sou eu.
—Um caralho de prova surpresa no primeiro dia! Que maravilha –Minha irmã falou em português.
Trocamos um sorriso amarelo.
—Não se preocupem. Não é sobre conhecimento, mas sobre adaptabilidade e inteligência –o ruivo disse olhando para a Nash.
—Vamos nessa então. Quanto mais cedo melhor _falei desanimada.

…………………………………………………………..

—Finalmente! –Natasha disse se jogando em sua cama.
Ri da preguiça dela. Ela estava quase dormindo durante a prova.
Era realmente bem tranquila, apesar de eu ter ficado nervosa. Só espero não ter mais provas surpresa como essa.
—Eu estava pensando… será que vamos no meter em confusão assim… sempre? –perguntei mordendo a ponta da unha do polegar.
Nash descobriu a cabeça e me encarou.
—Vou adorar se acontecer… _falou simplesmente.
Demos risada.
Essa era uma das raras vezes em que ela age como uma garota de quinze realmente deveria agir.
Por causa de sua altura e personalidade forte, as pessoas sempre a acham mais velha. E mesmo que ela realmente seja bem madura para sua idade (qualquer idade na verdade), ainda é só minha irmãzinha.
—Humm… _ronronou de olhos fechados ao alisar o lençol macio da cama.
—E a senhorita já arrumou um boy magia pelo visto –falei insistindo na conversa.
Ela abriu os olhos me encarando.
—Meu Crush se chama Eduardo e mora no litoral do estado de São Paulo.
—Desencana dele logo –falei revirando os olhos e terminei de vestir o pijama _estou falando do filho nosso diretor.
—Argh, pode parar. Isso nunca vai acontecer, ele tem um péssimo gosto _falou com uma careta –"Aí Steph tão legal te ver de novo!"
Soltei uma gargalhada sonora com a imitação dela. A voz ficou fininha igual.
—É sério que ele namora com ela? Pensei que a Lize fosse mais velha…
—Eles não namoram, mas qual o problema ela ser mais velha? –perguntou com uma cara, que deveria ser brava, mas o sono estava tanto que não conseguiu.
—Eu só acho estranho isso… Mas mudando de assunto… –antes que eu apanhe –se eles não namoram, como sabe que ele gosta dela?
—Eu… Arrrgh –soltou um bocejo –sou empata.
—Mais um poder pra sua lista –falei para ela que assentiu de olhos fechado com a cabeça no travesseiro.
Deitei na cama e esperei a Nash dormir para levantar de novo.
Beijei a testa da minha irmã e deixei uma lágrima escapar.
Não faz nem uma semana, mas já sinto saudades de casa.
Enxuguei o rosto. Tive que fingir que estava bem para minha mãe quando ela ligou. Tive que fingir para Nash. Mas não posso fingir para mim.
Deitei na minha cama me deixando levar pelo cansaço.


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Notas finais do capítulo

Gente, como falei nas notas iniciais, eu sou tanto a Nash quanto a Mari, BUT quanto a APARÊNCIA, a Natasha é quem eu sou e a Mari quem eu gostaria de ser. Nos próximos eu coloco a foto.
Triste isso da Mari, quis que o senpai bonitão notasse ela, mas acabou chamando a atenção do boy lixo.
Mas aviso desde já, NÃO ODEIEM O J.J., não ainda!
Vocês gostaram da Annelize? A Natasha não gostou, mas pior que eu sim kkkkkk
(Natasha Gomes: Hahaha Esqueceu que eu sou empata, dona Marceline? Sei muito bem o que sente por aquela coisa)
Até a próxima! E Natasha para de quebrar a quarta parede porque você não é o Deadpool.
Beijinhus da Marce!



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