Baby Cullen escrita por Dark Angel


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiii, vocês me animam tanto a escrever!♥♥♥♥



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Alice tagarela no banco da frente e Rosalie responde vez ou outra, o caminho até Port Angeles é calmo, Esme preferiu ficar em casa e os rapazes não foram autorizados em nossa pequena viagem. A bolsa de Edward está ao meu lado no banco de trás e ele agora tem a cabeça encostada em meu peito enquanto observamos a estrada através do vidro. Está realmente nublado e frio nesta manhã, procuro na tal bolsa e acho uma mantinha branca com a qual cubro ele.

— Quando foi que comprou essas coisas?- pergunto mesmo que já saiba a resposta, a desfaçatez com que a minha futura irmã gasta dinheiro com tanta rapidez sempre vai me impressionar.

— Enquanto vocês dormiam, bobinha. Comprei muitas coisas pela internet que ainda vão chegar mais tarde, Emmett e Jasper ficaram de receber por mim.- ela acelera um pouco mais e eu aperto mais os braços ao redor de Edward.

— Também quase compramos um berço, mas Alice viu que ele iria odiar e que só dormiria se fosse com você do lado.- Rose vira o rosto por sobre o próprio banco para falar comigo.

— Quais são os planos para hoje?- sei que não vou gostar do destino propriamente dito.

— Não temos nada muito arquitetado por enquanto, têm algumas lojas que estou louca para olhar, mas ainda não sei por qual devo começar.- ela fala, animadíssima.

Eu solto um suspiro de derrota e desejo fortemente poder fugir daquelas compras, poucas coisas me deixam mais entediada do que ter que ficar horas e horas escolhendo e provando roupas.

Andamos até a primeira loja e tudo ocorre como o esperado, as vendedoras praticamente caem aos pés de Alice ao ver o seu cartão de crédito. Enquanto ela vai para a sessão de roupas, eu sento em uma pequena área de brincar onde uma mãe entretém o filho de pouco mais de quatro anos ao mesmo tempo em que tenta fazê-lo provar um sapato. Rose sai em busca de outro lugar ainda mais rapidamente, mas eu resolvo esperar Alice ao invés de ficar rodando feito uma barata tonta atrás de uma e de outra.

Edward fica de pé sobre as minhas pernas e passa as mãos no meu rosto enquanto tenta conversar comigo. Não entendo absolutamente nada do que ele diz, apenas sorrio e faço carinho em seus cabelos quando ele choraminga baixinho. Não sei o que quer, talvez seja porque eu não o estou respondendo da maneira que ele espera, ou quem sabe seja apenas fome. Tento acalma-lo e ele me olha parecendo estranhamente contemplativo.

Somos interrompidos por uma voz feminina que vem da entrada da loja, para a qual estamos de frente.

— Oh, meu Deus, mas que gracinha de bebê!- olho naquela direção e vejo Jéssica e Mike vindo na minha reta.

— Ah, oi, gente.- sorrio amarelo e levanto para cumprimenta-los. Era só o que me faltava mesmo.

— Pensei que fosse viajar essa semana, Bella.- Mike diz com um sorriso grande e um tom íntimo como se fôssemos melhores amigos, embora mal mantivéssemos contato no final das aulas do último ano. Sei que ele sabe sobre a minha viagem somente porque a Sra. Newton é amiguíssima do meu pai.

— Ainda vou viajar, mas só embarco à noite.- aprumo o bebê em meus braços, Edward olha bastante interessado para os os outros dois, pergunto-me rapidamente se consegue reconhecê-los. Ela tenta conquista-lo com uma vozinha fina e uma expressão engraçada no rosto, mas isso faz somente com que ele volte a se distrair com os botões perto do meu decote, ignorando- os e murmurando baixinho consigo mesmo.

— Ah, bem, que pena. Te vimos aqui e pensamos em chamar você para ir ao cinema com a gente mais tarde.- Jessica desvia a atenção para Newton novamente depois que ele termina de dizer, está mais do que óbvio que isso é um encontro.

— Eu adoraria, mas estou meio que dando uma de babá hoje.- rio meio sem jeito e olho ligeiramente para o lado tentando disfarçar o desconforto, aquelas duas me deixaram sozinha na pior hora possível.

— E quem é esse rapazinho tão sério?- Jessica fala com voz lenta e infantilizada ao apertar suavemente uma das dobrinhas que pendem da coxa descoberta de Edward. Ele acompanha as mãos dela sem sequer piscar e eu tento não gargalhar com a cena.

