Starling City 2013 escrita por AmandaTavaress


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Voltei. Reta final, quase acabando. Sei que tem demorado pra sair capítulos, mas entre Arrow e fic, fico com Arrow. Como vem mais um hiato por aí, vai sobrar mais tempo pra eu me dedicar e finalizar bem a fic.



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Oliver entrou acompanhado da Felicity na sala de reuniões (como sempre, estava atrasado), e viu que Sebastian Blood já estava na sala... junto com Isabel Rochev. Oliver conteve o sorriso quando ouviu o gemido exagerado de irritação da Felicity no momento que ela se deu conta de quem estava lá.
— Sr. Blood, vejo que já conheceu a Srta. Rochev, ela é minha--
— Supervisora! – Isabel interrompeu o que o Oliver dizia, e ele rebateu na mesma hora:
— Conselheira.
— Só no papel. – Isabel disse em tom de aborrecimento.
— E essa é Felicity Smoak, Chefe do meu setor de Ciências Aplicadas. – Os dois apertaram as mãos, e Sebastian acrescentou:
— Nos vimos na festa ontem. Mas pra que você me chamou aqui, Sr. Queen? Isso não poderia ter sido feito ontem? – Blood estava aparentemente incomodado, e Oliver lançou seu sorriso falso de playboy que agradava a tantos, mas que deixava Felicity com a pulga atrás da orelha.
— Nós começamos com o pé esquerdo, Sr. Blood. Repetidas vezes.
— Parece que esse é o seu super poder. – O sorriso de Oliver ficou mais enigmático, mas ele optou por não dizer nada por alguns instantes.
— Eu fiquei inspirado pelo que você disse ontem à noite sobre violência armada nos Glades, e eu tive uma ideia que pode ajudar.
— É mesmo? – Blood preguntou com ironia. – Outra festa na sua suntuosa mansão?
— Não. – Oliver respondeu, beirando agora a irritação. Felicity se aproximou mais dele e posicionou a mão no seu braço. – Eu quero patrocinar uma campanha de desarmamento pago. Eu dou o dinheiro, e você convence os seus eleitores a entregarem suas armas. Todo mundo ganha.
Blood fez uma cara de impressionado, mas disse:
— Especialmente você. Tentando reparar o nome manchado da sua família livrando os Glades das armas.
— Você só pega o dinheiro, Sr. Blood. – Agora Oliver estava de fato transparecendo sua irritação. – Não quero o nome da minha família envolvido.
— Sr. Queen, posso dar uma palavrinha? – Isabel interrompeu a conversa, e Blood disse que pensaria no assunto, enquanto ia embora. – Nós não vamos patrocinar esse evento!
— Eu sei. – Oliver respondeu. – Eu que vou.
— Com que dinheiro? – Isabel perguntou com repulsa na voz. – Sua festa de investimento custou à Corporação 50 mil dólares, e ninguém investiu nenhum centavo.
— Isso não é verdade! – Felicity interrompeu. – Bem, a parte do que a empresa gastou estou certa que pode ser, mas quanto a investimentos, você está mal informada, Srta. Rochev. – Felicity estava tão feliz de corrigir Isabel, que ela nem se importava de soar um tantinho arrogante. – O conselho não foi informado ainda, mas eu conversei pessoalmente ontem à noite com o Ray Palmer, da Palmer Tech, e ele ficou extremamente impressionado com os projetos atuais da Ciências Aplicadas, e ele abriu sua agenda para vir hoje mesmo, pessoalmente, conferir nossos projetos e iniciar parcerias. Eu e ele nos demos muuuuito bem ontem à noite. – Isabel ergueu uma única sobrancelha julgando o comentário da Felicity, enquanto Oliver permanecia irritado. – Não nesse sentido! – Felicity corrigiu constrangida. – Só quis dizer que conversamos muito, e estamos na mesma sintonia.
— Ainda assim, – Isabel continuou como se não tivesse havido a interrupção. – eu não vou continuar a autorizar fundos corporativos só pra você continuar fingindo que é o CEO.
— Beleza. – Oliver disse. – Eu mesmo pago. – Isabel riu e respondeu:
— Talvez você não tenha notado, mas o seu fundo pessoal não é mais exatamente o que costumava ser, e nem o dessa empresa. – Oliver se sentiu repreendido como uma criança, mas antes que pudesse responder, Isabel continuou. – Eu adoraria tornar essa cidade mais segura, mas a minha prioridade é a Corporação Queen. E a sua também é!
— Sem problemas! – Felicity disse com um sorriso falso, olhando pra Isabel. – Eu posso bancar... E se eu precisar de reforços, tenho certeza que a Fundação Rebecca Merlyn vai ter muito interesse numa iniciativa dessas. Além de família, o Oliver tem amigos...
Isabel fez uma cara de quem comeu e não gostou e saiu da sala pisando firme.
— Você não precisa... – Oliver começou a falar, mas Felicity interrompeu.
— Não tem problema, Oliver! Até porque o dinheiro que vou usar pra isso é seu mesmo... Ou você acha que eu torrei um milhão de dólares em tão pouco tempo? – Felicity perguntou com um sorriso, que Oliver retribuiu. Ela se aproximou mais dele para que ele ouvisse quando ela continuou sussurrando. – E outra, é uma boa manter o Tommy por perto. Dia 03 é Domingo agora. A gente envolve ele nesse projeto, assim a gente consegue ficar de olho nele e proteger caso aconteça alguma coisa.
— Felicity... – Oliver suspirou e ela olhou curiosa pra ele. – Já te disse recentemente como você é inteligente?
— Nunca me canso de ouvir!
Felicity retribuiu o sorriso tímido que Oliver lhe lançou, e o momento foi interrompido por Gerry, que entrou na sala ligeiramente esbaforido dizendo:
— Srta. Smoak! O Sr. Palmer está na linha, e ainda bem que você ainda está aqui!

