Vila Baunilha escrita por Metal_Will
Notas iniciais do capítulo
Mais um capítulo. Hoje conheceremos mais alguns personagens novos.
Em seu primeiro dia de aula em Vila Baunilha, Anne estava procurando a sua sala de aula. Enquanto tentava encontrar sua sala, ela deu de cara com um rapaz de boa aparência (e alto ego).
—Qual é o seu nome? - perguntou ele, olhando encantadamente para Anne.
—É…
—Oh, que falta de educação a minha - disse ele, interrompendo Anne antes que ela pudesse dizer uma palavra - Quem quer saber deveria se apresentar primeiro, não é?
“Acho que me interromper tão de repente é mais falta de educação ainda, mas…”, pensou Anne.
—Meu nome é Ian. Ian Ferraz - disse ele - Sou aluno do primeiro ano daqui.
“Ah, que maravilha. Ele está na minha sala”, pensou Anne.
—E qual é o seu nome, gata? - perguntou ele, sem a mínima vergonha.
—Anne - disse ela - Também estou no primeiro ano.
—É mesmo? Então...você deve ser uma aluna nova! Tenho certeza que não me esqueceria de um rostinho tão lindo se já tivesse te visto antes - disse Ian, sem cerimônia - Já que estamos no mesmo ano…
“Bom, pelo menos ele vai me dizer onde é a minha sala”, pensou a garota.
—...você pode me dizer onde é a nossa sala de aula. Certamente você já deve ter visto no mural, não é? - perguntou o rapaz.
“É, parece que não”, foi o que passou pela mente da menina.
—Você já viu? - insistiu Ian.
—Não. Não sei exatamente onde fica nada por aqui - disse Anne, tentando ao máximo manter alguma simpatia.
—Bom, já que é assim. Vamos ver juntos - disse Ian, tentando andar de braços dados com ela, mas sendo evitado imediatamente.
—Tudo bem, eu sigo você - disse ela.
—Como achar melhor - disse Ian, sem alterar seu bom-humor.
Anne seguiu Ian até o mural com as indicações das salas. Ela viu rapidamente a lista com o seu nome na sala 10. Uma lista com um imenso número de...sete pessoas, contando com ela.
—Esse é todo o primeiro ano dessa escola? - perguntou a garota.
—Pois é. Somos a sala mais cheia da escola - disse Ian. De fato, Anne olhou para as outras salas e viu a lista do segundo ano com cinco pessoas e o terceiro ano com...uma pessoa. Naquele ano, a escola só teria um formando. Um.
—Meu Pai amado...essa cidade é mesmo minúscula - disse Anne.
Nisso, o sinal tocou. Era hora da aula começar. Ian tenta segurar no braço de Anne e mais uma vez é recusado. Enquanto os dois se dirigiam para a sala, Luís e Luciano veem a garota chegando com o Ian.
—Olha lá - falou Luciano - A metidinha já conheceu o Ian.
—Oh, droga - disse Luís - Você não acha que os dois estão..namorando, estão?
—Não acho que alguém começaria um namoro em poucos minutos de conversa - disse Luciano.
—Nunca se sabe. Essas meninas da cidade grande estão acostumadas a ir bem rápido. Já ouvi falar muito disso - reclamou o baixinho.
—Bem, isso não garante que ela seja uma dessas, não é?
—Seja como for...é melhor averiguar isso logo.
Luís correu o suficiente para chegar na porta bem na frente de Ian e Anne. Com pouco fôlego e ofegante, ele disse:
—Oh, puxa vida...nos vimos de novo, heim? - ele tentava recuperar o fôlego.
—Você tá bem? - perguntou Anne.
—Eu? Estou ótimo! Correr de manhã faz bem para a saúde. Além disso, não podia perder um segundo da aula - disse ele.
—Claro que pode - falou Ian, simpaticamente - Você é o cara mais esperto daqui. Mas eu ainda sou o mais bonito.
—Há controvérsias - retrucou Luís.
“Acho que não tem muita controvérsia, não”, pensou Anne, ao reparar na diferença de aparência entre os dois garotos.
—E então? Vocês se conheceram agora? - perguntou Luís.
—Há uns cinco minutos atrás - disse Anne.
—E...vocês já são...amigos? - perguntou ele.
—Amigos? - repetiu Ian - Bem, não sei se dá para afirmar isso…
—Não são amigos? Sabia! Então, já estão namorando, não é verdade?! - disse Luís, quase chorando de desespero.
