Starling City 2013 escrita por AmandaTavaress


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas voltei. Vocês pediram Olicity, e Olicity terão.



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“E nas notícias locais, o bilionário Oliver Queen retornou mais uma vez à Starling City depois de mais de um mês viajando. Com o julgamento de sua mãe se aproximando, e a empresa da família, que emprega mais de 30 mil pessoas na cidade em risco, há muita especulação se ele vai ou não assumir essa liderança. Mas o curioso é que Oliver Queen não retornou diretamente à Starling. Não, ele foi avistado em Central City juntamente com uma possível namorada, que conseguimos identificar como Felicity Smoak. Isso mesmo! Aquela que salvou Tommy Merlyn. Estaria Oliver demonstrando mais do que apreço num fim de semana romântico? Veremos...”
— Ollie! – Thea chamou entrando na mansão Queen. A probabilidade de seu irmão ouvi-la era mínima dado o tamanho da casa, mas ela precisava muito tirar a história que ouviu na TV à limpo.
— Oi, Srta. Thea! – Thea abriu um sorriso enorme e abraçou apertado a Raisa, que veio recebê-la na porta. – Agora que o seu irmão voltou pra casa você vai voltar também, não? – O olhar esperançoso de Raisa, que era quase uma mãe pra Thea, partiu o coração dela.
— Não, Raisa... Por enquanto não. Eu só vim aqui tirar uma história a limpo com o Oliver. – Raisa assentiu com a cabeça e passou a mão carinhosamente nos cabelos dela.
— Ele está no quarto dele se arrumando. Disse que vai à empresa hoje.
— Obrigada, Raisa.
Thea subiu as escadas dois degraus por vez, chamando o nome do irmão. E porque anunciou tanto que estava ali, nem se importou de bater quando chegou na porta do quarto dele.
— Ollie! – Ela disse mais uma vez, abrindo a porta. – Você pode explicar que história é essa de fim de semana romântico em Central City?
— Bom dia, Thea! – Oliver disse com um olhar recriminatório enquanto apertava o nó de sua gravata. – Eu não sabia que você era capaz de acordar tão cedo sem que sua vida estivesse em risco!
— Rá, rá! Muito engraçado! – Thea se aproximou da cama do irmão e se jogou nela, apoiando a cabeça em uma das mãos pra não ficar completamente deitada. – Vida em risco é a sua e a da Felicity se não me explicarem essa história direitinho! Eu não acredito que vocês estão juntos e não me falaram!
— Eu não tenho a mínima ideia do que você tá falando, Thea! – Oliver passou perfume e se olhou em frente ao espelho, sem um pingo de preocupação.
— Eu tô falando de você e a Felicity terem sido avistados juntos em Central City esse fim de semana. Eu vi fotos! – Thea apontou um dedo pro irmão, que havia se virado para olhar pra ela. – Além disso, o Twitter tá bombando com a #Olicity e #Tomicity. E eu que achei que a palhaçada de vocês dois dividirem a mesma mulher tinha acabado!
— A diferença é que a Felicity não tem nada nem comigo nem com o Tommy! – Oliver respondeu com um tom de irritação.
— Você tem certeza? Porque não tem como desmentir que vocês viajaram juntos, e ela foi de fato atrás de você pra te trazer de volta. Quanto ao Tommy... – Thea abriu um sorriso com a perspectiva de provocar o irmão. – Sei lá se não rolou nada entre os dois... Ele morou um mês na casa dela, Oliver. Um mês! E pelo que eu conheço de você e do Tommy, nenhuma mulher estaria a salvo de vocês por tanto tempo!
Oliver ficou em silêncio com uma cara emburrada e mexendo os dedos da mão de forma repetitiva por alguns instantes, até que Thea começou a rir.
— Thea, não é nada disso! A Felicity foi sim comigo até Central City como um favor de amiga. Foi muito importante pra mim, e eu vou te contar tudo assim que eu falar com a mamãe primeiro.
Thea reparou que o irmão estava sério, e logo endureceu o olhar também.
— Você vai ver a mamãe? Vai visitar a mulher que fez a cidade perder 500 pessoas inocentes?
— Thea... – Oliver tombou a cabeça ligeiramente e olhou sério pra irmã. – Não foi isso que a mamãe fez.
— Claro... – Thea respondeu em tom de deboche. – Ela não teve escolha... Mas adivinha? – Thea acrescentou com um sorriso irônico. – Ela teve! A escolha de não ser uma assassina em massa. E eu também tenho uma escolha. A escolha de não ser filha dela. 
— Bom, a escolha, ainda que errada, é sua. – Oliver disse com um suspiro. – Mas o que eu tenho pra falar com a mamãe é ainda mais sério que isso. E como eu disse, te conto tudo depois. Prometo. – Thea assentiu com a cabeça e se levantou da cama do irmão.
