Crepúsculo 2.0. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 22
Assuntos pendentes


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/BWW62CPXCJA-Clary com raiva
A mulher da imagem é a Didyme.



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P.O.V. Aro.

Finalmente, acabou. Estou morto e preso no purgatório.

—Olá, irmão.

—Marcus. E Caius? Ele está aqui?

—Temo que não. Este lugar ao qual chamam de outro lado, é reservado apenas para seres sobrenaturais.

—Olá, Aro. Sentiu minha falta?

—Didyme.

—Porque nós não contamos para Marcus como você acusou-me e condenou-me apenas porque estava com ciúmes?

—Isso é verdade, Aro?

—É. Espere, o que?

—Sim. Esqueci de mencionar, este lugar nos impede de mentir.

—Eu não tinha mais ninguém em quem pudesse confiar, apenas meus irmãos.

—Podia ter confiado em mim! Eu sou sua irmã! Sangue do seu sangue! E eu amava Marcus com todo meu coração, mas depois de mais de mil anos não me importa mais a sua opinião Aro, porque se importasse teria que enfrentar o fato de que não era boa o suficiente para você, não era boa o suficiente para sua família, não era boa o suficiente para Marcus.

—Você é. Você foi.

—Então, porque me condenar? E apenas a mim? Porque não condenar Athenodora também?

—Athenodora me temia, você não. E quanto ao Marcus, O amor dele por você era uma ameaça. Como poderia ele lhe amar e ainda haver espaço para mim?

—Ah, Aro. Querido irmão. Uma coisa que você com todos os seus séculos nunca aprendeu, o amor é mais forte do que o medo, o amor é infinito. Nunca parei ou deixei de te amar. Sempre há espaço para mais um. E você, Aro é o meu irmão mais velho... devia ter me protegido. Prometeu á nossa mãe muitas eras atrás que me protegeria, mas se voltou contra mim. Rejeitou-me, condenou-me injustamente, queimou-me, separou-me do homem que eu amava. Mas, você ainda é a minha família, assim como você meu querido Marcus. Eu sabia que algum dia... nos encontraríamos de novo.

—Eu falhei com você Dydime, para minha eterna vergonha. Não passou-se um dia sem que me arrependesse, sem que me culpasse por sua morte.

—Saiba que eu perdoo você irmão.

—Eu posso ser o mais velho, porém você sempre foi a mais sábia.

—Eu sou mulher. As pessoas sempre subestimam uma mulher. E agora que estão aqui... ninguém nunca mais vai nos separar. Finalmente, estou com meus dois amores. O meu amado marido e meu querido irmão. Aqueles a quem mais amo. Com todo meu coração.

—Eu nunca lhe subestimei irmã. Sabia o quanto era especial, o quão forte era, mesmo antes de ser uma imortal.

—Estão vendo aquilo?

—Sim. Estou. 

—É tão... bonita. Tão... brilhante.

—Estou com medo.

—Eu também irmão. Porém, acredito que a luz nos levará para um lugar melhor que este. Vocês eram o meu assunto pendente, por isso fiquei presa neste... purgatório. Para esperá-los.

—Depois de ver, Jane disposta a deixar a Guarda, a me enfrentar, ver aqueles dois irmãos dispostos a lutar um pelo outro. Foi só após reviver minha memória deles fazendo um pacto secreto que percebi meu mais grave pecado.

—E qual foi?

—Não ficar ao seu lado. Não cumprir minha promessa. Me perdoe, irmã.

—Eu já o fiz. Á muito tempo, só... precisava que soubesse.

Então, eu, Marcus e Didyme entramos na luz.

P.O.V. Klaus.

Nunca tinha visto alguém sair do outro lado daquele jeito. Eles não me atravessaram de volta, simplesmente... sumiram.

P.O.V. Jace.

Clary, pediu para os híbridos pegarem os cadáveres dos tais Mestres, ela lavou-os, vestiu-os e os híbridos os enfiaram em caixões.

—O que é isso?

—O mínimo que posso fazer, é mandar os corpos de volta. Para Sulplícia e Athenodora.

Não vi que ela havia enfiado um bilhete dentro dos bolsos dos paletós dos defuntos.

—Clary, você vai precisar de papéis para fazer os translado dos corpos...