—Namorando? Ei, esp… - mas Anne foi interrompida mais uma vez por Ian.
—Também não diria namorando, mas...é claro que se a Anne estiver interessada em mim, como poderia resistir? - disse Ian, segurando nas mãos de Anne sem cerimônia alguma.
—Ora, seu… - Luís iria mesmo começar a chorar, mas Anne consertou rapidamente a situação.
—Ei, podem parar de falar essas coisas? Não quero namorar ninguém! - falou Anne.
“Graças a Deus! Se ela estivesse namorando o Ian teria que dar um jeito de separar os dois!”, pensou Luís, aliviado.
—Alguém falou em namoro? - disse uma bela garota, de cabelos pretos amarrados em um rabo de cavalo alto e com olhos cor de mel.
—Ema? - disse Luís.
—Bom dia, querida Ema. Já conhece nossa nova colega de sala? - perguntou Ian.
—Oi - disse Anne.
—Ah, mais uma garota! - disse Ema, com os olhinhos brilhando - Finalmente! O peso feminino desta sala vai aumentar.
—Espera, é mais uma garota mesmo - disse outra garota que, pelo visto, também era aluna da sala. Era uma menina negra com várias trancinhas no cabelo.
—Bom dia, querida Kelly - cumprimentou Ian - Conheça a Anne, nossa nova aluna.
—Anne. Que nome lindo - disse Ema - E, pelo visto, ela já estava interessada em iniciar um romance com o Ian.
—Espera aí! Eu não falei nada disso! - reclamou Anne.
—Relaxa - disse Kelly - A Ema adora criar casais, mesmo que só existam na cabeça dela.
—Sou apenas um bom cupido - disse Ema em sua defesa.
—Venha comigo, Anne - disse Ian - Tem uma cadeira do meu lado.
—Tem espaço suficiente nesta sala, Ian - disse Kelly, pegando Anne pela mão - Vem, senta do meu lado. Acredite, é bem mais tranquilo.
—É pra já - disse Anne, indo com Kelly.
Luís resolveu a oportunidade para falar com Ema.
—Ei, Ema - disse ele, se aproximando da mocinha.
—Ah, Luís. Você também estava aí? - disse ela, sorridente.
—Desculpe por não ser alto… - resmungou ele - Então, é que...quem está interessado na Anne...sou eu.
—Mesmo? - disse ela, animada - Que emocionante! Então temos um triângulo amoroso em nossa própria sala. E a garota nem chegou direito.
—Pode falar mais baixo? - reclamou Luís - Eu não sei se o Ian está mesmo gostando dela, mas...será que dá para aliviar o meu lado?
—Hmm...não sei - respondeu a garota - Tudo vai depender da química.
—Química? Sério? Ah, sou ótimo nessa matéria. Não tem como perder do Ian nisso.
—Estou falando de afinidade, querido - respondeu Ema - Sabe...se o santo dela bate com o dele ou com o seu.
—Ora, mas é claro que temos muita afinidade - disse Luís.
—Isso...só o tempo dirá - falou Ema, indo para o seu lugar. Luís também resolveu se sentar, já que o professor estava chegando na sala.
—E aí? Tá mais tranquilo agora? - perguntou Luciano, já em seu lugar na sala.
—Quando você chegou aí? - estranhou Luís.
—Entrei de fininho quando todo mundo tava bajulando a aluna nova - disse ele, enquanto esticava as pernas no corredor da fileira - Mas e então? Descobriu se eles estão mesmo namorando?
—Ainda não - disse Luís - Mas mesmo que estivessem, não vou perder a Anne assim tão fácil. Estou disposto a lutar.
—Curtiu mesmo a garota, heim? - reparou Luciano.
—Nunca me senti assim antes - disse ele - Estou mesmo apaixonado.
—Fala sério. Convivi pouco com ela e já sei que ela é um saco - reclamou Luciano.
—E você...que inveja! Você é vizinho dela! - disse Luís - Espero que não fique xeretando a vida dela lá da sua casa.
—Tenho mais o que fazer - retrucou Luciano.
Enquanto isso, Anne parecia ter se dado bem com Kelly. Talvez a adaptação dela não seja tão complicada assim. As coisas parecem estar caminhando bem. Será?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
No próximo capítulo, mais algumas apresentações. Até lá! ;)