— Café da manhã? – Oliver sugeriu passando o braço pelo ombro da irmã. – Aposto que a Raisa está nesse momento já preparando seus favoritos. – Thea sorriu e os dois foram juntos pra cozinha.
***
Oliver chegou na Corporação Queen e foi direto ao setor de TI antes de ir a qualquer outro lugar. Ele ofereceu passar na casa da Felicity para que viessem juntos, mas ela declinou, dizendo que preferiria vir com o próprio carro por conta da volta.
— Sr. Queen! – Um homem de meia idade levantou-se da sua mesa e veio na direção dele. – É um prazer vê-lo de novo aqui!
— Olá... – Oliver não conseguia mesmo lembrar o nome dele. Na sua cabeça ele era simplesmente o chefe menos qualificado que a Felicity. Palavras dela. – Eu só... – Oliver apontou na direção da sala da Felicity. O homem já o tinha visto vezes o suficiente no setor pra entender que Oliver e Felicity eram amigos.
— Ah sim... – O supervisor fez uma cara de que estava compreendendo completamente um segredo implícito que Oliver não estava revelando. Oliver simplesmente assentiu com a cabeça e saiu andando em direção à sala da Felicity.
— Oi! – Felicity abriu um sorriso quando levantou sua cabeça do monitor e o viu. Oliver lançou um sorriso carinhoso em resposta e terminou de entrar na sala. – Você vai comigo, né? – Eram raras as vezes que Oliver deixava transparecer insegurança, mas Felicity conseguia entender bem o motivo nesse caso. Se fosse por alguém ameaçando a cidade, Oliver não hesitaria, mas pra assumir uma empresa...
— Claro, Oliver, eu disse que iria. E você leu tudo o que eu te passei sobre a empresa?
— Até às duas da manhã. Obrigado por isso. – Oliver respondeu ironicamente.
— E isso é você com poucas horas de sono? Meu Deus! – Felicity olhou-o de cima abaixo e quando voltou e viu a expressão de humor contido, ficou encabulada e disse simplesmente. – Não tem como consertar essa. Deixa quieto! Vem, você não vai querer se atrasar pra essa reunião. – Felicity desligou seu monitor e deu a volta na sua mesa, passando pelo Oliver, que ainda a olhava com bom humor. Oliver reparou que Felicity também havia caprichado no figurino pra uma reunião de negócios. Nada de rasteirinha de pandas. Felicity estava... linda! – Pelo menos você não está mais tenso... – Oliver sorriu de forma carinhosa e seguiu Felicity até o elevador.
A reunião com o conselho da empresa era mais burocracia que qualquer outra coisa. Oliver tinha 45% das ações da empresa. A Stellmoor já havia adquirido 45% na ausência dele. Ainda havia 10% que a empresa não havia liberado pra venda, mas Oliver conseguiria esses 10% de qualquer forma. E essa reunião era justamente pra evitar que esses 10% restantes fossem pro mercado.
— Eu preciso confessar, Oliver: a situação não é nada boa. – o diretor do conselho disse. – A empresa não tem dinheiro pra manter esses 10%! E pra ser bem sincero, você não inspira muita confiança no mercado.
— E se a gente conseguir o dinheiro? – Felicity sugeriu. Oliver e todo o conselho se voltou pra ela. – Vocês dão um prazo pro Oliver comprovar que é capaz de bancar financeiramente esses 10%. Se ele não conseguir, vocês colocam à venda. Enquanto isso, ele assume a presidência da empresa e desde já vai trabalhando na reconstrução da imagem. Algumas semanas não vão prejudicar tanto assim. – Os membros do conselho se entreolharam, e alguns até assentiam com a cabeça. Oliver sorriu em agradecimento à Felicity. Parecia que a sugestão dela seria aceita.
— E o seu papel aqui é qual, exatamente, Srta. Smoak? – O diretor perguntou. – Não me leve a mal, mas com as notícias de hoje com relação a vocês dois, e agora você acompanhando o Sr. Queen nessa reunião...
— Notícias? Nós dois? – Felicity perguntou confusa e se voltou pro Oliver, perguntando silenciosamente se ele sabia do que estava sendo dito.
— A gente não pode ter nenhum escândalo de Presidente tendo um caso com a secretária nessa empresa. Ainda mais com a sua reputação, Oliver! A empresa não aguentaria!
— Secretária? – Felicity perguntou ultrajada. – Eu não sou nem nunca vou ser uma secretária! Eu me formei no MIT com Mestrado em Ciências da Computação e Cybersegurança! – Oliver decidiu interromper antes que a Felicity falasse algo que encrencasse os dois.
