Dreams escrita por Mandy


Capítulo 2
Capítulo 2




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O fim de semana passou bem rápido e eu já estava na minha mesa no local de trabalho.

Jared não tardou a chegar.

— Katherine. – me cumprimentou.

— Jared. – ele me olhou com uma sobrancelha erguida. — O que? Não espera que eu te chame de Senhor Miller não é?

— Sim, espero e quero. Estamos na minha empresa e não vou aturar suas gracinhas, como eu já havia dito.

— Ui. Ok.

— Ótimo. Quero você em cinco minutos na minha sala para passar a agenda do dia. – disse e não esperou minha resposta.

Após atender uma ligação, fui à sala dele. Bati na porta e o escutei pedindo para entrar.

— Então?

— Não há nada na sua agenda para hoje, pelo menos por enquanto.

— Está me zoando?

— Por que eu estaria?

— Porque você não leva nada a sério.

— Se eu não levo nada a sério, por que me contratou?

— Porque, por mais estranho que possa parecer, seu currículo foi o melhor que apareceu.

— Então não duvide do meu trabalho. – disse ainda mais irritada.

— Mas eu juro que se você continuar assim, eu não vou me importar de te demitir, e ter que enfrentar outra manhã e tarde de entrevistas.

— Isso é fácil. Posso facilitar mais ainda e pedir a demissão. O que me diz?

— Não. Eu só não estou em um bom dia e é a primeira vez em anos que não tenho nada em minha agenda. Desculpe, Katherine.

— Tudo bem. Só não faça mais isso. Odeio que duvidem de mim.

— Não irei. Se algo aparecer na agenda, avise com meia hora de antecedência, por favor.

— Está bem. Posso voltar a minha mesa?

— Claro. E você vai evitar a todo o custo me chamar de Senhor Miller, não é? – perguntou brincalhão.

— O máximo que eu conseguir. – respondi risonha.

— Esqueça isso, Katherine. Me chame de Jared mesmo.

— Não pode ser de chato ou insuportável?

— Não abusa, menina.

Sai rindo de sua sala e voltei a minha mesa. A secretária de Jared, não pode me treinar pois os problemas com a família se agravaram, então ela me passou um e-mail explicando tudo.

Alguns minutos se passaram, quando o telefone tocou.

— Empresas Miller, bom dia.

— Bom dia, Louise?

— Não. Katherine.

— Oh, perdão. Eu sou Patricia, mãe do Jared. Ele se encontra?

— Sim, senhora.

— Passe a ligação para esse irresponsável, que não atende o celular quando eu ligo, por favor, querida.

— Um minuto, senhora Miller.

Liguei para a sala de Jared.

— Diga.

— Sua mãe está no telefone, linha um, seu irresponsável. Palavras dela, não minha.

— Droga. Obrigado, Katherine.

— Disponha.

Fiquei focada vendo a parte administrativa da empresa, mesmo não sendo minha obrigação quando vi um desfalque. Analisei bem o gráfico junto ao lucro obtido e vi que não se batiam.

Bati na porta e Jared pediu para entrar.

— Diga.

— Temos um problema.

— Qual seria?

— Eu sei que não é a minha area aqui na empresa e nem minha obrigação e peço desculpas desde já pela intromissão, mas Jared, eu achei um desfalque na empresa. – peguei o papel e entreguei a ele — Os gráficos simplesmente não batem com o lucro. A pessoa que fez, soube esconder muito bem. O gráfico estaria completamente certo, se não fosse por uma pequena alteração na curva, o que a pessoa provavelmente esqueceu-se de calcular no inverso, para que não fosse achado o erro, algo que pelo visto ele acertou já que ninguém achou.

— Até você olhar. E realmente, você tem razão, Katherine. Podemos almoçar juntos para continuar falando sobre isso? Em uma hora. Eu tenho que terminar algo que minha mãe pediu e logo nós saímos.

— Tudo bem.

— Obrigado por isso.

— De nada.

Voltei a minha mesa mais tranquila, acreditava que Jared iria me dar uma bronca por mexer no que não me diz respeito, mas ele reagiu super bem o que me deixa devidamente aliviada.

Uma hora mais tarde, já na hora do meu almoço, como prometido, Jared saiu de sua sala.

— Vamos? – me chamou.

Apenas concordei. No elevador, ele me perguntou se desejava almoçar perto da empresa ou se ele podia escolher um restaurante a sua escolha.

— Acho melhor aqui perto, afinal temos, ou pelo menos eu tenho que voltar ao trabalho.

— Tudo bem. Tem um restaurante de massas aqui perto, da para ir andando. Pode ser?

— Claro.

Então, Jared apertou para a portaria, já que ele tinha colocado para a garagem da empresa.

Assim que chegamos ao hall, saímos e fomos caminhando em direção ao restaurante mecionado por meu chefe. Não caminhamos nem cinco minutos e chegamos a um restaurante com um ar italiano, mas simples. Escolhemos uma mesa mais reservada, e logo fomos atendidos.

Jared optou por um espaguete ao molho branco, enquanto eu pedi uma lasanha quatro queijos. Pedimos suco de laranja natural para acompanhar.

— Como você descobriu?