Mesmo que fosse mais do que bizarro o pensamento de Jessica estar apertando as coxas do meu noivo- que no momento tecnicamente não é mais o meu noivo. Pelo menos não fisicamente.

— Esse é o Anthony, sobrinho biológico do Edward.- penso rapidamente e acabo falando o segundo nome dele.

Jessica arregala os olhos e tapa a boca com as mãos em um gesto exagerado como se tivesse acabado de acertar no jogo do milhão.

— Mas é a cara dele!- ela fala tão encantada e efusiva que a moça com a criança ao lado chega a nos olhar meio assustada.

— Awn, Bella! Já pensou que quando vocês tiverem um vai ser desse mesmo jeitinho?!- Edward vira o rosto para mim rápido demais e eu acabo desviando para olhar para Jessica.

— No geral não sou muito de interagir com crianças, mas eu e o Anthony aqui nos damos muito bem.- sinto a mãozinha dele na lateral do meu rosto e sei que quer que eu o olhe, mas não o faço.

— E você está sozinha aqui?- Mike que, até poucos segundos apenas observava a nossa interação, perguntou.

— Rose e Alice estão escolhendo algumas coisas enquanto eu tomo chá de cadeira, nada muito diferente do habitual.- Edward reclama em voz alta e engrolada, batendo as pernas para frente e para trás com força até que eu finalmente olhe para ele, as suas sobrancelhas estão franzidas e a boca reta em uma linha rígida.

— Parece que ele é um pouco temperamental, não?- Mike faz piada e se aproxima mais um passo como se para cutucar a bochecha dele. Edward vira o rosto para ele, desinteressado, mas percebo quando os seus olhos grandes e de pestanas espeças tornam-se cerrados ao encarar o nosso ex- colega de classe. Vejo as suas mãos em punho e sinto claramente quando começa a querer se afastar dos meus braços, o que não é bom sinal haja vista a curta fama dele de bebê brigão.

— Não se preocupe, meu bem, Alice já está vindo e nós poderemos ir para casa.- volta a sua atenção para mim durante alguns segundos.

— Está tudo bem com ele?- Jessica pergunta.

— Não é nada, só deve estar cansado do passeio, acho melhor eu ir andando até onde Rose ficou de nos esperar.- minto, passo a mão livre, a direita, pelos cabelos do bebê encarapitado na minha cintura e ele ainda me olha sério enquanto eu o faço.

— Então é verdade, pensei que a minha mãe é que estava inventando histórias.- Mike comenta despretensiosamente- ou pelo menos o máximo que consegue. Olho para onde aponta de maneira discreta e vejo que é o meu anel de noivado que lhes chama a atenção.

— Meus parabéns, Bella!eu sabia que estavam noivos, eu disse ao Mike que era verdade.- Jessica me dá um meio abraço desajeitado e eu sorrio sem ter muito o que falar.

Uma sensação estranha sobe pelos meus pés, é a primeira vez que falo sobre isso com alguém de fora.

— É, estávamos esperando o mês certo para colocar nos jornais.- faço uma piada horrível, Jessica apenas sorri ainda mais animada e Mike ri um pouco da minha triste tentativa.

— E então, quando vai ser?- já estou quase quebrando os pés daqueles assentos infantis para fazer um sinal de fumaça, quem sabe assim as duas vampiras com audição vulcana conseguissem me notar.

— Não marcamos a data ainda, mas vocês já estão na lista.- Jess dá pulinhos de empolgação. Se ela conhecesse a minha cunhada e futura irmã como conheço saberia que isso não significa absolutamente nada, Alice vai querer convidar qualquer ser vivo a um raio de cinquenta km de distância, seja ele nosso conhecido ou não.

— Aposto que vai ser perfeito, mas também não surpreende ninguém. Do jeito que ele te olha, não sei como o Cullen ainda não a levou até Las Vegas.- comenta, ainda animada.

Se ela soubesse que eu mesma já considerei seriamente essa possibilidade.

Edward resmunga mais uma vez, está claramente mal humorado e nessa eu aproveito bem a deixa.

— Acho melhor eu ir até o trocador com ele, gente. Vejo vocês por aí.- Jessica dá tchau ainda animada e Mike me olha com carinho antes de nós nos despedirmos propriamente.

Por via das dúvidas, vou realmente na direção dos banheiros. Mas ao invés de entrar no feminino do outro lado do pequeno corredor, apenas volto a me sentar.

