Dreams escrita por Mandy
Ligaram da oficina para me avisar que posso buscar meu carro no final da tarde de hoje. Dei graças a Deus, pois odeio ficar sem carro.
Por causa do atraso do táxi e o transito caótico, cheguei atrasada no meu trabalho. Só espero que Jared releve o meu primeiro atraso.
Cheguei ao meu andar e o encontrei me esperando na minha mesa.
— Por que do atraso?
— O táxi atrasou e o trânsito não está nada favorável.
— Ok. Eu tenho uma reunião hoje à tarde e não volto mais, mas preciso que você fique aqui, pois a agenda está cheia e tem coisas para serem feitas.
— Certo.
— Ótimo. Até amanhã.
— Até amanhã.
Comecei meu trabalho atendendo telefonemas chatos, marcando reuniões, escutando resmungos de secretárias de outras empresas, fazendo o que Jared pediu, como reservar a suite de um hotel na Califórnia, e por ai em diante.
Na hora do almoço, fui a uma lanchonete e pedi um hamburguer. Nem um pouco saudável, eu sei.
Voltei para a empresa e estava organizando a agenda do Jared, quando lembrei que eu tinha que redigir um contrato importantíssimo para ele e mandar para o seu e-mail ainda hoje.
Passei praticamente toda a tarde do meu expediente com esse contrato e quando terminei enviei para o Miller.
Minutos depois, Nathalie me ligou pedindo para encontra-la em seu apartamento quando eu saísse do trabalho. Eu concordei dizendo que iria após pegar meu carro na oficina e ela aproveitou e pediu para eu passar na casa de Giulia para pega-la.
Terminei de revisar mais um contrato, salvei o documento e irei imprimir para deixar sobre a mesa de Jared amanhã pela manhã. Desliguei o computador, peguei minhas coisas e chamei o elevador que não demorou a chegar ao último andar da empresa.
Chamei por um táxi enquanto ainda estava no elevador e o aguardei paciente quando eu já estava na portaria do prédio e em menos de cinco minutos o táxi já estava parando na frente da empresa.
Entrei e dei o endereço da oficina em que meu carro se encontra. Graças a Deus o trânsito estava mais tranquilo e não demoramos a chegar. Paguei e agradeci ao motorista e logo eu estava pagando pelo concerto do meu carro. Antes de sair da oficina para a casa de Giu, eu liguei para ela e disse que chegava de 10 a 15 minutos.
Logo que parei na frente onde uma das minhas melhores amigas morava, a encontrei me esperando na porta de sua casa e fomos para o apartamento de Nath.
— Sabe o que a Nath quer, Kate?
— Não. Ela não fala comigo desde o dia da balada.
— O mesmo comigo.
— Espero que não seja nada grave.
Fomos conversando até chegar ao apartamento de Nathalie. Estacionei e subimos direto para o andar dela, já que o porteiro nos conhecia.
Tocamos a campainha e logo uma Nathalie que não soubemos decifrar abre a porta.
— Entrem.
Entramos e fomos direto para a sala.
— O que aconteceu, Nath? – perguntei.
— É sobre o Liam.
— Ele te fez algo? – perguntou Giu.
— Me fez apaixonar por ele, mas eu estou com medo.
— De que?
— De me entregar. Vocês sabem que eu nunca namorei, nunca consegui me apegar a alguém, mas o Liam é diferente. Meu coração acelera sempre, nós temos papo, ele me faz rir sempre, eu o faço rir. Ele disse que quer me conhecer melhor, tentar algo sério, mas eu não sei o que fazer.
— Nath, se você se sente bem ao lado dele, seu coração acelera e vocês sempre estão fazendo o outro rir, por que não tentar algo sério? – eu sugeri.
— Concordo com a Kate.
— Eu não sei. Eu quero muito, mas tenho medo de me machucar.
— Se você se machucar, com toda a certeza eu e Giulia vamos deixar ele muito mais machucado.
— Obrigada, meninas.
*
Ao chegar na empresa na manhã seguinte, Jared estava novamente me esperando encostado em minha mesa.
— Já virou costume me esperar, é? – o provoquei.
— O que eu posso fazer se você toma conta do meu coração?
— Nossa, que romântico. Assim eu me apaixono. – respondi no mesmo tom de ironia que ele.
— Sei que sim, lindinha. Agora vamos ao que interessa, minha mãe disse que virá hoje aqui e com uma “surpresa” – disse a última palavra e fez sinal de aspas com a mão. — Provavelmente alguma garota, filha de uma de suas amigas, para me apresentar e convencer que tenho que namorar. Eu faço o que você quiser se você fingir ciúmes e se mostrar completamente louca por mim, assim como eu me mostraria para você.
— Não. Nem pensar.
— Kate, por favor.