***

Sebastian Blood havia aceitado a proposta do Oliver, e marcou um evento público às pressas para Domingo à tarde nos Glades. Felicity havia passado a maior parte da tarde com Ray Palmer mostrando as instalações da Corporação Queen e os projetos do setor de Ciências Aplicadas. Oliver não sabia muito o que fazer sem ela na empresa, e não aguentava mais ouvir os sussurros sobre o quão jovem e bem sucedido Ray Palmer era, sobre o quão bonito ele era, sobre o quão rico ele era, e como seria ótimo pra Corporação fechar parceria com ele. Um dos membros do Conselho chegou até a ir falar com ele sutilmente pedindo que deixasse que a Srta. Smoak lidasse com isso sozinha, porque parecia que ela e o Sr. Palmer estavam se entendendo muito bem. Oliver estava tão irritado e se sentindo um tigre enjaulado, que preferiu sair mais cedo do Corporação. Ele passou na Fundação Rebecca Merlyn e conversou com o Tommy sobre a campanha de desarmamento, e claro que o amigo topou participar. Oliver havia prometido ficar de fora do evento, mas como quem patrocinaria seria a Felicity e como era um dia muito importante para o Tommy, Oliver com certeza estaria presente. E com tantas armas envolvidas, o potencial para desastre era grande.
Oliver chegou a conversar com a Sara mais uma vez, que lhe pediu que não contasse pra ninguém da sua presença, nem para o seu pai. Oliver não concordava com a atitude dela, mas aceitou mesmo assim. Como Samantha tinha planos com o William e os avós dele nesse fim de semana, Oliver não iria pra Central City, e por causa da campanha no Domingo, resolveram antecipar a reuniãozinha deles para Sábado à tarde.