—Eu sei.

Disse me estendendo um maço de documentos.

—Estava planejando matá-los á tanto tempo assim?

—Aprenda uma coisa, Jace... eu sempre estarei um passo á frente. Sempre. Vamos colocá-los no avião, está esperando no hangar.

Ela ajudou sua prole a colocar os caixões no avião.

—Lembra o que tem que fazer?

—Sim, eu me lembro.

—Ótimo. Então, boa viagem, meu amigo.

O piloto ligou toda aquela parafernália e logo o avião estava no ar.

P.O.V. Sulplícia.

O meu marido não retorna. Nunca levou tanto tempo. Então, um servo aparece.

—Minha senhora.

—Pois não?

—O vosso marido retornou.

—Oh, que ótimo.

—Eu não... comemoraria se fosse a senhora.

—E porque motivo?

—Porque ele voltou dentro dum caixão.

—O que? Não. Impossível.

—Lamento, senhora... mas assim que os caixões chegaram um servo abriu temendo ser algum tipo de armadilha e... os cadáveres dos Mestres estavam dentro.

—Mestres?

—Sim. Aro e Marcus. Os dois, dentro de caixões.

—Mostre-me.

—Por favor, me acompanhe.

Quando cheguei á sala dos Tronos, lá estavam os caixões fechados. Gravado neles estava o brasão dos Volturi e quando abri...

—Meu marido! Meu querido marido!

—Encontraram isto nos bolsos deles.

—Tocaram nos corpos?

—Tentamos... salvá-los. Pensamos que fosse um truque. Os alimentamos por isso estão assim.

Só então notei que havia sangue por toda a parte.

—Então, os limpe. Agora.

—Sim, minha senhora.

Após os corpos estarem novamente limpos, o servo mostrou-me algo perturbador.

—O que é isto? Nunca vi um ferimento como este.

—Acreditamos que foi... o que os matou, minha senhora.

Quando li o bilhete... vi vermelho.

"Aro pensou que poderia me superar, me derrotar. Acha que conseguem? São bem vindas para tentar."-Clary Mikaelson.

Soltei um berro de fúria.

—Maldita prole de Cullen!

—O que houve? Por Deus! Eles estão...

—Mortos. Realmente, mortos.

—Mas, quem foi responsável por isto?

—Clary Mikaelson. Ela nos mandou um recado.

Estendi o bilhete para Athenodora.

—Corajosa.

—Ou burra.

—Burra ela não é.

—Cale-se!

—Só estou dizendo, minha senhora. Pode ser uma armadilha.

—Ele pode estar certo, Sulplícia.

—Você também perdeu seu marido. Para uma maldita cria de Cullen. Devemos vingá-los. Isso não pode ficar assim!

—Está certa. Estes híbridos já estão cansando-me a algum tempo.

—Então, o que estamos esperando?

P.O.V. Alec Volturi.

Ela estava do lado de fora da escola, fazendo círculos. 

—Para que serve isto? Mais um de seus feitiços?

—Sim.

Enquanto desenhava os círculos no chão da floresta em frente a escola, cantava.

—Oh love, no one's ever gonna hurt you love... I'm gonna do what I got to do. I'm gonna give all of my love...

—Um feitiço em forma de música?

—É apenas uma música. Mas, representa o que estou tentando fazer. Eu sou uma vampira, sou uma Shadowhunter e eu vou defender os meus. Foda-se o que todo mundo pensa de mim. Sou uma estudante desta escola, sou descendente da família que construiu esta Mansão, esta cidade e eu vou defender o meu lar! Se quer falar mal, fala dai, mas o meu amor por esta cidade, e meus amigos que moram aqui grita tão alto que eu já nem consigo de ouvir.

Ela parecia determinada a fazer qualquer coisa para defender este lugar que fiquei assustado, porém nunca tinha visto alguém lutar com tanto afinco por algo.

—Algo e alguém. Pronto. Tá pronto e eu também.

Clary voltou pra dentro.

—O que foi?

—Estou preocupado. Acho que a Clary tá ficando doida.

—Ela ainda luta com o coração. Não protege os vampiros, lobisomens, híbridos e até outros Shadowhunters porque é seu dever. Ela faz porque ela ama, porque se importa. Se importa tanto que destruiu a Clave, o Ciclo e os Mestres.