Ele ainda está sério em meus braços, mas tento distraí-lo com qualquer bobagem, no entanto, o Cullen não está muito afim de brincadeiras.

— Olha, me desculpa, mas eu não podia simplesmente sair correndo feito uma louca ao ver os dois.- se bem que eu podia sim, só não devia.

— Awis.- ele fala em um tom tão firme e decidido que mesmo se não conseguisse entendê-lo eu saberia.

Como solicitado, Alice aparece com as mãos cheias de sacolas e um sorriso satisfeito no rosto.

Ergo as sobrancelhas para ela, sem dizer nada.

— Eu sinto muito, Bella, mas eu precisava ver a cara do Edward quando Mike fosse falar com você, a implicância é realmente um dos muitos defeitos do meu irmãozinho.- Edward lhe dá as costas e Alice apenas gargalha ao som de sinos.

Encontramos com Rosalie no segundo piso, vamos em somente mais uma loja por causa da hora, pouco antes do meio-dia já estamos voltando para Forks. Com direito a chuva forte lá fora e a um bebê resmungão do lado de dentro.


Esme nos recebe animada e eu vou direto até a cozinha por orientação sua, Rose e Alice vão lá para cima guardar as novas roupas dele no lugar. Os próximos quinze minutos são realmente cansativos... Nunca, em toda a minha vida, pensei que poderia ser tão difícil alimentar um ser minis minúsculo como aquele.

Primeiro ela tentou uma colherada pequena de comida para bebê, uma espécie de gororoba sabor galinha, acompanhada de batatas e cenouras picadas, mas assim que a colher tocou os seus lábios ele cuspiu com força o seu conteúdo nas roupas brancas e maculadas da mãe.

Tentamos ainda mais quatro sabores diferentes, em algum momento inclusive Emmett e Jasper apareceram para tentar ajudar. Emmett conseguiu fazê-lo rir com algumas de suas baboseiras e Jasper acalmou-o como pôde. Mas depois de pouquíssimo tempo lá estava ele de novo, esperneando e jogando comida no chão.

— Parece que Eddie está um pouco estressado, pessoal.- Emmett riu quando o irmão recusou a comida amassada que eu lhe oferecia, vinda do meu próprio prato. Ele permaneceu no meu colo durante todo o tempo, durante um único segundo que Esme fez menção em pegá-lo nos braços foi um Deus no acuda de gritos.

— Emmett, se não forem de grande ajuda os seus comentários são verdadeiramente dispensáveis nesse momento, meu filho.- ela chacoalha a mamadeira para misturar a fórmula com a água morna. Jasper riu da cara chocada do grandalhão e eu não fiquei atrás, Esme sempre o tratava como o “caçula” da família.

Quando já eram quase duas da tarde e nada dele aceitar comida, me veio à cabeça que muito provavelmente ele estava assim por não ser acostumado a comer alimentos humanos. O seu organismo poderia muito bem estar condicionado a não gostar ou quem sabe, agora que voltara a funcionar “normalmente” talvez o seu corpo rejeitasse alguns tipos de comidas.

A ideia de dar sangue para ele experimentar me assustava, mesmo que fosse o mesmo Edward, supostamente com os mesmos hábitos alimentares.

Compartilhei esse pensamento com os outros, Jasper comentou que mais cedo eles já haviam pensado no caso, mas que não havia indícios de sede na criança- justamente porque ela não era imortal. Portanto, o vermelho estava legitimamente cortado da sua dieta.

Resolvi subir com ele e levei conosco o prato intocado e a mamadeira a esfriar. Ela mesma já quebrava esse meu argumento pela metade, não faria sentido algum ele se adaptar bem aos laticínios e não às proteínas por causa de uma suposta sede, ainda que fosse somente um pequeno resquício.

Apoiei alguns travesseiros na cabeceira de modo a fazer uma parede à minha frente, sentei-o lá bem apoiado e me posicionei a poucos centímetros apenas. A coisinha me encarava ainda um pouco birrenta, o prato ficou por cima das minhas pernas cruzadas.

— Eu vou tentar mais uma vez, Edward, sei que está chateado hoje, mas precisa comer, nem que para isso eu tenha que te manter sentado aí para sempre.- apoia as mãos no colchão e começa a balbuciar irritadiço.