***

— Thea! Esse ainda é o seu endereço, né? – Felicity perguntou enquanto abraçava a amiga, que estava chegando na Mansão Queen para a noite de filmes... nesse caso, tarde de filmes. – A Raisa ligou no meu celular para que eu planejasse os comes e bebes da “reunião”. – Felicity fez o gesto de aspas com a mão. – Eu nem sabia que ela tinha o meu número! E como assim “organizar reunião”? Isso é um conceito completamente novo pra mim!
— A Raisa sempre organiza com a minha mãe os eventos que ocorrem aqui. – Thea disse com naturalidade enquanto entrava, Roy, após fechar a porta, lançou um “E aí, loirinha?” pra Felicity. – Na falta da minha mãe, ela elegeu você como responsável pelas “socialidades” da casa. – Antes mesmo que Felicity pudesse contestar o comentário, a adolescente continuou. – Mas me conta! – Thea disse se aconchegando toda na amiga, passando o seu braço no dela. – O Ray Palmer pessoalmente é tudo isso que dizem mesmo? Ouvi dizer que ele é o pacote completo de gênio e gostoso! Não que eu me interesse pela primeira parte, mas quando é bom de se olhar, quem vai negar?
— Ei! – Roy bufou contrariado enquanto olhava feio pra namorada. Thea não respondeu nada, apenas encarou de volta e ergueu uma única sobrancelha.
— Tão lindo e tão inseguro! – Felicity disse com um sorriso enquanto achava graça da indignação dele. Roy, percebendo que estava em desvantagem, saiu andando na frente das duas. Ele cumprimentou brevemente o Oliver, que vinha na direção contrária, de encontro à irmã.
— Oi, Thea. – Oliver disse distraído rapidamente e voltou-se para a Felicity. – Ei, será que você poderia ir falar com a Raisa? Eu falei pra ela falar dessas coisas de casa com você... Eu não entendo nada disso! – Felicity queria reclamar, dizendo que aquela nem era a casa dela, mas a carinha de confuso do Oliver era irresistível, e ela acabou cedendo.
— Vai lá, Lissy! – Thea disse com um sorriso de quem estava armando alguma coisa. – Depois a gente conversa mais sobre o gostosão do Palmer!
Felicity olhou confusa pra menina por conta da escolha de palavras, mas achou melhor não contestar e ir logo ver o que a Raisa queria. Oliver parecia agora ligeiramente irritado, e olhava feio pra Thea.