Quando anoiteceu, ela saiu. Acendeu uma fogueira e ficou lá fora.

Até que ouvi alguém se aproximando. 

Sulplícia e Athenodora.

De repente, círculos de fogo. Elas ficaram presas, tentaram sair.

—Oh, não se incomodem. Eu enfeiticei os círculos. Dai vocês não saem, não vivas.

Um vendaval de proporções inimagináveis se iniciou. Clary estava fazendo aquilo, as duas esposas começaram a se contorcer, gritar, estavam sofrendo.

—Vermes nojentos. Vermes que se contorcem.

—Não! Não!

Então, ela parou. Quebrou o círculo que prendia Sulplícia e esta estava fraca demais para lutar.

—Vocês foram superados. E em nome da minha família e de todas as outras famílias que vocês destruíram...

Clary enfiou a mão no peito de Sulplícia. E arrancou o coração fora.

—Então, ela tem um coração. Chocante.

A ruiva olhou bem nos olhos de Athenodora e esmagou o coração de Sulplícia até ele virar poeira.

—Sulplícia!Sulplícia!

—E então, minha querida? Como é a sensação? De ver alguém que você ama morrer e não poder fazer absolutamente nada para impedir?

—Você é um monstro.

—Sou? Você é uma mosca morta. Centenas de milhares de Clãs morreram, Clãs que Aro sabia que eram inocentes. Espalhe cadáveres daqui até o fim da porra do mundo! E não vai dar o tanto de gente que ele matou. Você poderia tê-lo impedido, impedido de matar toda essa gente, incluindo a própria irmã, sua amiga. Mas, não fez. Você só sentou lá na sua torre e assistiu enquanto o mundo queimava. Então faça o que faz de melhor, Athenodora. Assista queimar.

A Híbrida botou fogo no que sobrou do corpo da esposa de Aro.

A viúva de Caius gritou. Ela berrou.

—Qual é o problema, querida? Você assistiu milhares de pessoas queimaram e nunca se ligou, nunca deu a mínima.

—Clarissa!

Gritou o humano. Ela tirou a espada da bainha.

—Agora, vou enfiar essa lâmina no seu coração e não vou tirar até ver a sua alma. Isso se você tiver uma. 

Clary abriu o círculo. Passou pra dentro e rodou a espada. Cravando-a fundo no peito de Athenodora.

—A última coisa que vai ver, sua vadia... é uma Cullen sorrindo pra você enquanto morre.

E foi o que ela fez. Sorriu para Athenodora enquanto essa morria. Após a morte da viúva de Caius ela continuou estocando aquela lâmina no cadáver. Até todo o corpo ficar mutilado. Só sobrou o rosto.

—Enfia ela no caixão e manda para o Caius. Eu quero que ele veja. Que veja o que ele fez. O todo poderoso, o vampiro... espera, ex-vampiro mais sádico, cruel e cretino que eu conheço vai chorar como uma criança. Vai chorar pelo o que tentou fazer com a minha mãe, com minha família. E pelo o que fez com a minha gente.

Depois de lavar e vestir o que sobrou do cadáver de Athenodora, vi-a enfiar um bilhete dentro da roupa com a qual a vestiu, enfiá-la num caixão com o brasão dos Volturi e mandar para a Itália.

—Você tem que parar de matar seres sobrenaturais.

—Foi mal tio Klaus. Mas, ela mereceu.

—Essa foi a morte mais dolorosa que eu já senti. Essas suas facas fazem um belo estrago.

—Eu sei. Mas, agora acabou. Não tem mais Volturi's e se houverem, deixa eles virem.

—Acho que Kaleb estava certo. As bruxas precisam de magia ofensiva, os vampiros precisam aprender a lutar, a usar suas habilidades.

—É claro que ele tem razão. Não vamos ficar na escola para sempre. Uma hora vamos sair para o mundo e o mundo não quer nos proteger. Temos que aprender a nos proteger sozinhos.

—Sim. E ainda mais com aquele britânico louco da tríade solto por ai. Um dia eu pego ele. Meto uma bala de quarenta e quatro na cara daquele filho da puta.


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