— E nem adianta, eu sei muito bem que você está conseguindo me entender.- ele para de falar e olha para mim de modo atento, as suas sobrancelhas sobem o máximo , abre a boca animado como se fosse falar alguma coisa e durante alguns segundos eu realmente fico na expectativa de que ele vai, mas quando vejo que não acontece aproveito a chance para encher a colher com brócolis amassado e carne desfiada.

— Mastigue.- digo quando ele começa a querer botar para fora, pego a outra colher e coloco um pouco na minha própria boca, faço isso com bastante encenação e fazendo questão de mostrar bem que estou comendo também.

Edward ri e aponta para mim enquanto eu mastigo igual a uma lhama cuspideira só para poder impeli-lo ao mesmo. Ele mastiga de boca aberta com um dedo ainda cutucando a quantidade de alimento que pende para fora. Quando ele finalmente engole a comida eu quase faço a dancinha da vitória bizonha que Emmett inventou.

Mais uma colherada cheia para ele, a sua boca continua aberta mas não há indícios de que vá comer dessa vez.

Ele começa a querer botar para fora e eu suspiro, cansada.

— Eu tenho o dia todo, Edward...- cantarolo ao empurrar devagarinho com a colher de modo que a comida não caia no lençol. Ele ergue mais a cabeça e aponta mais uma vez para mim.

Não entendo de imediato, mas tenho vontade de rir quando ele apanha com a mãozinha a minha colher e passa pelo prato, ainda conseguindo pegar uma boa quantidade de ervilhas empapadas.

Vou com a boca aberta na direção do seu braço erguido e agarrado no cabo do talher. Ele vacila sem muita coordenação motora, mas capturo com os lábios e seguro seus dedinhos para que não caia nada.

Mastigo ainda mais audivelmente e dessa vez sou eu quem aponta o dedo em sua direção.

— Agora é a sua vez, nem tente me enganar.- como em um acordo, assim que percebeu a minha parte feita ele tratou de fazer a mesma coisa.

O nosso almoço seguiu-se assim desse jeitinho, eu mastigava, ele mastigava, eu engolia, ele engolia. O leite acabou ficando esquecido porque o ruivinho acabou comendo bastante, o fato de que mesmo nessa condição ele ainda parecia prezar pelo meu bem-estar me derretia e doía o coração.

Não foram nem cinco minutos contados depois de eu começar a cantar a canção de ninar para ele estar desmaiado em meus braços. O rodeio com travesseiros com medo de que role na cama e saio para deixar o prato.

— Você mexe com magia negra, por algum acaso? Como foi que conseguiu fazer o catarrento comer?- Emmett gargalha e leva um pescotapa de Alice e outro de Jasper, que logo em seguida sorriem em sintonia um para o outro.

— Sabe, ele consegue ser ainda mais teimoso agora.- Rosalie comenta por alto e Esme concorda em silêncio.

— Ele só precisa ser convencido, nesse momento e nesse quesito em especial Edward não é diferente de nenhuma outra criança.- digo. Lembro das histórias da minha mãe e de seus alunos do jardim de infância, ela sempre me disse que o segredo para se saber lidar com uma criança pirracenta era jogar o jogo dela. Não sei se isso funcionaria com Edward, mas não custava tentar.

Subo para verificar e o encontro dormindo ainda mais profundamente, a chuva ficou mais fraca agora e eu acabo de falar com meu pai pelo celular de Alice, o meu havia ficado esquecido e descarregado em cima da minha cômoda.

Menti dizendo que estava entrando no aeroporto, dou ênfase nesse estado para que a presença de Alice ali comigo não seja de se estranhar, mas acho que essa é a última coisa a que Charlie se atém no momento. Ele comenta sobre o encontro que teria essa noite com Sue e eu reprimo o riso com seu tom de adolescente afoito, Seth e Leah aceitaram relativamente bem o novo relacionamento da mãe e eu fiquei imensamente feliz em vê-lo tão cheio de vida, Sue e eu nos dávamos muito bem também, ela sabia sobre tudo o que se passava na minha vida nenhum pouco comum e agora que namorava o meu pai vez ou outra me ajudava a dar uma desculpa esfarrapada aqui e ali.

Deito ao lado dele com certa distância e acabo compartilhando da sua soneca da tarde.

 

 

É noite novamente, depois de jantarmos juntos no mesmíssimo esquema de mais cedo, fazendo os seis vampiros rirem à valer com a nossa nova dinâmica de “se você comer, eu como”.