— A Srta. Smoak é uma amiga pessoal minha, que entende muito mais de negócios que eu, e está me ajudando nessa transição. – Felicity bufou mas não falou mais nada. – Como ela mesma mencionou, as qualificações dela vão muito além do cargo que ela exerce, e por isso mesmo que durante a minha presidência, eu quero a Felicity como meu braço direito aqui. E devido aos recentes... rumores, - Oliver lançou um olhar irritado ao diretor do conselho – não seria prudente que ela fosse minha subalterna direta. E por isso mesmo que acho prudente relocá-la como Chefe Executiva da Divisão de Ciências Aplicadas da Corporação Queen. Foi nesse setor dessa empresa que a máquina de terremotos foi construída, então faço questão de ter alguém da minha mais completa confiança liderando o setor que é o carro chefe da nossa empresa.
Felicity olhava chocada pra ele, mas não dizia nada.
— Pois bem. – O diretor do conselho se pronunciou depois de alguns instantes de deliberação. – O Sr. tem 3 semanas pra comprovar a capacidade financeira pros 10% restantes. Caso não consiga, eles vão à venda. De qualquer forma, a Stellmoor já tem 45% e a Vice Presidente deles deixou claro que quer um cargo aqui. Provavelmente será sua vice presidente se você conseguir os 10% restantes. Se ela conseguir, você que vai ter que ser o dela. O currículo dela é incrível, e ela é prata da casa. Quanto ao setor de Ciências Aplicadas, como Presidente você pode escolher o cargo de confiança ao seu bel prazer. – Oliver sentiu um leve tom de ironia, mas relevou. – Mas eu sugiro que o faça logo! Antes que a Stellmoor se instale de vez aqui.
Os membros do conselho se levantaram deixando apenas Oliver e Felicity na mesa de reuniões. Oliver ficou olhando para Felicity tentando adivinhar qual seria sua reação. Um a um eles vieram na direção dele, e Oliver se levantou para os cumprimento obrigatórios. Felicity foi socialmente obrigada a fazer o mesmo, já que todos os integrantes do conselho quiseram parabenizá-la pelo novo cargo também.
— Rumores, Oliver? Que rumores? – Felicity disse baixo mas bem brava assim que a porta se fechou e o último dos conselheiros saiu. – E Chefe Executiva? Exatamente quando você ia me contar essa pérola?
— Felicity... – Oliver suspirou. – Hoje de manhã a Thea foi em casa e me falou que tiraram fotos minha e sua em Central City.
— Fotos? Como assim? O William...? – Felicity perguntou preocupada.
— Não, ninguém sabe do William ainda. – Oliver disse prontamente e Felicity suspirou aliviada. – Mas eu sou uma pessoa... pública, Felicity. – “Pública” foi a melhor palavra que Oliver pôde encontrar. – E os paparazzi sempre seguiram a minha família atrás de um escândalo.
— Eu esqueço às vezes que completos estranhos querem saber da sua vida. – Felicity comentou baixinho e Oliver sorriu pra ela.
— Pois é... E eu esqueci também aparentemente quando estava com você, porque não vi ninguém tirando foto.
Felicity pegou seu tablet da mesa e em alguns segundos estava com as fotos que os paparazzi tiraram à mostra pra eles. Não era nada escandaloso. O Oliver com a mão nas suas costas e os dois entrando no hotel. Mas o simples fato de estarem entrando juntos num hotel em outra cidade já era comprometedor o suficiente.
— E Chefe Executiva de Ciências Aplicadas? – Felicity perguntou com uma sobrancelha erguida. Oliver deu de ombros e suspirou.
— Eu preciso de você, Felicity. Nada disso aqui faz sentido sem você.
— Meu Deus, Oliver! – Felicity disse com um sorriso sem graça. – Depois desse rumores, você precisa prestar mais atenção no que fala. Se alguém estivesse ouvindo, iria entender tudo errado!
— Ou iria entender completamente certo... – Oliver murmurou baixinho enquanto o celular da Felicity tocava e ela olhava estranho pra ele.
— Tommy! – Felicity falou surpresa no celular.
— Que porra é essa? – Tommy perguntou tão alto que até o Oliver ouviu. Felicity balançou a cabeça de um lado pro outro enquanto começou a se explicar sobre os rumores. Oliver respirou e pensou que a pior parte do seu dia ainda estava por vir. Ele iria a Iron Heights de tarde conversar com a mãe e cobrar explicações sobre o seu filho. Um dia cheio desses, e tudo que ele queria era encher um criminoso de porrada, mas seus dias de Capuz haviam ficado pra trás. 


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Notas finais do capítulo

Demorou, mas voltei. Meus dias têm sido corridos! Quem me acompanha no Máfia Olicity tem visto. E aí? O que acharam? Deixem nos comentários. Adoro ler o que vocês estão achando



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