***

Como era de tarde ao invés de noite, o grupo preferiu jogar ao invés de ver filmes. Depois de algumas rodadas de charadas, Thea propôs que deixassem as coisas mais interessantes abrindo o bar e brincando de “Nunca Antes Eu”. Tommy adorou a ideia, ficando todo animado, pegando os copos e a bebida.
— Não tá muito cedo pra beber não? – Felicity perguntou ligeiramente incomodada, e sem querer deixar muito na cara que ela odiava falar de seu passado.
— Hoje é Sábado, e daqui a pouco eu tenho que ir pra Verdant, trabalhar a noite toda... Nada mais divertido que conhecer melhor os amigos! O goró é só pra deixar a língua mais solta.
— Thea, você nem tem idade pra beber... – Oliver disse sem muita convicção.
— Ah, qual é, Ollie! – Tommy mantinha o sorriso largo no rosto. – Esse barco partiu já faz tempo. A Thea bebe, e a gente também bebia na idade dela! – Oliver deu de ombros, e resolveu não dizer mais nada.
— Beleza! – Thea disse depois que cada um estava com um copinho com um dedo de bebida. – Todos conhecem as regras? Eu digo “Nunca Antes Eu fiz tal coisa”, e quem já tiver feito tal coisa, tem que virar uma dose. Bem simples. Todos dentro? – Todos assentiram com a cabeça, e até o Diggle parecia animado. – Ok, eu começo! Nunca Antes Eu fiz uma tatuagem.
— Se o Oliver tiver que beber por cada uma delas, ele entra em coma... – Tommy disse rindo sem beber do seu copo. Oliver, Diggle e Felicity viraram.
— Felicity! – Thea disse espantada. Cadê essa tatuagem que eu nunca vi?
— Eu tenho que manter os meus mistérios... – A loirinha respondeu com um sorriso.
— Beleza! Eu agora. – Tommy anunciou. – Nunca Antes Eu beijei alguém do mesmo sexo. – Ele disse erguendo as sobrancelhas e olhando em volta.
Felicity, vermelha até as raízes do cabelo, foi a única que bebeu. A sala explodiu em exclamações e risadas.
— Já bebi duas seguidas, é a minha vez agora! – Felicity exclamou. – Nunca antes eu bombei numa matéria da escola. – Todos beberam menos ela e o Diggle.
— Eu agora! – Diggle disse com uma expressão no olhar de quem estava aprontando, e Felicity já estava com receio. – Nunca Antes Eu desejei alguém dessa sala.
Thea e Roy beberam sem pestanejar, mas por alguns instantes rolou um climão entre Oliver, Felicity e Tommy até que os três viraram o copo.
— Uuuuuhhh! – Thea disse sorrindo. – Quanto mais tonta eu fico, mais interessante a brincadeira fica! – Oliver franziu a testa quando a irmã disse isso e ficou observando-a por alguns instantes, até que disse:
— Minha vez! – Oliver olhou feio pro Diggle, entendendo muito bem a intenção do amigo com a pergunta, e querendo se vingar. – Nunca Antes Eu fui casado.
Diggle assentiu a cabeça com um sorriso, entendendo o recado e foi o único a beber.
— John! – Felicity exclamou chocada, mas ficou por isso mesmo.
— Bom, só sobrou eu. – Roy disse. – Nunca Antes eu fingi amar alguém.
— Ah, que fofo, Roy! – Felicity comentou com um sorriso enquanto Thea dava um selinho no namorado. Oliver e Tommy viraram o copo.
— O Ollie definitivamente perdeu essa rodada. – Thea disse rindo. – Agora vamos subir o nível porque é a última! Quero chegar inteira pra trabalhar hoje. Então, vamos lá: Nunca Antes Eu disse o nome errado no meio de uma transa. – Oliver e Tommy beberam, e Thea começou a rir. – Vocês dois são o típico caso de “meu passado me condena”! É tão fácil fazer vocês beberem!
— É, né? – Tommy disse irônico. – Vou te pegar agora. Nunca Antes eu dei em cima de um cara mais velho.
— Sacanagem, Tommy! – Felicity disse enquanto ela e Thea bebiam. – Culpa sua, Thea, então essa é pra você! Nunca Antes Eu Transei com alguém nessa sala.
— Valeu, hein Felicity! – Thea disse como se estivesse irritada, mas de bom humor, enquanto bebia. Roy ficou sem graça e bebeu também. Mas o choque foi quando Oliver e Tommy se entreolharam, assentiram com a cabeça e viraram o copo.
O queixo da Thea caiu, e ela ficou tão chocada que não conseguia nem perguntar nada.
— A gente já transou a três com a mesma mulher. A quatro... Acho que até a cinco... – Tommy disse com um sorriso que ia aumentando aos poucos, e Felicity não queria admitir em voz alta, mas ela achou aquilo extremamente excitante.
— Tá louco! Vocês não sabem brincar! Nível profissional aqui... – Roy reclamou respirando fundo algumas vezes e chacoalhando a cabeça.
— Não sabe brincar, não desce pro play! – Tommy riu alto, e Roy continuou com sua cara amarrada de sempre.
— Eu de novo. – Diggle disse contente. – Nunca Antes eu tive problemas com a polícia.
Todos beberam em meio a gemidos de reclamações.
— Até você, loirinha! – Roy disse surpreso.
— Até eu tenho um passado, Roy. – O adolescente assentiu com a cabeça e uma expressão de impressionado.
— Eu vou pegar leve. Você já bebeu demais, Thea. Nunca Antes Eu enchi uma piscina de cerveja.
Tommy bebeu e os outros riram.
— É a última, Roy, capricha! – Thea se virou animada pro namorado, que pareceu pensar uns instantes antes de dizer:
— Nunca Antes Eu desejei a namorada do amigo.
— Cruel, Roy, mas eficaz. – Tommy disse enquanto bebia. Oliver e Diggle beberam também. – Acho que empatamos nessa. – Tommy esticou o braço com o punho fechado na direção do Oliver, que cumprimentou o amigo de bom humor.
— Bom, eu e o Roy estamos indo. – Thea disse se levantando. – O motorista leva a gente. Vou só me despedir da Raisa, e já vamos. Comportem-se, crianças!
— A gente se vê amanhã no evento de desarmamento, certo? – Felicity perguntou pros dois enquanto eles se despediam.
— Com certeza! – Roy respondeu.
Depois que os dois foram embora, Oliver voltou-se para os três amigos na sala e disse:
— E por falar no evento... Tommy, a gente recebeu uma informação de que talvez sua vida esteja em risco amanhã. Então, por favor! Você vai estar de colete à prova de balas e não vai sair do meu lado nem um minuto, entendeu?
— Meu herói... – Tommy disse com voz apaixonada e fingindo querer beijar o Oliver, que fugia dos avanços do amigo, mas com um sorriso no rosto.


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Notas finais do capítulo

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