Agora Edward está vestido em seu novo pijama de Cowboy, comprado por Alice pela influência de Jasper, sentado nas minhas pernas enquanto todos observam mais do que atentos ele entreter-se com uma mesinha interativa cheia de números e formas geométricas.

Carlisle está bem à nossa frente, estetoscópio em mãos e maleta preparada ao lado. Diante da nossa total ignorância quanto a sua situação atual, o melhor e mais prático no momento – enquanto não conseguíamos respostas imediatas- era testando ele.

— Muito bem, filho. Você é muito inteligente.- o médico o parabenizou logo depois dele encaixar corretamente todas as peças em menos de dez segundos, feito esse praticamente impossível para o QI de um bebê.

Edward bateu palmas e deu gritinhos. Estávamos observando a sua habilidade cognitiva há mais de uma hora e ele estava saindo-se impecável, desde cores, até números e expressões faciais, como reconhecer sentimentos e afins.

Carlisle tentou algo diferente agora, tocou no ombro do louro à sua esquerda e olhou para Edward com contato visual direto e palavras bem claras.

— Quem é esse aqui, Edward?

— Azzpé.- ele fala com voz alta. Nós sorrimos juntos, ainda não havia pronunciado o nome de todos.

— E essa aqui?- toca levemente as costas de Rosalie.

— Wosie.- Rose praticamente se derrete com a sua voz adorável.

Ele apenas maneia a cabeça na direção de Emmett.

— Emmy!- Emmett mostra a língua de brincadeira e Edward imita o seu gesto. Depois vem Awis/ Alice. Esme sorriu dali até o Japão com mais um “Mamã”. Carlisle se surpreende e se alegra ao ser chamado de Papá, quando perguntado qual era o seu nome o bebe soltou um “Ewar” com entusiasmo, eu fico por último.

— Você sabe quem é ela?- vira-se já de pé nos meus braços e sorri de canto antes de pousar a mão na minha boca e dar batidinhas alegres.

— Inha Bewa!- dou-lhe um beijo na testa e ele corresponde com uma tentativa do mesmo na minha têmpora.

— Cara, nem mesmo na versão mini ele deixa de ser um doido possessivo.- Emmett comenta e é ignorado.

Mais alguns testes físicos e Carlisle pensa em testar a tenacidade da sua pele em comparação com a dos vampiros, uma vez que o vírus parecia estar adormecido em seu corpo- agora diminuto. Mas essa possibilidade foi descartada rapidamente antes de maiores alardes, depois de fazer uma pesquisa pessoal aprofundada ele teria que partir em busca de Terrance, não viu necessidade de tentar buscar sangue, veneno ou que quer que seja de Edward no momento. Uma vez que uma bateria de exames apenas o faria ficar estressado e assustado já que não seria apenas uma agulha a ter de perfurá-lo.

 

Estou agora encostada no sofá depois da nossa primeira troca de fraldas nível dois, da qual tanto eu quanto o elemento saímos completamente transformados e traumatizados. Eu e Rosalie estamos agora assistindo a um filme qualquer enquanto ele mama, os olhinhos já um pouco pesados e a cabeça apoiada em mim, Rose segura a mamadeira para ele, lembro sobre o diagnóstico- até segunda ordem- dado pelo Dr. Cullen.

 

Ao que tudo indicava, a maior parte do tempo a sua mente e lembranças funcionavam assim como antes, seu vocabulário poderia ser limitado e as suas ações um pouco restritas ao tamanho e à falta de maturidade emocional naquela situação. Ainda era ele ali dentro, querendo falar comigo e me dizer alguma coisa, mas não conseguia de modo apropriado e isso misturado com a saudade e a incerteza do nosso futuro era completamente frustrante para mim, sim.

Mas vez ou outra, normalmente quando ele se virava com olhos grandes e deslumbrados ao me ver, ou mesmo quando depositava a mãozinha em meu rosto para tentar se comunicar comigo, sorria ao me ver sorrindo, babava o mundo inteiro enquanto tentava me beijar, tudo ficava mais ainda em perspectiva para mim e eu sentia-me surpreendentemente grata por poder estar ali para cuidar dele e protegê-lo do que fosse preciso.

 


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Notas finais do capítulo

*do meu dicionário pessoal de bebês tirado diretamente da convivência diária com a minha priminha de um ano e meio:

"Inha"- minha.

KKKKKKKKKK

E aí, curtiram?
Deixem nos comentários se gostaram, se sim, coloquem qual trecho foi o melhor! Hahahahahaha
Até qualquer hora, povoooo♥♥♥♥



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