— Bem, ao terminar de ler o email que sua secretária me passou e ao ver que não tinha muita coisa a se fazer, eu resolvi dar uma olhada na parte administrativa de sua empresa, até para tentar entender o porquê de ela ser tão bem conceituada e foi onde vi esse desfalque.

— E por qual motivo você quis analisar o gráfico juntamente ao lucro da empresa?

— Como adiministradora, mesmo que não exercendo a função na sua empresa, já é instinto em mim.

— E é muito dinheiro?

— Não. A pessoa provavelmente fez apenas um teste, para ver se ninguém iria perceber então o desvio foi de menos de 5%, mas esse mês ele já pode aumentar.

— Então, esse mês, assim que me passarem o que foi feito, você irá analisar, dependendo, eu irei demiti-lo. Não posso continuar com alguém que está me roubando na empresa.

— Certo. Obrigada pela confiança, Jared.

— Eu que tenho que te agradecer, Katherine. Você me ajudou bastante.

— Por nada.

O pedido chegou e juntos eles começaram a conversar sobre outras coisas, e logo o assunto da balada se fez presente.

— Você sabe de alguma novidade entre Nathalie e Liam?

— Nenhuma. Ela não falou comigo.

— Liam também não tocou no assunto.

— Você acha que eles dariam um belo casal?

— Sim. Liam nunca deu trabalho, sempre foi centrado em seus objetivos e sempre quis se apegar a uma única mulher e formar uma família com ela, só que ele foi muito machucado uma vez e tirou essa ideia da cabeça, até colocar os olhos em sua amiga.

— Oh Meu Deus. Tomara que tudo dê certo, então. E já que tocamos nesse assunto, é verdade o que o Liam comentou?

— Sobre?

— Você não ter me tirado da cabeça desde a entrevista. Eu sei que causo muito, mas não imaginava a ponta de não sair da cabeça de alguém. – disse brincalhona.

— Liam adora brincar comigo, nem parece que eu sou o mais velho. Eu apenas comentei com ele da garota que já chegou me intimidando e era absurdamente inteligente, ele apenas levou para esse lado.

— Absurdamente inteligente? UAU. Obrigada.

— Tudo bem, não fique se achando. – eu ri do modo como ele falou.

Terminamos o almoço, ele pagou mesmo eu insistindo em pagar minha parte, e voltamos para a empresa.

Ele foi para sua sala e eu para a minha mesa.

Fiquei tão concentrada nos meus afazeres que apareceram do nada, que não percebi que a hora de ir embora já tinha dado, só quando Jared me chamou.

— Não vai embora, Katherine?

— Para falar a verdade, nem vi a hora passar.

— Então vejo que fiz certo em te contratar. – rimos. — Vamos?

— Claro.

Desliguei o computador, recolhi minhas coisas e o segui para o elevador. Quando este chegou ao nosso andar, Jared apertou para o estacionamento da empresa, enquanto eu apertei para o hall.

— Você vai como para a casa? – perguntou me fazendo desviar a atenção do celular, o qual eu pretendo usar para chamar um táxi.

— Táxi. Meu carro está com problemas.

— Você quer que eu te leve?

— Não é necessário, Jared.

— Não tem problema, Katherine. É pouco do que posso fazer depois do que você fez para mim e minha empresa, sem nem ser a sua função.

— Tudo bem, mas nesse caso, me chame de Kate. Eu não gosto muito quando me chamam de Katherine.

— Certo. Então, posso te levar até sua casa, Kate?

— Tudo bem.

O elevador chegou ao hall, mas Jared apertou o botão e as portas se fecharam novamente. Chegamos à garagem do prédio, e seguimos até seu carro, que reconheci por ser uma BMW Série 7 Sedã. Esse carro custa mais que meu apartamento todo mobilhado, meu carro e todas minhas roupas juntas.

— Se seu carro for roubado, não acione a policia. – eu disse entrando no carro.

— Pretende tirar meu carro, é? – disse rindo enquanto colocavámos o sinto.

— Lógico. Estamos falando de uma 750LI Sports.

— Entende de carro, Kate? – perguntou já com o carro pela avenida.

— Sim. Ou melhor, quando se trata de BMW, sim. Eu ainda terei um carro da BMW. Mas acredito que seja um série 3 sedã, pois é o mais próximo da minha realidade. Talvez em uns cinco anos, dividindo em um pouco mais de 30x.

— Cinco anos? Você pode ter crescido na empresa, Kate e ganhar um ótimo salário.

— Eu sei, mas também tenho projetos mais importantes para fazer, do que comprar um carro. A BMW pode esperar.

— E poderia me dizer que projetos são esses?

— Desculpa, Jared, mas no momento eu prefiro deixar só comigo.

— Claro. Agora, pode me dizer onde você mora?

— Ai meu Deus, é verdade. Esqueci completamente. – rimos e logo disse o endereço do meu apartamento.

Chegamos um pouco depois e eu agradeci antes de sair.

— De nada, Kate. Quer que venha te buscar amanhã?

— Não. Obrigada.

— Você tem certeza?

— Sim. Não precisa mesmo, Jared.

— Tudo bem. Te vejo na empresa.


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