P.O.V Aloy

Era tarde da noite quando volto para o meu dormitório na central da SHIELD. Era quase três da manhã. Entro silenciosamente no quarto para evitar acordar os outros cadetes e soldados.

Acabara de voltar da casa de Stark. Fomos ver uns filmes e beber um pouco e, realmente, a cerveja que ele me mostrou é, no mínimo, mil vezes melhor do a do lugar que Loki explodiu.

Eu e Stark estamos saindo á quase seis meses e ainda não entendi muito bem o que eu sinto por ele, é um atração diferente. Gostava se sua presença, de seu toque e de tudo o que ele me proporcionava: liberdade e paz. Stark é uma pessoa gentil, carinhosa.

Desde que perdi Katherina ele tem sido um ótimo amigo.

Estar com ele me faz esquecer tudo.

Tony consegui me deixar feliz e não me fazer pensar em Kath, ou em Sam ou em toda a confusão que me meti. Sorrio, acho que sinto aquilo que Samuel me descreveu quando eu perguntei o que ele sentia quando estava com Katherina...

Troco de roupa e me jogo na cama. Estava cansada e um pouco bêbada, o que me faz cair no sono muito rápido.

Acordo sendo segurada por mãos estranhas. Abro os olhos rapidamente e vejo soldados altamente armados. Meu coração acelera.

— O que está acontecendo? O que fiz? — Grito sendo arrastada da minha cama.

Nenhum dos soldados se manifestou. Me debato para tentar me soltar, mas eram muitos soldados me segurando e eram muito mais fortes que eu.

Deixo meu poder fluir. Minha pele esfria bastante, mas mesmo assim eles não me soltam.

— Socorro! — Clamo a plenos pulmões pelos corredores — Socorro!

Sou arrastada por muitos metros, sem saber exatamente por que. Sinto lágrimas escorrerem, estava com medo.

“O que foi que eu fiz?!”, penso.

Os soldados param de me arrastar quando entram em uma sala. Há uma espécie de caixão metalizado e altamente tecnológico. Meu coração para.

— O que fiz?! Digam-me!

Os soldados me jogam dentro do caixão e me prendem com amarras. Sinto minhas mãos ficarem frias, mas não por causa dos meus poderes, mas sim por conta das amarras que me prenderam com muita força.

Procuro algo familiar enquanto tento congelar o que me prendia. Encontro uma janela. E vejo um rosto desesperado...

Era Fury. Ele estava sendo segurando por três agentes com máscaras e um pequeno homem, magro e de terno, falava calmamente enquanto arrumava os óculos que vivia caindo de seu nariz fino.

— Fury! Fury! — Chamo, mas parecia inútil.

O caixão se fecha e olho apenas por uma pequeno espaço. Vejo Fury agarrado ao vidro, ele murmurava um “me desculpa”. Deixo as lágrimas correrem, sabia qual ia ser o meu final. Sorrio para Fury.

“Ainda há gente confiável na SHIELD no fim das contas”, penso.

Movo os meus lábios devagar o suficiente para que Nick me entenda.

“Não conte à Stark”. Repito a frase duas vezes até que Fury assente.

Preparo-me para o que me espera. Fecho os olhos e respiro devagar, na tentativa de me acalmar. Sinto algo muito, mas muito frio penetrar o meu corpo. E num último suspiro eu apago.