— Não.
— Eu te imploro.
— E eu te digo Não.
— Tudo bem. Alguma dica de como eu posso me livrar, então? Porque eu não sei mais o que inventar a minha mãe.
— Por que você não quer namorar?
— Não é que eu não queira, Kate, e sim que eu não encontrei a garota. Quando eu encontrar eu irei lutar pela felicidade dela a cada dia e ama-la e mostrar esse amor a cada segundo. Formar uma família e ser feliz.
— E sua mãe não entende?
— Minha mãe acha que eu tenho que começar a namorar e mostrar ser um cara de família, pois assim os empresários respeitam mais. – foi ele dizer isso para ouvirmos o som do elevador. Uma senhora muito elegante adentrou junto a uma garota, um pouco fútil. Oh, Deus, eu não posso deixa-lo se livrar dela sozinha.
— Mãe, que surpresa você aqui mais cedo. Esperava que viesse mais tarde.
— Resolvi vir mais cedo pra não arrumar desculpas para me receber. Essa aqui é a Naomi, filha de uma grande amiga.
— Oh, quando for assim, não se preocupe, Senhora Miller, que eu mesma me encarrego de seu filho te receber, não é mesmo, amor? – disse olhando para ele com um sorriso.
Pude ver em seus olhos o desespero indo embora.
— Sim, baby. – sorriu passando os braços pela minha cintura.
— Você é namorada do meu filho?
— Na verdade eu sou quase esposa, já que eu tenho que lembrar seu filho de tudo, inclusive ficar cuidando dele.
— Cuidando?
— Você não contou a sua mãe que passou mal e eu tive que ficar cuidando de você junto do Liam no sábado a noite, amor?
— Oh, é. Eu passei mal, e Kate ficou cuidando de mim todo o final de semana.
— Vejo que encontrou alguém bem especial, querido. Agora deixa eu falar, Naomi faz faculdade de Recursos Humanos, e achei uma ótima ideia ela estagiar aqui, o que me diz?
— Legal, claro, mas iria contra as politicas da empresa se eu aceita-la antes de se candidatar a vaga de estágio. – se virou para Naomi. — As vagas para candidatos a qualquer área na empresa começam semana que vem. É só você ligar que vão passar todas as informações.
— Obrigada, Senhor Miller. Eu admiro muito a sua empresa e espero que consiga algo aqui no futuro. – eca, que vozinha irritante. E NÃO. Não É CIÚME.
— Eu também. – se virou para minha sogra, pelo menos por mais alguns minutos. — Mãe, a senhora vai querer falar comigo? Eu tenho uma reunião em meia hora.
— Não, meu amor. Eu estou indo. Foi um prazer conhecer a minha nora. Te vejo em breve, Kate.
Assim que se despediram e o elevador desceu, eu me virei com raiva para Jared.
— EU FINGI SER SUA NAMORADA ATOA.
— Desculpe, ok? Mas ainda acho que se você não fingisse, ela daria um jeito.
— Desculpa não vai mudar nada.
— Eu faço qualquer coisa, Kate. Sério. Você me salvou.
— Ok. Eu irei em um restaurante de comida japonesa e você vai pagar a minha conta.
— Hoje?
— Amanhã. E eu sairei mais cedo pra me arrumar.
— Ok. Eu deixo um cartão e a senha com você amanhã.
— Ótimo.
— Sabe, eu pensei que você pediria por alguma outra coisa, não sei, mas não imaginava que seria comida.
— Comida é a melhor coisa desse mundo.
— Certo. Será que eu posso ir jantar com você amanhã então?
— Eu acho que não, Jared. Você é um cara conhecido e vive com jornalistas atrás de você para uma foto constrangedora ou apenas para saber o que você faz no dia a dia, e se me veem com você, podem especular que sou alguma coisa sua e tudo que não quero é que saibam da minha vida.
— Tudo bem. Desculpe. – ele pareceu magoado. DROGA. Eu também queria jantar com ele.
— Mas se você conseguir uma mesa bem reservada, onde é impossível de tirarem qualquer foto que seja, eu ficarei feliz em jantar com você.
— Eu posso dar um jeito. Irei fazer tudo hoje, ok?
— Tudo bem. Tenho mais um pedido.
— Diga. Eu disse que faria qualquer coisa se você me ajudasse.
— Eu não quero essa garota estagiando aqui. – Jared sorriu sapeca.
— Isso tudo já é ciúmes, baby? – perguntou provocando.
— Não preciso de ciúmes, amor, eu me garanto. – ele sorriu.
— Fique tranquila, Kate. Eu não a colocarei na minha empresa. Conheço de longe que ela não daria certo aqui e só quer se aproveitar.
— Obrigada.
— De nada, baby. – piscou e saiu para sua sala.
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